terça-feira, 30 de junho de 2015

A saga do sono: as sonecas de apenas 30 minutos

A última vez que escrevi sobre o sono do meu filho foi falando sobre a decisão de tirar a chupeta (hábito incorporado por um período de aproximadamente duas semanas). 

Preciso dizer que não tive grandes problemas em fazê-lo adormecer sem a chupeta. Para falar a verdade, parece que ela nunca existiu em nossas vidas e faz apenas alguns dias que eliminei-a por completo. Mas, a saga não para por aí, descobri um novo problema: as sonecas do meu filho durante o dia não duravam mais de 30 ou 40 minutos.

Mais uma vez recorri ao Dr. Google e ao livro da capa rosa da Encantadora de Bebês para achar uma solução. Descobri que é um problema recorrente e que se deve ao fato do bebê não conseguir alcançar o "sono profundo" e acordar bem na transição. Na verdade, todos acordamos após 30 ou 40 minutos, porém não despertamos e não percebemos.

O que fazer agora? Primeira tentativa: escurecer ainda mais o quarto. Armenguei uma toalha atrás da cortina para cobrir as frestas, pois apesar de ser "blackout" o quarto ainda ficava bem claro.


Ninguém imagina o "cortiço" por trás dessa cortina...

Não funcionou! Tive que recorrer à algo que muitos textos na internet recomendavam: um som que acalma... Tinha dito no post que falo sobre as chupetas que queria me livrar de acessórios, mas fui pega pelo rabo! Não posso dizer que depois que escureci o quarto e comecei a colocar o som da chuva para dormir, que ele passou a ter todas as sonecas longas, mas pelo menos uma, em cada 3 sonecas do dia passou a durar mais de uma hora! 

Um avanço! A grande importância disso é o humor do meu bebê! Quando desperta apenas 30 minutos após adormecer, fica irritado, choroso... Quando consegue tirar uma soneca longa, fica alegre e sorridente! 

Vale ressaltar que nem sempre esse sono prolongado acontece sem minha intervenção. Muitas vezes preciso fazer mais shhh e dar mais tapinhas quando ele acorda após 30 minutos. Algumas vezes funciona logo, outras vezes cheguei a ficar 50 minutos tentando fazê-lo voltar a dormir e nada! Aí dá a hora de mamar novamente e eu desisto.

Enfim, a saga do sono continua: evoluindo sempre! 

Uma coisa é certa: esse processo de ensinar o bebê a dormir requer MUITA PACIÊNCIA, pode ser bem exaustivo  emocionalmente e fisicamente... Mas, quem foi que disse que ser mãe não é trabalhoso?!?

Amamentação - o bebê que não larga o peito

Terminei o último post falando que no dia seguinte à apojadura meu filho passou 10 horas plugado no meu peito. Isso foi essencial para desfazer os nódulos em minhas mamas, entretando, fiquei esgotada!!!

No dia seguinte tudo de novo!!! Após seis horas com ele "plugado" (se tentasse tirar ele BERRAVA) a pediatra dele veio me socorrer!! 

Ela explicou que tem bebês com maior reflexo de sucção que outros e que deveria entrar com a chupeta. Que se eu não desse um intervalo, de pelo menos uma hora, minhas mamas teriam dificuldade em encher de leite e haveria grande de chance de ferir meus mamilos.

Deu três opções de bicos ortodônticos e meu pai saiu imediatamente para comprar. Fez uma confusão danada, ligou não sei quantas vezes da farmácia, sem saber qual comprar e eu em casa, numa situação onde cada minuto parecia uma hora, aguardando ele chegar com o tal bico.

Para meu desespero, depois de mais de uma hora, chegou em casa sem NENHUM bico, dizendo que o melhor não vendia no Brasil e que pediria a uma amiga para trazer um dos EUA dentro de algumas semanas.

Vocês não entendem meu desespero! Eu  contando os minutos em casa com o menino plugado em mim e meu pai me aparece com um papo de bico importado dentro de algumas semanas!!

