quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Uma homenagem ao Dia Mundial da Amamentação

Oi pessoal! Estou viva!!! Um mês e meio que não escrevo nada por aqui... Um mês e meio viajando, sem rotina e me dando ao luxo de viver a vida real 100%, quase totalmente desconectada do mundo virtual. Volta e meia faço isso... Computador eu já quase não uso há muito tempo, meu acesso à internet se restringe ao celular, onde malmente respondo àlgumas mensagens no WhatsApp e devo acessar o Facebook por no máximo 5 a 10 minutos durante o dia.

Primeiro de agosto foi o dia da amamentação é uma amiga publicou um texto lindo. Ela me autorizou e compartilho com vocês. 

Espero que sirva de inspiração para muitas mamães e futuras mamães... Um beijo para vocês!



1° de Agosto - Dia Mundial da Amamentação.

De todas as coisas que experimentei nessa vida, nada foi tão árduo e prazeroso como amamentar. Eu me preparei para amamentar. Fiz consultorias, usei soutien próprio, tomei sol quando pude para fortalecer o peito e evitar rachaduras nos mamilos. Tinha pomadas para eventuais rachaduras, convicção de como era a pega correta; tomei mingau de milho, mugunzá, comi bolo de fubá... Eu tinha tudo e havia feito de tudo. Quando Marina nasceu, em três dias meu peito estava destruído. Em cinco, além dos mamilos rachados, eu tinha um peito empedrado e hematomas. Tirava leite na bomba, dava a ela na colher. Mal acabava de ordenhar, já era tempo de dar a nova "mamada". Tarefa Hercúlea que me exauria fisicamente quando psicologicamente eu já estava esgotada. Eu tinha muito leite e uma bebê faminta. Eu tinha medo da mamadeira, dela desmamar. Eu havia me instruído e sabia dos riscos. Nunca vou esquecer do dia em que meu marido saiu de casa às sete da manhã para comprar um bico de silicone para mamilo e me deixou com Marina aos prantos. Quando voltou me encontrou cantando baixinho na intenção de acalmá-la, já que dar o peito, que ela tanto me pedia, já não era possível. O bico de silicone não funcionou também, mas eu não desisti. Eu não desisto fácil e sabia o quanto era importante pra mim porque era importante pra Marina. Dei tempo para o peito cicatrizar um pouquinho, cuidei bastante do que tive mastite e no primeiro sinal de menos dor, lá estava minha pequena mamando.
Amamentar não é fácil para todas. Mas é precioso demais quando se consegue. Quando a dor vai embora (amamentar não dói), restam apenas o amor, a troca de olhares, a felicidade de ser o melhor alimento que seu bebê precisa para se desenvolver com saúde. Você se torna inatingível, escudo, vacina. E enquanto você nutre ele com seu leite, ele lhe nutre com um amor indescritível. E sorri. Esse foi o primeiro sorriso que registrei de Marina enquanto a amamentava. Ela tinha em média 15/20 dias e um brilho no olhar que em 33 anos, eu jamais havia conhecido.💓

Helga Cordeiro, agosto de 2016

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Celebrando a amizade


Nada como reencontrar uma amiga de longas datas pra se inspirar a quebrar o jejum de textos no blog, não é mesmo?

O tema de hoje é meio óbvio: amizade! 

É um tema meio clichê, que já foi tão bem descrito por tantos autores e poetas, que é sempre desafiador...

Sou muito jovem ainda, mas graças a Deus tenho a sorte de ter amizades de uma, duas e até três décadas! É incrível encontrar fotos antigas e perceber que foram tiradas há 10, 20 ou mais anos com pessoas que estão presentes em sua vida até hoje. 

Melhor ainda, é sentar e conversar com aquela amiga (ou amigo) que por circunstâncias da vida você passa a encontrar uma vez ao ano ou até com menos frequência e sentir que as vidas de cada uma mudaram drasticamente, os assuntos também, mas que o papo flui e a sinergia permanece a mesma. São dessas coisas na vida que dizemos não ter preço! 

Minha vida me colocou em situações onde meus ciclos de amizade foram sendo cada vez mais reduzidos, por que não dizer, filtrados? Após inúmeras mudanças de país, estados e/ou cidades, o tempo em nossa terra natal vai ficando cada vez mais escasso, raro... O tempo nas cidades de residência às vezes tão curtos que permitem poucos laços de verdade... Após a maternidade então, piora bastante a disponibilidade de tempo para dedicar a fazer e manter amigos. Assim, aquelas amizades que superam todos esses obstáculos ganham então um valor ainda mais especial. 

Minhas maiores amizades são as de infância e adolescência, o que não diminui a importância de grandes pessoas que conheci já na fase adulta. Acho, entretanto, que após a primeira década, uma amizade que se mantém (além do mural do facebook) têm um valor diferenciado. 

É isso! Vou fechando meu texto celebrando as grandes amizades que a vida me deu e continua me dando. Que venham muitos encontros, papos, risos e lágrimas! Amigos são certamente um dos maiores motivos para fazer alguém querer Beijar o Padeiro diariamente! 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Quando uma mensagem é capaz de mudar todo o seu dia...


