Os sete níveis
do discernimento explicam a evolução do pensamento humano de acordo com seu
próprio desenvolvimento pessoal, social e espiritual.
Quando
nascemos, somos guiados pelo Discernimento Mecânico que é pura
espontaneidade. Por exemplo, um bebê recém-nascido vive em total sinergia com a
mãe, onde sua noção de mundo basicamente se resume a dormir, acordar, mamar e
dormir novamente.
Ao crescer ele
começa a desenvolver o primeiro sentido do paladar, sendo apresentado aos
primeiros alimentos além do leite materno. Uns ele vai comer, outros vai cuspir
e assim nasce o Julgamento Sensorial – gostar ou não gostar.
Ao crescer
mais um pouco, a criança já demonstra afeto humano. Pode-se perceber claramente
isso através da empatia por certas pessoas, quando vai ao colo de alguém e
brinca ou simplesmente quando chora e demonstra repulsa uma pessoa sem qualquer
razão específica. Essas são as primeiras demonstrações de Discernimento
Sentimental – amor e ódio.
Mais adiante,
esta criança começa a falar, logo vai para a escola e começa a desenvolver cada
vez mais o seu Discernimento Intelectual, baseado no racional ou
irracional.
O próximo
passo é a assimilação do Discernimento Social, onde a pessoa começa
a interagir em grupos, seguir modelos e padrões estabelecidos pela sociedade e
sua personalidade individual se confunde com o que Jung chama de Inconsciente
Coletivo. Nesta fase racional, o homem baseia sua vida em experiências e
provas: só crê no que vê.
Passando desta
fase, o ser humano começa a ter um Discernimento Ideológico que
é quando ele transcende as barreiras do coletivo e passa a seguir idéias
próprias com um discernimento absolutamente pessoal do que é certo ou errado. É
agora que entra a compreensão do Yin e Yang, da lógica do universo. A partir
dela, já não são necessárias as experiências físicas para a compreensão geral
das coisas.
Acima do
Discernimento Ideológico está o Discernimento Supremo que é
regido pela intuição. O ser humano então passa a ter uma visão livre de tudo o
que lhe traz uma clareza em absolutamente qualquer aspecto da vida.
A Macrobiótica
está centrada nos Discernimentos Ideológico e Supremo, que são o desenvolvimento
contínuo das cinco primeiras fases. Nesta esfera a vontade que predomina é de
trazer todo mundo para perto, para compartilhar desse mundo espiritualmente
mais elevado. As pessoas que focam suas vidas nas cinco primeiras fases, ao
contrário disso, querem diminuir a consciência das pessoas tornando-as o mais
sentimental e sensorial possível.
Um forte
exemplo disso são os alimentos que se popularizaram pelo mundo, onde o apelo é
o sabor e as pessoas que os consomem são capturadas pelo Discernimento
Sensorial. Não obstante, as pessoas estão cada vez mais gordas e doentes, sabem
que não deveriam comer chocolates, refrigerantes, gorduras saturadas, drogas,
mas sucumbem ao paladar. Ao invés de colocarem o intelecto em função dos
sentimentos, deixam que eles falem mais alto e se tornam cada vez mais como
animais primitivos e irracionais. As indústrias, por sua vez, fomentam cada vez
mais, pois baseiam nos lucros que obtém à custa da má saúde alheia, e conseqüentemente
deles próprios: vítimas da própria usura.
Mais uma vez,
a filosofia Macrobiótica reflete o livre arbítrio pela opção do alimento, pois
ele aprisiona o crescimento da espécie, fazendo os seres humanos retroagirem às
fases características de crianças ao invés de evoluírem como adultos, chegando
à mentes elevadas.