Enfim, foi aí que descobri que sendo mãe, o que pode parecer absolutamente adiável para outras pessoas, para a gente é urgente e no auge do puerpério, depois de passar um dia com o menino plugado por 10 horas e no dia seguinte mais 6 horas, ter uma chupeta se torna um caso de vida ou morte!!! Depois compartilharei outras situações aparentemente simples mas que foram verdadeiros dramas... Hoje lembro e dou risada! 

Resumo, meu pai saiu de novo e finalmente voltou com a chupeta! Ufa!! Consegui tirar o bebê do meu peito e transferir o reflexo de sucção dele para um pedaço de plástico!

Depois desse sufoco ainda tive que aguentar um olhar crítico de determinada pessoa que veio me visitar e falou, apontando para a chupeta: "O que é isso que estou vendo aqui?". Neste momento uma coisa ficou bem clara: o abismo entre a teoria e a prática e o fato de que deve-se abster de certas críticas, principalmente sem antes saber o que está por trás. Eu mesma já escrevi um post falando mal da chupeta, mas foi um problema futuro que tive com ela... No caso deste relato, me salvou! Meu filho nunca se viciou em chupeta, apenas aprendeu a desplugar do meu peito em um momento de desespero e exaustão completa!

sábado, 27 de junho de 2015

Pão de "queijo" vegano (sem lactose)

Semana passada fiz uma receita que a Bela Gil postou no Instagram e ontem fiz novamente, só que desta vez adaptando alguns ingredientes. Fiquei fã! 

Amo pão de queijo, mas amamentando estou fazendo uma dieta zero de lactose, pois meu filho apresentou um pouco de dermatite nos primeiros meses de vida e pude perceber ligação direta com a ingestão de lácteos (como já comia bem pouco ficou claro que piorava quando ingeria laticínios). 

Enfim, essa receita super mata minha vontade de comer pão de queijo, algo difícil de resistir morando em terras mineiras... O melhor de tudo: não contém queijo, nem leite e nem ovos! 



Ingredientes: 
200g de polvilho azedo
300g de polvilho doce
150ml de azeite de oliva (estava com pouco azeite em casa e fiz com óleo de girassol mesmo)
500g de mandioquinha/batata baroa (cozida e espremida)
1/3 de xícara de água 
1 colher de chá de sal marinho
1 colher de sopa de alecrim, orégano ou manjericão (usei manjericão fresco picado)
1 colher de chá de açafrão da terra (ela disse que era opcional, eu usei as duas vezes e ficou bem amarelinho como podem ver)

Preparo:
Misture o polvilho doce, o azedo, a "erva", o sal e o óleo em uma tigela grande.
Adicione a mandioquinha e depois a água (usei a água do cozimento da mandioquinha) aos poucos até obter uma mistura firme e homogênea. 
Enrole a massa (eu fiz na forma de bolinhas, igual a pão de queijo)
Leve ao forno a parcela que vai comer e o restante ponha no freezer no tabuleiro. Depois de umas 2 ou 3 horas porcione como desejar em saquinhos e reserve para assar quando desejar. 
Observação: se colocar em saquinhos antes de congelar eles grudam um no outro! 
Para assar, mesmo que esteja congelado, coloque à 255 graus por 30 minutos. 

Rendimento: 60 unidades

Obs.: Refiz a receita ontem substituindo a mandioquinha por cará (inhame) e o manjericão por orégano seco. Ficou uma delicia! O aspecto o mesmo: amarelinho por conta do açafrão. Como o inhame absorve bastante água, nem foi preciso adicionar água...
Depois vou testar com abóbora, mandioca e batata... Conto para vocês que tal! 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Granola caseira


Ingredientes:
2 xícaras de aveia em flocos
1/2 xícara de gergelim preto
1/2 xícara de gergelim claro
1/2 xícara de nozes picadas
1/2 xícara de castanhas do Pará picadas
1/2 xícara de uvas-passas
1 colher de sopa de canela em pó
3 colheres de sopa de óleo de coco
3 colheres de sopa de melaço, mel ou malte de cereais.
1 pitada de sal marinho

Preparo:

Lava o gergelim, as nozes e as castanhas numa peneira. Mistura com a aveia, adiciona os demais ingredientes, misturando bem. Espalha tudo em um tabuleiro e leva ao forno pré aquecido na temperatura máxima por 10 minutos, por 15 minutos a 180 graus.

