segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Agradecendo, Celebrando e Beijando o Padeiro


Acabei de olhar o "status" de visualizações aqui do blog e tive a grata surpresa de descobrir que este mês (novembro de 2015) foi o terceiro de maior em número de visitas desde a criação do blog, perdendo apenas para os meses de maio e junho de 2014. 

Por que celebrar o terceiro lugar? Muito simples! Este ano quase não consegui atualizar o blog. Passei períodos longos sem publicar nada. Foi um ano difícil para uma pessoa que AMA rotina como eu. Fiz três mudanças (estou prestes à fazer a quarta) e tornei-me mãe. 

No mês de novembro consegui escrever uma média superior a um post à cada dois dias, o que é muito, considerando o histórico de 2015. Ver que meu esforço resultou em tantos acessos me deixa muito feliz, sinal de que eu de certa forma "abandonei" meus leitores, mas eles não me abandonaram. 

Gostaria de agradecer a todos vocês que prestigiam meus textos. Fico muito feliz em saber que minhas palavras fazem parte da vida de vocês: seja com incentivo para mudanças no estilo de vida: estado de espírito, hábitos alimentares; seja encorajando a tomar atitudes pouco convencionais, como: deixar de comer carne, laticínios e doces; lutar pelo direito de uma assistência humanizada no parto; mudar de profissão... Ou simplesmente servindo de inspiração com minhas ideias, informações e atitudes, acerca dos mais variados temas (este ano principalmente sobre a maternagem). 

Enfim, desejo que eu consiga manter minha mente sempre repleta de pensamentos legais para compartilhar criativamente por aqui. O incentivo de vocês é o meu maior impulso!

Sobre os Felizes, aula para Beijar o Padeiro, por Socorro Aciolli

Ontem fui dormir totalmente no espírito "Beijo no Padeiro" após assistir aos vídeos de Paola Antonini. Hoje acordei com essa linda mensagem em um dos meus grupos do WhatsApp. Muito grata pela vida, por estar cercada de pessoas e motivos que me ajudam com minha meta cotidiana eterna: Beijar o Padeiro! 

Imagem retirada do site: www.projetosejafeliz.com

Compartilho com vocês o texto SOBRE OS FELIZES, escrito por Socorro Accioli, para o Jornal O Povo. Desejo bons momentos de reflexão e um excelente dia! 

"Existem pessoas admiráveis andando em passos firmes sobre a face da Terra. Grandes homens, grandes mulheres, sujeitos exemplares que superam toda desesperança. Tenho a sorte de conhecer vários deles, de ter muitos como amigos e costumo observar suas ações com dedicada atenção. Tento compreender como conseguem levar a vida de maneira tão superior à maioria, busco onde está o mistério, tento ler seus gestos e aprendo muito com eles.

De tanto observar, consegui descobrir alguns pontos em comum entre todos e o que mais me impressiona é que são felizes. A felicidade, essa meta por vezes impossível, é parte deles, está intrínseco. Vivem um dia após o outro desfrutando de uma alegria genuína, leve, discreta, plantada na alma como uma árvore de raízes que força nenhuma consegue arrancar.

Dos felizes que conheço, nenhum leva uma vida perfeita. Não são famosos. Nenhum é milionário, alguns vivem com muito pouco, inclusive. Nenhum tem saúde impecável, ou uma família sem problemas. Todos enfrentam e enfrentaram dissabores de várias ordens. Mas continuam discretamente felizes.

O primeiro hábito que eles tem em comum é a generosidade. Mais que isso: eles tem prazer em ajudar, dividir, doar. Ajudam com um sorriso imenso no rosto, com desejo verdadeiro e sentem-se bem o suficiente para nunca relembrar ou cobrar o que foi feito e jamais pedir algo em troca.

Os felizes costumam oferecer ajuda antes que se peça. Ficam inquietos com a dor do outro, querem colaborar de alguma maneira. São sensíveis e identificam as necessidades alheias mesmo antes de receber qualquer pedido. Os felizes, sobretudo, doam o próprio tempo, suas horas de vida, às vezes dividem o que tem, mesmo quando é muito pouco.

Eu também observo os infelizes e já fiz a contraprova: eles costumam ser egoístas. Negam qualquer pequeno favor. Reagem com irritação ao mínimo pedido. Quando fazem, não perdem a oportunidade de relembrar, quase cobram medalhas e passam o recibo. Não gostam de ter a rotina perturbada por solicitações dos outros. Se fazem uma bondade qualquer, calculam o benefício próprio e seguem assim, infelizes. Cada vez mais.

O segundo hábito notável dos felizes é a capacidade de explodir de alegria com o êxito dos outros. Os felizes vibram tanto com o sorriso alheio que parece um contágio. Eles costumam dizer: estou tão contente como se fosse comigo. Talvez seja um segredo de felicidade, até porque os infelizes fazem o contrário. Tratam rapidamente de encontrar um defeito no júbilo do outro, ou de ignorar a boa nova que acabaram de ouvir. E seguem infelizes.

O terceiro hábito dos felizes é saber aceitar. Principalmente aceitar o outro, com todas as suas imperfeições. Sabem ouvir sem julgar. Sabem opinar sem diminuir e sabem a hora de calar. Sobretudo, sabem rir do jeito de ser de seus amigos. Sorrir é uma forma sublime de dizer: amo você e todas as suas pequenas loucuras.

Escrevo essa crônica, grata e emocionada, relembrando o rosto dos homens e mulheres sublimes que passaram e que estão na minha vida, entoando seus nomes com a devoção de quem reza. Ainda não sou um dos felizes, mas sigo tentando. Sigo buscando aprender com eles a acender a luz genuína e perene de alegria na alma. Sigamos os felizes, pois eles sabem o caminho."

domingo, 29 de novembro de 2015

Paola Antonini: exemplo de vida para beijar o padeiro

Acho que tem um bom tempo desde a última vez que compartilhei aqui inspirações para beijar o padeiro.



Acabei de descobrir o canal no YouTube de Paola Antonini e também o Instagram dela.

Trata-se de uma garota mineira, 10 anos mais nova que eu, que há 11 meses teve uma perna amputada após sofrer um acidente de carro em BH. Ela vive feliz com a prótese dela, super grata por estar viva e ter recebido a dádiva de poder continuar se locomovendo, graças à prótese, que expõe orgulhosamente.

Achei a garota fantástica! Genuinamente alto astral. Dessas que sabe fazer uma limonada com apenas um limão, astral Pollyanna, bem no estilo Beijo no Padeiro que tanto amo.

Ela é linda e seu exemplo é inspirador: tanto para pessoas que têm algum defeito físico e têm vergonha de expor, mas também para TANTAS e TANTAS pessoas perfeitas por aí, que se queixam de questões estéticas e às vezes se expõem a riscos e cirurgias para usarem uma mera camiseta decotada.

