quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Definindo um roldão

Em minha família utilizamos o termo "roldão" para denominar esquemas ou pessoas com programações intensas. Tenho o tio que é super "roldonista" e acho que sou sua principal sucessora.

Estas férias na Bahia estão um verdadeiro roldão! Não que antes não fossem, mas agora acrescentei um bebê ao pacote, com uma bagagem incrível que inclui: carrinho, berço camping e muitas papinhas! 

Sim, tive noites de cão, em que estranhou tudo e acordou igual a remédio homeopático, de hora em hora, na madrugada. Mas, no geral, considerando ser um bebê de menos de um ano, que no último mês dormiu em uns 10 lugares diferentes, ele está se saindo muito bem! 

O blog está abandonado por motivos óbvios: assim como as minhas unhas que comecei a fazer há 2 dias e não consegui concluir (falta escarnar as unhas de um dos pés e pintar tudo, pés e mãos). Tampouco consegui dar um grau na sombracelha este fim de ano.... Roupinha nova? Nem pensar! 

Enfim, o mais importante é que apesar da canseira, está sendo muito bom passar as férias com a família e os amigos.

Meu desejo para o ano novo? Por enquanto somente a dúvida: será que vou conseguir me manter acordada pro brinde da meia noite?!? Estou apostando na ideia de celebrar o ano novo conforme o horário de Brasília (uma hora antes, já que na Bahia não temos o horário de verão). 

sábado, 12 de dezembro de 2015

Como lidar com mudanças e a rotina de bebês

Hoje parei para pensar sobre a minha última semana...


Sábado passado estávamos na fazenda de amigos no interior do Mato Grosso. Domingo foi a nossa última noite em nosso lar em Rondonópolis. Segunda e terça dormimos em hotel. Quarta dormimos metade da noite no hotel e a outra metade estava entre aeroportos e voos. Quinta na casa dos meus pais. Sexta fui a um jantar e meu filho dormiu metade da noite lá e a outra metade na casa dos meus pais. Hoje estou na casa de minha irmã (ele já está dormindo)...

Que tal pra um bebê de 9 meses? 7 ambientes de sono diferentes em 8 dias?  Difícil, hein? Por isso que valorizo tantooooo uma rotina.... Tem fases em minha vida que ela é um bem raro e precioso.

O que eu faço para manter o bebê calmo apesar de tantas mudanças? Rotina de horários. Sonecas sagradas, horário de dormir à noite intocável, horários de todas as refeições organizados, maneira de dar as comidinhas sempre semelhantes, horários de banhos, ritual do sono sempre o mesmo. 

Pra completar: não economizo colo. O bebê em trânsito perde as suas referências. No caso do meu filho a única coisa que nunca mudou em meio a tantas mudanças é a minha presença. Logo, é fundamental estar perto, dar colo e não desdenhar de suas queixas, dizendo que é "manha". Manha se cura com colo, carinho, atenção. Manha é sinal de insegurança. Colo é a maior segurança do bebê... Vicia? Claro que não! Ninguém é "bebê de colo" para sempre, o próprio nome já indica que é uma fase, coisa de bebês. E se amor, carinho e atenção fossem um problema, um vicio perigoso, esse mundo estaria perdido! 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Sinal de fumaça

Olá leitores! 

Bastou eu celebrar o fato de ter escrito uma média maior que um post à cada dois dias no mês de novembro para a minha vida bagunçar novamente, eu sair da rotina mais uma vez e diminuir a frequência de posts por aqui. 

Nestes dias estive organizando mais uma mudança, passei alguns dias em hotel e agora estou na casa dos meus pais. Quando retornar (ainda não sei quando) já será para casa nova, cidade nova... Completarei a quarta mudança em menos de um ano: 4 casas, 4 cidades, 3 estados no Brasil. Acho que depois vou escrever um post com dicas para mamães que farão mudanças com seus bebês... 

Quem convive comigo fica muitas vezes espantado com a tranquilidade que encaro essa minha vida mutante. Vivo um dia de cada vez, sem ansiedade pro amanhã, pois ele está distante e é sempre um mistério. O pensamento maior é de gratidão: tendo saúde, uma cama confortável para dormir e comida boa no prato não há razão para reclamar de nada nesta vida. 

Pensamentos frequentes que não tem deixado eu aparecer muito por aqui? Além da mudança na rotina, muitas Orações! Nos dois últimos meses, nasceram filhos de 6 amigos próximos. Uma alegria compartilhar a alegria da maternidade/paternidade com tantas pessoas. Infelizmente, dois deles precisaram continuar hospitalizados após o parto e ainda estão internados. Como mãe, não tem como não pensar na angústia dos pais que aguardaram nove meses por seus filhos e depois não podem tê-los em casa. Orações por essas famílias e mais do que nunca orações de agradecimento por não ter tido que passar por isso. 

Agradecer, agradecer, agradecer... Rezar, rezar, rezar.... Amar, amar, amar!




sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

O que lhe motiva a viajar?

