segunda-feira, 31 de março de 2014

SOS Dona de Casa: iRobot Roomba


Hoje eu vou falar do bichinho de estimação que mudou minha vida neste último mês. Toda vez que comento sobre ele percebo que normalmente as pessoas ficam espantadas, pois desconhecem essa nova espécie... Ele é um bichinho maravilhoso!! Obediente na maior parte das vezes (um pouco rebelde de vez em quando), não faz sujeira e ainda me ajuda a manter a casa limpa.

Será que sabem do que estou falando?? Do meu super robozinho que varre e aspira a casa. Sonho de consumo de qualquer dona de casa, que tive a sorte de ganhar de presente de meu marido, que fez uma viagem à trabalho para o exterior recentemente, e teve a boa vontade de sair em seu raro momento livre, para comprar isso para mim e também de trazer esse pequeno trambolho em sua bagagem de mão. Como ele não trouxe mais nada e estava com uma mala bem pequena, não teve nenhum problema de tributação, mas penso que não deve ser tão simples para quem volta com as malas lotadas de compras, acrescentar esse item, apesar de achar que vale MUITO à pena!! Melhor que joia, roupa, bolsa, perfume, maquiagem, sapato... Não trocaria-o por nenhum outro presente de viagem e comprar aqui no Brasil, assim como a maioria das novidades tecnológicas, sai super caro!

Depois que ganhei o meu descobri que existem outras marcas e que pelos reviews parecem até melhores. Mas estou tão satisfeita com meu robozinho que não dei bola quando fiquei sabendo disso. Já vi vendendo aqui no Brasil, na Fnac, mas era um modelo bem antigo pelo preço do modelo mais novo (quando comprado nos EUA). O meu é o iRobot Roomba 770, mas já foi lançado o 780.

Meu bichinho fica quietinho, no canto da sala, no carregador. Está programado para varrer e aspirar a casa todos os dias às 8:00 da manhã, quando a casa está vazia e nos finais de semana damos uma folguinha. Onde moramos junta muita poeira e como o piso é claro, de um dia para o outro a casa ficava logo com aspecto de suja, com cabelos pelo chão. Há um mês não sei mais o que é isso...

Às vezes acontece de a porta de algum cômodo bater e ele ficar preso e não terminar de rodar a casa, mas já comprei calços para resolver esse problema. Também acontece dele ficar apaixonado por determinado cômodo e não querer sair mais de lá, enfim, pode ficar meio perdidinho, mas no geral dá conta do serviço e limpa super bem. Tem um espaço, com filtro, onde a sujeira é acumulada e é facilmente removível para limpeza.

Preciso dizer que SUPER recomendo??? Vale cada centavo, até porque com a economia que se faz com empregada/diarista, ele rapidamente se paga... Mesmo quem já não tem empregada em casa (como eu), vai ganhar muito tempo e a mágica de chegar em casa todos os dias e encontrar o chão sempre limpinho não tem preço. Ele entra debaixo das camas, do sofá, sobe no tapete, quando encontra uma barreira, desvia o caminho e quando termina todo o serviço volta sozinho para o carregador. Além disso, vem com controle remoto e duas barreiras magnéticas que permitem que algum ambiente (ou parte dele) seja isolado. Tudo de bom!!!

Nesses vídeos dá para ver o seu funcionamento. Divirtam-se e vou ter que permitir que fiquem com inveja - eu fiquei morrendo de inveja quando vi essa super inovação funcionando na casa de minha vizinha e não sosseguei enquanto não providenciei o meu. 




P.S.: Existe outro robozinho que passa "pano molhado" na casa, chama-se Scooba, que também pode ser usado em áreas molhadas e está em minha lista de desejos futuros, risos! Vídeo abaixo!!

domingo, 30 de março de 2014

Música para Beijar o Padeiro: Simples Desejo - Hoje eu só quero que o dia termine bem...

No último domingo fechei o final de semana com um depoimento para Beijar o Padeiro.

Hoje vou fechar o domingo compartilhando uma música que amo!!

Beijo em todos os meus leitores padeiros!!!



Que tal abrir a porta do dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada...

Legal ficar sorrindo à toa, toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua

Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem (2X)

Legal ficar sorrindo à toa, toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua

Pra viver e pra ver
Não é preciso muito não
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez não
Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem




sexta-feira, 28 de março de 2014

O que é melhor: viajar de forma independente ou num pacote turístico?

Foto de minhas andanças solitárias por NY no ano passado. Descobri essa pracinha fofa ao lado de um Le Pain Quotidien (uma rede de padarias que amo) - sentei aí, comi umas frutinhas secas e oleaginosas que comprei na padaria, fiquei escutando o barulhinho da água e relaxando... Bom até de lembrar!

Esta semana uma amiga me procurou, super animada, dizendo que está querendo se presentear este ano com uma viagem para a Europa. Como será a sua primeira vez no velho mundo e sabendo que já andei perambulando por lá por um tempo, me pediu umas dicas... Resolvi transformá-las em um post, pois acho que podem ser úteis a outras pessoas também. Espero que gostem!

Tive poucas experiências com viagens de excursão na vida, basicamente algumas idas ao interior da Bahia durante o São João, encontros de arquitetura nos tempos da faculdade e um réveillon em Arraial d´Ajuda. Ano passado fui para o arquipélago de Galápagos em uma espécie de excursão, pois todos ficavam à bordo de um barco e havia uma programação a ser seguida. Não há outra forma de visitar as ilhas, visto que o acesso só é permitido na companhia de um guia, em horários predeterminados. A experiência não foi ruim: o grupo era legal e o guia passava informações bem interessantes. Entretanto, depois de oito dias já estava enjoada da comida (acredito que isso deva acontecer em viagens de navio também) e no limite de não ter liberdade em relação aos meus horários e destinos... Pensando nisso resolvi fazer uma listinha opinando o que considero de vantagem e desvantagem em termos de viagens independentes ou em grupos/excursões. 