Quando comecei a amamentar minhas pernas ficaram completamente empoladas (não lembro se escrevi sobre isso aqui, pois vários posts foram escritos com muito sono enquanto amamentava de madrugada) e logo no início ficava na neura de cobrir as pernas, que desde então estão completamente manchadas. Logo depois desencanei e só vivo de short, que é a melhor roupa do mundo pra quem vive em lugar quente como eu. Enfim, que o exemplo da Paola sirva para tantas pessoas com cicatrizes, amputações, marcas, manchas, magrinhas, gordinhas... 

Parabéns Garota!!! Muita sorte e sucesso em sua vida, que você continue sendo essa pessoa linda por fora e por dentro, alegre e irradiante e que seu exemplo e jeito leve e espontâneo de ser inspirem muitas pessoas a olharem e escolherem o lado virtuoso da vida. Beijo no Padeiro!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Amamentação: Livre Demanda X Rotina


Toda vez que vejo depoimentos de pessoas que fazem amamentação prolongada o comentário de que é livre demanda é super frequente. Sinceramente, esse conceito de livre demanda para mim é um mistério.

Adotei a livre demanda até o bebê completar 3 meses. Até esse período ele não tinha muita rotina, mas desde então, uma rotina natural se criou, na qual ficou bem claro quais os momentos em que deve se alimentar. 

Sim, aleitamento é muito mais que uma mera alimentação, por conta do contato e tudo mais, entretanto, peito não é chupeta: sai leite. Por esse motivo, sou super a favor de estabelecer uma rotina para amamentar, com intervalos regulares. Claro que não precisa ser nada paranóico: nunca acordei meu filho para mamar e não sigo um cronograma de horários fixos. Entretanto, a parte mais estranha da livre demanda é que o conceito passa uma ideia de que o bebê que determina o momento de mamar. A tirar pelo meu bebê, se dependesse dele, mamária o tempo todo, pois nunca recusou mamar. Imagine se eu adotasse o conceito de livre demanda e o colocasse no peito a cada choro?

Não gosto desta ideia. Acho que o bebê deve mamar quando está com fome e com o tempo sabemos certinho o intervalo entre as refeições e mamadas, bem como identificar os tipos de choro. Além disso, uma rotina organizada ajuda a mãe a planejar as atividades, sabendo exatamente quando terá que parar para amamentar. Quando inicia a alimentação complementar do bebê, se já existe uma rotina de mamadas fica muito mais fácil substituir gradativamente por refeições.

Enfim, sou super a favor de rotina para amamentar. Aliás, sou fã de rotinas! Infelizmente nunca consegui estabelecer uma rotina pro sono do meu bebê (já relatei vários episódios da saga do sono aqui) porque ele tem sonecas totalmente imprevisíveis. Então, dormindo pouco ou muito, o que permite que eu organize suas atividades é exatamente os intervalos das refeições.

Por exemplo: nos tempos em que fazia aleitamento exclusivo eram 6 mamadas de dia (aproximadamente à cada três horas) e uma mamada na madrugada. Aos poucos fui introduzindo a alimentação complementar e substituindo as mamadas. Hoje são 3 refeições durante o dia, 3 mamadas durante o dia e uma mamada na madrugada. O dia não muda, pois ele naturalmente acorda por volta das 6 da manhã (parece um relojinho). A madrugada varia um pouco: raramente ele me dá o presente de dormir direto e outras vezes acorda mais de uma vez. 

Já que toquei no tema das madrugadas: a quantidade de vezes que acorda na madrugada afeta diretamente em minha maior ou menor produção de leite durante o dia. Algumas mães dizem ter leite para dar e vender: peito cheio a qualquer hora. Eu nunca tive. Sempre tive a conta certa para alimentar meu filho e ter intervalos regulares é crucial para garantir que a mama encha bastante entre uma mamada e outra.

Resumindo: na minha opinião, ter o dia organizado é excelente, pois permite que exista uma programação em relação à hora de oferecer as comidinhas, tendo um bebê calmo e sempre com bastante apetite, pois não fica "lanchando/mamando" a qualquer hora. Além disso, oferecendo um peito de cada vez, é possível estabelecer intervalos que permitem que o peito encha o suficiente, garantindo que as mamadas sejam substanciais. Por fim, adotar uma rotina para as mamadas desde o período do aleitamento exclusivo faz com que a transição para a alimentação complementar seja mais tranquila, já que sempre que for hora de comer, o bebe estará com fome e assim comerá com gosto: seja leite materno ou comida!

Obs.: Apesar de estipular intervalos organizados entre as mamadas, jamais estipulei tempo para elas. Deixo meu filho mamar o tempo que quiser: 15 minutos, 30 minutos, uma hora... Neste aspecto sim sigo o conceito da livre demanda: à risca!


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Aprendendo a ser mãe....


Acabei de ler um texto da revista época, bem polêmico sobre maternidade/paternidade e logo na sequência fui questionada sobre um texto recente onde relato minhas aventuras com meu filho pelo Mato Grosso. Basicamente fui chamada de louca e irresponsavel por ter exposto um bebê a situações de risco e ainda por expor essa "gafe" publicamente...

Por que escrevi o texto? Para retratar um episódio da maternidade/paternidade nu e cru. Como é! Estou cansada de relatos de maternidade/paternidade cor-de-rosa e esse texto vai de encontro exatamente com o texto que podem ler nesse link.

Sou mãe full time e quando chega o final de semana, estou louca para fazer algo diferente. Meu filho, também fica entediado de passar o dia em casa. Ele é outra criança quando sai, faz passeios, vê gente, lugares novos. Os olhos brilham de entusiasmo com novidades, gargalha, quer desbravar tudo! Nesse calorzão do Mato Grosso, fica enlouquecido de alegria com água. Acontece que morro de nojo de piscina e tendo tantas opções de cachoeiras por aqui é literalmente juntar a fome com a vontade de comer.

Como relatei no texto, escolhi o caminho que me indicaram que era mais fácil. Fui surpreendida no meio do caminho, quando já era tarde demais para voltar. Será que um pai expõe um filho a qualquer situação "de risco" de propósito? Claro que não! Mas surpresas acontecem e é preciso ter a cabeça no lugar para não se desesperar.

A vida é assim, não dá pra ter tudo planejado. Penso que o mais importante é ter controle emocional em situações adversas. 

Eu talvez tenha um espírito mais aventureiro que muitas mães. Nesses poucos meses de maternidade, nunca contei com a ajuda de nenhuma babá ou enfermeira. Enfrentei as temidas madrugadas sozinha, pois meu marido teve que voltar a trabalhar quatro dias após o parto, em outro estado. Estava na casa dos meus pais nesse período, mas o quarto deles é longe o suficiente para não terem acordado nem 5% das vezes que me virei sozinha e eles sequer escutaram algum barulho... Fiz mudanças de estado, cidade e casa sozinha, na cara e na coragem. Vivo longe de pais, sogros, tios, cunhadas... Tenho um marido que trabalha muito e passo a maior parte do tempo sozinha: ou melhor, eu e meu filho. Não tenho com quem deixá-lo, então, até para ir na esquina comprar uma cebola, preciso levá-lo comigo. Acho que isso me ensinou a me virar e ser destemida. Caso contrário, não vivo!