Acabei de ler esse texto, em um blog que adoro, especialmente os textos com TAG de "devaneios". Nada contra os roteiros de viagens, mas estes costumo consultar mais quando estou planejando alguma viagem...

Falando em viagem, neste texto, a autora do blog, a sensível e delicada Adriana Lacerda, mais conhecida por Teté descreve o que lhe motiva a viajar.

Me fez refletir sobre este tema. Minha trajetória pelo mundo viajante é relativamente recente e com isso tem passado por diversas fases: interessantes de observar.

Não aprendi a viajar com meus pais. Pelo contrário, se dependesse deles acho que não teria conhecido mais do que algumas praias do litoral Baiano e a Disney, que levaram a mim e a minha irmã na infância, praticamente para se livrarem da gente pedindo isso ano após ano. Não os critico, eles não poderiam passar um gosto que não possuem. Viajar para eles é tão complexo que perde o prazer...

Na infância minhas viagens se resumiram a veraneios deliciosos nas maravilhosas praias do litoral norte e Baía de Todos os Santos. Nunca fiz um acampamento, viagem de excursão... Acho que eles eram apavorados com as minhas alergias e crises de asma e morriam de medo de eu ter alguma coisa longe deles. Então, o máximo que fazia era ir às casas de praia de amigas: programação de férias e feriados que amava e guardo as melhores recordações.

Tirando a minha viagem para a Disney aos 10 anos, a próxima vez que viajei de avião, foi numa viagem inesquecível com meus pais para o Rio e Sampa. Nesta viagem visitamos amigos; conheci José Mindlin, sua esposa Gita e seus livros; fiquei embasbacada com a beleza natural do Rio e da Serra Carioca...

Pronto! Depois disso não parei mais! Coincidiu com a fase em que já estagiava (tinha um salário, pequeno, mas o suficiente para pagar parcelas de passagens aéreas - que não eram tão caras como em minha infância e nos dias atuais). Perdi as contas de quantas vezes estive em SP, Rio e Brasília e conheço 14 dos 26 estados brasileiros. O Brasil ficou pequeno, decidi desbravar o mundo: morei um ano na Espanha, quando fiz 19 viagens pela Europa; passei longas temporadas nos Estados Unidos, estive em países da América do Sul e Central.... Nunca pisei na Ásia e nem na Oceania...

Bem, tendo viajado bastante nos últimos 12 anos cheguei à seguinte conclusão. Viajar é bom, mas o que gosto mesmo é passar longos períodos no mesmo lugar. Gosto de sentir como se vive em um determinado lugar, absorver hábitos cotidianos e especialmente conhecer pessoas locais.

Hoje já não tenho muito saco para passeios turísticos, tirar fotos. Gosto de coisas específicas: não entro em qualquer museu... Aliás, gosto mesmo é de natureza. Cidade grande? Nova Iorque: um misto fantástico de cidade, onde é possível caminhar, comer bem, ver museus incríveis, super espetáculos na Broadway e relaxar no Central Park nos intervalos. Mas a grande maçã tem um quê especial: exatamente o que me faz gostar mais de determinados lugares do que outros. Tenho amigas morando lá e reencontrá-las neste ambiente é sensacional, inspirador!

É isso! Depois de muitos quilômetros percorridos descobri que é isso que gosto. Viajar para lugares para encontrar pessoas ou para passar um longo período que me permita conhecer pessoas em um nível que seja possível estabelecer vínculos. Ver arquitetura? Nenhuma me impressiona tanto quanto as obras do maior arquiteto que esse mundo já viu: Deus! A Torre Eifel não me tocou nem um décimo do que me toca a alma quando vejo uma cachoeira, uma ave maravilhosa... Ah! As ilhas Galápagos! Que paraíso!! Mas não precisa ir tão longe: a Chapada Diamantina é incrível, Morro de São Paulo é sensacional...

Sim, viajar é uma delicia. Quebrar a rotina, expor os olhos à coisas diferentes... Degustar temperos diferentes... Vestir roupas de frio ou passar o dia de biquíni... Não ter hora para dormir ou para acordar... Andar sem rumo, adentrando locais que chamem atenção... Observar pessoas, culturas, costumes... Mas nada se compara a conversar! Ficar num mesmo lugar por semanas, meses. Se sentir parte daquele lugar. Ter um cantinho seu. Não precisar fazer checo-in e check-out. Criar uma rotina em um lugar. Estar com pessoas de todas as partes do mundo com interesses em comum. Por isso amo minhas viagens para fazer cursos: elas me permitem um pouco de tudo isso.

Agora fazem parte de um passado, o qual não sei quando poderei retomar. A curtição agora é outra. Viajar como mãe: mostrar o mundo ao meu filho. Vibrar ao vê-lo empolgado por novas sensações e paisagens. Saber que quando ler uma historinha para ele que fale "era uma vez numa floresta encantada", que ele terá arquivo suficiente em sua memória para poder abstrair e ilustrar em sua mente este e outros cenários.

Viajar é maravilhoso! Como nós: os tipos de viagens mudam, os propósitos, os transportes... Mas no fim: a experiência do NOVO é sempre incrível!