Obs.: O tempo de forno pode variar de acordo com o forno. O importante é que a granola fique crocante.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

A saga do sono: A Maldição da Chupeta

Há duas semanas escrevi um texto descrevendo resumidamente minha saga de ensinar meu filho a dormir... Como previ, não acabou! 

Depois que ele aprendeu a rolar voltei a ficar do lado dele até adormecer e nunca mais retornei à técnica de deixá-lo sozinho no berço. Quando iniciei essa técnica achei mágica, pois logo de primeira ele adormeceu sozinho em questão de minutos e foi assim durante uma semana inteira (nunca chegou nem a 10 minutos - sendo a média de 1 a 3 minutos) até que ele começou a virar e aí desandou tudo.

Conhecendo o bebê enérgico que tenho em casa concluí que a cada novo aprendizado isso iria se repetir e se hoje estou tendo problemas com o fato dele rolar no berço, amanhã estará sentando, depois engatinhando, depois em pé, etc... Por isso, decidi voltar às técnicas do livro Encantadora de Bebês, que vinha usando com sucesso desde o início da saga.

Só que fazê-lo dormir voltou a ser um desafio e foi aí que apelei para a tal da chupeta, que inclusive é uma sugestão do livro mencionado acima. Funcionou que é uma beleza! Colocava a chupeta, dava palmadinhas no bumbum, o som do shhhhh e em poucos minutos ele adormecia. Eu devia ter imaginado, depois de meses labutando com o sono desse menino, que "laranja madura na beira da estrada, ou está podre ou está bichada!".

Há três dias um novo episódio na saga do sono: a chupeta cai e ele acorda. Pior, começou a dar cada vez mais trabalho pra voltar a dormir... Lembrando que estou falando sempre das sonecas diurnas, que são as que me dão mais trabalho. Ontem passei todos os minutos livres do meu dia lendo sobre isso e li inúmeros relatos na internet de pais que acordam dez vezes ou mais, no meio da madrugada para recolocar a chupeta no bebê.

Parecia que estava adivinhando! O que será que aconteceu essa madrugada duas vezes?!? Ele acordou e foi só eu colocar a tal chupeta que ele adormeceu novamente. Isso pois ele ainda não acerta colocar a chupeta sozinho direito. Desesperei!!!

Nas últimas duas semanas estava tudo lindo, colocava para dormir com a chupeta, rapidinho ele adormecia, poucos minutos depois cuspia a chupeta (eu tirava-a do berço) e ele prosseguia com o soninho dele. Com esses episódios dos últimos três dias dele acordar quando a chupeta cai, depois de ler os relatos na internet e culminando com os dois episódios desta madrugada, agora de tarde resolvi cortar o mal pela raiz! 

Sei que vai me dar um trabalhão colocar esse menino para dormir sem a bendita (ou maldita) chupeta. Ele tem um reflexo oral fortíssimo e chupar (seja lá o que for) acalma-o horrores. 

Querem uma boa notícia para finalizar esse texto? Trouxe o tablet pro quarto dele, levei 30 minutos debruçada no berço, dando tapinhas nas costas e fazendo shhhh no pé do ouvido, SEM CHUPETA, e ele adormeceu. Essa foi a primeira tentativa depois de minha decisão de exterminar a chupeta. Resolvi ficar "vigiando" o sono dele enquanto escrevia esse post aqui no quarto. Há três dias ele não dormia mais do que 30 minutos nas sonecas do dia e está nesse momento batendo o recorde e dormindo há mais de uma hora.

