sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Como escolher alimentos da estação

Esta foto eu tirei no outono (estação das abóboras) em Becket, MA. Nunca vi tantos tipos em minha vida!!

Às vezes descobrimos uma receita hiper legal e na hora de fazê-la temos uma grande dificuldade em encontrar os seus ingredientes. Em algumas ocasiões isso ocorre pelo fato de serem ingredientes importados, mas em se tratando de produtos frescos, como verduras, frutas e peixes, a estação é determinante.

Além disso, já falei em posts anteriores a importância de se comer alimentos frescos, locais e da estação para estimular uma interação mais harmônica entre o homem e o meio ambiente. Infelizmente, grande parte do reino vegetal ainda é super desconhecido para as pessoas. Vejo isso muitas vezes que estou na feira... Outro dia uma moça viu uma bardana no meu carrinho e veio me perguntar se aquilo era batata baroa! Nem as mulheres que ficam no caixa sabem direito os alimentos que registram. É muito comum me perguntarem para que estou comprando isso ou aquilo e para que serve.

Pensando nisso, decidi compartilhar um site super útil de consulta de alimentos. Assim, poderá saber qual a estação mais apropriada para comprar seus ingredientes prediletos (quando estarão mais fartos e também mais baratos), planejar a sua feira e quem sabe até arriscar novos sabores? É uma ferramenta super fácil de usar! Espero que gostem e aproveitem...

Iniciamos um novo mês amanhã, aproveitei para copiar e colar aqui o que setembro tem a nos oferecer... Boas compras!!


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Maionese Vegana

Foto por Camila Lisboa


Outro dia postei uma receita de maionese que levava ovos... Adivinha? Testei sem e ficou ótima!!

Ingredientes:
1 cenoura média
1 pepino japonês
5 rabanetes
3 carás médios
1 e 1/2 colher de sopa de azeite de oliva
1 colher de sobremesa de vinagre de umê (se não tiver usa vinagre de maçã ou arroz e acrescenta uma pitada de sal marinho, já que o vinagre de umê é salgado...)
Sal Marinho

Preparo:
Primeiro faz uma salada prensada com a cenoura, o pepino e os rabanetes, cortados em rodelas bem finas. Deixa prensando por 30 minutos no mínimo (quanto mais tempo, mais gostosa fica). Enquanto a salada está prensando, descasca o cará, corta em pedaços e põe para cozinhar na água com uma pitada de sal. Quando estiver molinho, coa a água numa vasilha (poderá ser reaproveitada para fazer uma sopa) e esmaga o cará com um garfo em um prato de sopa. Depois acrescenta o azeite de oliva e o vinagre, misturando até ficar com uma consistência bem cremosa. Deixa esfriar, mistura com a salada prensada e deixa refrescar na geladeira antes de servir. Rende 4 porções.

Na foto, complementei a maionese com couve mineira refogada com alho e milho cozido. Assim, o prato contém: 1 cereal, 1 folhoso, 2 raízes, 2 vegetais redondos, 1 fonte de gordura mono-insaturada e os temperos. Para decorar usei uma pimenta biquinho, que pode ser usada em maior quantidade na maionese - fica uma delícia!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que engorda é a Matemática


Imagem retirada do Google Imagens

Ontem citei o caso de uma pessoa que emagreceu 20kgs depois de passar por uma reeducação alimentar, na qual, dentre outras mudanças de hábitos, incorporou a ingestão de grãos integrais à dieta, reduzindo o consumo de produtos refinados, farináceos e açúcares. Claro que não foi uma simples dieta e é isso que vim chamar atenção hoje, com um exemplo na mesma família. A mãe desta pessoa, ao ver a filha emagrecendo e se sentindo cada vez melhor, decidiu que também iria comer o bendito arroz integral...

A diferença foi que ela não fez nenhuma alteração nos demais hábitos alimentares. Apenas acrescentou o arroz integral cateto ao seu cardápio, na esperança de um milagre. O resultado foi matemático. Enquanto a filha emagreceu 20kgs, a mãe engordou 10kgs!

Imagem retirada do Google Imagens

Estou contanto este caso para chamar atenção para uma informação básica, que ilude muita gente: não existe comida que emagreça! Tudo que contém calorias irá ser somado à ingestão calórica diária. Se você consome mais do que gasta: ENGORDA! Simples assim... O que existe são alimentos que tem maior potencial de se acumular na forma de tecido adiposo do que outros. Estes podem auxiliar no processo de emagrecimento quando devidamente substituídos e ingeridos de forma adequada.

Vivemos numa sociedade acelerada, onde, a começar pela comida típica internacional, o fast food, tudo tende a ser rápido, para não dizer imediato. Desta forma, quando as pessoas decidem querer emagrecer, querem que o processo ocorra como num toque de mágica. Esquecem, entretanto, que levaram meses, e até anos, para chegar ao grau de sobrepeso que se encontram.

Outro dado básico que as pessoas devem ter em mente, não somente no que diz respeito ao emagrecimento, como em termos gerais, é o seguinte: o tempo de perda é equivalente ao tempo de ganho. Ou seja, em se tratando de saúde é bem interessante que o emagrecimento ocorra na mesma velocidade do ganho de peso.

Em relação a outros aspectos da saúde é a mesma coisa. Quando tratamos uma doença, mesmo que os sintomas principais desapareçam rapidamente, os resquícios tardam pelo tempo que existiram. Por exemplo, uma pessoa que sofreu de gastrite crônica durante 10 anos e resolve fazer um tratamento alimentar, pode se livrar dos sintomas e dos remédios rapidamente, entretanto, continuará com a debilidade gástrica por pelo menos 10 anos ou o tempo que levou para adquirir a patologia. Logo, essa pessoa terá que ter em mente, que mesmo que não sinta mais azia e nem dependa de fármacos, se abusar do bom estado de saúde, poderá sofrer recaídas. Se o abuso for exagerado as recaídas tenderão a vir ainda piores...

Este exemplo se estende para tudo. Um fumante vai levar o tempo que levou fumando para voltar a ter pulmões limpos... Um ex-gordo vai ter que sempre vigiar a balança, pois se achar que está magro e que pode abusar de guloseimas e descuidar da reeducação alimentar, voltará a engordar. Em suma, o efeito sanfona é mais perceptível quando o assunto é ganho de peso, mas ele se repete em demais estados patológicos, afetando os órgãos frágeis (pontos fracos) de cada indivíduo. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Emagrecer sem passar fome


Semana passada escrevi sobre a sede, hoje vou falar sobre a fome! Mais um mito da nutrição moderna que contesto. Comer de três em três horas antes de sentir fome? Essa ideia me parece absolutamente maluca!!!

Existem alguns mecanismos criados pelos nutricionistas que contam calorias a fim de ajudar pacientes que buscam emagrecer. Aí vale de tudo: contar pontos, comer salada antes da comida e até comer pequenas porções a cada três horas (sem fome!). Psicologicamente todas estas ideias fazem sentido, mas em longo prazo podem te enlouquecer e em termos fisiológicos não são uma boa ideia.

Primeiro: essa história de contar calorias é uma doideira. A maioria das pessoas que faz isso toma um refrigerante Zero, mas é incapaz de comer uma cumbuca de arroz integral (porque é muito calórico). Nesse tipo de dieta a quantidade vale mais do que a qualidade e para emagrecer desse jeito é preciso passar fome, além de comprometer a saúde.

Há quase dois anos orientei uma garota que queria emagrecer. De início ela era obsecada com a tal dieta dos pontos. Ela falou que queria “provar a minha dieta” e convidei-a para almoçar no restaurante macrobiótico que almoçava diariamente comigo (naquela época mal tinha tempo de comer, muito menos de cozinhar...). As outras refeições ela fazia em casa sob minha orientação...

A primeira vez que ela viu aquela cumbuca cheia de arroz deixou pela metade, pois, pela sua contagem de pontos, se comesse tudo aquilo teria que passar fome o resto do dia. Falei para ela que se queria seguir a minha dieta, teria que esquecer os pontos e simplesmente confiar. Como já expliquei em outros posts, o índice glicêmico dos alimentos é capaz de virar qualquer matemática de cabeça para baixo.

Demorou um pouco até que ela conseguisse abstrair os tais pontos e mergulhar de cabeça na cumbuca de arroz. Como qualquer pessoa que gosta de comer, a ideia de fazer dieta sem passar fome lhe pareceu fascinante, principalmente quando percebeu que após uma refeição composta de um prato de sobremesa de vegetais e uma cumbuca farta de arroz integral cateto (típica arrumação das fotos que posto aqui no blog), ela se sentia completamente saciada por 5 a 6 horas!

Essa garota saiu de 84kg para 64kg em seis meses. Isso mesmo: 20 kilos! O melhor é que com a reeducação alimentar, o efeito sanfona, que lhe acompanhou por toda a vida, desapareceu e ela tem mantido o peso há mais de um ano: sem sacrifícios e sem passar fome! Isso sem falar na melhora de problemas crônicos como gastrite, azia, refluxo, acne...

Agora vou explicar um pouco o mecanismo desta dieta “milagrosa”. Primeiro, as dietas que indicam a alimentação a cada 3 horas não estão erradas. Ocorre que essas estão baseadas em alimentos de alto índice glicêmico, que não conseguem manter a glicemia estável por muito tempo e assim a fome chega mais rápido. São dietas repletas de pães light, queijos light, barra de cereal light, peito de peru light e tudo que tenha poucas calorias e geralmente baixo valor nutricional. A ideia de comer sem fome é para que a pessoa não ataque a comida e exagere na quantidade (por isso disse que psicologicamente é um método válido).

Já a dieta dos pontos, para mim é uma fábrica de fazer malucos. As pessoas começam a fazer substituições para saciar seus desejos, passam fome e correm o risco de ficar mal nutridas. Por exemplo, se querem comer uma sobremesa, às vezes deixam de almoçar ou comem somente alface na refeição... Já vi inúmeras distorções em quem segue essas dietas. Pode até emagrecer, mas além de poder comprometer a saúde (pois o foco não são os nutrientes e sim as calorias) chega uma hora que a pessoa chuta o pau da barraca, pois fica de saco cheio de ficar contando pontos.

Para mim é muito mais lógico a pessoa esperar o sinal do corpo (fome) para comer e aprender a se controlar. Um método infalível é a mastigação. Quando estamos condicionados a mastigar bastante os alimentos, damos tempo ao nosso cérebro de perceber que estamos saciadas e evitamos a compulsão alimentar. Neste caso a reeducação alimentar se dá através de um treinamento psicológico, do outro jeito a ideia é ludibriar o cérebro. Aí, se a refeição é de alto valor nutricional e baixo índice glicêmico, a fome demora a chegar novamente e o emagrecimento é inevitável, sem sofrimento.

A ideia da salada antes da comida segue pensamento semelhante: encher o estômago de algo com poucas calorias para que a pessoa não pegue pesado nas comidas mais calóricas. Mais uma vez, a ideia faz sentido e a dieta funciona, entretanto, é uma ótima receita para desenvolver ou agravar problemas gástricos típicos como azia, refluxo e gastrite. Isso ocorre, pois, o estômago tem um pH super ácido e quando está vazio, mais ainda, pois há um excesso de ácido clorídrico louco para ser gasto na digestão de alimentos. Por isso, o primeiro alimento recebido deve ter esse potencial alcalinizante, como o caso dos cereais integrais e verduras cozidas. Saladas cruas agem exatamente da forma oposta! Mais uma vez, para controlar a ingestão excessiva de alimentos nas refeições, basta mastigar calmamente.

Vou ficando por aqui, pois o tema da mastigação é tão longo que tenho uma aula inteirinha sobre ele... Fica a dica para quem quer emagrecer, gosta de comer, não quer passar fome e nem enlouquecer!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Dicas para desjejum vegano: sem açúcar e sem lactose

Para muita gente a vida sem laticínios praticamente não existe. Em muitos casos, essas são as mesmas pessoas que sofrem de problemas crônicos como: sinusite, gastrite, dor de cabeça, dores nas articulações, problemas intestinais, cólicas menstruais, acne e alergias cutâneas - sintomas que seriam facilmente eliminados ou minimizados com a exclusão ou redução considerável na ingestão de produtos lácteos. Outro vilão para quem sofre dos sintomas acima é o açúcar. A redução na ingestão de ambos costuma ser mais eficiente do que o uso de fármacos que amenizam as crises, mas não promovem curas definitivas.

Há outro grupo, cada vez mais crescente, dos intolerantes à lactose. Estes descobrem a viver sem laticínios na raça, mas muitas vezes a adaptação é difícil. O post de hoje é dedicado a quem já eliminou ou pretende reduzir o consumo de laticínios na dieta. Sim, existe vida além do leite, muito saborosa por sinal! Se essa não é a sua realidade, fique atento, pois 80% da população adulta tende a ser intolerante à lactose eu algum grau... Isso deve ao fato de que a produção de lactase (enzima que digere a lactose) ocorre principalmente na infância para a digestão do leite materno.

O café da manhã é o primeiro bicho papão a ser vencido. As pessoas estão tão condicionadas a consumir iogurtes, vitaminas e mingaus com leite e açúcar e a passar manteiga, queijo e requeijão no pão, que sem eles parecem que ficam sem opções. Outro dia postei receitas de leites vegetais caseiros e hoje acrescento novas sugestões:

  • Azeite de oliva extra virgem: No pão quentinho fica melhor ainda. Pode ser puro, temperado com ervas e até uma pitadinha de sal marinho.
  • Óleo de coco extra virgem
  • Patês de Tofu: Podem ser feitos em casa, batendo no liquidificador com um pouco de água e ingredientes como alho, cebola, ervas ou cheiro verde ou comprados prontos. A Ecobrás possui quatro sabores, feitos com soja orgânica, que são muito bons: Ervas Finas, Defumado, Original e Cebola e Alho. A empresa comercializa ainda Homus: um delicioso patê típico árabe à base de grão de bico. 

  • Tahine (creme de gergelim): A melhor marca que já provei na vida é importada da Turquia e se chama TOHUM, feita de gergelim orgânico. Nunca achei aqui no Brasil, logo, se alguém souber de alguma importadora que venda o produto aqui no país, por favor, me avise. Além desse, o da Terrazen é muito bom e existem outras marcas em lojas de produtos árabes (importante observar se são feitos de 100% gergelim). 



  • Falando em Terrazen, ela tem uma linha de produtos muito bons para colocar no pão. Cremes de azeitonas verdes e azeitonas pretas (Olivita), creme de castanhas mistas (Castañoz), creme de sementes de girassol (Solcrem) e creme de amendoim (Amendocrem).

Olivita    

Todos os produtos acima são ótimas opções para colocar em tapiocas, cuscuz de milho e em cima de mandioca e inhame cozidos. Para a banana da terra cozida, uma canelinha em pó vai sempre muito bem!

Além disso, hoje o mercado está repleto de opções de geleias sem adição de açúcar. Basta verificar os rótulos e escolher os sabores. A mais fácil de ser encontrada é da Queensberry 100% Fruit, mas já comprei outras marcas. A boa notícia é que pesquisas comprovam que os antioxidantes presentes nas “berries” como: amoras, framboesas, morangos e frutas vermelhas, são conservados, em sua maioria, mesmo após o processamento para fabricação das geleias.



Ainda existe a opção de fazer geleia em casa. Uma super fácil é a de ameixa. Basta cozinhar (ferver até amolecer) com água, bater e guardar num frasco de vidro previamente esterilizado. Dura bastante e ainda pode ser usada no lugar de chocolate para fazer sobremesas como pavês.

Outro dia comentei que faço vitamina de abacate, batendo a fruta só com água (sem leite e açúcar como as pessoas costumam fazer aqui no Brasil). No início vai ser estranho para quem está acostumado com a outra versão, mas depois que acostuma descobre que é uma delícia. Uma ótima forma de aproveitar as maravilhas da fruta, que está bem barata essa época do ano. http://www.beijonopadeiro.com/2012/05/tempo-de-abacate.html

Outra coisa que as pessoas costumam associar ao leite e ao açúcar são os mingaus. Também requer uma adaptação de paladar, mas podem ser feitos com água e uma pitadinha de sal. Em alguns casos, pode-se misturar leite de coco, dando uma adocicada natural e canela em pó é sempre bem vinda à hora de servir. Podem ser feitos com farinha de cereais, de milho, aveia, trigo sarraceno e são ótimas opções para um café da manhã de baixo índice glicêmico e nutritivo.

Outro mito são as vitaminas. Elas não precisam conter leite para serem saborosas. Açúcar muito menos! As nossas frutas tropicais são tão doces que dispensam qualquer adoçante artificial. Basta bater frutas no liquidificador com água e aproveitar. Algumas que costumam proporcionar boas combinações são: maçã, banana, melão, mamão, abacaxi e goiaba. Quem tem um paladar mais apurado costuma gostar das misturas contendo cenoura e beterraba também. Aí é só experimentar as combinações e escolher as de sua preferência. Para aumentar o índice glicêmico destas vitaminas (saciar por mais tempo) costumo adicionar linhaça, aveia, chia e até arroz integral cozido. Ficam uma delícia e ainda mais cremosas!

É isso aí, espero que aproveitem bastante estas dicas e experimentem novos sabores no desjejum!


domingo, 26 de agosto de 2012

Três passos para recomeçar por Thiago Ryo

Acabei de ler esse texto e achei muito legal... Super a ver com vários posts que já escrevi por aqui, como: A trilha dos sonhosRotinaCoragem para mudarFacilidade X Dificuldade e Estagnação X Saúde.


Imagem retirada do Google Imagens

Psicologia do Recomeçar

Texto por Thiago Ryo, do blog Contrariador.


"Sabem aquelas ruas e estradas que ficam esburacadas não muito depois de terem sido recapeadas? É assim que eu vejo os problemas e as situações na vida.
Se você não pegar as suas coisas e se dedicar a começar do zero novamente, rever seus passos, planos e atitudes, os mesmos 'buracos' voltarão a aparecer cedo ou tarde.
A maioria das pessoas se prende à segurança de manter o que era antigo e a ir tentando remendar as falhas. Você conhece bem o que já existe. Sabe como funciona e já se acostumou com isso. Daí para um recomeçar, existe um grande abismo de incertezas que gostaríamos que fossem evitadas.
Recomeçar para mim é a base de tudo. É a chance de rever cada erro e falha nos planos e fazer tudo em cima de novas chances, mas não é fácil começar do zero.
A verdade é que a vida não se baseia em apegos. Mesmo que você se sinta seguro com sua situação, sua vida constantemente irá mudar. Da escola para a faculdade e da faculdade para o trabalho. Mudanças de casa, de emprego, de amores, de amizades e de gostos. Se você não se preparar para as mudanças, logo elas começaram a ser chamadas de azar.

Existem três leis básicas para lidar melhor com isso tudo.

Convicção

Ter confiança no que está por vir é importante, pois se você acreditar que vai ficar tudo pior, você nunca irá sair do lugar. A verdade é que ninguém pode prever se algo melhor ou pior vai acontecer, mas lembre-se que se algo está ruim, existem sempre mais chances de conseguir algo melhor do zero e na pior das hipóteses, você será alguém com muita experiência e histórias na vida. O melhor de se acostumar com as mudanças é saber que caso algo saia errado, você sempre poderá mudar novamente. Isso nunca iria acontecer para alguém que se prende as coisas!