Agora trago outro tema. O que é uma situação de risco? Para um bebê o simples fato de estar aprendendo a andar é uma situação de alto risco. Poderá cair, bater o rosto, quebrar um dente, rachar o lábio ou o supercílio num dia comum, em casa, na presença dos pais. Os pais deixarão de incentivá-lo a andar por conta disso?

Nas grandes cidades hoje sair de carro é um risco, pode haver um acidente, um assalto... Um inocente passeio com um bebê no carrinho pode ser uma situação de risco, além de toda a poluição. Para os pais fazendeiros, deixar uma criança montar num cavalo é arriscado. Correr, pular, brincar... Viver é arriscado!

Enfim, o ponto onde quero chegar é esse. Ninguém em sã consciência expõe um filho a um risco premeditadamente, mas as vezes acontece. Eu velejava com meus pais na infância. Uma vez pegamos uma tempestade (vento Noroeste) num bote inflável à remo, à noite. Vimos o nosso barco ir para bem longe, pois a âncora soltou, ficamos completamente ensopados e precisamos pedir abrigo no barco de amigos aquela noite. Será que meus pais premeditaram o risco? Claro que não! Mas no fim, foi uma grande aventura (não é a toa que crianças amam toboáguas e montanhas russas) e o fato dos pais não terem entrado em pânico foi o suficiente para que eu e minha irmã nos sentíssemos seguras.

Valeu a pena? Claro que valeu! Imagine se tivesse sido privada de todo o maravilhoso contato que tive com a natureza durante os anos que velejei? Já basta o fato de estarmos cada vez mais encarcerados em cidades pequenas, apartamentos, ambientes violentos e perigosos sempre.

Fazer o que com os filhos? Passear só no playground ou não sair dos limites do quintal da própria casa? Comprar uma bolha? Deixar de viver? Expor seu filho a um tédio absoluto de quatro paredes ou ao mais comum dos entretenimentos, o qual tento fugir à todo custo: televisão e internet?



domingo, 22 de novembro de 2015

Panquecas americanas salgadas


Ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo integral
1 xícara de farinha de trigo branca
2 colheres de sobremesa de fermento biológico em pó
1 pitada de sal marinho
2 colheres de sopa de orégano 
2 xícaras de leite de coco caseiro (pode substituir por leite de amêndoas ou leite de arroz)
2 colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem
2 colheres de sobremesa de vinagre de arroz integral (pode ser outro vinagre, esse é o meu predileto)

Preparo:
Misture todos os ingredientes secos, depois adicione os ingredientes molhados e misture tudo até formar uma massa bem homogênea. Em uma frigideira untada com azeite de oliva coloque três colheres de sopa da massa para cada panqueca. A massa fica soltinha da panela, e como é relativamente pequena e grossinha, é super fácil de virar! Deixa na chapa por uns 3 minutos e vá empilhando em um prato. Neste eu fui intercalando as camadas de panqueca com rodelas de tomate e queijo minas frescal. Por fim decorei com queijo, tomate e salsinha picadinhos e acrescentei um pouco de azeite de oliva.

Rendimento: 10 panquecas - serve duas pessoas.

domingo, 15 de novembro de 2015

Aventuras pelo Mato Grosso


Alguns momentos em nossas vidas precisam ser registrados para não serem esquecidos. Fotos são ótimas recordações, mas textos eternizam histórias. (Obs.: Li há um tempo que o termo "estorias" não se usa mais, alguém me confirma? Tenho usado "histórias" sempre, desde então.)

Hoje meu marido saiu para pedalar às 6 da manhã, mesma hora que meu despertadorzinho: ambulante e infalível me acordou. 

Três horas depois, chega o maridão após ter pedalado 40km. Um sol de rachar, o dia implorando por uma das melhoras programações da região: banho de cachoeira 

Pensamos em conhecer algo novo, mas queríamos um lugar que tivesse restaurante e não queríamos nada muito longe, então decidimos retornar à Cachoeira Carimã, que fica a 50km da cidade de Rondonópolis e tem uma saborosa comida caseira.

Na última vez que fomos, fizemos um caminho até a cachoeira, com uma parte do trajeto meio complicada para um bebê de colo, principalmente porque, inadvertidamente estávamos sem sling ou canguru. Neste mesmo dia soubemos que tinha um outro caminho "por trás" muito mais fácil, levando à mesma cachoeira.

Então, hoje resolvemos ir por esse outro caminho, mesmo estando mais bem apetrechados, com o bebê no canguru. Perguntamos por onde era e lá fomos nós. 


Achamos estranho que o trajeto começava por dentro do rio, mas o chão era ou areia ou pedra (nada de lama), não escorregava e nem era fundo, logo, caminhada tranquila. O negócio começou a ficar estranho, pois não chegava nunca, alguns obstáculos no meio do caminho, mata fechada (não tinha trilha, só caminhando pelo rio). Apenas em poucos trechos a água alcançou a altura dos quadris, mas ao chegarmos numa cachoeira e termos que fazer uma leve "escalada" para descer por sua lateral, ficou claro que aquele caminho era, pelo menos, 10x mais complicado que o da outra vez e que certamente o tal caminho fácil não era esse. Mas, a esta altura voltar já não era mais uma opção, então seguimos adiante. 

Após uns 40 minutos de caminhada pelo rio, chegamos! A vantagem foi que foi um percurso refrescante: na sombra e com as pernas dentro d'água. O outro caminho, apesar de mais fácil e curto (uns 10 minutos de caminhada) e debaixo do sol fervente... A parte ruim foi que não sabíamos que o trecho era assim e além do bebê no canguru, estávamos carregando uma toalha grande: uma maquina, que tínhamos que ter bastante cuidado para não molhar, e dois pares de havaianas nas mãos. Soubéssemos que o caminho seria assim, teríamos aliviado a tralha!



Só não contávamos que a aventura estava só começando. Ao chegar na cachoeira descobrimos que o chaveiro, com as chaves do carro e de casa, que jurávamos ter colocado no bolso do canguru, tinha ficado para trás. Foi o suficiente para não conseguir relaxar e aproveitar a cachoeira, preocupados se iríamos encontrá-la na mesa do restaurante onde comemos antes da trilha.

Para piorar, a cachoeira estava cheia. Não cheia de gente normal e sim de um grupo de homens, mal educados, que pareciam nunca ter visto uma cachoeira na vida. Corriam como loucos e se jogavam na água sem parar. Vi a hora de um tropeassar em Gui, que engatinhava pela areia, feliz da vida ou cair em cima da gente dentro d'água. Em suma: incomodavam dentro e fora da água e para completar, levaram um cachorro que ficava nos perseguindo.

