segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sal Marinho X Sal Refinado


O Sal Marinho, não refinado é fonte de saúde e de vida desde as origens dos seres humanos. Hoje, o sal e o shoyu se converteram em venenos cotidianos: o sal de mesa comum (cloreto de sódio), shoyu (adicionado com glutamato monossódico).

Hoje vou analizá-los a partir de diferentes pontos de vista: químico, energético, cultural e produtivo. Ao fim,  veremos que todos confluem em um bendito interesse econômico, que ironicamente não mostra nenhum interesse pela saúde.

Uma pessoa saudável não é rentável para a atual economia.

O sal marinho é a conseqüência da simples evaporação da água do mar, que deixa um resíduo sólido, composto por 84 elementos estáveis, onde sem dúvida o cloro e o sódio são os principais elementos quantitativos, representando quase 90% de sua composição. Os 10% restantes, entretanto, são de importância extraordinária.


Se partirmos da base de que a vida no planeta surgiu no leito marinho, é óbvio que haja uma semelhança intrínseca, qualitativa e funcional com aquela “sopa mãe”. Todas as formas de vida do planeta (plantas, animais, humanos) levam incorporadas dita solução em seus fluidos internos (seiva, liquidos intracelulares, plasma sanguíneo). Disto eram conscientes nossos ancestrais graças às suas intuitivas visões holísticas; porém, nosso modernismo reducionista industrial é incapaz de considerar tal perspectiva. Conjuntamente com o sal iniciou-se a preocupação com a “sujeira” e por isso, ele passou a ser lavado e purificado para ser presenteado como um produto limpo e higiênico. O mesmo ocorreu com o arroz, a farinha, o azeite, etc.


Encontramos nesta retrospectiva a origem dos processos de industrialização. O curioso, todavia, é que o que animou a industria a desenvolver complexos e custosos procedimentos de purificação do sal não foram os fins alimentícios, e sim o grande valor industrial do componente básico do sal: Cloreto de Sódio. Este é um reativo perfeito e econômico utilizado para a produção de plásticos, óleos minerais, indústria bélica e espacial e por fim a indústria alimentícia, que o utiliza em uma bateria de aditivos, conservantes e como inibidor de processos de decomposição. 

Segundo Sherri Rogers, em seu livro: "A saúde se encontra na cozinha”, o sal de mesa utilizado nos últimos 50 anos é um subproduto da manufatura de armas. Ele afirma também que grandes empresas como a Morton e a Thriokol, fabricantes de combustíveis para foguetes, refinam o sal para extrair certos minerais importantes para fins bélicos e espaciais. Para este fim, o sal precisa passar por temperaturas de 670ºC, o que destrói a estrutura cristalina e duas propriedades. Assim, 93% do sal que se refina é destinado a fins industriais não alimentícios; 4% é destinado à indústria alimentar como conservantes; e apenas 3% como sal de mesa: como um dejeto do processo industrial.


Nem tudo termina no desmanche de seus 82 elementos constitutivos restantes. Logo, sofre a ativação de outros compostos refinados, iodo e flúor: ambos constituem minerais tóxicos e reativos nas formas antinaturais, como são adicionados industrialmente. Isso é feito por lei para "resolver" problemas tireoidianos e e proteger a saúde mental, porém, ninguém leva em consideração que o corpo não pode metabolizar a suplementação de iodeto e fluoreto. Tampouco é levado em consideração que estes compostos são os principais responsáveis pela formação de nitratos no estômago: os nitratos são as substâncias cancerígenas mais agressivas e responsáveis por tumores seletivos em muitos órgãos, além de um sem fim de disfunções. 

A este trágico panorama, se soma a ativação de outros conservantes, também legalmente autorizados e inclusive sem obrigação de serem declarados nos rótulos das embalagens, como iodeto de potássio e dextrose, um tipo de açúcar que serve para evitar a oxidação do iodo (ou seja, isso significa que o sal refinado contém açúcar!). Depois é adicionado bicarbonato de sódio para que o sal não fique com tom púrpuro, dado à reação do iodeto de potássio com a dextrose. Por fim, para garantir que o sal fique bem “soltinho”, é adicionado hidrato de alumínio. A relação entre o alumínio e Alzheimer é bastante conhecida devido ao papel deste metal leve nas disfunções neuroniais.

Não pára por aí: outros aditivos encontrados no sal de mesa são: carbonato de cálcico, nada mais é do que um farelo de ossos animais; o alumínio de silício sódico; o ferrocianuro de sódio; o citrato verde de amoníaco férrico; e o carbonato de magnésio.


Através do sal refinado, entram diariamente no organismo uma enorme quantidade de sódio. Em doses adequadas, este mineral mantém o equilíbrio ácido-alcalino e o equilíbrio hídrico e eletrolítico do organismo. O problema é que atualmente a fonte de sódio é o sal refinado e a presença camuflada de mais de 44 aditivos baseados no sódio, entre fermentos, gelatinas e potencializadores de sabor, ou educolorantes em alimentos industrializados. Entre eles está o E-621 (glutamato monossódico) que falarei mais adiante.


O sal marinho refinado, mesmo que em pequenas doses, cria inúmeros prejuízos psicofísicos, incluindo: retenção de líquidos; obesidade; celulites; cristalização e escleroses; problemas cardiovasculares; ácido úrico; dores osteoarticulares; desmineralização dos ossos; hipertrofia das glândulas suprarenais; infertilidade; perda de cabelo e outros.


A partir do diagnóstico oriental é possível encontrar alguns indicadores físicos para detectar a presença excessiva de sódio no corpo, como: pele escurecida; rigidez muscular; mandíbulas apertadas; dentes inferiores sobressalentes; retração das gengivas; manchas no branco dos olhos; urina forte; fezes escuras e confeitadas.


Não posso finalizar este texto sem falar no E-621 (glutamato monossódico), aditivo perigoso, utilizado especialmente na indústria ou em restaurantes, há pouco mais de meio século.


Pesquisadores japoneses o relacionam com a perda da visão em longo prazo e problemas nervosos. Porém, o sintoma mais alarmante é o aumento desenfreado do apetite, e consequentemente seu vínculo com a obesidade e desordens no apetite.


A glutamina é um aminoácido indispensável para o organismo, que intervém em diferentes funções neuroendócrinas, uma delas é a de regular as sensações de apetite e ansiedade. Chega ao organismo de forma natural nos alimentos que contém proteína e não tem nada a ver com o glutamato de sódio ou E-621 (também conhecido como Ajinomoto).


O glutamato monossódico tem sido muito utilizado como aditivo potencializador do sabor em produtos industrializados e restaurantes, principalmente nos orientais, que fazem vasto uso do molho shoyu (molho de soja). Não pára por aí: o E-621 está presente nas batatas fritas dos restaurantes de comida rápida; na comida oriental; nas guloseimas das crianças e outros outros, gerando vício e ansiedade voraz por voltar a comer estes alimentos. É ele que dá o tal “gostinho de quero mais” nas comidas e temperos. Esta é a razão pela qual os estabelecimentos de vendas de comidas, com este componente, se proliferam cada vez mais.


O molho shoyu, alimento tradicional do oriente, é obtido pela fermentação da soja junto com água e sal marinho, gerando um produto de grandes qualidades terapêuticas e medicinais, contendo ácido acético, que é um inibidor da contaminação e ajuda a superar a fadiga física. De forma contrária, o molho de soja não natural, é feito com sacarose, glutamato monossódico, farinha de soja não orgânica e transgênica, apresentando um elevado teor de ácido oxálico, fórnico e lebulínio. Estes ácidos fazem evaporar os minerais no sangue e nos órgãos internos, originando acidez, dilatação do estômago e do fígado, além de agravar processos inflamatórios.


Um consumo moderado de sal marinho não refinado, de shoyu orgânico, natural e não pasteurizado, gera saúde e vitalidade. Aprenda a reconhecer as suas diferenças e substitua em casa o tóxico pelo saudável. Se costuma fazer refeições rotineiramente fora de casa, lembre-se que uma comida saudável não significa a idéia bucólica de se comer somente alimentos de origem vegetal: a qualidade da água, do sal e do óleo são determinantes para garantir vitalidade nas refeições.

“Só sei que nada sei”


"Primeiramente, perdoem minha petulância em roubar a celebre frase de Sócrates para titular minhas humildes observações.

O advento da difusão das informações e conseqüente domínio cada vez maior sobre os recursos naturais disponíveis em nosso planeta nos trouxeram uma série de benefícios que com conhecimento podem ser utilizados para nosso bem ou não.

Entretanto, a meu ver, atualmente vivemos numa sociedade capitalista, desigual e oportunista gerenciada não mais pelos chefes de estados e sim pelo poder financeiro das grandes corporações que obviamente visam somente maximizar seus lucros para se perpetuarem. É sabido que tal modelo de gestão muitas vezes passa por cima do que já é conhecido como maléfico para a humanidade em detrimento de benefícios próprios: são os casos das indústrias de cigarro, aspartame, açúcar, leite, eucalipto, etc.