Em primeiro lugar quero iniciar esse post fazendo um agradecimento à pessoa que me mandou essa mensagem. Sabe aquela mensagem que chega na hora certa, no dia certo? O mais interessante é que não recebi de nenhuma amiga próxima, e sim uma mãe, de um grupo de WhatsApp que participo, que tenho pouco contato, mas que sempre que participa das conversas no grupo, contribui com mensagens interessantes e boas reflexões. Parece que adivinhou o que estava precisando ler esta manhã. Grata, Claudete!

Espero que essa mensagem seja tão positiva na vida de outras mães como foi na minha. Desde sexta, meu filho está resfriado e suuuuuper manhoso. Dando trabalho para comer, agarrado em minhas pernas, querendo colo o tempo todo, chorando por tudo e por nada... Lidar com esse comportamento vários dias seguidos, não é fácil. Um grande exercício de paciência e confesso que a minha estava chegando ao limite. 

Foi quando recebi uma mensagem que me fez desligar o botão "on - tarefas cotidianas", que são sempre intermináveis, parei tudo, botei uma música suave e fui brincar com Gui. Ele ficou calmo e sorridente como não ficava há dias. Mantive a mensagem em mente ao longo do dia e fui intercalando minhas atividades cotidianas com brincadeiras ao invés de esperar que ele se mantivesse entretido o tempo todo sozinho sem receber nenhuma atenção minha. Foi maravilhoso para mim e para ele. Ele ficou visivelmente feliz e eu muito mais zen, fazendo minhas rotinas, escutando música, sem me sentir "estressada" pela presença de um bebê manhoso. Aliás, a manha sumiu! Hoje vivenciei a definição do termo "tempo de qualidade" e foi fenomenal. 

Vou ficando por aqui, compartilhando a bendita mensagem! Boa noite! 

"Hoje eu lavando a louça, meu filho me pediu colo, eu falei friamente: Estou ocupada. Quando termino a louça vejo ele sentado na cama assistindo sozinho seu desenho animado com esse semblante triste, logo meu coração partiu e eu lembrei de um texto que eu escrevi a algum tempo atrás. 
Preciso fazer leitura desse texto todos os dias, preciso entender que ele cresce rápido demais e que eu preciso aproveitar...

Hoje minha noite está cheia de arrependimentos. 
Assim como algumas pessoas falavam que depois da maternidade eu iria me arrepender de muita coisa, falavam que me arrependeria de não ter conhecido o mundo sozinha, que me arrependeria em não terminar meu curso de medicina primeiro, que me arrependeria de não ter curtido direito a vida.
Hoje eu estou aqui arrependida.
Mas não é de nada disso que disseram: Eu estou arrependida porque briguei com você, só porque você ficou tentando colocar o DVD da Peppa sozinho;
Eu estou arrependida, porque deixei você chamando diversas vezes "mamãe" antes de te atender;
Eu estou arrependida porque não deixei você tomar mais um copo de suco;
Eu estou arrependida porque quando você me chamou para brincar e eu falei que estava ocupada;
Eu estou arrependida porque você levantou os braços pedindo colo e eu disse "a mamãe pega já" e não peguei...
Tudo isso porque o dia foi cheio demais e eu queria dar conta de tudo.
Agora eu lembro de você tão novinho... Parece que foi ontem que você nasceu e hoje te vejo tão crescido, cheio de atitude. 
Gela o coração perceber que estou perdendo o nosso tão curto tempo, preocupando-me com outros afazeres.
A casa sempre será a mesma e você cresce muito rápido.
Poucos meses atrás eu guardava mordedores e chocalhos. Hoje já guardo carrinhos e bolas. Amanhã estarei guardando livros e tabletes.
Não vou mais perder tempo!
Farei isso quando você dormir, para que todos cheguem e vejam nossa casa decorada por você, que tomem cuidado para não tropeçarem nas coisas e quando me perguntarem o que passei o dia fazendo, irei responder: Vendo meu filho crescer!
Você é muito mais importante e não quero mais me arrepender.
Te amo!!!"
Autoria: Maria Renata Cerqueira


quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dicas para seu bebê comer bem!


Demorei, mas cheguei! Fomos pegos de surpresa com um resfriado aqui em casa e minhas poucas horas vagas foram ocupadas na elaboração de sopas e chás funcionais, atenção ao bebê que ficou super manhoso com o estado gripal e tentativa de repouso. Depois vou até escrever um post sobre minha experiência amamentando um bebê com nariz congestionado (tem dificuldade em respirar porque a boca está ocupada), com uma dica que super funcionou por aqui...

Mas hoje o tema é outro! Fiquei devendo um post sobre como manter o bebê concentrado e entretido durante as refeições, não foi? Vamos lá! 

1) Estabeleça uma rotina de horários para as refeições. Isso cria segurança e previsibilidade ao bebê. Ele saberá que não passará fome e que em intervalos regulares será alimentado. Aqui é a cada três horas: 6:00 mama; 9:00 desjejum; 12:00 almoco; 15:00 lanche; 18:00 sopa; 19:30 mama e dorme. 