Vou terminar o post compartilhando meu outro dilema: de acordá-lo ou não. Fico com receio de que durma demais esse horário (já são 18hs) e acabe atrapalhando o sono da noite (costuma dormir bem cedo, antes das 20:00). Nunca o acordei antes, pois sempre me dá um trabalho tão grande para fazê-lo dormir, que as poucas vezes que dorme um pouco mais, dou graças a Deus! Entretanto, esta é a primeira vez que adormece neste horário por mais de 40 minutos e além disso tudo que segui do livro Encantadora de Bebês foi tão acertivo até agora que estou quase me rendendo à ideia de acordá-lo para organizar melhor a sua rotina. Para completar, li muitos relatos na internet falando da  importância de fazer isso quando se está ensinando o bebê a dormir... Enfim, depois compartilho minha experiência por aqui! 

Como disse no primeiro post sobre o sono, já pelejei tanto nos últimos meses ensinando-o a dormir que fiquei calejada é otimista. Nada é pior do que a fase que descobri que ele dormia pouco. Sinto que agora em diante é só uma questão de aprimorar a técnica e ter paciência. Uma coisa é certa, não quero saber de nada que me escravize: gravações com som de útero, som de chuva, chupeta, movimento... Quero contar com minha voz e mãos (cada vez menos) para ensiná-lo a ficar confiante em dormir sozinho no berço. Sinto que estou chegando perto... 

Ah! Outra coisa importante que pude perceber ao longo desses meses, ensinar o bebê a dormir é uma questão de estabelecer confiança. Isso ficou claro durante todo o processo de "desmame" da necessidade que ele tinha de contato físico comigo e colo para dormir. Como verão na descrição de minha saga, foi um processo lento e gradual e quando resolvi aplicar a técnica do Nana Nenê, de deixar o bebê chorando no berço, já tinha alcançado um estágio de confiança alto. Como apliquei por apenas uma semana, acho que não deu tempo de perder todo o trabalho passado estabelecendo confiança. O maior ganho de ter aplicado às técnicas daquele livro por uma semana foi que meu filho realmente assimilou que o lugar de dormir é no berço. Depois resolvi retornar às técnicas do livro "Encantadora de Bebês" que me parecem mais humanas, considerando o fato de que o choro do meu filho passou a não ser somente de sono e sim de sono associado ao fato de rolar e não saber "desrolar" no berço, para voltar para a posição que é acostumado a dormir... Cada caso é un caso, estoy apenas compartilhando a minha experiência, pois da mesma forma que aprendi muito com relatos que venho lendo pela internet, acredito que as informações publicadas podem ser úteis ou pelo menos servir de consolo a outras mães que passem pelo mesmo problema que eu!

Enfim, vou ficando por aqui e atualizando vocês sobre os próximos capítulos da saga do sono...

terça-feira, 16 de junho de 2015

Amamentação - picos de crescimento

Nenhum momento é melhor para escrever sobre algo do que no pico da emoção. Falando em pico da emoção: o tema desse post são os picos de crescemonto dos bebês. Não sei se meu bebê cresce muito, mas eles ocorrem com uma boa frequência e são de enlouquecer! 

Basicamente o que acontece: o bebê não dorme nada ou quase nada o dia inteiro e mama desesperadamente. As vezes acorda mais do que o normal na madrugada. Costuma durar uns 2 ou 3 dias.

O bebê arde de sono, mas dormir que é bom, nada! Faz o que? Chora escandalosamente! A única solução? Comida! No meu caso peito!!!

Essa demanda extra estimula a mãe a produzir mais leite, para acompanhar o crescimento do bebê e é preciso ter MUITA paciência. 

Hoje estou num desses dias. São 17:00, meu filho já mamou 7x e até dormir ainda deve mamar pelo menos mais duas vezes. Sem falar na madrugada...