Fato é que o advento dos meios de informação, unido ao crescente poder das corporações, nos deixam extremamente fragilizados e incapacitados quanto à nossa capacidade de discernimento para o que é bom ou ruim. A todo tempo somos bombardeados pela mídia com informações tendenciosas e muitas vezes mentirosas para adquirirmos produtos. Atreladas a esta conjuntura desconstrutivista nossas escolas carecem cada vez mais de bom senso quanto ao verdadeiro ensino. Somos educados com informações para realizarmos exames de vestibulares ao invés de capacitados para buscarmos, criticarmos e analisarmos a veracidade das informações.

No caso dos mais humildes, estes carecem sobremaneira de ajuda em relação à forma em que as indústrias de poder sobrepõem suas necessidades para eles. Paradoxalmente os mais afortunados, ou aqueles ditos “minorias” padecem do mesmo mal, muitas vezes ainda pior, pois por se considerarem cultos, denotam forte arrogância quando questionados acerca de seus conhecimentos.

Recentemente li os livros: “O livro negro do açúcar” e “A vaca sagrada da América”, onde ambos os autores criticam e apontam a industrialização como responsável pela proliferação de doenças patológicas causadas pela inserção e aumento na alimentação da humanidade de dois produtos maléficos e completamente desnecessários às necessidades nutricionais do nosso corpo.

Curiosamente, ao tentar inserir novos hábitos alimentares à minha dieta, sofri fortes críticas principalmente dos ditos mais “aculturados”, quase sempre com observações bastantes “pertinentes” do tipo: “Coisa de viadinho”, “Minha avó comeu e continua viva”, “Sou da teoria de que tudo sem exagero é saudável”, “Você está ficando chato”, dentre outras asneiras que tive que escutar.

Felizmente, ao contrário deles, mantenho-me com os pés no chão quanto à insignificância de meu saber e continuo minha busca incessante e solitária por conhecimento.

Nos últimos tempos fui apresentado e tenho me inserido em uma nova visão de mundo baseada na busca pelo equilíbrio, seja na alimentação, no conhecimento ou nas atividades humanas. Juntamente a ela, me veio uma pergunta capciosa, que justifica o “desbalanço” que vivemos atualmente e que me incomoda todas a noites.

Por anda o equilíbrio das sociedades modernas?"

Jorge Batista, 28/11/2009

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saúde X Artificialismo


Qual o conceito de saúde nas sociedades modernas?

O fomento ao consumismo mudou e moldou completamente a vida principalmente nos centros urbanos, mas qual o efeito disso em nossa saúde?

Bem, todos: desde o nascimento. Muitos médicos obstetras conseguiram moldar a mentalidade das mulheres que sequer tentam ter partos naturais, marcam cesarianas como se fosse um procedimento cirúrgico qualquer. A vida tomou um cunho artificial desde o parto. Raros são os casos de partos naturais hoje em dia, desde aí se inicia uma lavagem cerebral que reflete no fluxo natural da vida.

Não tiro o crédito dos avanços da medicina, mas condeno a sua utilização desenfreada.

Antigamente nascíamos em casa, em um ambiente salutar em um parto natural. Hoje as crianças vêm ao mundo em um ambiente hospitalar naturalmente insalubre e ainda provenientes de uma cirurgia. Quem lucra com isso? Certamente o menor lucro é o da saúde e maior do obstetra (cirurgião), a enfermeira, o anestesista, o hospital e a indústria farmacêutica... Tudo isso com uma pseudo desculpa de maior segurança, o qual classifico como exagero, onde os experts da área de saúde aproveitam de suas autoridades e influencias sobre leigos pacientes.

No período de lactação são introduzidos leites artificiais à alimentação das crianças, absurdamente caros. Incrível como as crianças hoje já nascem frescas com intolerância a isso ou aquilo. Queria saber antes de todos esses suplementos existirem como elas sobreviviam e ainda com muito mais saúde.

Ao iniciar a alimentação sólida, as frutas e verduras frescas são substituídas por papas industrializadas. Os cereais naturais por misturas de grãos industrializadas cheios de açúcar como os Cremogemas e Nestons da vida. A criança ainda não tem dentes, mas já está começando a ter cáries.

Assim por diante, é um Nescauzinho, um Danoninho, Leite Ninho... A propósito o ser humano é o único ser que continua mamando depois de grande e ainda leite de vaca. Com que propósito? Ficar do tamanho de um bezerro? Os fabricantes de todas essas “comidas” listadas acima fazem um marketing tremendo que leva todo mundo a crer que são verdadeiros alimentos, cheios de nutrientes, vitaminas, etc.

As crianças estão cada vez mais alérgicas e enfermas, desde pequenas começam a tomar medicamentos, como um corticóide “básico”, um Sorine, um xarope açucarado, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e assim por diante.

Nosso corpo paga o preço e as indústrias farmacêuticas e alimentícias enchem os bolsos. A lavagem cerebral é tamanha que as pessoas realmente acreditam serem saudáveis consumindo certas coisas sem se quer questionar como algo industrializado pode ser melhor do que algo integral ou natural. Às vezes  até questionam, mas a lei do menor esforço fala mais alto, afinal dá muito menos trabalho comprar produtos industrializados que podem ser estocados do que ir à feira diariamente escolher frutas e verduras frescas.

O pior é que esse mundo artificial está tão difundido que escapar dele está cada vez mais difícil. A farinha branca é refinada, o açúcar é refinado, o arroz branco perde todos os seus nutrientes para ficar branquinho, soltinho e bonitinho, o feijão é preparado banhado em gorduras e condimentos artificiais, os biscoitos são todos açucarados (mesmo os salgados) e cheios de produtos químicos, os refrescos cheios de corantes, conservantes e açúcar, sem falar nos refrigerantes, achocolatados e iogurtes. O bombardeio vem de todos os lados.

Fugir disso significa ter trabalho, estudar, ler todos os rótulos das comidas, buscar lugares alternativos para comprar alimentos integrais, naturais, livres de produtos químicos, hormônios e agrotóxicos. Tudo isso parece quase incompatível com o ritmo de vida que se tem hoje, por isso as pessoas têm optado em ter sempre uma boa farmácia perto de casa. Opção existe, o que falta é vontade e disposição! 

domingo, 22 de novembro de 2009

Yin e Yang: Alguns conceitos básicos


No último texto fiz uma analogia entre alimentação e arquitetura e utilizei termos de yin yang na naturalidade em que as tenho em meu cotidiano. Para mim, são definições tão intrínsecas do meu dia-a-dia que às vezes esqueço que é um conceito novo e abstrato para muita gente.

Por isso vou colocar em poucas palavras um pouco do conceito do tao, dos opostos complementares e da ordem do universo.

Sete postulados da ordem do universo:

1. Todas as coisas são aparatos diferenciados de uma infinidade.
2. Tudo muda.
3. Todas as coisas antagônicas são complementares.
4. Nada é idêntico a nada – tudo é único.
5. Tudo que tem frente tem dorso.
6. Quanto maior a frente, maior o dorso.
7. Tudo que tem começo tem fim.


Doze teoremas do principio unificador:

1. Uma infinidade se diferencia em yin e yang, que são pólos que operam quando o infinito chega centrifugamente no ponto geométrico da bifurcação.
2. Yin e yang resultam da força centrífuga contínua.
3. Yin é centrífugo. Yang é centrípeto. Yin e yang juntos produzem energia e todos os fenômenos.
4. Yin atrai yang. Yang atrai yin.
5. Yin repele yin. Yang repele yang.
6. A força da atração e repulsão são proporcionais à diferença dos componentes entre yin e yang. Yin e yang juntos em proporções diferentes produzem energia e todos os fenômenos.
7. Todos os fenômenos são efêmeros, mudam constantemente a constituição de suas parcelas yin e yang.
8. Nada é somente yin ou somente yang. Tudo envolve polaridades.
9. Nada é neutro. Sempre yin ou yang está em excesso em cada ocorrência.
10. Grande yin atrai pequeno yin. Grande yang atrai pequeno yang.
11. Nos extremos, yin produz yang e yang produz yin.
12. Todas as formas físicas e objetos são yang no centro e yin no entorno.

 Algumas dicotomias:

                                     Yin                        Yang

Tendência:                 Expansão                Contração
Posição:                     Externo                  Interno
Estrutura:                    Espaço                  Tempo
Direção:                     Ascendente            Descendente
Cor:                           Púrpura                 Vermelha
Temperatura:              Frio                       Quente
Peso:                         Leve                       Pesado
Elemento:                   Água                      Fogo
Partícula atômica:       Elétron                   Próton
Luz:                           Sombrio                 Claro
Vibração:                  Onda curta             Onda longa
Trabalho:                   Psicológico             Físico
Atitude:                     Gentil, negativa       Ativo, positivo
Biologia:                    Vegetal                   Animal
Sexo:                         Feminino                Masculino
Elementos:                K, O, P, Ca, N       H, As, Cl, Na, C
Local de origem:       Clima Tropical         Clima Frio




Alimentação e Arquitetura

Penso na vida como uma unidade, um todo onde tudo se conecta. Desta forma, busco viver em harmonia com a natureza, através da alimentação, estilo de vida, temperamento, buscando conhecer meu corpo, o clima onde vivo, a minha mente, etc.

Em meio a essa busca por uma unidade harmônica e sabendo que tudo no universo está interligado, como não pensar na relação entre duas coisas tão fortes em minha vida: Alimentação e Arquitetura?


O período pré-histórico, marcado pelos primórdios da caça e consequentemente consumo da carne, assim como descoberta do fogo e cozimento das comidas é também conhecido como período da pedra lascada. Seria somente semelhança a alimentação yang com a utilização de um material tão sólido e yang como a pedra?

Agora vamos às civilizações indígenas brasileiras, onde muito se alimentava de comidas cruas, frutas e o consumo da carne sempre pouco e artesanal (não esse consumo desenfreado que vemos hoje dia, fruto de uma caça covarde e sim através de uma caça seguindo a capacidade humana). Enfim, o resultado disso é uma população predominantemente yin, algo que pode ser visto claramente através dos seus tipos físicos e ausência de pelos no corpo. Agora pensemos na tipologia arquitetônica desta população, ocas e construções leves, utilizando muita palha e barro. Em suma, uma construção que reflete uma personalidade yin.


Vamos ao hemisfério norte agora, onde há invernos rigorosos e a alimentação é predominantemente aquecida e cozida. A arquitetura nesses locais tem o mesmo papel da alimentação: aquecer. Por isso é predominante o uso da madeira, oferecendo aconchego, “yanguizando” uma atmosfera yin.


Agora vamos falar das civilizações modernas, essencialmente urbanas com consumo desenfreado de carne e uma população de tipologia yang. Bem, nesses casos as construções são as mais sólidas e robustas possíveis, com utilização do concreto, alvenaria, etc...


Não podemos esquecer as civilizações que julgo deformadas, frutos da geração fast food. Com esta não poderia ser diferente. Onde a alimentação é rápida a construção não poderia ser lenta, há um predomínio de materiais que proporcionem velocidade, que não necessitem de tempo de cura e secagem, que possam ser encaixados como o vidro, chapas e estruturas metálicas. Além disso, o predomínio da alimentação industrializada afasta o homem cada vez mais da harmonia com a natureza e a sua arquitetura passa a ser reflexo desse universo artificial. O homem moderno que se alimenta de comidas industrializadas e substitui água por coca-cola se torna yin da pior forma possível nascendo daí uma arquitetura leve e moderna, com prédios esguios e materiais frios.


Não venho aqui questionar a estética de nenhuma das tipologias arquitetônicas citadas, o meu propósito é mostrar como o universo se harmoniza e mantém um diálogo com seu criador que hoje é o homem através da sua arquitetura e este reflete aquilo que ele é: sua comida.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Viver e Morrer

Abaixo transcrito um texto muito interessante da abordagem de Jung sobre viver e morrer.

A alma e a Morte
Vol. VIII – Carl Gustav Jung



"Tenho observado que aqueles que mais temem a vida quando jovens, são justamente os que mais têm medo da morte quando envelhecem.



A morte é uma meta. A vida é um processo energético, como qualquer outro, mas em princípio, todo processo energético é irreversível e , por isso, é orientado para um objetivo. E este objetivo é o estado de repouso... Todo processo energético se assemelha a um corredor que procura alcançar sua meta com o máximo de esforço e o maior dispêndio possível de forças... A vida desce agora montanha abaixo, com a mesma intensidade e a mesma irresistibilidade com que a subia antes da meia idade, porque a meta não está no cume, mas no vale, onde a subida começou. A curva da vida é como a parábola de um projétil que retorna ao estado de repouso, depois de ter sido perturbado no seu estado de repouso inicial.



A vida é o solo em que se nutre a alma. Quem não consegue acompanhar a vida, permanece enrijecido e parado em pleno ar. É por isso que muitas pessoas se petrificam na idade madura, olham para trás e se agarram ao passado, com um medo secreto da morte no coração... Do meio da vida em diante, só aquele que se dispõe a morrer conserva a vitalidade, porque na hora secreta do meio dia da vida inverte-se a parábola e nasce a morte... A recusa em aceitar a plenitude da vida equivale a não aceitar o seu fim. Tanto uma coisa como a outra significam não querer viver. E não querer viver é sinônimo de não querer morrer. A ascensão e o declínio formam uma só curva.



Sempre que possível, nossa consciência recusa-se a aceitar esta verdade inegável. Ordinariamente nos apegamos ao nosso passado e ficamos presos à ilusão de nossa juventude... A incapacidade de envelhecer é tão absurda quanto a incapacidade de abandonar os sapatos de criança que traz nos pés... Um jovem que não luta nem triunfa perdeu o melhor de sua juventude, e um velho que não sabe escutar os segredos dos riachos que descem os cumes das montanhas para os vales não tem sentido, é uma múmia espiritual e não passa de uma relíquia petrificada no passado.



Se o nascimento do homem é prenhe de significado, por que é que a sua morte também não o é? O que se alcança com a morte?



O significado da existência se consuma com o seu término.



O inconsciente se interessa em saber como se morre; se a atitude do ego está em conformidade ou não com o processo de morrer."

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Miscelânia de idéias copiadas e compiladas

"Laugh when you can, apologize when you should, and let go of what you can't change."

"Kiss slowly, play hard, forgive quickly, take c h a n c e s, have NO regrets, and enjoy every second of it."

"There comes a time in your life when you realize who matters, who never did, and who always will, so don't worry about people from your past...there's a reason they didn't make it to your future!!!"

"Things change, people change, and it doesn't mean you forget the past or try to cover it up. It simply means that you move on and treasure the memories."

"Letting go doesn't mean giving up it means accepting that some things weren't meant to be."

"Nothing lasts forever so live it up, drink it down, laugh it off, avoid the bullshit, take chances and never have regrets, because at one point what you did was what you wanted!"

"Our lives are not determined by what happens to us but by how we react to what happens, not by what life brings to us, but by the attitude we bring to life."

"A positive attitude causes a chain reaction of positive thoughts, events, and outcomes."

"Many people will walk in and out of your life, but only true friends will leave footprints on your heart."

"To handle yourself, use your head; to handle others, use your heart."

"Anger is only one letter short of danger."

"Great minds discuss ideias; average minds discuss events; small minds discuss people."

"He who loses money, loses much. He who loses a friend, loses much more. He who loses faith, loses all."

"Beautiful young people are accidents of nature, but beautiful old people are works of art."

"Learn from the mistakes of others. You can’t live long enough to make them all yourself... "

"Yesterday is history, tomorrow is mystery. Today is a gift, thats why they call it the present."


"Today is the first day of the rest of your life!"

"Dream as if you'll live forever, live as if you'll die today."


"Amar a si próprio é o começo de um romance para a vida toda.''

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Arte: O Silencio da Alma

Escrever sobre o não pensar é pensar
A repetição deste tema mostra um esforço enorme para não se pensar
A verdadeira poesia é sentida
Ela expressa sensações e sentimentos

Poesia é arte escrita
A arte é uma dádiva das pessoas sensíveis
Não tem como objetivo explicar ou convencer
Apenas expressar e libertar o artista

Arte e mercantilismo formam um paradoxo
O artista que se preocupa com o valor de sua obra
Não está se preocupando em se expressar e sim em vender
Neste ponto a arte deixa de ser arte, pois perde a sua maior riqueza: a espontaneidade

A arte tem que ser um hobby
Para manter a sua leveza e singularidade
A arte venal nasce sob a pressão de se tornar valiosa
E no processo perde seu valor sentimental genuíno

A criação artística requer paz de espírito
Que só ocorre decorrente do mínimo de conforto
Mas como?
Como se ter paz de espírito sem a garantia do pão nosso de cada dia?

Viver de arte é quase utópico
Pois, quando ela vira meio de vida
Perde a sua essência e o prazer

Conseguir conciliar uma rotina estressante
Com horas de inspiração fluidas
Necessárias para se produzir arte
É quase impossível

Nasce daí uma arte ruidosa
Válvula de escape do stress cotidiano
Será isso arte ou terapia?


Arte ruidosa de Jackson Pollock
Nascida de um descuido
Descuido de quem pensa
Na hora em que não se deve pensar, apenas criar.
Não questiono a beleza da arte
E sim a relação do artista com a sua arte.