2) Crie um ritual. Aqui o meu é assim: Gui faz todas as refeições na mesma cadeirinha. Como é portátil levo até para restaurantes e viagens. Assim, mesmo que o lugar mude completamente, mantenho os horários e a cadeirinha cria um espaço familiar que é muito importante para manter a segurança e previsibilidade do bebê (especialmente se ele viajar com certa frequência). Levo as colheres dele num estojo e as comidinhas estão sempre nos mesmos potinhos de vidro, mais itens que criam familiaridade, além da comida, apresentação, tempero, etc. Outra coisa que faço é lavar as mãos dele antes de sentá-lo na cadeirinha e depois que come limpo o rosto e as mãos com uma fralda de pano umedecida. Sabe aquela música do Chico? "Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Bem desse jeito! Enfim, esse é o meu ritual... O seu não precisa ser igual, mas é importante que ele exista! 

3) Ergomomia. É essencial que o bebê esteja bem sentado. Que a sua coluna fique ereta, que esteja seguro (não tenha risco de tombar) e que tenha um espaço confortável para manusear a comida. Sou fã da cadeirinha portátil da Fisher Price (tenho duas: uma em minha casa e outra na casa de meus pais). Existem outras semelhantes, mas não conheci nenhuma com um espaço tão bom na mesa e ainda pode ser utilizado sem a mesinha, quando o bebê crescer, para elevar a cadeira de forma que possa sentar-se confortavelmente com os adultos.

4) Faça refeições sempre à mesa e em família. Tudo é o exemplo. É muito importante que o bebê veja os pais comendo à mesa para entender que é um ritual importante é participe deste momento, mesmo que já tenha comido. Eu, pessoalmente, prefiro dar a comida dele um pouco antes de comer a minha, pois gosto de sentar-me defronte à ele e dar-lhe total atenção enquanto come. Se estiver comendo acabo não conseguindo fazer isso. Como comentei no post anterior, ele ainda não come sozinho e acho esse suporte, olho no olho, muito importante. O que nos leva à próxima dica....

5) Evite distrações. É por causa desse item que prefiro dar a comidinha dele antes da minha, para que ele não se disperse e eu mesma não esteja distraída. Jamais mexo no celular enquanto estou dando a sua comida, tampouco deixo a televisão ligada. Música somente em volume baixo e algo suave. Resumindo, não há nada que possa roubar a sua atenção no momento da refeição. Se não estiver em casa procuro um lugar mais tranquilo e privado... As pessoas costumam amar ver bebês comendo, mas ter uma plateia também não costuma ser uma boa ideia.

6) Sono. Este fator interfere diretamente na alimentação do bebê. Sempre evite alimentar o bebê com muito sono ou logo após que acordar (especialmente da soneca). Deixe-o brincar um pouco, distrair-se e depois sente-o à mesa. Alguns bebês chegam a tirar sonecas de 2 a 3 horas e é natural que queiram movimentar-se ao acordar, não saírem da posição estática horizontal para uma posição estática sentada. 

7) Lanches, mamadeiras ou leite materno. Esses são concorrentes desleais das refeições. Se o bebê não quis comer o almoço, não ofereça um lanchinho (antes da hora do lanche) para compensar que não almoçou. Bebês são muito espertos e em pouco tempo ele perceberá que toda vez que não comer uma refeição, receberá na sequência um lanche. Vai ser como premiá-lo por algo errado. O mesmo em relação à mamadeira. Existem crianças que não gostam de fazer refeições, preferindo sempre lanches e/ou mamadeiras/leite materno. Se perceberem que ao rejeitarem uma refeição, receberão na sequência algum destes, farão disto um hábito, criando um ciclo difícil de ser quebrado. O bebê não irá morrer de fome, se rejeitou a comida no almoço, provavelmente não estava com tanta fome assim, aguarde até as 15:00 para tentar dar um lanche. Se possível, tente dar novamente o almoço ou então um lanche saboroso, porém saudável e que sustente. Se ele pulou uma refeição, não acho uma boa ideia dar uma fruta (carboidrato de alto índice glicêmico, a menos que seja abacate) no próximo lanche. Um bom lanche, nesses casos, pode ser inhame, mandioca, batata doce ou abóbora: algo que precise de uma colher. Biscoito não, por favor!

É isso aí! Espero que essas dicas tenham ajudado. É bom lembrar que o bebê passa por fases em que naturalmente há uma redução do apetite e é preciso estar atento para não se desesperar em episódios que o bebê coma menos que o habitual. Pode ser uma doença, reação de vacina, nascimento de dentes, sono, estranhando um lugar diferente, saudade de alguém que costuma ver sempre é está ausente ou até mesmo mudanças naturais da idade. O mais importante é seguir com a rotina e os rituais, mesmo que o bebê apresente uma redução no apetite. 

sábado, 14 de maio de 2016

Como saber que o bebê está satisfeito?


No post de ontem (http://www.beijonopadeiro.com/2016/05/dicas-de-alimentacao-para-bebes.html?m=1)comentei que meu filho não comeu todo aquele prato da foto. Mas por que coloco tanta comida? Como sei que ele está saciado?

Respondendo a primeira pergunta: coloco bastante comida para que ele possa comer a vontade aquilo que mais gosta (geralmente arroz e feijão e ultimamente anda fã de ovo e peixe). Eu vou observando as preferências dele e quando vejo que algo não faz tanto sucesso, misturo com outro alimento, coloco na sopa da noite...

Sobre a saciedade. Por aqui isso aconteceu naturalmente. No início ele não tinha muita noção e chegava a comer até vomitar. Depois aprendeu a dizer não e quando está saciado geralmente duas coisas acontecem:
1) Empurra o prato, coloca as colheres dentro e diz "não".
2) Começa a querer me dar comida na boca.

O que faço. Deixo que me dê a comida dele até terminar. Por vários motivos, o primeiro é que acho um ótimo exercício para a coordenação dele: colocar a comida na colher e direcioná-la até a minha boca. O segundo é pra ele ver que não é pra deixar resto (com o tempo, quando começar a se servir sozinho, terá que colocar apenas o que consegue comer). O terceiro é porque penso que se eu recusar a comida que ele me oferece ficará confuso e pensará: "Por que que tenho que aceitar a comida que ela me oferece se ela não aceita quando ofereço a ela?"

Então, o prato está limpo na foto, mas quem terminou foi a mamãezinha aqui. Ele comeu uns 3/4 do prato, o que é bastante!

Fico devendo o post com dicas de como manter seu filho concentrado na hora da refeição, transformando numa atividade que lhe desperte interesse e motivação! 

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Dicas de alimentação para bebês



Ontem postei essa foto de meu filho e prometi um post, mas a correria foi tão grande que só consegui parar para escrever hoje.


Algumas pessoas comentaram o tamanho do prato e preciso fazer uma observação: ele não comeu tudo aquilo (em outro post escreverei sobre como saber a quantidade de alimento que deve ser oferecido ao bebê).

Umas três vezes no passado tentei dar beterraba e ele teve alergia e/ou rejeitou. Aí ontem resolvi fazer mais um teste, visto que a última vez que tentei foi em janeiro. 

Graças a Deus não teve nenhuma reação alérgica, mas também não comeu mais que 10 cubinhos. Não fiquei insistindo e essa é a primeira dica que vou dar aqui.

Quando meu filho não gosta de algum alimento, não insisto. Espero um pouco, tento novamente ou mesclo com outro ingrediente num suco ou numa receita... A ideia é não traumatiza-lo. O paladar dele é apurado, por exemplo, mamão ele sempre recusa, mesmo que esteja misturado a várias outras frutas num suco, por exemplo. E beterraba é a mesma coisa!

Outra dica que funcionou muito comigo. Viram que tem três colheres na foto? Ele ainda não decidiu se é destro ou canhoto quando come, então deixo que explore com as duas mãos! Enquanto isso eu vou dando a comida com a terceira colher, pq se for no ritmo dele somente, ele enjoa da brincadeira antes de ter comido o suficiente.

Falando assim parece até que tenho pressa que ele coma e o que acontece é o oposto disso! Tenho uma paciência enorme. O almoço não demora menos que 30 minutos, deixo ele comer algumas colheradas sozinho e vou intercalando oferecendo. Como ele abre o bocão para a minha colher, acho que ele gosta dessa forma: sozinho e com a minha ajuda.

Gostou do texto? Volto amanhã com dicas de como manter seu filho concentrado na hora da refeição, transformando numa atividade que lhe desperte interesse e motivação! 


terça-feira, 10 de maio de 2016

95 anos muito bem vividos!


Há mais seis anos fiz um post aqui no blog dedicado à minha linda e querida vovozinha ( http://www.beijonopadeiro.com/2010/01/vovo-que-beija-o-padeiro.html?m=1 ).

Hoje estou aqui para homenageá-la mais uma vez. Ontem ela foi conhecer o seu maior ídolo: Deus e se encontrar com meu avô, seus pais, irmãos e outros tantos que partiram antes dela...

Ter uma avó é uma alegria na vida de uma pessoa. Eu tive duas oficiais e mais umas emprestadas... Quanta sorte! 

O que falar de minha avó Licea neste momento? Que a saudade será grande? Que minhas idas a Salvador nunca mais serão as mesmas? Que a Av. Centenário perdeu um ícone? Que sinto que para Gui essa bisa não será mais que uma lembrança no porta-retratos...?

Tudo isso é verdade, mas na realidade é quase impossível lamentar a morte de uma pessoa de 95 anos. Tenho mesmo é motivos para celebrar e agradecer. Celebrar o privilégio de ter tido uma avó tão longeva, um exemplo de boa saúde! Agradecer por ela ter vivido até dois meses atrás 100% livre de qualquer tipo de doença e medicamentos. Um verdadeiro fenômeno! Desconhecia patologias simples como dores-de-cabeça. Cheia de vitalidade, sempre de pé ou sentada (em cadeira, nunca em poltronas) jamais deitada, jogada no sofá ou até mesmo escorada. Um exemplo perfeito de alguém que viveu o ciclo da vida em sua forma mais plena!

Para ela não tinha tempo ruim. Não era chegada a queixas ou lamentos, tampouco a fofocas... Vivia a vida dela e era feliz com pouco: uma ou duas doses de licor ou "Drink Dreher" diariamente e um docinho para tirar "a boca amarga" da tarde eram suficientes para deixá-la contente. Presentes? Segundo ela só serviam para encher gavetas! Gostava de ganhar somente coisas úteis como sabonetes e porque não, uma garrafa de licor? Sapato? Moleca! Se deixasse era isso é nada mais, usava a mesma até furar e se ganhasse outra dizia que não precisava... Tênis? Jamais! Apesar de ser o sapato ideal para quem tanto caminhava, chamava de pé de elefante! E o que falar de calças compridas? Nunca! Ela nasceu antes da guerra e com muito orgulho dizia que era do tempo em que mulheres usavam saias que cobrissem os joelhos. O tempo passou e ela manteve-se firme e forte à sua crença acerca da vestimenta feminina. Adorava ajudar o próximo e dedicava grande parte do seu tempo livre a isso: fosse ajudando a cuidar/educar os netos/bisnetos, datilografando, fazendo reparos de roupas ou crochê... O que ela não sabia mesmo era ficar parada! Esqueceram de colocar a palavra "preguiça" em seu vocabulário e acho que por isso mesmo viveu 95 anos tão bem vividos!

Com agenda cheia, para visitá-la era preciso consultar se estava disponível, pois estava sempre repleta de atividades: cursilho, visitas às amigas, bazares beneficentes, missas, caminhadas pelo bairro... Forte e independente, tornou-se viúva relativamente cedo e soube reinventar a sua vida de forma invejável. 

Envelhecer e ser obrigada a permitir que as filhas assumissem funções como ir à bancos e fazer pagamentos ou mesmo a proibissem de subir em escadas para faxinar armarios da cozinha ou caminhar sem estar acompanhada (após alguns assaltos) não foi fácil. Não à toa, inúmeras vezes se rebelou e fugiu sozinha (ou acompanhada da bisneta primogênita - uma criança) para ir ao mercado. Sua vitalidade era tão grande que era difícil fazê-la compreender o risco de algo tão simples e cotidiano. 

Poderia passar horas escrevendo sobre ela, porém vou ficando por aqui, com minhas melhores lembranças passando como um filme em minha cabeça e certa de que só terei motivos alegres para recordar desta pessoa tão única, especial, marcante e inesquecível que tive a honra de ter sido presenteada nesta passagem pela Terra na figura de avó!

É muito comum dizerem: "descanse em paz" quando alguém morre... Ela, tenho certeza que estava era cansada do descanso forçado que viveu nos últimos dois meses e certamente está cheia de novas atividades no céu, com muitas novidades, do jeitinho que sempre gostou! Vó, um "agite-se em paz" para você onde quer que esteja neste momento! Será sempre uma inspiração para nós por aqui...


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Positive Vibration: música para beijar o padeiro

Ontem quando escrevi o texto sobre a importância de cercar-nos de energias positivas lembrei-me de uma música que quando escuto me traz ótimas sensações. O título já diz tudo: Positive Vibration do mestre do reggae, Bob Marley.

Pra quem já conhece, escute e levante seu astral. Pra quem não conhece, entre no clima jamaicano e fique leve com o suingue e letra dessa música. 




Positive Vibration: Bob Marley

Live if you want to live
(Rastaman vibration, yeah! Positive!)
That's what we got to give!
(I'n'I vibration yeah! Positive)
Got to have a good vibe!
(Iyaman Iration, yeah! Irie ites!)
Wo-wo-ooh!
(Positive vibration, yeah! Positive!)

If you get down and you quarrel everyday,
You're saying prayers to the devils, I say. Wo-oh-ooh!
Why not help one another on the way?
Make it much easier. (Just a little bit easier)

Say you just can't live that negative way,
If you know what I mean;
Make way for the positive day,
'Cause it's news (new day) - news and days -
New time (new time), and if it's a new feelin' (new feelin'), yeah! -
Said it's a new sign (new sign):
Oh, what a new day!

Pickin' up?
Are you pickin' up now?
Jah love - Jah love (protect us);
Jah love - Jah love (protect us);
Jah love - Jah love (protect us).

Rastaman vibration, yeah! (Positive!)
I'n'I vibration, yeah! (Positive!) Uh-huh-huh, a yeah!
Iyaman Iration, yeah! (Irie ites!) Wo-oo-oh!
*Positive vibration, yeah! (Positive!)

Pickin' up?
Are you pickin' up now?
Pickin' up?
Are you pickin' up now?
Pickin' up? (Jah love, Jah love -)
Are you pickin' (protect us!) up now?
Pickin' up? (Jah love, Jah love -)
Are you pickin' (protect us!) up now?
Pickin' up? (Jah love, Jah love -)
Are you pickin' (protect us!) up now?
Pickin' up?
Are you pickin' up now?


domingo, 1 de maio de 2016

Criando um ciclo virtuoso em nossas vidas


Acabei de ler um texto neste link ( https://osegredo.com.br/2016/03/ciencia-explica-porque-reclamar-altera-negativamente-seu-cerebro/ ) tudo a ver com o blog. Ele basicamente dá uma explicação científica de porque pensamentos negativos atraem mais pensamentos negativos, como uma reação em cadeia. 

Sem mesmo saber de qualquer comprovação científica, intuitivamente sempre percebi isso e por isso sempre busquei me cercar de ideias, pessoas, momentos, lugares, atitudes e ideias virtuosas, pra cima! 

Da mesma forma, tento me afastar de assuntos, pessoas, lugares e circunstâncias pesadas. Têm dias que a gente fala com "aquela amiga"e por alguma razão, uma ou outra está com a língua afiadíssima e o veneno rola solto. Por isso mesmo é importante estar consciente do quão cíclico é este fenômeno e tentar evitá-lo. Não traz nada de bom para ninguém! 

É isso aí... Vamos finalizando o final de semana com esta reflexão, para iniciar a próxima semana dando muitos beijos no padeiro! 

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Essa fase da vida

Recebi esse texto de uma amiga e achei muito lindo e verdadeiro. Pesquisei na internet e descobri que a autoria é de Hayley Hengsta do austin.citymomsblog.com traduzido por alguém do mundo virtual...


Essa fase da vida. Como é difícil, gente.

Eu estou falando com você, mãe por volta dos 30. Você tem filhos. Provavelmente dois, três, talvez quatro deles. Eles provavelmente estão na faixa etária que vai de recém-nascidos até 7 ou 8 anos de idade. (Tirando aqui e ali, em todas as estatísticas acima mencionadas).

Nessa fase da vida você está lidando com exaustão. Mental, física e emocional.

Nessa fase da vida, você está lidando com dentes nascendo. Com infecções de ouvido. Com viroses. Você está fazendo malabarismos para encaixar os horários das sonecas com os horários das refeições e as aulinhas de futebol. Tentando equilibrar um milhão de bolas nesse malabarismo diário, e provavelmente sentindo como se estivesse deixando cair a maioria delas.

Nessa fase da vida, você está lidando com a culpa. Culpa por ter uma carreira e não passar tempo suficiente com seus filhos. Ou culpa por ficar em casa com seus filhos e não fazer o suficiente para contribuir financeiramente. Culpa por estar sendo muito dura com seus filhos. Ou demasiadamente maleável. Culpa porque sua casa está limpa, mas os seus filhos foram ignorados o dia todo. Ou culpa porque você curtiu seus filhos durante todo o dia mas agora seu marido está voltando do trabalho e encontrará uma casa suja. CULPA.

Nessa fase da vida, você é bombardeada diariamente por uma série de decisões. Algumas delas possuem a capacidade de mudar o percurso da sua vida, outras não. Para nenhuma delas existem respostas únicas e bem definidas. Vacino meus filhos? Ou não? Os mando para a escola pública? Escola privada? Os ensino em casa? Continuo a amamentar? Aperto ainda mais o orçamento para que eu possa comprar apenas comida orgânica? Posso forçar meu filho a pedir desculpas, mesmo que o pedido de desculpas será insincero? Você não tem as respostas para tudo, mas você sente uma pressão constante para tomar decisões acertadas.

Essa fase da vida é cada vez menos sobre ver seus amigos casando e tendo filhos, e mais e mais sobre testemunhar seus amigos lutando para salvar um casamento, e às vezes se divorciando. É uma fase em que você mesma tem que investir tempo, esforço, trabalho e energia para se certificar de que seu próprio casamento permaneça saudável. E isso é bom, mas é difícil também. Nesse estágio da vida, você ou alguém que você conhece já lidou com infertilidade. Abortos espontâneos. Perda de um filho.

É uma fase em que você está comprando casas, vendendo casas, reformando, se mudando. Apenas para, daqui a alguns anos, fazer tudo novamente.

É uma fase em que seus hormônios estão enlouquecidos. E com razão. Você basicamente esteve grávida, no pós-parto, ou amamentando pelos últimos anos, certo?

É uma fase em que você está sofrendo para estabelecer uma identidade. Minha identidade inteira se resume a “mamãe”? Existe alguma coisa que ainda resta de mim que não seja sobre a maternidade? Existe algo mais glamoroso que eu poderia ou deveria ter feito com a minha vida? Eu já pareço uma mãe agora, não é? Sei que sim.

É uma fase em que você está em uma busca constante por equilíbrio, e nunca consegue alcança-lo.

É uma fase da vida onde você está sobrecarregada. Constantemente. Você está sobrecarregada de perguntas. Seus filhos nunca param de fazer perguntas. Você está sobrecarregada de tanto toque. Você está constantemente carregando alguém ou alguém está constantemente segurando você, pendurado em você, tocando você. Você está sobrecarregada de afazeres. Há muito a fazer. A lista nunca acaba. Você está sobrecarregada de preocupação. Você está sobrecarregada de coisas. Como os muitos brinquedos que seus filhos têm. Você está sobrecarregada de atividades. Você está sobrecarregada de pensamentos (ideias sobre como não estar sempre tão sobrecarregada, talvez?).

É difícil.

Então… o que você precisa fazer para sobreviver tudo isso?

Você precisa pedir ajuda.

Você precisa aceitar ajuda quando te for ofertada.

Você precisa não negligenciar o seu casamento. Você precisa colocar seus filhos na cama cedo. Sentar na varanda com o seu marido, beber uma taça de vinho e ter uma conversa agradável.

Você precisa de amigas.

Você precisa da sua mãe.

Você precisa de amigas mais velhas, que já passaram por isso. Que podem te assegurar que você não está fazendo tudo errado assim como você pensa que está.

Você precisa não se sentir mal em usar o tempo da soneca dos filhos para fazer algo para você, inclusive descansar também.

Você precisa ajustar as suas expectativas… E depois provavelmente ajusta-las novamente.

Você precisa simplificar. Simplifique cada parte da sua vida, tanto quanto possa ser simplificada.

Você precisa aprender a dizer “não”.

Você precisa praticar o contentamento.

Você precisa ficar bem em deixar seus filhos durante a noite, e ir à algum lugar. Qualquer lugar.

Você precisa fazer algo que você gosta, todos os dias, mesmo que seja por não mais de 15 minutos.

Você precisa rezar. Colega, como você precisa rezar.

Você precisa de um café que você ame, um vinho que você ame, e um banho de espuma que você ame.

Finalmente, e talvez mais importante, você precisa lembrar que…

Essa fase da vida é bonita também. Realmente muito bonita. Essa é a fase da vida sobre a qual cada pessoa mais velha com quem você encontrar lhe dirá sempre que “você vai sentir saudades.” E você já sabe que é verdade. É a fase em que seus filhos mais te amam. Nunca mais, por toda sua vida, seus filhos te amarão assim de novo. É a fase em que eles encaixam corpinhos inteiros no seu colo buscando aconchego… Enquanto eles ainda conseguem, e o mais importante, enquanto ainda querem. É a fase em que seus maiores problemas são apenas infecções de ouvido e dentes nascendo e viroses, e você não está tendo que lidar ainda com coisas como corações partidos ou vício ou bullying. É a fase em que você está aprendendo a amar o seu parceiro de uma maneira completamente diferente. Mais difícil mas também melhor. A fase em que vocês estão aprendendo juntos, crescendo juntos, sendo testados, tendo o egoísmo dissipado, e realmente se transformado em “um”. É a fase em que você começa a enxergar o Natal, Halloween, a Páscoa através dos olhos dos seus filhos e é muito mais divertido e mágico do que seria apenas através de seus próprios olhos. É a fase em que você vivencia seus pais como avós… e eles são ainda melhores. É a fase da vida cheia de excursões escolares, festinhas de aniversario, fantasias, aulinhas de natação, banhos de espuma, dentes soltos e primeiros passos. E essas coisas são tão divertidas. É a fase em que você é jovem o suficiente para se divertir, mas tem idade suficiente para ter obtido pelo menos um pouco de sabedoria. É tão linda e divertida essa fase.

Mas poxa, como é difícil!


quarta-feira, 27 de abril de 2016

Reflexões sobre o aleitamento materno


Meu filho tem um ano e dois meses e até hoje é amamentado. O tema sempre me interessou, mas depois que virei mãe tive mais oportunidades de conversar com outras mães sobre o assunto. 

Vou compartilhar um pouco sobre as minhas percepções teóricas e práticas. 

A todo tempo vemos por aí inúmeras campanhas em defesa do aleitamento materno. A maioria delas sempre batendo nas mesmas teclas: da livre demanda (falo mais sobre esse tema neste texto: http://www.beijonopadeiro.com/2015/11/amamentacao-livre-demanda-x-rotina.html?m=1 ) e de que toda mulher é capaz de amamentar de acordo com as recomendações da OMS: exclusivamente por seis meses e depois até a criança completar pelo menos dois anos. 

Vemos depoimentos e histórias super encorajadoras de mães que superaram as mais incríveis adversidades e se mantiveram firmes e fortes no propósito de amamentar. Muitas delas, entretanto, fazem a coisa parecer muito mais simples do que a que realmente é.

A principal coisa que vejo é em relação à quantidade de leite produzido. Muitas campanhas batem pé firme de que toda mulher tem leite suficiente para amamentar seu filho, que não existe mulher com pouco leite. 

Sinceramente, não é isso que observo na prática. Vejo mulheres que são verdadeiras vacas leiteiras, capazes de amamentar seus filhos e ainda ordenhar leite para doar. Vejo outras que não conseguem ordenhar mais do que 40ml de leite. 

Eu me enquadro no meio dessas aí, não sou como uma amiga que ordenhou de uma só vez 800ml de leite e nem como outras que nunca conseguiram ordenhar mais de 40ml. Mas, escutando relatos mais díspares, cheguei à simples conclusão de que existem sim mulheres com pouco leite. Acho importante frisar isso pois algumas campanhas são tão enfáticas na ideia de que toda mãe tem leite suficiente para amamentar seu filho que chega a fazer algumas mães se sentirem mal, quando, apesar de todo o esforço, não conseguem e precisam introduzir algum tipo de complementação antes dos seis primeiros meses de vida do bebê.

Inúmeros fatores interferem na produção de leite: o sono, o cansaço, o estresse, a alimentação, a integridade da mama, a pega do bebê... Enfim, diante de tantas variáveis, independente da causa, a produção de leite de uma mãe pode ser comprometida e isso precisa ser visto de maneira natural.

Acho fantástico que ocorram campanhas que estimulem o aleitamento materno, assim como do parto natural. Falei até um pouco sobre a minha visão do parto humanizado neste texto: http://www.beijonopadeiro.com/2015/04/o-que-e-um-parto-humanizado.html?m=1 . Mas, acima de tudo, acho que deve-se haver respeito, condescendência e menos julgamento às mães que fazem cesarianas e/ou não amamentam. Seja por escolha ou impossibilidade, esses fatores não fazem delas mães menos amorosas e dedicadas. 

terça-feira, 26 de abril de 2016

Turismo na Chapada dos Guimarães e Cuiabá

Este final de semana estive mais uma vez em Cuiabá/Chapada dos Guimarães e tive mais surpresas. Vou compartilhar para quem se interessar em fazer turismo por lá.

Em Cuiabá:

Restaurante/bar Confrade: Um dos melhores restaurantes com Espaço Kids que já fui na vida. Um verdadeiro playland para a criançada com direito à duas monitoras. Pegamos uma mesa defronte ao Espaço Kids e foi pura diversão: pras crianças, pras mamães e papais. O lugar é amplo e o cardápio super diversificado: carnes, massas, pizzas, risotos, petiscos.. Nós pedimos uma paella que dizia que era para quatro pessoas, mas serve FARTAMENTE 10 pessoas. Super custo benefício, além de muito saborosa!

Imagem retirada do Google Imagens

Piscina de bolinhas gigante: estará instalado no Shopping Várzea grande até o mês de julho. Até os adultos querem voltar a ser crianças. Só é bom ter cuidado para não deixar cair nada lá dentro, pois para achar depois é como procurar uma agulha no palheiro.


Shopping Várzea Grande: Próximo ao aeroporto, o shopping é novinho e excelente. Além da piscina de bolinhas gigante, que é uma atração temporária, tem duas opções de Espaço Kids (para bebês e crianças maiores) na praça de alimentação excelentes. Tudo novinho e com direito a monitora para as crianças maiores de dois anos. 

Na Chapada dos Guimarães, restaurantes:

Restaurate Atmã: ambiente lindíssimo, com espaço kids, vista deslumbrante e comida deliciosa. Não é um restaurante barato, mas vale a pena conhecer. Até o banheiro lá é lindo! Ah, não fiquei hospedada lá, mas tem um hotel também, que não oferece "day use", ou seja, exclusivo para hóspedes.

Imagem retirada do Google Imagens


Imagem retirada do Google Imagens

Restaurante Penhasco: Também tem um hotel que pode ser usado pelos hóspedes ou na forma de "day use". Boa opção para quem estiver em Cuiabá ou até em uma pousada mais simples. O restaurante é enorme e com uma grande variedade no buffet. Mais simples que o Atmo, mas excelente opção com comidas diferentes para todos os gostos.

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Restaurante Morro dos Ventos: Situado em um maravilhoso parque, o restaurante tem comida saborosa e farta. Uma ótima pedida é a Mojica de Pintado, prato típico feito com o peixe Pintado (Surubim) e mandioca. Espaço amplo e agradável. 


Imagem retirada do Google Imagens

Imagem retirada do Google Imagens


Estilo Restaurante Português: Para quem aprecia a culinária portuguesa esta é uma parada obrigatória. Sem sombra de dúvidas um dos melhores restaurantes portugueses que já fui em minha vida (incluindo os de Portugal). Ambiente lindo, amplo e aconchegante, com pé direito duplo e atendimento de primeira. Se o garçom Manuel estiver lá procure por ele. Pedimos dois pratos, mas sem dúvidas o bacalhau à moda, coberto de cebolas refogadas estava de comer rezando. Acompanhado de um típico vinho verde é uma combinação incrível, depois de clássicos bolinhos de bacalhau, é claro.





Imagem retirada do Google Imagens


Na Chapada dos Guimarães, passeios:

Ainda tenho muito o que conhecer por lá, mas além dos três primeiros restaurantes que indiquei, que estão localizados em lugares com vistas de tirar o fôlego, recomendo mais dois passeios gostosos que podem ser feitos em família, inclusive com bebês.

Cachoeira Véu de Noiva: Depois de visitar a cachoeira, é possível desfrutar de um delicioso banho na Cachoeira dos Namorados que fica a pouco mais de um quilômetro de caminhada numa trilha super tranquila. A cachoeira tem o tamanho ideal, não fica cheia demais, tem uma queda gostosa, uma "prainha" e lugares com sol e sombra. Uma delícia!

Imagem retirada do Google Imagens



Mirante do Centro Geodésico. Fomos lá no fim da tarde (depois de um delicioso almoço no Atmo) e ficamos até o por-do-sol. Linda programação que pode ser um ótimo point para um pique-nique. 

Imagem retirada do Google Imagens



Bem, depois deste post e deste outro aqui, acho que já dá até pra programar uma viagem de uns dez dias para o roteiro: Cuiabá, