quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Uma homenagem ao Dia Mundial da Amamentação

Oi pessoal! Estou viva!!! Um mês e meio que não escrevo nada por aqui... Um mês e meio viajando, sem rotina e me dando ao luxo de viver a vida real 100%, quase totalmente desconectada do mundo virtual. Volta e meia faço isso... Computador eu já quase não uso há muito tempo, meu acesso à internet se restringe ao celular, onde malmente respondo àlgumas mensagens no WhatsApp e devo acessar o Facebook por no máximo 5 a 10 minutos durante o dia.

Primeiro de agosto foi o dia da amamentação é uma amiga publicou um texto lindo. Ela me autorizou e compartilho com vocês. 

Espero que sirva de inspiração para muitas mamães e futuras mamães... Um beijo para vocês!



1° de Agosto - Dia Mundial da Amamentação.

De todas as coisas que experimentei nessa vida, nada foi tão árduo e prazeroso como amamentar. Eu me preparei para amamentar. Fiz consultorias, usei soutien próprio, tomei sol quando pude para fortalecer o peito e evitar rachaduras nos mamilos. Tinha pomadas para eventuais rachaduras, convicção de como era a pega correta; tomei mingau de milho, mugunzá, comi bolo de fubá... Eu tinha tudo e havia feito de tudo. Quando Marina nasceu, em três dias meu peito estava destruído. Em cinco, além dos mamilos rachados, eu tinha um peito empedrado e hematomas. Tirava leite na bomba, dava a ela na colher. Mal acabava de ordenhar, já era tempo de dar a nova "mamada". Tarefa Hercúlea que me exauria fisicamente quando psicologicamente eu já estava esgotada. Eu tinha muito leite e uma bebê faminta. Eu tinha medo da mamadeira, dela desmamar. Eu havia me instruído e sabia dos riscos. Nunca vou esquecer do dia em que meu marido saiu de casa às sete da manhã para comprar um bico de silicone para mamilo e me deixou com Marina aos prantos. Quando voltou me encontrou cantando baixinho na intenção de acalmá-la, já que dar o peito, que ela tanto me pedia, já não era possível. O bico de silicone não funcionou também, mas eu não desisti. Eu não desisto fácil e sabia o quanto era importante pra mim porque era importante pra Marina. Dei tempo para o peito cicatrizar um pouquinho, cuidei bastante do que tive mastite e no primeiro sinal de menos dor, lá estava minha pequena mamando.
Amamentar não é fácil para todas. Mas é precioso demais quando se consegue. Quando a dor vai embora (amamentar não dói), restam apenas o amor, a troca de olhares, a felicidade de ser o melhor alimento que seu bebê precisa para se desenvolver com saúde. Você se torna inatingível, escudo, vacina. E enquanto você nutre ele com seu leite, ele lhe nutre com um amor indescritível. E sorri. Esse foi o primeiro sorriso que registrei de Marina enquanto a amamentava. Ela tinha em média 15/20 dias e um brilho no olhar que em 33 anos, eu jamais havia conhecido.💓

Helga Cordeiro, agosto de 2016