Desapego

A vida é um recipiente limitado. Limitado por tempo e espaço.
Sempre que se prender a algo, lembre-se que cada coisa que você possui, atualmente ocupa o espaço de algo que você não possui.
Não é uma questão de comparação entre as coisas, mas sim de oportunidades.
Ao perder a sua namorada, até então amor da sua vida, você abre as oportunidades para outra pessoa. Empregos, amigos e gostos não são diferentes disso. Lembre-se que coisas, atividades e pessoas ocupam tempo que poderiam ser gastos com outra coisa.
Só existe uma coisa no qual devemos ter apego, e é a nós mesmo. Somos a única coisa que temos certeza que não vamos perder, então somos o nosso investimento mais certeiro. Não importa se você irá perder amigos, jogos, hobbies, trabalhos ou o que for. Invista em você e você nunca sentirá perda alguma.

Otimismo

Não é nem a questão de ser otimista, mas sim de ter possibilidades.
Deu errado? Comece de novo.
Não há chances de mudança? Se acostume, veja o lado bom e principalmente, saiba que existem milhares de pessoas em situação pior que a sua.
Otimismo é algo relativo. A sorte de um pobre é achar uma moeda na rua, e só depende de você para tornar cada moeda a felicidade do seu dia.

Uma nova visão de vida

O que me inspirou a focar no assunto foi a virada de ano.
Sinto-me realmente inspirado em renovar tudo, desde as atividades até as amizades. Praticamente larguei meu maior vício…cof…WoW…cof… e me parece que um grande peso de meus ombros se foi.
Resolvi mudar minhas atitudes, formas de trabalho, dedicação aos estudos, música, blog e tudo o que me incomodava. Parece que não mudamos certas coisas por preguiça, e tudo acumula até a virada de ano para que alguma atitude seja tomada. Não por vontade própria, mas apenas por seguir as massas.
Tentarei uma nova estratégia. Que tal considerar todo mês um ano novo?
Só não podemos nos esquecer de que, não se deve confundir recomeços com derrotas.
Quando você termina cada relação ou atividade após o primeiro problema, isso é ser um perdedor. Não se recomeça por cansar vaidosamente de algo, se recomeça para tentar conseguir o melhor resultado a cada tentativa."

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O mito dos 2 litros de água por dia


Foto retirada do Google Imagens

Quem nunca ouviu falar que se deve beber pelo menos 2 litros de água por dia? Acabo de ler uma entrevista que me fez querer escrever sobre o assunto. Está em espanhol, mas dá para entender... 

Outro dia, uma colega, com mais de 50 anos e aparência super saudável (dá 10x0 em muita mulher de 30): corpão, pele boa e com muita vitalidade, veio conversar comigo que de todas as coisas de uma rotina saudável a que mais a preocupava era o fato de que não conseguia se disciplinar para beber os tais 2 litros de água. Ela tem uma dieta bastante equilibrada, sempre fez atividades físicas regulares e não tem nenhum tipo de doença ou sintoma crônico. A sua aparência jovem é o maior reflexo de que está no caminho certo.

A primeira coisa que fiz foi dar um beliscão em seu braço e sem seguida no meu. Mostrei como a pele dela é tenra e rica em colágeno, comparada com alguém que tem idade para ser sua filha. Nesta hora ela ainda completou dizendo que não usa hidratantes na pele... Em pleno inverno a pele dela lisinha, elástica e hidratada. Será que falta água em sua vida?

Claro que não! Expliquei que a dieta dela era rica em alimentos cozidos com bastante água, como: sopas, arroz e feijão, além de uma variedade de verduras e frutas que consome regularmente. Falei que todo esse líquido da dieta estava sendo utilizado nas proporções adequadas para hidratar o seu corpo. Hoje em dia as pessoas consomem comidas cada vez mais secas e salgadas, que além de não hidratarem o corpo, ainda mexem com a osmolaridade das células que acabam precisando de mais água.

Mesmo assim, essa história de beber água sem sequer estar com sede não me convence. O corpo humano é uma máquina perfeita, com mecanismos incríveis para fazer interlocução com cada indivíduo. Impossível imaginar que o sinal da sede seja inútil. Devemos beber água sempre que sentimos sede, nem mais, nem menos. O problema é que as pessoas andam se encharcando tanto de líquidos que perderam até a sensibilidade de saberem qual a quantidade ideal de água. Sentem um pouco de sede e tomam um copão cheio de água.

Qualquer exame laboratorial aponta uma urina saudável como aquela com aspecto amarelo, cor de cerveja. Quem bebe muita água tende a urinar amarelo claro e até transparente. Está apenas trocando a água do corpo e sobrecarregando os rins. Sem falar no incômodo que é ter que ir ao banheiro a cada 2 horas ou até menos! Uma média boa de idas ao banheiro são de 3 a 5 vezes ao dia... Isso vai depender do clima, principalmente. Em períodos mais frios ou mais secos, transpira-se menos e assim, a maior parte da excreção de líquidos no corpo se dá pela urina.

Lembro quando pulava carnaval... Sempre bebia a quantidade de água de acordo com a minha sede e muitas vezes conseguia atravessar o percurso inteiro sem precisar ir naqueles banheiros porcos... Uma maravilha!!

Nem preciso dizer que também não uso creme hidratante na pele. Primeiro, pela química excessiva que entra pelos nossos poros. Segundo, porque prefiro deixar meu corpo trabalhar e se hidratar sozinho. Claro que a pele tende a ficar mais seca em climas frios, mas quanto mais hidratante se usa, mais viciado o corpo fica em não produzir hidratação natural. Lógico que ninguém precisa ser radical e sim saber usar a cosmética na hora certa. Hidratante para mim é igual a maquiagem, uso em dias especiais quando quero dar um toque extra de brilho na pele. O mesmo em relação a protetores labiais. Muitas pessoas são viciadas e os passam na boca o tempo inteiro. Dizem que se não passarem a boca fica ressecada... Bem, não bebo 2 litros de água por dia e tenho lábios super hidratados. Como pensar que meu organismo está carente de líquido? Somente quando meu corpo passa por mudanças drásticas de temperatura, algumas vezes meus lábios partem. Nestas ocasiões, um ou dois dias de banha de cacau, como remédio, é mais do que suficiente. Outras boas opções para hidratar pele e lábios são o óleo de coco e o azeite de oliva.