Basicamente você amamenta e troca fralda o dia inteiro, já que o bebê não dorme! Ah! Ainda tem que aguentar uns bons choros!!

O consolo é saber que passa, pois esses dias são longos e parecem intermináveis para quem amamenta. 

O que mata é a cara fofa do seu bebê, que minutos antes estava aos berros e de repente (depois que mama) está dando gargalhadas. Aí o coração de mãe  amolece completamente! 

Boa sorte e paciência é o que desejo para as mães de plantão, durante esses dias!

Sardinha na pressão



Essa receita é uma ótima opção para comer sardinhas, peixinhos tão ricos em nutrientes como ômega 3 e cálcio e que geralmente só são consumidos fritos ou enlatados. Pra completar é fácil e barata!

Ingredientes:
1kg de sardinha fresca ou congelada
3 tomates grandes sem sementes 
1 cebola média
1 pimentão verde pequeno
Tempero verde a gosto
1 colher de café de pimenta-do-reino
1 colher de chá de sal marinho
3/4 xícara de água
1/4 de xícara de azeite de oliva
1/4 de xícara de vinagre de arroz (usei o vinagre de arroz integral orgânico, que é melhor ainda)

Preparo:
Limpe as sardinhas, deixando descansar no sumo de limão e um pouco de alho esmagado com sal por pelo menos 30 minutos, para tirar a "murrinha".

Bata todos os ingredientes no liquidificador, fazendo um molho.

Arrume as sardinhas numa panela de pressão, colocando metade do molho embaixo e a outra metade por cima e cozinhe no fogo alto até dar a pressão. Depois reduza a chama do fogo (fogo baixo) e deixe cozinhando por 25 minutos.

DICA:
Essa receita rende muitas porções, se você tem poucas pessoas comendo em casa (como eu), pra não passar a semana inteira comendo sardinha, uma boa ideia é porcionar e congelar. Assim, quando quiser uma sardinha rápida, ao invés de recorrer à enlatada que é bem mais salgada e oleosa, terá uma opção caseira: mais saudável e bem mais em conta que uma lata de sardinha. 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amamentação - apojadura (quando o leite desce)

Os dias do colostro foram bem tranquilos, como falei no post que chamei de Puerpério, nos 3 primeiros dias meu filho dormiu, dormiu e dormiu...!

O dia da apojadura (quando começa a descer o leite), por sua vez, foi meu primeiro "drama" do puerpério. Ocorreu entre o 3 e o 4 dia de vida do meu filho. Minha sorte foi que minha irmã tinha passado por isso dois meses antes, então ela me socorreu imediatamente, evitando maiores estragos, como a famosa mastite, que impede tantas mulheres de amamentar.

Sim, o leite empedrou todo e as mamas ficaram bastante doloridas. Tive também um pouco de febre (38 graus Celsius). Meu filho, ainda um "aprendiz de mamador", não sabia sugar direito, passou o dia tentando mamar sem conseguir.

Eu já estava colocando compressa de água quente quando minha irmã chegou para me socorrer e me disse que isso ia aumentar o fluxo de leite e empedrar ainda  mais! Me explicou que o problema nessa fase é a dificuldade na passagem do leite pelos dutos mamários, ainda "virgens".

Então ela me ensinou a massagear os nódulos, desfazendo-os e seguindo com o movimento no sentido das auréolas, apertando-as para o leite sair. Me ensinou a massagear com um pente e também com uma garrafa de água cheia de água morna.

Enfim, foi um dia inteiro fazendo isso e deixando o bebê sugar o maximo possível para estimular as mamas. Não levantei nem para comer: comi sentada na cama, meus pais me deram comida na boca!! Altas horas da noite, para o meu desespero, ele berrava de fome! Eu estava esgotada e meus seios ainda empedrados...

Quase chorando (pois sempre fui convicta da amamentação exclusiva), depois de muitas horas de choro e percebendo que meu filho tinha feito todo o esforço possível para sugar seu alimento do meu peito, ofereci 30ml de NAN, os quais ele sugou vorazmente. Ofereci mais 30ml e então ele finalmente se acalmou e adormeceu.

Fiquei arrasada, pensando: "Se no quarto dia de vida do meu filho já tive que dar leite industrializado, amamentar 6 meses será muito difícil". Acho que pelo fato dele ter nascido com 4.210kg tinha uma demanda de leite bem grande para um bebê de apenas 4 dias, pois minha irmã passou pelo mesmo problema e solucionou com apenas 30ml de NAN, metade do que o meu "mamador" precisou para saciar a sua fome.

Mas como sempre digo, nada como um dia após o outro. Ele estava exausto de tanto tentar mamar o dia todo e dormiu muita aquela noite, acordei mais descansada e com bem menos nódulos. Neste dia Guilherme passou literalmente 10 horas "plugado" em meus seios, mas ao fim do dia as mamas já não estavam empedradas e ele conseguiu todo o alimento que precisava!

Nem preciso dizer que estava no pânico dos meus mamilos racharem com um bebê "plugado" tanto tempo, né? Talvez por ter tido esse início de amamentação meio dramático e pelas histórias de minha irmã, mãe e outras tantas mulheres que tiveram problemas de feridas nos mamilos, fiquei tão obsessiva com a rotina de tomar sol e passar lanolina. Há males que vem pro bem! Hoje considero minha trajetória da amamentação beeeeeem light!

Amamentando - como evitar rachadura nas mamas

Esse post terá que ser dividido em alguns capítulos, pois há muito para se falar sobre amamentação.

Meu filho já está com quatro meses em amamentação exclusiva, então acho que posso dizer que já tenho alguma experiência no assunto.

A primeira dificuldade que sempre ouvi falar que a maioria das mulheres têm para amamentar é quando ocorrem rachaduras nos mamilos.

Existe a recomendação de se tomar sol durante a gravidez para fortalecer o tecido da auréola, mas eu, apesar de saber disso e de temer bastante as famosas lágrimas do início da amamentação, não tomei sol...

Nos primeiros sete meses simplesmente porque não estava em casa na hora que tinha sol. Como relatei em posts anteriores, saía de manhã e só voltava para casa à noite.

Nos últimos dois meses, cheguei em Salvador num ritmo frenético, com um checklist enorme de pendências e providências para resolver antes do parto e da mesma forma, raramente estava "de bobeira" no horário do sol em casa.

Minha irmã pariu dois meses antes de mim e estava num sofrimento sem fim para amamentar. Depois vou até pedir que compartilhe a sua história aqui no blog... Enfim, meu parto chegando perto e eu já tinha me conformado que ia sofrer um tempo para amamentar, como a maioria das mulheres, e que depois ficaria tudo bem.

Logo que meu filho nasceu, não esperei NADA e comecei a usar pomada de lanolina (usei a PURELAN da Medela). Colocava a pomada e uma gaze por cima, para não melar o soutien, após cada mamada. 

Além disso, como passei a ficar o dia todo em casa, desde praticamente o primeiro dia, tomei sol nas mamas. Se o bebê estivesse acordado na hora do sol fazia 2x1 - dava banho de sol nele e tomava sol... Se ele estivesse dormindo, tomava sol de qualquer jeito. Se estivesse com sono não importava: o sol em primeiro lugar... Minhas amigas e tias iam me visitar e eu lá em meu topless, nada abalava a minha rotina! Tomei pelo menos 30 minutos de sol nas mamas, todos os dias, no primeiro mês.

Querem saber o resultado?? NÃO TIVE NADA!!! À medida que o tempo ia passando nem conseguia acreditar que consegui passar ilesa por esse problema, que é um drama na vida da maioria das mães...

Vou encerrando o post com essa dica pras futuras mamães de plantão!  A lanolina é excelente, mas o sol foi quem fez a grande diferença. Quando sentia algum sinal de dor, era só tomar sol que passava instantaneamente. Na dúvida, recomendo a combinação das duas ações! 

terça-feira, 2 de junho de 2015

Em defesa da Bela Gil

Com a nova vida de mãe ando um pouco atrasada com as notícias e só hoje li sobre a polêmica em torno da merenda da Flor, filha da Bela Gil.

Neste link tem a resposta dela e a explicação sobre o caso, para quem está por fora do assunto, como eu estava até poucas horas atrás. http://m.huffpost.com/br/entry/7456410

Sinceramente sou fã do trabalho que ela está prestando a este país! Demorou para aparecer alguém na mídia, com o nome forte, cheia de personalidade e coragem para assumir uma postura sobre alimentação que foge do convencional. 

Assim como ela, acredito que através da educação alimentar é possível alcançar mudanças drásticas de saúde, através de uma atitude preventiva. 

Minha opinião não se baseia em mera teoria. Fui uma "Flor Gil" há 25 anos atrás... Minha mãe nunca comprou um biscoito recheado em casa, aliás, nem biscoito Maria ou Maizena faziam parte das compras lá de casa... Achocolatados? Jamais!

Nunca sofri bullying por isso, pelo contrário, meus colegas tinham grande curiosidade em provar minhas comidas e sempre levava uma porção extra pra ter suficiente para mim e para os degustadores infantis de plantão. Meus lanches eram pipoca de arroz, fruta, granola, biscoitos integrais, etc... Além disso, sempre almocei na escola e levava minha marmita com algas, feijão azuki, arroz integral, todo tipo de hortaliça e da mesma maneira, nada disso me impediu de ser uma criança super sociável e feliz!

Claro que em algum momento da vida, provei tudo: biscoito recheado, salgadinho, sorvete, bombom, fast food, inclusive com a anuência dos meus pais. Entretanto, ter provado é completamente diferente de ter tido esses alimentos como referências de lanches e comidas em minha infância.

Se hoje tenho água na boca só de pensar em uma pinha, um sapoti, uma sopa de abóbora, uma salada de agrião e outras delícias que vêm direto da natureza, é porque tive meu paladar muito bem educado desde cedo.

Passo batido por lanchonetes de fast foods, docerias e pela sessão de guloseimas no mercado. Essas coisas simplesmente não me atraem e tenho convicção que a razão disso é o fato desse tipo de comida não ter sido referência durante a minha infância.

Espero que toda essa polêmica faça muitas pessoas refletirem sobre a forma como alimentam seus filhos. Isso começa desde a vida intrauterina onde o bebê está em formação e já existem estudos que demonstram que o paladar da criança sofrerá influência daquilo que a mãe ingeriu durante a gestação. Por exemplo, pesquisadores dizem que o gosto pelo açúcar tem relação com a quantidade de doces ingeridos pela mãe na gravidez...

Amamentando, tudo isso fica bem claro. O bebê reage diretamente àquilo que a mãe come, pois vai tudo diretamente para o leite. Então, continuando o período gestacional a mãe precisa estar super atenta ao que come, para produzir um leite de fácil digestão, evitando as famosas cólicas e determinadas intolerâncias e processos alérgicos que começam desde esta fase...

Alimentar é definitivamente uma parcela crucial do processo educacional infantil. É preciso acabar com esse tabu de que existe "felicidade" por trás de uma lata de refrigerante, um pacote de salgadinho ou biscoito recheado. Criança feliz é criança saudável!!! Esses mitos são criações da mídia e convencer uma criança do contrário é uma missão árdua que deve ser enaltecida, jamais criticada! 

A obesidade infantil é hoje um dos maiores problemas da saúde pública, juntamente com problemas que estão surgindo cada vez mais precocemente como diabetes e cardiopatias... Tudo isso é o reflexo da péssima alimentação que os pais vêm oferecendo aos seus filhos... Deviam pegar o exemplo da Bela ao invés de criticar... A saúde dos seus filhos agradece!