Vantagens de programar uma viagem independente
  • Você é 100% dono de seu tempo. Cria seu roteiro, muda no meio da viagem, se der vontade... 
  • Não é obrigado a comprar um pacote com datas fixas e se adequar a elas. Tem a liberdade de criar o seu roteiro de acordo com o seu tempo e disponibilidade. Quem disse que de 2 a 12 de abril é bom para você?? Pode preferir de 3 a 13... E aí?
  • Como você meso terá que criar o seu roteiro, vai estudar sobre o lugar com antecedência. Isso faz com que a viagem comece antes, que você decida suas prioridades e principalmente que já chegue no lugar com sede de conhecê-lo, sabendo exatamente o que quer ver (nunca dá para ver tudo).
  • Você só vai onde quer. Em excursões, algumas vezes são feitas programações fixas, onde os lugares nem sempre são aqueles que nos identificamos ou queremos ir... 
  • Achou um lugar ruim, chato? Vai embora! Não tem ninguém lhe esperando (mesmo que esteja acompanhada, é completamente diferente de estar com um grupo de pessoas desconhecidas).
  • Liberdade. Quer coisa mais chata do que ter horários fixos em plenas férias? Pontos de encontro em horas exatas... A chance de você querer sair antes ou depois de determinado lugar, e não poder, porque tem um roteiro a seguir e pessoas lhe esperando, são grandes.
  • Liberdade - de novo! E se você não estiver com fome? Quiser almoçar uma maçã para não perder tempo e não puder porque precisa seguir a programação, onde todos param para almoçar, em um lugar onde você não tenha muita liberdade para desgrudar do grupo e encontrar depois?
  • Horários! Quem disse que o horário que o guia está disponível é o horário bom para você? E se quiser dormir até mais tarde, descansar...? Afinal de contas, está de férias! Enfim, se tiver um horário marcado para sair para determinada programação fica complicado.
  • Flexibilidade. Chegou em um lugar, não é aquilo que esperava... Para que ficar? Vai para outro, muda de hotel, aluga um carro, compra uma passagem de ônibus. Faz o que quiser, afinal, a intenção é se divertir!!
  • Conhecer pessoas. A chance de conhecer pessoas quando está sozinho ou em grupos pequenos é muito maior. Pode conhecer alguém legal no lounge do albergue (caso esteja hospedado em um) ou num café... Essa pessoa pode lhe dar uma dica maravilhosa e você poderá mudar os planos do seu roteiro completamente. Esse ano no Equador, conhecemos um casal de Brasileiros, descendo um teleférico, após a visita a uma montanha, com direito a cavalgada. Era hora do almoço, dividimos um taxi para um restaurante e fomos almoçar juntos. Como era Copa das Confederações, estava passando o jogo do Brasil e foi super divertido assistir o jogo e dar risadas com esse casal. Nada de programação turística a tarde toda: apenas um bom papo! Só um exemplo do tipo de coisa que acontece quando estamos viajando de forma independente, poderia fazer uns 10 posts enormes contando casos e casos...

Vantagens de viajar numa excursão ou comprar um pacote turístico
  • Para mim a maior vantagem desta opção é o ganho de tempo. Tem pessoas que não têm saco para programar suas viagens ou simplesmente não têm tempo. Nesses casos, comprar um pacote pronto, cuja única preocupação é escolher o destino, as datas e pagar, é super cômodo.
  • Tem gente que não gosta de estar sozinho, seja por insegurança ou por medo de ficar sozinho mesmo. Nesses casos, viajar numa excursão é uma garantia de companhia e suporte.
  • Estive em poucos lugares onde não falava o idioma (França, Alemanha e Suíça), sendo que nos dois últimos, é super fácil se comunicar usando o inglês. Assim, só na França tive um pouco de dificuldade, mas nada demais. Não cheguei a passar por nenhum aperto. Existem países, entretanto, que o idioma e a cultura são tão completamente diferentes dos nossos (no oriente, por exemplo) que em muitos casos, viajar numa excursão é até uma questão de segurança e otimização do roteiro. No dia que resolver ir a um desses lugares pensarei como vou fazer...
  • Tem gente que não gosta de ter riscos. Quando contratamos uma agência, dificilmente ficaremos acomodados em um hotel ruim, iremos a um restaurante que não agrade ou entraremos em uma barca furada, afinal, paga-se pelo know-how de outras pessoas para ter certas garantias. As chances de cair num esparro em uma viagem independente são sempre maiores...
Conclusão:

Sou um pouco suspeita para falar, pois amo fazer viagens independentes. Para mim uma das melhores partes da viagem é programá-la, sem muitos detalhes e na hora deixar as coisas acontecerem para decidir meus rumos. Normalmente só reservo hotel (ou albergue) para os dois primeiros dias, o resto vou decidindo no decorrer da viagem e acho essa flexibilidade super gostosa. 

Antes de decidir qual o tipo de viagem que vai fazer, precisa primeiro fazer uma auto-análise do seu perfil e ver com o que se identifica mais e qual o seu nível de espírito aventureiro. Outra coisa que amo são viagens solitárias (aliás, amo fazer muitas coisas sozinha) e sei que isso é um tabu entre muitas pessoas. Para mim não tem preço estar livre, leve e solta em um lugar, poder fazer o que me der na telha e não dever satisfações à ninguém. Isso para mim é sinônimo de estar de férias. Se tiver alguém para encontrar, encontro... Se não tiver, posso ocupar meu tempo como achar melhor: em restaurantes, museus, visitando lugares exóticos, conversando com desconhecidos em filas, caminhando pelas ruas, fazendo compras, fotografando... Enfim, o que me der vontade!! Super recomendo essa experiência, pelo menos uma vez na vida!!

Fotos de minhas andanças solitárias por NY no ano passado.
 Restaurante Kajitsu, NY. Passei uma hora e meia mastigando e meditando com essa comida. Hummmm, só de lembrar fico salivando. Não tinha ninguém para me dar pressa...


Foto aleatória no MoMa. Visitar e/ou revisitar museus sem pressa é tudo de bom!

Uma estação de trem no meu caminho para o Kushi Summer Conference em New Jersey. Tão bom viajar, sem ninguém para dispersar você enquanto aprecia uma bela paisagem pela janela...

Guggenheim de NY. Sou capaz de ficar uma hora deitada no centro do museu olhando para esse fantástico jogo de formas, luz e cores.

Candle 79 - restaurante vegano TOP em NYC. Comer sozinha é uma das minhas delícias solitárias favoritas, apreciar cada mordida, decifrando temperos, ingredientes e sabores, sem a dispersão de estar conversando com alguém.

Risoto vegano de abóbora com amêndoas e um toque de sálvia no restaurante Gobô em NY. Hummm, preciso tentar reproduzir essa receita...

Cara de pau, seu nome é Camila. Só consegui comer um prato no Gobô, mas tive a cara de pau de pedir para fotografar o prato da pessoa sentada na mesa ao lado... Coisas que fazemos quando estamos sozinhos... Existe coisa melhor do que ser cara de pau e saber que não vai ver mais aquelas pessoas depois?

quarta-feira, 26 de março de 2014

Lanches práticos e saudáveis

Já fiz duas postagens sobre lanches práticos e saudáveis (links no fim do post).

Hoje vou compartilhar mais algumas ideias para quem passa muito tempo fora de casa e não quer ser pego de surpresa pela fome ou para quem tem filhos e precisa encher a despensa de opções saudáveis para a criançada.

Enfim, seja lá qual for o motivo, é sempre uma ótima ideia ter um lanchinho saudável por perto. Nem sempre conseguimos cozinhar, mas não significa que não possamos combinar praticidade com saúde. Com tantas opções não temos nenhuma desculpa para isso! E para quem aderiu a moda do sem glúten, sem açúcar e lactose: TODAS ESSAS OPÇÕES se enquadram, talvez um ou outro sabor de barrinha cereal não... E para completar, tudo sem conservantes e aditivos químicos. 

Acabei de tirar algumas fotos de minha despensa de lanches não-perecíveis e as outras fotos eu havia compartilhado anteriormente em meu Instagram. Comentários abaixo de cada foto.


Para comer

Foto de minha prateleira de lanches não-perecíveis em casa. Não posso ter muita coisa, porque com duas pessoas em casa tudo demora muito de terminar... Além disso, ainda tem os lanches frescos, como as frutas.

Essas barrinhas de cereal são uma delícia. Não são baratas (cada unidade chega a custar uns R$2,00), mas quebram um galho danado dentro da bolsa... Não contêm açúcar, nem adoçantes artificiais e existem inúmeros sabores, para todos os gostos.

Chips de maçã desidratada com canela (sem açúcar) e chips de arroz e milho com sal marinho. Esses pacotes custam entre R$2,00 e R$3,00, são super leves e bons para transportar em mochilas e bolsas grandes.

Oleaginosas: sempre presentes em minha despensa, exceto castanhas de caju, que quando compro não duram nada na despensa, pois sou completamente viciada e devoro. Nesta foto tem nozes, amêndoas, castanhas do Pará e sementes de abóbora. Outras que compro com frequência são: avelãs, macadâmias, pistaches e sementes de girassol. Preços variam conforme o peso e o local de venda, não são baratas, mas como não devemos exagerar delas, é um bom investimento, pois rende muito!

Geleias 100% sem açúcar e Tahini, não faltam em minha casa, já que não como nem queijo, nem requeijão e nem manteiga... Existe outra marca que também gosto, chamada St. Dalfour, cujo meu sabor predileto é laranja com gengibre, mas nunca mais encontrei no mercado. Essa tahini é importada, 100% de gergelim. A Terrazen tem uma opção mais barata, mas muito difícil de encontrar aqui em BH. As geleias custam em torno de R$10,00 reais e a tahini vai variar de R$10,00 a R$35,00, à depender da marca.

Frutas secas: nessa foto tem banana passa, bananada cascão, figo turco seco, uvas-passas e damascos... As tâmaras acabaram esta semana, adoro também! Preços variam conforme o peso e o local, mas essas opções aí da foto, nessas embalagens, podem variar entre R$3,00 e R$6,00.

Esse biscoitinho de arroz é um sucesso! Com geleia então.... hummmm!!! Aqui em BH encontro o pacote de 150g na faixa de R$4,00 - rende muito um pacote desses!!! Essa geleia é a minha favorita sem açúcar e sem adoçantes artificiais (adoçada com suco concentrado de uva) sabor gengibre. Infelizmente nunca encontrei em Salvador e mesmo aqui ela some das prateleiras dos supermercados de vez em quando.


Para beber 
Claro que um suco da fruta é tudo de bom. Mas nem sempre dá para preparar, então é super válido ter em casa bons sucos industrializados. Esses são alguns dos meus favoritos:

Cajuína: Típica do nordeste, mas vende aqui no supermercado Extra em BH - só que o dobro do preço (uns R$10,00) que compro em Salvador!! É bem concentrado e pode ser diluído com metade de água, na hora de servir, fazendo render mais...

Amo suco de maçã 100% sem açúcar. Aqui em BH eu encontro nas lojinhas de restaurantes naturais e a garrafa de 1L custa em torno de R$11,00. É bem concentrado e pode ser diluído com metade de água, na hora de servir, fazendo render mais...



Descobri esses sucos, embalados em Tetrapak, recenetemente. Como podem ler nos rótulos, não contêm conservantes e nem adição de açúcar e adoçantes artificiais. Estão disponíveis naquelas caixinhas pequenas com canudinho e nas caixas de 1 litro. A caixinha pequena aqui em BH custa em média R$2,50 e a grande em média R$10,00.

Chás são sempre uma boa pedida e sucos de uva, sem açúcar e sem conservantes também. Estas opções da foto, além de super acessíveis financeiramente, são encontradas facilmente em qualquer supermercado. Só é preciso prestar atenção para os rótulos! O suco de uva também existe na versão clara (de uvas verdes) e ambos são bem concentrados, podendo ser diluídos com metade de água, na hora de servir, fazendo render mais... A garrafa de 1,5L custa entre R$10,00 e R$15,00.

Posts antigos sobre o mesmo tema:



domingo, 23 de março de 2014

Depoimento para beijar o padeiro!!!



Vou finalizar o final de semana com esse depoimento lindo que acabei de receber pelo whatsapp. Infelizmente não consegui publicar o link aqui no blog, mas não deixem de clicar aqui para assistir.

São apenas quatro minutinhos e muita inspiração para nos dar vontade de encher o padeiro de beijos!!

Tenham um ótimo início de semana!!!

Receita: Salada de coucous, grão-de-bico e legumes


Oi pessoal!!! Postei a foto desta salada na sexta e fiquei devendo a receita... Estou um pouco atrasada, pois esses dias foram atribulados. É uma receita super simples e prática, além de muito nutritiva, contendo uma leguminosa + um cereal (combinação perfeita de aminoácidos essenciais), duas raízes, dois redondos, ingredientes fermentados e gordura insaturada: um mix super saudável, colorido e saboroso. Pode ser servida morna ou fria, podendo ser por si só uma refeição completa ou servir de acompanhamento para outros pratos. Espero que gostem!

Ingredientes
  • 1 xícara de couscous;
  • 1 xícara de grão de bico cozido;
  • 1/2 xícara de bardana cortada em rodelas transversais;
  • 1 xícara de cenoura cortada em cubinhos;
  • 1 xícara de quiabo cortado em pedaços de aproximadamente 1cm;
  • 1/2 xícara de palmito (corta em 4 no comprido e depois em pedacinhos menores no sentido inverso);
  • 1 colher de sopa de vinagre de umê (caso não tenha, pode ser substituído por vinagre de arroz ou de maçã + 1 colher de sopa de molho shoyu).


Preparo:
  • O grão de bico deverá estar pré-cozido.
  • Primeiro coloque a bardana para cozinhar em uma xícara de água, com uma micro-mini pitada de sal (insuficiente para alterar o sabor), em fogo baixo, com a panela tampada. Enquanto a bardana cozinha, vá cortando a cenoura e o quiabo. Depois de cozinhar por uns 10 minutos, acrescente a cenoura e o quiabo (não misture) e reduza o fogo para o mínimo (entre o alto e o desligado). Deixe cozinhar por 5 a 10 minutos (o suficiente para o quiabo ficar com um tom de verde bem vivo), depois acrescente o grão-de-bico com um pouco do caldo do cozimento. Com a panela fechada, deixe cozinhar por mais 3 minutos.
  • Nesse meio tempo, coloque uma xícara de água para ferver em outra panela ou chaleira.
  • A minha panela tem dois furinhos na tampa, de forma que se mantiver a panela tampada, através desses furinhos posso escorrer o líquido que estiver lá dentro. Se a sua panela tiver essa função, ótimo, caso contrário, aconselho que bote os vegetais numa peneira e escorra reservando a água. Essa água (do cozimento dos vegetais) será utilizada para o preparo do couscous que é muito simples.
  • Em uma vasilha maior, coloque uma xícara da água de vegetais (se for menos do que uma xícara, você acrescenta a água que falei para deixar fervendo em outra panela, até completar uma xícara). Em seguida, acrescenta uma colher de sopa de azeite de oliva extra virgem, mistura e vai adicionando o couscous e mexendo. Feito isso, tampe a vasilha e deixe descansar por cinco minutos. O couscous estará pronto.
  • Por fim, vá misturando os vegetais e o couscous e no final tempere com o vinagre de umê ou vinagre de arroz/maçã + olho shoyu. 
  • Bom apetite!!!


A salada como acompanhamento: peixe ao molho pesto; abóbora cozida; agrião refogado e arroz integral cateto com gersal.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Receita de seitan: bife de glúten de trigo

Conforme publiquei ontem, aí vai a minha receita de seitan (bife de glúten de trigo). O mais legal dela é que podemos usar e abusar da criatividade na escolha dos temperos. Este que vou sugerir fica delicioso, além de ser simples e prático. Vamos lá!

Ingredientes:
  • 500g de farinha de trigo integral
  • 1 colher de chá de sal marinho
  • 1 colher de sopa de molho shoyu
  • 1 colher de café de curry
  • 1 colher de café de cebola, alho e salsa desidratados 
  • 1 colher de café de noz-moscada
  • 1/2 colher de café de pimenta do reino
  • Água




Preparo:

Misture a farinha com o sal marinho e depois vá acrescentando água filtrada até formar um bolo bem consistente, que não grude nas paredes da vasilha. Cubra essa massa com água filtrada e deixe de molho na geladeira por aproximadamente 18 horas.



18 horas depois, descarte a água e vá lavando a massa (com pouca água), apertando para retirar o amido. Vai escorrer um muito líquido branco (o amido) e o volume vai reduzir consideravelmente (observe a foto anterior e a seguinte). Depois que todo o líquido branco termina de sair, ou seja, que saiu todo o amigo e ficou só o glúten, é hora de temperar e cozinhar.


Numa vasilha de inox (que caiba em sua panela de pressão), acrescente os temperos (shoyu; curry; noz-moscada. pimenta do reino; cebola, alho e salsa desidratados). Misture os ingredientes e cubra toda a massa com eles (as fotos ficaram um pouco tremidas, mas dá para ver - é complicado ficar tirando fotos enquanto se cozinha sozinha).





Cubra o fundo da panela de pressão com uns 3 dedos de água e ponha uma chapa para fazer um cozimento à vapor dentro da panela de pressão (a minha panela já veio com uma chapa dessas, mas dá para adaptar).



Coloque a água para ferver e quando estiver fervendo, você põe a vasilha com a massa temperada dentro dela, tampa a panela e deixa cozinhar por 15 a 20 minutos, mantendo o fogo médio até o final.


Sua carne está pronta: observe a mudança na cor entre as fotos anteriores e as fotos seguintes. Pode usar para substituir qualquer receita com carne, esta eu usei para fazer estrogonofe. Gosto de usar na hora que faço, mas tem gente que congela para usar depois... Você escolhe!! Bom apetite!!!




Obs.: Se você não tiver como fazer na panela de pressão, pode cobrir a massa com um pano úmido e fazer numa panela à vapor tradicional/cuscuzeira. Se puder fazer na pressão, fica bem melhor!

quinta-feira, 20 de março de 2014

Reflexões sobre a soja e o glúten


Esta semana publiquei no Instagram a foto de uma estrogonofe vegano e não disse do que era. Agora vou revelar o segredo: de seitan. Traduzindo: glúten de trigo. Aposto que muita gente vai ficar de "cabelo em pé" só de escutar esse nome, devido ao modismo das dietas sem glúten. Vou ser sincera, prefiro fazer um prato usando um seitan caseiro, como substituto da carne, do que um bife de soja industrializada (tanto pelo sabor, quanto pela saúde). Como já falei por aqui, praticamente só consumo os derivados fermentados da soja, devido à grande acidez do grão, que não é reduzida significativamente em outros derivados e por isso, recomendo cautela com o ingrediente. O leite, por exemplo, não uso de jeito nenhum: substituo por leite de côco, de arroz, de aveia ou de amêndoas. Já o tofu, sempre consumi, por não ser ácido como demais derivados não fermentados, entretanto, como gosto de variar bastante os ingredientes no meu cardápio, não consumo mais do que uma peça por mês ou à cada dois meses 

Já provei alguns tipos de carne e como peixes e frutos do mar. Entretanto, a textura do seitan é algo deliciosamente especial e fica divino em algumas receitas. Por ser um pouco trabalhoso de preparar (vende pronto, mas a graça é fazer em casa), acabo consumindo o seitan raramente, diria que no máximo umas 3 ou 4 vezes ao ano - depois vou publicar a minha receita aqui, caso alguém tenha interesse em fazer... Ocorre que com tantas especulações, ainda não totalmente conclusivas, sobre os efeitos do glúten na saúde intestinal, não custa ficarmos atentos à ingestão desta proteína, observando se ela provoca alguma sensação diferente em nosso organismo. 

Há muito tempo leio bastante sobre o tema, mas ainda não tenho um posicionamento concreto sobre o glúten (como tenho sobre os laticínios, por exemplo). Já até publiquei um material interessante, baseado no livro da Denise Carreiro, que recomendo a leitura para quem fica curioso sobre o tema. Confesso que ainda não consegui identificar nenhum sintoma estranho em mim (que possa ser proveniente da ingestão do glúten) e por isso ainda não considerei a ideia de eliminá-lo de minha dieta, mas consumo com moderação. Entretanto, não posso tirar minha experiência pessoal como parâmetro, pois, em primeiro lugar, sempre consumi cereais integrais e em segundo lugar, a dieta macrobiótica é baseada no consumo dos grãos integrais, em especial o arroz, evitando os farináceos e derivados de uma forma geral. Assim, pães e massas nunca fizeram parte do meu cotidiano

Vocês já devem ter visto que sempre faço pães e publico fotos e receitas, mas ironicamente quase não os consumo, praticamente só quando sai do forno, para provar, porque o cheiro é realmente irresistível. Faço muito pão porque de todas as coisas que já consegui mudar nos hábitos alimentares do meu marido, ainda não consegui cortar o pão do desjejum dele. Sendo assim, melhor que seja um pão caseiro do que um industrializado, com um monte de aditivos e conservantes perigosos. Outra coisa que sempre foi limitada em minha vida é o consumo de massas. Lembro que na casa dos meus pais só era permitido ter massa uma refeição na semana e mesmo assim, muitas vezes era macarrão de arroz (Bifum) - o hábito acabou se perpetuando... Assim, não posso dizer que sou uma referência no assunto glúten. Não é o que acontece com a maioria das pessoas: muitas delas têm algum ingrediente contendo glúten em praticamente todas as refeições e ainda na pior forma: refinado e adicionado de sal refinado, açúcar e conservantes. Não me espanta o crescente número de pessoas intolerantes à proteína: tudo que é demais, sobra! 

Meu pensamento é o seguinte: melhor pegar leve do que ter que eliminar de vez, não é mesmo? Afinal de contas, todo mundo merece saborear uma boa comida italiana de vez em quando e tirar o glúten da dieta, realmente acarreta em privações, principalmente na vida social. Outro problema é que quando retiramos algo da dieta, este alimento precisa ser muito bem substituído e tenho percebido que diversas pessoas que decidem eliminar o glúten, substituem alimentos, que são primariamente carboidratos, por proteínas, correndo o risco de exagerar na ingestão proteica, o que não é nada aconselhável. Então, antes de partir para uma medida drástica e radical, aconselho que preste mais atenção à ingestão dos alimentos que contêm glúten, procurando não abusar, dando prioridade aos alimentos integrais sempre e tentando substituí-los por outros do mesmo grupo alimentar e com qualidade nutricional superior (arroz integral, aveia, milho, inhame, mandioca, abóbora, mandioquinha, batata doce...). Isso fará com que sua dieta fique muito mais rica em termos de variedade e qualidade nutricional e reduzirá a exposição excessiva do seu corpo ao glúten. É este exagero que, na maior parte das vezes, que leva à intolerância ou até mesmo à criação de antígenos para combater o "corpo estranho" que penetra no organismo através da dieta e que corpo não reconhece como alimento.  

domingo, 16 de março de 2014

Receita: Risoto de camarão com arroz integral - sem leite, sem queijo, sem manteiga e sem tomate


Ontem eu publiquei a receita do meu molho vermelho sem tomate, feito à base de cenoura e beterraba. Conforme escrevi, a receita rende 4 porções e como aqui em casa somos apenas dois, logicamente sobrou.

Hoje foi dia de transformação de sobras. Fiz um risoto e como vocês sabem, não sou vegetariana, pois como peixes e fruto do mar, entretanto, laticínios não entram em minha cozinha - logo, essa receita não contém nem leite, nem queijo e nem manteiga. Adoro usar arroz cateto integral para fazer risotos: além de super saudável, ele é naturalmente grudentinho e fica perfeito em risotos. Ficou uma delícia, espero que gostem!!

Ingredientes:
  • 5 colheres de sopa de molho de cenoura e beterraba;
  • 5 colheres de arroz de arroz integral cateto (já estava pronto);
  • 1 xícara de camarão (descongelado, descascado e sem cabeça);
  • 1 cebola média;
  • 3 dentes de alho;
  • 1 colher de sopa de azeite de oliva;
  • 1/3 de um maço de salsa picada;
  • 1/3 de um maço de coentro picado;
  • 1 pitada de sal marinho.
  • 4 castanhas do Brasil (Pará)
Preparo:
Comece limpando o camarão, descascando e tirando as cabeças. A quantidade final deverá ser de aproximadamente uma xícara. Reserve.
Depois pique a cebola em pedaços pequenos e ponha para refogar na panela seca. Quando começar a grudar no fundo da panela e deixar o fundo amarronzado, acrescente dois dedos de um copo de água e repita o processo até a cebola estar bem macia e dourada. Neste ponto você acrescenta os dentes de alho esmagados e refoga junto com a cebola. Agora acrescente o molho e misture bem. Em seguida, acrescente o arroz e o sal e misture até homogeneizar. Por fim, acrescente a salsa, o coentro e o camarão, misture com cuidado para não quebrar o camarão, reduza o fogo para o mínimo e tampe a panela. Deixe cozinhando até que os camarões estejam corados, o que pode levar entre 5 ou 10 minutos, a depender da chama do fogão (uso a chama beeeeeem baixa). Por fim, acrescente o azeite de oliva, aumente um pouco o fogo e misture com cuidado. Sirva no prato, decore-o e bom apetite! 

Obs.: Decorei com tiras de castanha do pará (que também está na receita de ontem) e salsa.

Rendimento: 2 porções

sábado, 15 de março de 2014

Receita: Molho vermelho à base de cenoura e beterraba, com "falso parmesão" de castanha do Brasil

Quem diz que esse molho não é de tomate?

Acho que já comentei por aqui que evito ingerir tomate, batata-do-reino, pimentão e berinjela, por serem alimentos que pertencem ao grupo das solanáceas. Estes vegetais possuem alto potencial acidificante na corrente sanguínea, estando intimamente ligados à inflamações e problemas nas juntas e articulações. Uma dica: quando for consumir qualquer alimento do grupo das solanáceas, dê preferência à forma cozida, pois o cozimento reduz a acidez deles. Além disso, o tomate e o pimentão são campeões históricos nas listas de alimentos contendo mais agrotóxico. Logo, acabo de dar duas ótimas razões para evitar esses alimentos, principalmente o tomate cru, tão frequente nas saladas brasileiras tradicionais. 

Já tinha publicado um molho falso de tomate que costumo fazer usando cenoura e cebola, mas nunca tinha publicado a opção acrescentando beterraba na receita, que deixa o molho ainda mais parecido com molho de tomate de verdade. Esta foi justamente uma das receitas que a Bela Gil apresentou na estreia do seu programa esta semana e como ela acrescentou uns condimentos extras, fiquei curiosa para testar - especialmente a noz-moscada. Como cozinheira bem indisciplinada que sou, acabei fazendo a receita de cabeça e no olhômetro e só hoje fui conferir a versão original no site do GNT. A parte boa foi que constatei que a minha memória, percepção e intuição, para proporções e ingredientes, andam afiadas. A parte ruim foi que, como alterei algumas coisas, fiquei sem saber exatamente o sabor da receita, pretendo seguir o passo-a-passo em outra oportunidade. De qualquer maneira, o resultado ficou ótimo, por isso vou compartilhar com vocês, especialmente pelo toque final que acrescentei em homenagem aos meus leitores veganos: parmesão falso de castanha do Brasil. 

Lembrem-se que assim como molho de tomate, este molho pode ser usado puro ou servir de base para molhos vermelhos mais elaborados, misturado como outros ingredientes, como: camarão, azeitonas, alcaparras, palmito, anchova, atum, rúcula e/ou manjericão frescos, brócolis, couve flor, carne de soja, seitan, tofu, etc... 

O que fiz de diferente?   
  • Não piquei a cebola, deixei em meia lua, pois sabia que depois ia bater e prefiro refogar ela assim;
  • Refoguei a cebola somente com água no começo; 
  • Esqueci de colocar o vinagre (ela indica 1 colher de chá de vinagre de maçã ou arroz);
  • Esqueci de colocar a folha de louro e o orégano;
  • Só acrescentei o azeite de oliva e o molho shoyu no final (não custumo deixar que fervam ou cozinhem por muito tempo, para melhor manutenção de suas qualidades nutricionais);
  • Utilizei tiras de castanha do Brasil no lugar do queijo parmesão.  
Ingredientes:
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva 
  • 3 cenouras, descascadas e cortadas em pedaços médios 
  • 1 beterraba pequena, descascada e cortada em pedaços médios 
  • 1 cebola média cortada em tiras  
  • 2 dentes de alho picado  
  • 2 colheres de sopa molho shoyu 
  • 3 copos de água 
  • 1 pitada de noz-moscada
  • Sal marinho (à gosto)
  • 1 xícara de salsa fresca picada 
  • 4 castanhas do Brasil (Pará)
Modo de preparo:

  • Refogue a cebola, na panela seca (sem água e sem óleo) até ficar bem dourada e cremosa, acrescentando o mínimo de água. Se o fundo da panela começar a escurecer, não se preocupe, pois quando acrescentar a água ele irá limpar naturalmente. 
  • Adicione a água e o alho e deixe ferver, depois acrescente a cenoura e a beterraba, o sal e a noz moscada e deixe cozinhar com a panela semi-tampada, com fogo baixo, até os vegetais ficarem bem macios. 
  • Bata tudo no liquidificador e devolva para a panela, acrescentando o shoyu, o azeite de oliva e a salsa (gosto de ver seus pedacinhos - ainda verdes - no molho, por isso só acrescento no final, mas se preferir pode bater) e cozinhe mais 5 minutos (sempre acrescento um pouco mais de água, que uso para "limpar" o excesso do liquidificador).
  • Corte as castanhas do Brasil em tiras compridas para polvilhar por cima, criando um falso parmesão crocante.
Obs.: Na receita da Bela, ela fez a massa caseira, eu por praticidade, usei a massa pronta. Depois é só misturar o molho à massa e servir. 

Rendimento: 4 porções

sexta-feira, 14 de março de 2014

A teoria do Merthiolate e o futuro das próximas gerações

Acabei de assistir esse vídeo IMPAGÁVEL, mas infelizmente não consegui postá-lo aqui no blog, apenas esse "resuminho" do que se trata. Não deixe de assistir, clicando aqui! Abaixo o texto que deu origem ao vídeo.



"A TEORIA DO MERTHIOLATE 
Por: Murilo Gun - stand-up comedy

As crianças hoje em dia são muito hiperativas.
Na minha infância, as crianças eram mais calmas. Sabe por quê? Porque o Merthiolate ardia muito.
As crianças de vez em quando deixavam de fazer merda pensando no Merthio
late. O Merthiolate tinha uma função pedagógica.
O Merthiolate também tinha uma função psicológica. Porque aquele ardor dava a impressão de que os micróbios estavam sendo mortos. Você acreditava que de fato estava curando. Mércurio Cromo não ardia, então dava a sensação que curava menos. Quando o Merthiolate encostava na ferida, você sentia que ali tinha virado um grande campo de batalha. Você sentia o ardor da guerra. E quando o ardor passava é porque a gente tinha conseguido vencer o mal.
Além do fator pedagógico e psicológico, o Merthiolate também tinha um apelo maternal. Porque a única coisa capaz de amenizar o sofrimento do Merthiolate eram as micropartículas de saliva materna. Quando a mãe soprava na ferida, o sofrimento magicamente reduzia.
Além do fator pedagógico, psicológico e maternal, o Merthiolate também tinha uma função de geolocalização. Porque o ardor servia como sinalização se o Merhtiolate tinha sido de fato colocado no local correto. Se não ardesse, é porque não colocou direito. O Merthiolate era o GPS da ferida.
Além do fator pedagógico, psicológico, maternal e de geolocalização, o Merthiolate também teve um impacto na personalidade das pessoas. O ardor incrível do Merthiolate moldou a personalidade da geração de crianças dos anos 80. As crianças desde cedo se acostumaram a ser homem, engolir choro, aguentar dor..
Hoje em dia.... o Merthiolate não arde mais!
Por isso essa geração emo, tudo cheio de frescura, chora por qualquer coisa…"

Imagem retirada do Google Imagens

Aposto que muita gente vai se identificar com esse vídeo. Pessoas da minha idade ou mais velhas que eu, claro! Eu, como fui uma criança bem traquina, lembro das duas dores que mais temi na infância: a do Merthiolate nas feridas e a do Albicon nas aftas. Sobrevivi a elas sem traumas.

As crianças, hoje em dia, vivem superprotegidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e para completar, nem com um Merthiolate educativo podem contar mais!!! Crescem achando que a vida é cor-de-rosa e quando deparam com o mundo como ele é, surtam! Estava conversando com uma amiga ontem e ela comentou que leu, em um cartaz em um posto de saúde, que agora até serviços domésticos devem ser denunciados como exploração ao menor. 

Aí paro para lembrar de minha infância e como ela não me trouxe nenhum trauma, apesar de ter trabalhado desde muito nova. Eu e minha irmã sempre ajudamos minha mãe a fazer mercado (ela entregava uma lista para cada uma e tínhamos que verificar os preços, as quantidades, os rótulos de tudo). Em casa, tinha a obrigação de forrar a minha cama e meus pais me davam 10 centavos para forrar a cama deles. Era remunerada da mesma forma para lavar os carros, engraxar sapatos, lavar louça e ajudar em outros serviços domésticos. Eu e minha irmã disputávamos para realizar essas tarefas e nunca faltou tempo para brincar e estudar. Resultado, quando queria alguma coisa, sabia que tinha que juntar as minhas moedinhas para comprar. Com isso, sabia que o meu "querer" tinha limite: exatamente o que poderia pagar. 

Meus pais nunca me deram presentes fora de época. Eram três ao ano: Natal, Aniversário e Dia das Crianças e nunca presentavam com nada que fugisse do orçamento deles. Aliás, sempre deixaram muito claro que vivianos dentro de um orçamento e que algumas coisas eram fora de nossa realidade. Ponto final. Não tinha chororô, entendíamos completamente que querer não significava poder e ficávamos satisfeitos com o que era possível. Por outro lado, sempre frisavam o quanto investiam em nossa educação e que esse era o nosso bem mais precioso: pois ninguém poderia tirar da gente.

Me formei como datilógrafa aos 10 anos de idade e desde então passei a pegar trabalhos de encomenda para digitar. De minha tia (professora universitária), de suas colegas e de pessoas na escola. Cobrava os mesmos 10 centavos por página e ficava feliz da vida com trabalhos enormes para digitar. Talvez por isso nunca tenha brincado de joguinhos no computador, a maior parte do tempo utilizava-o para fins acadêmicos e para trabalhar e ainda tinha que dividir com a minha irmã, que formou em datilografia cinco anos antes de mim e chegou até a digitar livros de encomenda. Nesta mesma época, fazia bijuterias para vender, juntamente com uma vizinha que era a minha sócia. Fazíamos: colares, pulseiras, cintos... nossos quartos eram oficinas repletas de materiais como: miçangas, couros, balangandãs, feixes, fios de náilon, elástico. Fazíamos a contabilidade de tudo e sabíamos exatamente o que era gasto, o que era lucro. Desde cedo percebi que a matemática que aprendia na escola tinha grande utilidade na vida prática.

Nada disso me impediu de ser uma criança feliz, até porque me divertia fazendo essas coisas. Além disso, achava que a recompensa valia o esforço: ficava super orgulhosa cada vez que adquiria alguma coisa com o meu próprio dinheiro, mesmo que fosse uma presilha de cabelo. Administrava o meu tempo e conseguia fazer um pouco de tudo: brincava; estudava; ajudava em casa; fazia supermercado; datilografava trabalhos de encomenda; fazia bijuterias; saia pela rua, batendo na casa das pessoas para vender meu artesanato... Hoje, quando penso que tudo isso é proibido, fico imaginando que tipo de geração está se formando.  As histórias mais entusiasmantes de pessoas que cresceram na vida incluem algum tipo de trabalho que iniciou sempre bem cedo. Não me conformo com essa ideia de que a única obrigação de uma criança deva ser somente brincar. Se não aprendermos desde cedo que a vida é feita de diversão e também de obrigações, aprenderemos quando? Talvez nunca e isso resultará numa geração de pessoas mimadas, que acham que tudo podem, que o mundo gira em torno do umbigo delas, que não conhecem limites e desconhecem a lei mais básica da vida: da causa e consequência. O pior é que esse futuro não é uma hipótese e sim o presente.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Receita: pão integral de abóbora com passas

A inspiração para criar novas receitas de pães continua. Ontem inventei mais um e ficou delicioso e ultra macio. Abaixo a receita. 


Ingredientes:
  • 2 xícaras de farinha de trigo integral;
  • 2/3 xícara de farinha de trigo branca;
  • 1 xícara de purê de abóbora;
  • 1/2 xícara de uvas-passas pretas;
  • 1 colher de chá de canela em pó;
  • 1 colher de sopa de gengibre ralado;
  • 3 unidades de cravos-da-Índia;
  • 1 e 1/2 colher de sopa rasa de fermento biológico;
  • 1/2 colher de sopa rasa de sal marinho;
  • 4 colheres de sopa de óleo de girassol, milho, coco...;
  • 1 e 1/2 xícara de água morna (pode variar um pouco para mais ou para menos).


Preparo:

  • Descascar aproximadamente 500g de abóbora, cortar em pedaços de mais ou menos 4x4cm e cozinhar em 4 xícaras de água, no fogo baixo, com uma minúscula pitada de sal. Quando a abóbora estiver bem macia, retirar os pedaços com um garfo e esmagar em um prato até obter uma quantidade de purê (bem consistente) que encha uma xícara. 
  • A água do cozimento da abóbora (quanto mais quente estiver, melhor) será utilizada para deixar as passas, o gengibre ralado e os cravos de molho. Verificar se a quantidade ficou mais ou menos do que a indicação da receita: caso tenha sobrado, não descarte, às vezes é preciso colocar um pouco mais de água na massa para dar a liga no final e o ideal é usar essa água que está impregnada com o sabor e os nutrientes da abóbora (caso contrário, pode ser usada para preparar uma sopa, um feijão...).
  • Misturar todos os ingredientes secos: farinhas, fermento, sal e canela. 
  • Acrescentar o óleo, uma colher de cada vez, homogeneizando com os ingredientes secos. 
  • Acrescentar o purê de abóbora, misturando bem à massa. 
  • Por fim, acrescentar a água morna junto com as passas, cravos e gengibre, aos poucos, enquanto vai misturando com os demais ingredientes.  
  • Esta massa é mais molinha (levemente cremosa) e deu para misturar até o fim com a ajuda de uma colher. Ela ficará um pouco grudenta (não muito), por isso, a forma deve estar bem untada e a colher que será utilizada para transferir a massa para a forma deverá estar molhada, evitando que a massa grude nela.  
  • Deixar no forno desligado (ou dentro de um armário) por duas horas. 
  • Pré-aquecer o forno por 10 minutos e depois assar por 40 minutos, no forno alto. 

Obs. 1: O tempo de forno poderá sofrer variações a depender da umidade relativa do local onde for feito.

Obs. 2: Esta receita é adequada para uma forma de aproximadamente 7,50x20cm (minhas formas são de 6x18cm e acabei tendo que distribuir a massa em duas - observe que na foto os pães estão um pouco acima da metade da forma).