Sei que pareço uma louca, para muita gente, quando falo dessas ideias que fogem completamente aos padrões da sociedade... De fato, questiono tudo! Como acreditar em uma sociedade que prioriza a cesariana no lugar do parto natural; que já pregou que leite de vaca é melhor do que leite humano durante o período de lactação; que prescreve dietas retirando a principal fonte energética do corpo (carboidratos); que diz que os mecanismos de fome e sede não servem para nada e que devemos comer e beber água antes do corpo pedir por mais comida ou líquido...? 

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Torta de bardana / Burdock Pie


Torta de bardana com massa de cará - ZERO lactose, ZERO fermento, ZERO açúcar, ZERO glúten
Acompanhamentos: agrião refogado e abóbora no vapor

Burdock pie with yam crust - ZERO lactose, ZERO yeast, ZERO sugar, ZERO gluten
Sides: sauteed watercress and steamed squash

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O bom ficando melhor, o ruim ficando pior...

Achei esse texto interessante: reforça muitas idéias que sempre comento por aqui...!

Autores: Erik Millstone e Tim Lang - professores doutores em Ciências Políticas e Política Alimentar, em "The Atlas of Food", University of California Press 2008


"Em muitas partes do mundo, os padrões de consumo estão mudando muito rápido. Embora alimentos básicos tradicionais continuem sendo a comida diária de muita gente nos países em desenvolvimento, uma "transição nutricional", que começou na Europa e na América do Norte na metade do século 20, está transformando os hábitos alimentares da nova classe C em países como  Brasil, China e India.

As pessoas tendem a comer porções cada vez maiores de produtos alimentícios, que tipicamente contêm mais laticínios, carne e gordura, bem como de açúcar e outros carboidratos altamente refinados, e frações menores de fibras dietéticas, vitaminas e minerais. O uso de aditivos alimentares, que ajudam na produção dos produtos alimentícios e os tornam mais palatáveis ao consumidor, também vai de vento em popa. Essa mudança na dieta está levando a taxas maiores de doenças do coração, diabete e outras doenças crônicas.

Aliada a essa transição nutricional, e às mudanças nos padrões de produção, processamento e consumo de alimentos, uma perceptível alteração de comando vai tomando conta da cadeia alimentar. A influência dos fazendeiros diminui, enquanto a das grandes corporações - em particular supermercados e redes de fast-food - aumenta.

Parcialmente em resposta às preocupações quanto a essas mudanças, houve nos últimos anos acentuado crescimento na demanda e no fornecimento de alimentos orgânicos, integrais e saudáveis. De modo geral o mercado de alimentos parece estar polarizado, com o bom ficando melhor, e o ruim, pior ainda.

Ironicamente, as grandes corporações que comercializam a comida altamente processada que é uma das características da "transição nutricional" também identificaram um nicho de mercado potencialmente lucrativo para "nutracêuticos" e "alimentos funcionais". Estes prometem efeitos benéficos, como melhor motilidade intestinal ou redução do colesterol do sangue. Em resumo, são planejados para combater os próprios problemas de saúde criados por uma dieta altamente processada."

Tofu Acebolado


Foto por Camila Lisboa

Tofu é um tabu na vida de muita gente. Não vou negar que é meio sem gosto, mas por isso mesmo é um ingrediente coringa na cozinha. Ele se adapta bem a qualquer prato (doce, salgado, picante...), pois absorve o gosto de todos os temperos e ingredientes. Hoje vou compartilhar uma receita deliciosa e super fácil de fazer com tofu.

Ingredientes:
  • 2 cebolas médias cortadas em meia lua e depois em rodelas finas
  • Meia barra de tofu firme (125g), cortado em cubinhos de aproximadamente 2,5cm de arestas, preferencialmente orgânico (recomendo o da Ecobrás)
  • 1 colher de sobremesa de azeite de oliva
  • 1 colher de sobremesa de molho Shoyu (sem açúcar, conservantes e glutamato monossódico, ex.: Kikkoman e Daimaru)


Preparo:
Em uma frigideira quente, adicionar a cebola e refogar com um pouco de água, mexendo bastante até ela ficar bem soltinha, no fogo algo. Depois, coloca no fogo baixo, tampa e deixa dourar, abrindo de vez em quando para mexer e verificar se não queimou. Se começar a grudar, acrescenta um pouco de água. Depois que a cebola estiver bem douradinha, acrescenta o tofu, o azeite de oliva e o molho shoyu. Mistura bem e abaixa o fogo para o mínimo (entre o alto e o desligado). Tampa a panela e deixa cozinhar por uns 10 minutos. Se começar a secar e grudar na panela, acrescenta um pouquinho de água.
Para saber o ponto, basta ter como referência a foto acima. 

Rendimento desta receita: 2 porções

Bom apetite!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Guacamole by Kenia Bahr


Já falei em abacate e guacamole aqui no blog outras vezes, nos posts: Tempo de abacate Mexicano sem guacamole.

Aproveitando que o abacate ainda está bem barato nas prateleiras dos supermercados, decidi publicar um texto sobre a fruta, incluindo uma receita de guacamole, da Kenia Bahr: blogueira do Alguma Coisa em Comum.

Aproveitem!!!


Foto do Google Imagens

"Guacamole pode parecer tão óbvio, que eu nunca havia pensado em postar. Mas pensei bem e percebi que mesmo eu, uma precoce curiosa culinarística, só descobri o guacamole já com uns 20 anos. Trocando em miúdos: tá todo mundo perdoado. ;)

O guacamole é uma salada cremosa feita com base de abacate. Sim, é salgada. O estranhamento é devido à cultura brasileira de se consumir o fruto com açúcar. Mas abacate nunca precisou de açúcar para se gostoso. É maravilhoso de qualquer jeito, rico em gorduras do bem, vitamina E e ácidos graxos importantíssimos para a saúde, cuida de cabelos, pele e unhas, de dentro pra fora, de fora pra dentro.

O abacateiro é espécie exótica em nosso país, mas os estudiosos não se preocupam muito com possíveis invasões em ambientes naturais: os caroços costumam ficar sob a árvore mãe e raramente são carregados para longe. Também, com um peso daqueles!

Abacate tem um monte de tipos. Meus preferidos são o abacate manteiga e o avocado, primo chique do abacate, mais doce e denso, de gordura muito fina. Mas sem preconceitos, como todos e acho é bom.

Comida típica mexicana, o guacamole abriu espaço em outros países com a globalização e no Brasil faz a cabeça de muita gente esperta.

Minha receita não leva pimenta, já que sou um pouco sensível. Mas uma boa dedo-de-moça faz feliz quem pode, picadinha e misturada lá.

Minha receita:

1 abacate maduro, mas firme, amassado com o garfo
1 cebola média, picadinha
1 tomate maduro, mas firme, picado miúdo
1 pimentão de qualquer cor, em cubinhos
suco de 1 limão
3 colheres de azeite de oliva extra-virgem
sal a gosto
cheiro verde a gosto (para quem gosta, coentro combina muito bem)

Misturar tudo e pronto. Serve-se com saladas de folhas, pão, tortilhas e fica muito bom com os Doritos naturebas."

domingo, 19 de agosto de 2012

Mais filmes para beijar o padeiro



Num mundo onde somos bombardeados com notícias ruins, nada melhor do que filmes alegres e com mensagens motivadoras. Eu amo dramas baseados em histórias reais. Hoje indicarei três filmes maravilhosos que assisti recentemente.

O primeiro chama-se Mãos Talentosas e conta a inspiradora história de Ben Carson, um neurocirurgião americano que promoveu milagres na área médica. Além do enfoque na área de saúde, o filme é uma aula para pais, já que não existe escola de pai e mãe... Mostra o poder de uma boa educação e como isso pode determinar o destino/futuro de um jovem.

Trailer do Filme Mãos Talentosas – Ben Carson

Filme na Íntegra: Mãos Talentosas

O outro filme é Adorável Professor, que descreve a história de um dedicado professor de música que com a sua paixão conseguiu tocar e influenciar a vida de gerações de alunos durante trinta anos. Paralelamente relata como um pai movido por música aprende a lidar e educar um filho que nasce surdo. EMOCIONANTE!!! O estilo do filme lembra outros dois que já indiquei por aqui: Coach Carter e Música do Coração.

Trailer do Filme Adorável Professor em Inglês

Por fim, vou indicar o filme Shine, vencedor do óscar de melhor ator em 1996, que também tem uma temática musical e é baseado na história de um jovem prodígio na arte do piano clássico e que enlouquece por conta de uma criação insana. Além da comovente história e trilha sonora, mostra justamente o oposto do filme Mãos Talentosas. Como uma educação equivocada pode influenciar para sempre o futuro promissor de alguém.

Trailer do filme Shine em Inglês: 

Será que gosto de filmes que falam de música, educação e área de saúde?? Acima de tudo, de estórias de superação e vitória e sem dúvidas as temáticas descritas me atraem bastante dentro deste contexto.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Tempura de Folha de Cenoura


Esta foto não está muito boa, mas foi a única que encontrei em meus arquivos com a tempura de folha de cenoura, acompanhando uma legítima moqueca baiana, com direito a vatapá e farofa!


Atendendo à pedidos... Lili, segue a minha receita predileta com folhas de cenoura. Além disso, costumo refogá-las com alho: fica uma delícia. 

Quem frequenta restaurantes orientais provavelmente já provou uma tempura. Pode ser feito com inúmeros vegetais, como: cenoura, brócolis, couve-flor, cogumelos, abóbora, aipo, cebola, bardana, couve, salsa, maçã e até tofu (e o que mais a sua criatividade permitir). Com a folha da cenoura fica uma delícia!!

É fritura sim, entretanto, quem tem uma dieta equilibrada e saudável, pode se deleitar com elas, de vez em quando, sem preocupação. Além disso, um tempura bem feito não será tão gorduroso e é um excelente prato para o inverno, trazendo consigo uma energia forte e quente, que ativa todo o corpo ao ser combinado com ingredientes de qualidade.

Ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo integral 
¼ de colher de chá de sal marinho
1 copo de água gelada
Óleo de gergelim ou de cártamo

Preparo:
Primeiro lave bem os ramos, secando-os completamente. Depois, em um recipiente, peneire a farinha sobre a água, acrescente o sal e misture levemente. A massa deve ser feita logo após o óleo estar no fogo, para haver diferença de temperatura entre a massa fria e o óleo quente.
Coloque 6 a 7 centímetros de óleo em uma panela de tamanho médio em fogo médio até alcançar fervura à 180ºC. Para testar a temperatura do óleo, jogue uma gota da massa do tempura: se ela mergulhar e subir para a superfície rapidamente, borbulhando fortemente, é porque a temperatura está ideal. No caso de tempura de folhas verdes, reduza um pouco a temperatura, para outros preparos, mantenha à 180ºC. Se o óleo esfumaçar é porque está quente demais, neste caso, reduza a chama. 
Molhe apenas um lado dos raminhos de cenoura na massa do tempura e frite até ficar levemente dourado (para vegetais, pode molhar os dois lados). Retire com uma escumadeira e coloque em um prato coberto com toalhas de papel. Se ficarem gotinhas de tempura no óleo, retira-as também entre uma fritada e outra.
Se for fazer uma grande quantidade, deixe o tempura pronto descansar numa assadeira, coberta com papel manteiga, no forno aquecido à 100ºC.

Opcional:
Depois de pronto o tempura pode ser servido com um molho de shoyu com gengibre ralado. Basta misturar 1 colher de chá de gengibre ralado + 1 colher de chá de molho shoyu + 1 colher de chá de água.

Recomendação:
É sempre muito bom acompanhar frituras com nabo ralado. Ele irá neutralizar o efeito da gordura no corpo. Basta lavar o nabo, ralar e servir junto com o tempura... Fica uma delícia misturado com o molho acima!

Bom apetite!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sopa de talo de couve-flor



Muita gente descarta essa parte da couve flor e do brócolis. Além de ser um desperdício desncessário, é justamente onde se concentram grande parte das vitaminas e minerais destes alimentos. Criei esta receita esta semana e adorei o resultado. Espero que gostem!

Ingredientes:
1 talo + folhas de couve flor
1 cenoura média cortada em cubinhos (do tamanho do milho aproximadamente)
1 cebola média em rodelas finas
1 espiga de milho (retira os milhos da espiga)
3 colheres de sopa de aveia ou de quinoa
2 cogumelos shitake desidratados
Sal Marinho à gosto

Preparo:
Coloca os cogumelos de molho em um copo (água suficiente só para ficarem submersos). Como eles vão boiar, coloca uma colher de sopa em cima para fazê-los mergulhar dentro d´água. Reserva. 
Corta o talo da couve flor em rodelas bem fininhas e coloca para cozinhar em 6 xícaras de água, junto com a cebola. Quando já tiver amolecido (cerca de 30 minutos depois), bate tudo no liquidificador. Retorna para a panela, adiciona caldo do shitake (espreme ele bem) e depois corta ele em tirinhas (descartando o talo se estiver muito duro) e adiciona junto com o milho e a cenoura e cozinha e aveia. Cozinha até engrossar (deixa ferver), adicionando o sal no fim. Vai ficar um creme espesso, nutritivo e saboroso. Esta receita rende de 2 a 3 porções. Bom apetite!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Coragem para mudar!



Foto do Google Imagens

Acabei de receber uma mensagem linda sobre o texto: O papel da família nas sociedades modernas (http://www.beijonopadeiro.com/2009/09/o-papel-da-familia-nas-sociedades.html) e resolvi comentar na forma de post. Larinha, grata pela contribuição!! Adoro as suas ideias e nossos papos sempre...! Como você, muitas outras pessoas tiveram referências às quais divergem hoje em dia, mas isso não é motivo de acomodar-se e não promover mudanças. Espero que seu relato sirva de inspiração para outras pessoas.... =)

Eu gostaria de ter tido uma estrutura familiar diferente!!! Hoje não julgo mais meus pais... Entendo o que passaram e que se me criaram assim é porque foi o máximo q poderiam ter feito!!! Amo meus pais, mas é como se não tivesse tido pais... Como se só tivesse tido irmãos, porque foi assim que eles me criaram... Não sei se por terem sido tão jovens... Estavam os dois na faculdade e antigamente tudo era um ideal, lutavam por uma causa, existia o Comunismo e toda a questão de luta de classes... Meus pais eram ativistas.... Fui criada no movimento, logo não tive uma base familiar com hierarquia.... Não recorro a minha mãe para quase nada, porque sinto como se fosse uma irmã mais nova... Meu pai nem se fala: um eterno sonhador!!!! Por isso não sinto aquele aconchego, aquela porto seguro, aquela segurança quando falo em minha família.... Na verdade sinto falta do que nunca tive!!!! Sinto falta de uma estrutura!!! De limites... Diante disso dou tanto valor a família q agora estou criando e concordo plenamente com suas palavras irmã gêmea!!!! Já havia falado sobre o fato da mulher moderna... Da mulher fora de casa, da rede globo criando nossos filhos e os tornando pessoas com critérios e valores invertidos!!!! Enfim esse tema é tão gostoso e tão vasto q realmente da vontade de ficar o dia todo transcorrendo sobre o assunto....

Como dizia Nietzsche: “Aquilo que não nos mata, só nos fortalece”. Todos nós passamos por adversidades na vida, seja na forma de criação, financeira... A superação dessas adversidades é o que nos faz crescer. Orgulho-me demais das pessoas que mudam as suas realidades. É muito fácil ter certas visões quando temos as referências “exemplares”. Difícil é alguém conseguir olhar pros pais, saber que lhe amam, que lhe criaram da melhor forma que puderam, visando sempre o seu bem e conseguir entender o fato de ser uma pessoa diferente deles.  Na verdade, isso sempre acontecerá em algum aspecto na vida das pessoas. É praticamente impossível que se concorde com absolutamente tudo que os pais ensinam aos seus filhos. É fundamental entender que o problema não está neles e sim na trajetória que se resolve trilhar e que resulta numa visão diferente do mundo. É importante que as pessoas sintam-se orgulhosas ao perceberem que estão se tornando uma versão melhorada da geração anterior. Afinal de contas, o bom filho é aquele que supera o seu pai. Aquele que assimila as coisas boas que esse tinha para lhe passar, mas transgride e vai além às demais.

É muito mais cômodo e fácil discursar que se é de certa forma por causa do modo como foi criado. Isso é aceitar um determinismo de forma pacífica, enxergar falhas e ser inerte em relação a mudanças...

No caso descrito acima, é exatamente isso que não está sendo feito e sim ousando ser diferente. É muito difícil ser só. Correr atrás de valores próprios e ir de encontro à maioria das pessoas demanda muita coragem. Melhor do que assumir um papel de coitado/a é transformar adversidades em ferramentas de transmutação pessoal. Casar-se e estabelecer uma nova família é uma excelente oportunidade de reescrever a própria estória. Alterar aqueles pontos que considerou negativo na educação pessoal e reforçar os positivos. Essa é a grande magia que vêm regendo a evolução do homem na terra. Infelizmente não existe receita de bolo e assim, sempre achando que o que está sendo feito é o melhor, a humanidade segue percorrendo inúmeros caminhos... O mais importante é ser autêntico em relação às metas pessoais, não ter medo de fugir de padrões e mergulhar de cabeça nas próprias crenças.  

Espero que estas ideias sirvam como exemplo a muitas outras pessoas que podem se sentir impotentes, fruto de um meio determinista... Deterministas são os nossos pensamentos: através de nossas atitudes, podemos e devemos perseguir nossos ideais... Seguir nossos corações, nos deixar levar por nossas intuições. O importante é mover-se e ter em mente que: “Quando o discípulo está pronto, o mestre se apresenta”. Nada cai do céu, mas quando fazemos nossa parte, as coisas inevitavelmente começam a acontecer, pois, entramos em sintonia com o universo. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os prós e contras das tecnologias na sociedade moderna



Foto do Google Imagens

Acabei de ler essa matéria (http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI313055-17773,00-ELES+MORAM+SOZINHOS+E+ESTAO+TRANSFORMANDO+NOSSAS+CIDADES.htmle achei bem interessante. Nos últimos tempos venho amadurecendo a ideia de migrar de um “Nokia: End + Send” para um smartfone e a ideia tem me trazido inúmeras reflexões. Não sei se outras pessoas, antes de adquirirem uma tecnologia virtual 24 horas, refletem tanto, mas eu tenho ponderado bastante os prós e contras...

Antes de morar em Belo Horizonte, era uma super usuária de telefone celular. Como meu escritório era virtual, passava o dia em trânsito (e no trânsito), entre uma obra e outra, em todas as partes da cidade. Para dar conta de administrar estar em vários lugares ao mesmo tempo, vivia pendurada no celular. Minhas contas eram homéricas (chegando ao cúmulo de R$1.200,00), mas como não tinha despesas de escritório como: aluguel, água, luz, telefone e outros entendia o celular como ferramenta de trabalho e me resignava. Apesar das altas contas me permitirem ter excelentes aparelhos gratuitos, sempre tive telefones bem simples, de funções básicas, sem internet.

Ao me mudar para Belo Horizonte, há um ano, e cambiar completamente a rotina, decidi que telefone ia ser uma ferramenta para comunicações rápidas e necessárias. Optei por um aparelho basicão e uma linda conta fixa de R$35,00, na qual me orgulho de sempre acumular minutos, mês após mês. Uma mudança drástica, hein?

Atualmente, acho que sou a única pessoa do meu ciclo de amizades que não tem nenhuma tecnologia 3G portátil... Li o livro do Steve Jobs, sou fã dele, mas não tenho e nunca tive nem um produto “i”. Acho todos fantásticos, mas meu som ainda funciona perfeitamente e migrar para um ipod, significaria descartar um bom aparelho de som e mais de 400 CDs. Se não tivesse tudo isso, talvez já possuísse um ipod, pois amo música e não nego a praticidade da tecnologia. Entretanto, fui educada a usar o sapato até furar e a não deixar resto de comida no prato, considerando-me uma pessoa com freios regulados em relação aos impulsos mercantilistas induzidos pela sociedade moderna. Ainda vivo bem sem as 1001 ferramentas dos produtos da Apple e afins, mas tenho consciência que ninguém anda para trás e que adquirir um aparelho 3G é um caminho sem volta. Acontece que com todas as vantagens, vêm muitas desvantagens e sinceramente, não sei se estou preparada!

O fato de não ter esse tipo de celular faz com que tenha mais tempo para observar o meu entorno e tudo que vejo são pessoas com a cara enfiada numa tela. É padrão! Nas praças, bares, restaurantes... Outra mania é de registrar tudo, como se o mais importante fosse registrar e expor a vida ao invés de viver plenamente os momentos. Chega ao cúmulo de duas pessoas estarem sentadas sem conversar, cada uma focada no seu aparelho pessoal. Este ano fiz ma viagem com um grupo de amigos para um local sem sinal de telefone. Quando chegamos à cidade, sentamos em um restaurante com rede wifi e todos mergulharam em seus mundos virtuais, completamente hipnotizados. Naquele momento me senti uma pessoa livre, estava ao lado de uma queda d´água e fiquei apreciando o som dos pássaros e da água escorrendo nas pedras... Será que se portasse um smartfone não teria agido como eles? Acontece com todo mundo, por que seria diferente comigo?

Não posso negar todas as vantagens, os aplicativos fantásticos e a agilidade que essas tecnologias trazem para a vida das pessoas... Por isso mesmo, comecei a ponderar os prós e contras. Hoje em dia, por exemplo, não falo com inúmeras pessoas o tempo inteiro por aplicativos, entretanto, tenho o hábito de ler e escrever longos e-mails, mantendo contatos aprofundados com as pessoas, mesmo que virtualmente. Meu uso de internet pode muito bem esperar o momento que estou em casa, com calma... Outro hábito são os longos papos pelo skype com amigos que moram por todas as partes... Funciona como marcar para sair, onde paramos tudo que estamos fazendo para conversar a fundo. O que quero mostrar é que sou super usuária da tecnologia, mas mesmo através dela, prezo contatos criteriosos e cuidadosos, não meros “chats” casuais e rápidos.

Lendo esse texto e percebendo a sociedade vejo que as pessoas estão cada vez mais sós em termos profundos e cercadas de contatos superficiais. Em um dos debates do seminário de Kikuchi, este ano, discutimos exatamente isso... Uma mulher falando da impossibilidade do casamento, de dividir um lar com alguém e que o futuro seriam relações onde cada um vivesse no seu canto. Esses dados crescentes de pessoas morando sozinhas demonstram justamente isso. Já abordei esse tema no texto: O papel da família nas sociedades modernas (http://www.beijonopadeiro.com/2009/09/o-papel-da-familia-nas-sociedades.htmle não consigo modernizar minha mente para ver uma sociedade individualizada como algo tão positivo assim.

Concordo plenamente com uma citação do texto onde o autor fala da evolução coletiva através de atitudes individualizadas, citando o exemplo da mulher que vai de bicicleta ao trabalho, não por questões ambientais e sim para fugir do trânsito e dos transportes públicos. Não tenho a menor dúvida que apesar de todo o movimento ambiental de ajuda humanitária ao planeta, o que mais move as pessoas são as suas razões pessoais. Por exemplo, alguém que passa a comer orgânicos, provavelmente está mais preocupado com a própria saúde e querendo se preservar de um câncer do que qualquer outra coisa.

 “É o que o sociólogo e professor emérito da Universidade da Califórnia, em Berkeley, Robert Bellah chama de ‘individualismo utilitário’, a ideia de que a sociedade floresce quando cada pessoa persegue suas vontades em primeiro lugar. ‘É da somatória de interesses pessoais que surge o coletivismo.’ 

A menos que o individualismo utilitário, descrito no texto, renda muitos frutos, acho que essa tendência crescente ao isolamento na sociedade é um risco. As pessoas agora vivem conectadas em redes sociais como Facebook e Instagram, se contentando em ler citações postadas ao invés de buscarem interesses pessoais em literaturas aprofundadas. Todo mundo é feliz nessas redes sociais, às vezes se vê algum post de denúncia ou indignação, mas normalmente são postadas fotos de viagens, restaurantes, passeios e inúmeras superficialidades dando uma impressão de que todos vivem uns contos de fadas... As conversas por BBM e Whatsapp são meros papos casuais, afinal, quem quer conversar mesmo liga, encontra...

Todo esse agito faz com que as pessoas vivam uma ilusão de que estão cercadas de muitos amigos, quando na verdade estão mesmo cheias de contatos... Paralelamente a tudo isso vejo um número crescente de pessoas com síndromes psicológicas como: pânico, transtorno bipolar e principalmente depressão. Isso sem falar na sociedade alcoólatra que vivemos, onde tudo é uma desculpa para beber e as pessoas parecem não conseguir mais se divertirem sóbrias.

A conclusão que chego acerca do perfil descrito no texto é que a sociedade está cheia de pessoas carentes, que vivem uma pseudo independência, mas que não suportam a companhia de si mesmas um só instante, sendo incapazes de passar horas em casa lendo um livro, cozinhando, escrevendo, aturando e amadurecendo pensamentos próprios. Ao invés disso, fazem um tipo bem resolvido (por viverem sós), mas ao mesmo tempo estão sempre conectadas, sem conseguirem estabelecer uma relação profunda que permita um respeito mútuo, base para que haja qualquer tipo de compartilhamento espacial. Para mim são pessoas intransigentes e mimadas, que querem tudo do seu jeito, no seu tempo e não conseguem entrar num acordo harmônico de vida em comunidade. Assim, são obrigadas a viverem sós e para amenizar a carência mantêm contatos superficiais e virtuais com o meio externo.