Preocupados com o chaveiro e sem podermos curtir direito a cachoeira decidimos voltar. Percebemos que um pé de sandália havia se perdido pelo caminho. Iríamos retornar pelo caminho curto e quente, alguém ia ter que queimar uma das solas dos pés. O maridão é claro! À essa altura já tinha pedalado 40km, feito trilha dentro de um rio com um peso extra de mais de 8kgs e ainda ia ter que caminhar no chão quente semi-descalso...

Ao chegarmos no restaurante ficamos aliviados de descobrir que o chaveiro havia sido encontrado e estava guardado. Tomamos uma ducha, trocamos de roupa e pegamos a estrada pra casa...

Após termos percorrido 30km em chão de terra meu marido pergunta se eu recordava se ele tinha ido de óculos. Falei que achava que sim... Confirmamos por meio de uma foto que tiramos quando saímos de casa. Em seguida, reviramos o carro e decidimos retornar para a estrada de terra: resgatar os óculos de grau do marido.

Mais 30km de estrada de terra, com o bebê já reclamando (ele é muito ativo e não aguenta ficar muito tempo sentado naquela cadeirinha)... Haja musiquinha infantil e brincadeiras para conseguir entretê-lo por tanto tempo! 

Ufa! Chegamos! Achamos os óculos!

Começou agora o quarto momento tenso do "passeio". O consumo de gasolina estava muito superior ao marcado no painel. Quando resolvemos retornar para buscar os óculos, o computador de bordo dizia que tínhamos combustível suficiente para percorrer 120km. Após termos percorrido 30km, esta marcação tinha sido reduzida para 80km. Posto, só quando acabasse a estrada de terra...

Quando chegamos no asfalto o painel dizia que poderíamos percorrer 29km antes que a gasolina terminasse. Ou seja, com uma marcação para 120km, após percorremos 60km, na contagem do combustível foi o equivalente a 91km...

Ufa! Ufa!!! Chegamos ao posto quando o painel marcava que faltavam 17km para acabar o combustível. Chegamos em casa a tempo de dar o jantar do bebê, jantarmos, tomarmos banho, colocar o bebê para dormir e finalmente fazer o mesmo. Não sem antes escrever esse texto! Nada de revisões. Hora de dormir! O dia foi longo e apesar de todos as surpresas, divertido! Valeu!!!

 Boa noite e bom descanso é o que desejo a mim mesma e a vocês! 

P.S.: Fico devendo fotos, mas só depois que conseguir descarregar a máquina no computador...

Maternando e Beijando o Padeiro

Das sensações incríveis da maternagem...

..."despertador", ou melhor, babá eletrônica toca: 2:35 da madrugada. Praticamente 9 meses de sono interrompido todas as noites...

...você vai até o quarto do bebê, pega-o no colo e coloca-o para mamar. Ele agarra são mão, com aquela mãozinha tão delicada e ao mesmo tempo tão forte. Você sente aquela pele mais macia que um pêssego... Esquece que é madrugada, esquece o sono e fica simplesmente feliz por atoar no milagre da vida...

...ainda não acabou! O bebê adormece (desmaia) em seu colo. Você pega aquele ser tão pequeno, tão indefeso, tão COMPLETAMENTE entregue e põe calmamente no berço novamente...

Durma bem meu anjinho, a mamãe lhe ama! Meu Deus grata por mais um dia de saúde e de bênçãos nessa casa! Amém!

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Amamentação: Mastite

Olá leitores!

Aqui estou eu de volta com a saga da amamentação que parece não ter fim!

Bebê com quase 9 meses, comendo super bem, resolvi parar de ordenhar leite pra mamada do "nocaute" (tenho um texto explicando em detalhes, mas basicamente ordenhei leite diariamente pela manhã e ofereci à noite durante 6 meses).

Qual a minha surpresa? Primeiro: o bico da mama rachou... Uma semana de sol e lanolina e sarou. Assim que sarou: Mastite!! Pelo menos não foram as duas coisas ao mesmo tempo... 

Ontem passei o dia com febre e desde ontem que faço muita massagem e dreno leite, em minhas poucas horas vagas, tentando desfazer o abcesso formado. E o bebê mamando....

Agora mesmo, deixei dormir me chupetando pra ver se ajuda a melhorar isso logo. Que dor!!

Cada medico diz uma coisa, ainda não defini se vou tomar antibiótico ou não, nem qual e nem que quantidade. Como podem divergir tanto as opiniões? É de deixar qualquer mãe doida!

Por essa eu não poderia esperar, achava que mastite era coisa de início de amamentação...

É isso ai... Volto depois com mais novidades!

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Quanto ganha um nutricionista?

Imagem retirada do site: www.exactus.com.br

Recebi essa pergunta aqui no blog e resolvi responder em forma de texto, pois vi que a resposta ficaria longa demais para ser uma "mera" resposta. Além disso, acho que pode esclarecer a dúvida de outros jovens no dilema da escolha de uma profissão.

Olá Camila, gostei muito do seu blog e desta postagem. Gostaria de saber quanto ganha um nutricionista nos dias atuais. Tenho 20 anos, solteiro, e quero saber se dá pra me bancar com salário de nutricionista. Fiz educação física, por uns 3 meses, mas não me identifiquei por não focar na parte biológica que é a que eu curto. Li este texto sobre nutrólogo x nutricionista, e realmente a medicina ainda caminha nessa parte, porque o foco mesmo são os remédios que como sempre dão lucros para a indústria da doença. Outra dúvida, esse curso só tem mulher né? Espero que não me estranhem de um 'cara' estar lá... Abraço ;)


Olá! Grata por sua visita! Bem-vindo ao blog!

A pergunta que me faz é tão variável... Onde mora? Em que área pretende atuar? Qual a demanda e oferta de nutricionistas onde vive? Quantas horas está disposto a trabalhar por dia? Tudo isso é muito mais irá influenciar diretamente em seus ganhos financeiros.

Entretanto, o que mais influenciará em qualquer profissão para o ganho de um bom salário é o fato de gostar ou não do que faz. Você é bem jovem ainda, então vou tomar a liberdade de lhe dar algumas  explicações sobre o mercado de trabalho, que espero que lhe ajudem em sua tomada de decisão.

1) Não existe trabalho perfeito, mesmo na profissão que amamos teremos dias que ficaremos bem desanimados. Seja por cansaço, seja por ter um paciente que não coopera, não consegue ver isso e fica tentando justificar o fracasso de sua dieta das maneiras mais exdrúxulas e em alguns casos até dando a entender que a culpa é sua, quando quem não fecha a boca é ele...

2) Em nenhuma profissão existe santo milagreiro. Seja na arquitetura (minha primeira formação), na nutrição ou em qualquer outra área, nenhum profissional sozinho faz milagre. O arquiteto vai precisar de bons parceiros na execução da sua obra... O nutricionista irá precisar ser bastante convincente e paciente para que seu cliente não desista no meio do caminho. Afinal, ele dá a régua e o compasso, mas sem a disciplina e perseverança de quem faz a dieta, não há como uma folha de papel com uma prescrição, por melhor que seja, fazer milagre. Os resultados não chegam da noite pro dia.

3) Da mesma forma, em termos financeiros, os resultados não vêm da noite pro dia. Não espere começar em nenhuma profissão com um mega salário. Salvo raríssimas exceções, isso não existe. Um bom salário, em qualquer área será sempre fruto de muito estudo, trabalho e dedicação. Pode se preparar para fazer muito trabalho NÃO remunerado e seja grato por eles, são esses trabalhos (famosos estágios e trabalhos voluntários) que lhe darão cabedal e segurança para cobrar honorários pelos serviços prestados no futuro.

4) O aumento do salário é um processo gradual: ninguém começa uma carreira hoje ganhando o mesmo que outra pessoa que se dedica há 10, 20, 30 anos ganha. Isso se chama meritocracia e é um conceito presente em todas as áreas no mercado de trabalho. Você estaria disposto a pagar o mesmo valor numa consulta a um profissional recém formado ou a outro com vasta bagagem e experiência devido à anos de trabalho?

5) Não espere a faculdade perfeita. Ela também não existe. A faculdade só é uma ferramenta para você se orientar. Se você não correr atrás de estudar, se informar, buscar estágios para adquirir experiência e ralar pesado, vai concluir o curso, obter um diploma e não saberá prescrever um prato de arroz com feijão nas proporções adequadas. Em meus 10 anos de vida universitária o que mais vi foram alunos se enganando, pescando (ou como se diz em outras partes do país, colando) em provas, fingindo que faziam trabalhos sendo meros integrantes moscas de equipes. Coitados! Perderam boas oportunidades de aprendizagem e certamente receberão a lição da vida quando chegarem ao mercado de trabalho e ficarem a ver navios... O desemprego é uma realidade em todas as áreas.

A nutrição anda em alta, mas como tudo nessa vida cíclica, daqui a quatro anos, quando se formar, pode já ter saído da moda ou o mercado poderá já está saturado de nutricionistas? Como advinhar? Pouco importa, se você é um bom profissional, sempre haverá espaço para você no mercado. Criatividade também é essencial, viu? Especialmente em momentos de crise! É preciso estar inovando sempre!

Lembre-se: o mundo gira em forma espiral, ou seja, vamos sempre para frente e nunca retornamos ao mesmo ponto. Uma oportunidade de aprendizado hoje não se repetirá amanhã. Aquilo que planta hoje será aquilo que irá colher amanhã. 

A prImcipal coisa que precisa ter em mente é que é necessário que se tenha tesão por aquilo que estuda e faz, que isso lhe dê motivação para buscar ser cada vez mais bem informado e um profissional completo. Ninguém aguentar trabalhar 8, 10, 12 ou até mais horas por dia, todos os dias, anos a fio com algo que não lhe motive constantemente.

Espero ter ajudado e boa sorte na escolha!

P.S.: Sobre o maior número de mulheres no curso, é um fato. Entretanto ele não exerce qualquer tipo de repercussão no seu futuro resultado profissional. Quando alguém trabalha com qualidade esse trabalho acaba sendo reconhecido impendente de sexo, cor ou etnia. Tenho um grande exemplo  casa: minha irmã foi a quinta mulher a se formar em Engenharia Mecânica no curso da Universidade Federal da Bahia, estudou e trabalha cercada por homens e exerce um cargo que muito homem almejaria exercer...

Os diferentes tipos de slings

A primeira vez que vi um bebê no Sling foi uma ex colega minha do colégio com seu bebê, com menos de um mês de nascido. Na ocasião ela carregava-o num Sling de argola, numa posição que parecia uma rede (dessas típicas de índio que se vê frequentemente nas casas e fazendas do Nordeste do país). Ao ver aquele bebê tão aconchegadinho tive certeza que quando tivesse um filho usaria um daqueles também.



Na imagem acima, retirada do site www.sampasling.com.br vemos o exemplo de um bebê neste tipo de Sling, só que na posição invertida, mamando. Quando o bebê é menorzinho fica mais aconchegadinho como na imagem abaixo, retirada do mesmo site.

Da maneira atravessada, o Sling também pode ser usado para bebês maiores, sentados, como ilustra a imagem abaixo, retirada do site: www.bacibaby.com.


Como viram no meu ultimo post esta não é a maneira que uso o Sling com mais frequência, apesar do meu permitir estas possibilidades de uso.


Para carregar desta maneira, podem-se usar alguns modelos de "easy-wrap" que são slings que já vem "pré-montados" e facilitam o uso ou então fazer uma amarração com um pano de 5m, como mostra a imagem abaixo (ilustração retirada do site: www.coisasdamy.com.br).

Eu achei esse super complicado e optei por um easy wrap. Achei bem mais rápido e prático de usar... Comprei o meu no site: www.maternas.com.br. Neste link https://www.youtube.com/watch?v=wUaVVP4FRY0 tem um vídeo explicando como usa e a imagem abaixo (retirada do www.vidamaterna.com) ilustra bem, com a diferença que o meu é composto de duas peças: além desta em formato de "x" há uma faixa que é fundamental para maior sustentação da coluna e para o bebê ficar mais seguro (especialmente quando já está numa fase  que se mexe muito).


E afinal de contas, porque usar um Sling e não um canguru? Na imagem abaixo, retirada deste site: www.minkybio.wordpress.com fica bem ilustrada a vantagem do Sling em cima do canguru tradicional. Ele apoia melhor o quadril do bebê, o que é muito importante, nos primeiros meses, quando ainda não senta. Eu ainda gosto de usar com as perninhas do bebê abraçadas em meu quadril. Em minhas fotos verão que nem se vê as perninhas de Gui penduradas...


É isso, espero que tenham gostado do meu resumo e que tenham muitos momentos felizes "slingando" por aí... Eu pressinto que vou morrer de saudades desta fase quando meu baby estiver maior.

Acabei de achar esta imagem no perfil do Instagram: @wrap_sling_baby e achei que tinha que fazer parte do post. Nele podemos ver a posição como o bebê fica encaixadinho em diferentes fases de desenvolvimento.





segunda-feira, 9 de novembro de 2015

10 razões para ter um Sling

Ontem uma amiga puérpera veio me perguntar o que eu achava dela comprar um Sling. Vou aproveitar para compartilhar com vocês a minha experiência com esse acessório fantástico do enxoval da maternagem.

Para quem não sabe, Sling é aquele canguru feito de pano. Na gravidez comprei um canguru, mas depois resolvi comprar um Sling também, pois achei mais aconchegante para bebês bem pequenos. Gostei tanto que comprei outro, pois nos primeiros meses de Gui usei tanto que precisava ter dois: enquanto um lavava, usava o outro...

Afinal, por que ter um Sling? Posso fazer uma lista de razões! 

1) Praticidade: ótimo para carregar os filho e ficar com as mãos livres. Até hoje, por exemplo, só faço mercado com Gui amarrado.

2) Sono: o bebê dorme como um anjo dentro do Sling. Muitas vezes estamos na rua, o bebê fica com sono e não temos como nem onde parar para colocá-lo para dormir. Solução? Amarra no Sling e ele dorme! Assim, pode fazer coisas de rua durante muitas horas e garantir o bom humor do seu baby... Eu nem preciso dizer o quanto foi útil em minhas mudanças de estado, né?!?


3) Viajar de avião: nem imagino como deva ser viajar de avião sem um Sling... O bebê fica amarrado, dorme, libera suas mãos para carregar malas, sacolas e documentos... No avião você pode tirar cochilos tendo a certeza que ele está seguro e não há chance de derrubá-lo...


4) Vida social: não gosto de sair à noite com Gui, pois ele dorme cedo. Entretanto, algumas vezes precisei sair e não atrapalhei o horário do sono dele, graças ao Sling. Ele não é o tipo de bebê que dorme em carrinho (já escrevi vários textos aqui relatando a Saga do Sono) e nem sempre cabe um carrinho nos lugares... No Sling, pode estar o maior barulho (já fui pra bar com música ao vivo, ambiente fechado e mais de 10 pessoas falando alto na mesa e ele dormiu a noite inteira).


5) Aquece: mais de uma vez deu uma esfriada repentina e a melhor forma de agasalhá-lo foi colocando dentro do Sling, especialmente quando morávamos em BH.


6) Cólicas: graças a Deus meu filho não sofreu com elas, mas é uma ótima forma de aquecer a barriguinha do bebê para melhorar sintomas de cólicas e gases.

7) Refluxo: Gui sempre foi de golfar muito quando mamava e depois que mamava tinha que ficar um tempão com ele na vertical para arrotar. Várias vezes amarrei no Sling para arrotar e não precisar ficar com o peso nos braços.

8) Conforto: o peso do bebê fica bem distribuído, não sobrecarrega os braços e nem a coluna, possibilitando dar longos passeios sem ficar muito cansada. Até hoje, todas as sextas tem uma feira aqui no bairro e vou com ele amarrado, enquanto o carrinho dele se transforma em carrinho de compras para carregar a feira da semana. 


9) Acalma o bebê: Gui é um bebê super agitado. As vezes tá manhoso... Ponho no Sling e ele fica tão calminho.

10) Facilita a amamentação: consigo amamentar até em pé, com Gui dentro do Sling. Muito prático, pois as vezes não conseguimos uma posição ou lugar bom pra amamentar. 

Um exemplo: Outro dia fiz um mercado de 3 horas com ele amarrado: ele dormiu, acordou, mamou, arrotou... E eu empurrando o carrinho e fazendo compras. Sinceramente morro de nojo daquelas cadeiras que ficam presas nos carrinhos, sem contar que cada vez que vai procurar um produto você para de olhar pro carrinho, com ele amarrado você não tem com o que se preocupar. Enfim: para mães que não têm com quem deixar o filho e precisam carregá-lo para tudo quanto é lugar é quase que uma peça indispensável! 


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dermatite do bebê

Depois que virei mãe tive que tomar umas aulas no tema: dermatite!

Logo que Gui nasceu, teve dermatite seborreica. A pele e o couro cabeludo descamaram  completamente como se tivesse coberto de caspa. Soube que era comum e fisiológico, regulação das glândulas sebáceas. Usei Fisiogel e em pouco tempo ficou bom.


Na sequência, a dermatite seborreica deu lugar a uma outra dermatite, cujas características não davam para diagnosticar como atópica (alérgica) ou não. Essa dermatite consistia em placas vermelhas e ásperas pelo corpo, mas não estavam localizadas nos pontos clássicos da dermatite atópica. Segui com o uso de Fisiogel para hidratar a sua pele. Além disso dava apenas um banho por dia, com água morna (quase fria) e bem rápido.


Quando estava com uns 2 meses surgiu uma nova dermatite: de fralda. Nessa época não usava nenhum tipo de pomada, pois a indicação das fraldas de pano é que não requerem uso de pomadas.

Esse foi o pior dia: do Bepantol


Essas duas fotos mostram mais ou menos como ficou por dois meses. As vezes mais claro, às vezes mais escuro... Usei fralda descartável por 15 dias nesse período, pois coincidiu com a vacina de rotavírus (precisa descartar todas as fraldas de coco por 15 dias) e não vi melhora entre o uso de fralda de pano ou descartável.

Entretanto, com a vermelhidão que surgiu na região da fralda (não era assadura e não era nas dobras) comecei a usar pomadas. Qual a minha surpresa ao começar a testar marcas? Meu filho era alérgico ao componente da maior parte das pomadas: óxido de zinco. Mais alérgico ainda ao componente da famosa Bepantol. A dermatite só piorava com as pomadas e após um mês de testes, depois de ter experimentado 11 produtos diferentes, finalmente descobri um que deu certo: Cetrilan!!!

A título de curiosidade para quem estiver passando pelo mesmo problema, testei: Desitin azul, Desitin roxa, Cutisanol, Bepantol, Weleda, Óleo de Gergelim, Óleo Mineral, Fisiogel A.I., Fisiogel, Pasta d'Água, Maisena... 

Aliado ao uso de Cetrilan, passei a dar banho de sol nele peladão todos os dias, pois li na internet que sol era um santo remédio para dermatite. Funcionou! Padeci com a dermatite de fralda e dermatite pelo corpo enquanto o bebê tinha de 2 a 4 meses.

No dia que fez 5 meses me senti segura para parar de usar o Fisiogel (já tinha um mês que não tinha nenhuma mancha pela pele). Já o Cetrilan, comprei um estoque tão grande que vai demorar de acabar, risos!

Esse processo coincidiu com a fase do aleitamento exclusivo e juntamente com o tratamento tópico fiz uma mega dieta para alcalinizar meu leite. 

Nesse ínterim (quando ele tinha 3 meses) mudamos para BH e acho que a mudança do clima quente e úmido pro clima frio e seco também favoreceu. Enfim, não sei se foi o clima de BH, o sol, o Fisiogel, o Cetrilan, a dieta ou a combinação de tudo isso. O fato é que dermatite faz parte do passado há 4 meses e é muito bom ver a pele do meu bebê branquinha, sem manchas e nem ressecamentos.

Entretanto, uma coisa é certa, o ponto fraco dele é a pele. Sim, herdou as alergias da mãe e do pai, especialmente a ácaros e por isso estamos sempre atentos.

Um dos quadros de empolgação por contato com ácaros... Banho frio e ar condicionado costumam ser suficientes para resolver.

Certa feita, ao chegarmos no hotel em Rondonopolis, ficou brincando no sofá do quarto com o pai por 5 minutos e foi o suficiente para ficar todo vermelho, olhos inchados... Enfiei-o debaixo d'água imediatamente e aos poucos foi clareando (esta é sempre a providência que tomo nesses casos: banho frio e observação). Pedi para aspirarem o quarto diariamente e tirarem todas as almofadas e tapetes do quarto e nos 15 dias que passamos lá ele não chegou perto do sofá. 

Em outras ocasiões já apresentou vermelhidão após contato com moveis e objetos. Esses episódios estão cada vez menos frequentes e torço para que seja um sinal de amadurecimento do sistema imunológico, pois com o fator genético e sabendo que pele e pulmão estão intimamente ligados, morro de medo destas dermatites evoluírem para uma alergia respiratória. 

Enquanto isso sigo atenta, bem atenta!  

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Pobre fazendo pobrice!

Como ler aquele texto da louca que diz que amamentar é coisa de pobre fazendo pobrice e não comentar nada por aqui? Abaixo a imagem que está circulando nas redes sociais para quem não está a par do assunto.



Desde que me tornei mãe já dediquei vários posts aqui no blog a este tema: AMAMENTAÇÃO. Convivendo com muitas mães tenho visto o quão não é algo tão simples como parece: botar o peito de fora e alimentar seu bebê. Algumas mães têm muito leite e sofrem por isso, com mastites severas. Outras querem muito amamentar e têm pouco leite. Tem as que fazem relactação, passam hoooooooras com seus bebês no colo para estimular a produção de leite, usam sondas na mama, no dedo mindinho... A grande maioria sofre com algum tipo de fissura na mama e nas primeiras semanas choram para conseguir amamentar. Têm mães que têm leite suficiente, mas o bico da mama é invertido e o bebê não consegue abocanhar direito... Existem casos de cândida albicans na mama em que mães sofrem por meses com suas mamas feridas, sentem dor ao amamentar e mesmo assim não desistem. Algumas têm muito leite de dia e pouco leite à noite e precisam ordenhar diariamente... Enfim, são tantas histórias... 

Uma coisa é fato, amamentar está longe de ser uma tarefa simples e muitas mulheres, independente de suas classes sociais, passam pelo que descrevi acima, por acreditarem que o leite materno é o melhor alimento para o seu filho. Graças a Deus a tecnologia existe e as fórmulas infantis estão cada vez mais completas para garantir uma nutrição adequada aos bebês, pois, infelizmente, apesar de muitos esforços, diversas mães não conseguem amamentar e são salvas por essas fórmulas.

Algumas mães, por opção, não querem amamentar. Ou porque não gostam, ou por qualquer outro motivo. Respeito. Não acho que o tipo do parto, o fato de amamentar ou não faça ninguém melhor mãe ou pior... Só acho uma falta de respeito desdenhar de um ato que envolve tanto amor e sacrifício como essa mulher fez. Sem falar na ignorância, pois não existe dúvida em relação à qualidade do leite materno em termos nutricionais. Graças a Deus os filhos dela são saudáveis sem terem mamado, mas daí a dizer esse tanto de barbaridade é tão ridículo que chega a ser quase inacreditável.

Em relação à pobrice de amamentar em público, acho que as pessoas precisam se livrar deste tabu. Primeiro, ninguém fica "encarando" o peito de uma mulher quando ela está amamentando. É ridículo ela ter que se privar de um ambiente social para amamentar. Vai fazer o que se está em um restaurante e dá a hora do bebê mamar? Se trancar no banheiro para amamentar? Claro que não! Paninhos para cobrir o peito? Funcionam enquanto o bebê é bem pequeno, mas quando crescem fica praticamente impossível. Nesse ponto, vai de cada mulher. Tem umas que são mais discretas, ficam de bandinha, sentam em cadeiras no canto da mesa, usam roupas que disfarçam bem... Outras não estão nem aí, botam o peitão de fora mesmo... E aí? Qual é o problema? Quem está mostrando o peito? Se a única pessoa que poderia ficar incomodada com esta situação que é o marido da mulher não estiver se incomodando, é você que vai se incomodar? Ah! Fala sério! Vemos peitos na TV, nas capas de revistas, nas praias, no carnaval e é o peito de uma mãe amamentando seu filho que gera incômodo, constrangimento? Ora, era só o que me faltava!

Meu filho já deixou a fase da amamentação exclusiva e morro de saudades dos tempos que ia pra qualquer lugar sem precisar me preocupar em levar papinhas na bolsa. Deu fome? Peito! Existe coisa mais prática nesse mundo? Sem falar em todo o resto que envolve a amamentação: o conforto do bebê, o contato com a mãe... Meu filho mesmo, resiste ao sono até não poder mais com uma exceção: quando está no peito. Aí ele se entrega e dorme por horas se deixar. O problema é que quando ele dorme é justamente a hora que tenho para fazer alguma coisa, então não faz sentido que ele durma no meu peito e eu fiquei ali parada, vendo o tempo passar, cheia de coisas para fazer, sem poder fazer nada... Mas nos dias que ele está enjoadinho por algum motivo, deixo sim, nada traz mais acalento e sinceramente não sei como é ser mãe sem amamentar. Claro que existem outras maneiras de acalentar um bebê, mas o peito parece uma fórmula do silêncio, o bebê pode estar aos berros, mama e acalma. Só posso imaginar que para eles deva ser a oitava maravilha do mundo, não é mesmo?

Então, vou ficando por aqui, saudando a todas as mães pobres! Que continuem fazendo muita pobrice por aí...!! VIVA!

A pobre mãe blogueira fazendo pobrice!

Agora a minha pobre favorita fazendo pobrice em graaaaande estilo!

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Fralda de pano X Fralda Descartável




Fui uma criança super alérgica e em minha lista de alergias estavam incluídas fraldas descartáveis.

Sabendo disso, já na gravidez resolvi pesquisar sobre as fraldas de pano modernas e fiquei bem seduzida com a ideia.

Nunca gostei de usar absorvente e tenho muita sensibilidade na pele. Sempre associei fralda descartável a algo super químico em contato direto com a pele do bebê. Com isso, a ideia de usar fralda de pano me parecia bem menos agressiva à pele sensível do bebê. Aliado a isso, há também toda a questão ecológica...

Comprei um belo kit de fraldas de pano modernas e logo que passou a fase do mecônio, uns 15 dias após o nascimento (o mecônio mancha as fraldas de pano e é muito difícil de remover) comecei a usá-las em Gui.

Usei fraldas de pano até ele completar 6 meses, mas nessa fase mudamos de BH para o Mato Grosso e tendo que morar 3 semanas em hotel, me rendi à praticidade das fraldas descartáveis.

Depois que já estava instalada, só de olhar para aquelas fraldas de pano derretia de calor, uma vez que nessa terra faz 40 graus em pleno inverno. 

Graças a Deus Gui estava totalmente curado da dermatite de fralda nessa fase e diferente da mãe, não tem alergia à fralda descartável. Acredito também que elas devem ter evoluído muito nos últimos 30 anos...

Sobre a dermatite vou escrever um post inteirinho depois...

Enfim, resumo da história das fraldas... Não descarto o mérito das fraldas de pano. As modernas são realmente práticas e lindas. Para mim, o uso delas não foi muito complicado nos primeiros meses, pois nessa fase o bebê suja tanta coisa que rodava uma máquina por dia. O cocô do bebê enquanto mama só no peito é sempre igual, praticamente inodoro e sai bem fácil da fralda, então, quando tinha fralda de cocô esfregava na mão e depois botava tudo na maquina.

Hoje em dia só rodo uma máquina de roupa de bebê por semana e com tantos aumentos na conta de energia o gasto de rodar uma máquina por dia, versus uma máquina por semana consiste em valor considerável ao optar por fraldas de pano. Além disso, o bebê quando fica maior passa a sujar menos fraldas. Na fase das fraldas de pano usava uma média de 10 fraldas por dia, atualmente esse número caiu pela metade... 

Dos males, o menor! A praticidade das fraldas descartáveis é incontestável e em termos ecológicos não podemos deixar de levar em consideração o gasto de água e energia (para lavar e passar) com fraldas de pano.

Enfim, gosto de pensar nos dois lados da moeda e se voltar a morar em um lugar frio, como era BH, não descarto a ideia de voltar a usar fraldas de pano. Continuo achando uma excelente opção! 

Acima fotos das fraldas de pano que comprei para terem uma ideia de como funciona. Não testei outras marcas mas fiquei super satisfeita com as da Morada da Floresta: fáceis de usar, práticas, bonitas, grande capacidade absorvente e muito difíceis de vazar. 

Desvantagem: além de ter que lavar para mim a pior desvantagem é em relação às roupas. Meu filho precisava usar roupas tamanho G quando sua numeração ainda era P, pois nada abotoava devido ao volume das fraldas. A vantagem foi que quando passei para fraldas descartáveis, que são consideravelmente menos volumosas, "ganhei" um monte de roupa que tinha deixado de usar...







terça-feira, 3 de novembro de 2015

Amamentação: O dia que derreti a minha única mamadeira, importada!



Ufa!! Bebê dormiu!! Confesso que em dias como hoje, em que ele passa o dia inteiro acordado, quando chega 17:00 começo a fazer contagem regressiva para dar 19:00 para conseguir fazê-lo dormir, já que a maior dificuldade dele parece estar relacionada ao dia. À noite costuma resistir menos ao sono...

Estou tentando retomar o hábito de escrever, pois, acima de tudo, me faz um bem enorme. Saudades de ter uma rotina de blogueira mesmo que seja para falar sobre o tema que ocupa todo o meu tempo. Enfim, pelo menos é um assunto que flui com facilidade, pois é a minha realidade durante 24 horas por dia, nos últimos oito meses.

Da mesma forma que alguns dias parecem longos e intermináveis, alguns episódios da maternidade parecem super dramáticos quando vivenciamos e quando qualquer outra pessoa escuta, parece uma besteira. Hoje vou compartilhar uma dessas histórias.

Depois que cheguei à solução da mamadeira do "nocaute" noturno, como já comentei aqui, passei a ordenhar leite diariamente para dar à noite. Usava uma mamadeira da medela (mesma marca da minha bomba) cujo bico era à vácuo (modelo Calma), simulando o bico da mama de forma que o leite só saía se o bebê sugasse. Caso contrário, poderia virar de cabeça para baixo e sacudir o quanto fosse, não caía uma gota! Como meu bebê sempre foi muito guloso, achava essa mamadeira excelente, pois morria de medo de ele se engasgar com uma mamadeira.

Depois de algumas semanas de tranquilidade total, dando a mamadeira de leite pro bebê, percebi que 150ml (o conteúdo máximo da mamadeira que tinha) estava ficando pouco e logo precisaria de uma mamadeira maior. Pesquisei na internet e achei as mamadeiras da medela de 250ml um assalto à mão armada aqui no Brasil. Logo, descobri uma amiga que poderia trazer uma dos EUA para mim (na época o dólar não estava tão caro). Esta amiga gentilmente disse que queria me dar de presente a mamadeira e me pediu as especificações. Passei tudo certinho e aguardei ansiosamente meu presente/encomenda chegar dos EUA.

Um belo dia, exausta como todas as noites, coloquei a mamadeira e para ferver e PIMBA!! Esqueci e tudo derreteu: mamadeira de 150ml e bico que tanto amava, modelo CALMA da Medela. Minha amiga tinha chegado naquele dia com o meu copo de 250ml - agora tinha um copo de mamadeira, mas não tinha o bico! Pânico total!! Como ia fazer meu bebê dormir na noite seguinte? O tal bico à vácuo não se acha no Brasil (talvez em algum site com longo prazo de entrega). Pânico total! Tinha vontade de chorar vendo tudo derretidinho dentro da panela, justo agora que tinha achado uma solução!

Fui desabafar com a minha amiga e qual foi a minha grande surpresa. Ela achou muito pouco me presentar com um copo de mamadeira de 250ml (o que havia pedido) e comprou 3 kits completos de mamadeiras, incluindo o bico. Não eram os bicos à vácuo, mas eram da Medela (encaixavam em minha bomba de ordenhar leite). Àquela altura meu filho já estava mais acostumado com a mamadeira e por pura sorte do destino: derreti minha única mamadeira em uma noite e no outro dia recebi três novas mamadeiras. Como não ser grata ao destino e à minha amiga que teve a feliz ideia de dar um upgrade no presente sem nem me falar nada? 

Adoro essa história. Um exemplo de que devemos ter fé e muita gratidão na vida, que tudo se acerta... 

Opa! Foi só o tempo de escrever esse texto e PIMBA! Bebê acordou!!! Lá vou eu pra minha saga...

Tentando voltar a ser blogueira - está difícil!!!

Esta é a primeira vez que consigo ligar o computador desde que mudei para o Mato Grosso e antes disso nem me lembro qual a última vez que o fiz.

Gosto de escrever pro blog num teclado de verdade, mas desde que me tornei mãe, 99% dos meus posts foram feitos no celular. Algumas vezes eles saem completamente loucos, como no caso do texto que publiquei há alguns dias: De Carbono e Ferro São Feitas as Mães. Tento editar, mas além de não conseguir, só piora!! De enlouquecer uma ariana com ascendente em Virgem, que depois dos 30 está cada vez mais virginiana (perfeccionista e metódica).

Outra coisa que não consigo fazer pelo celular é colocar tags (marcadores) nos textos. Estou precisando sentar com calma e sair colocando tags em um monte de texto antigo. Será que vou conseguir agora? Antes disso vou tentar escrever um texto, rezando pro bebê não acordar...

Ops! 20 minutos de soneca e ele acordou!! São 15:00 e estou na função de mãe desde 6:30 da manhã!! Às 10:00, após uma hora com ele no colo, consegui fazê-lo dormir por 30 minutos e agora, depois de muito sacrificio, dormiu mais 20 minutos.

A matemática simplesmente não bate! Lá vou eu pra minha bebelândia novamente!

Beijos e até breve com textos não editados pelo celular...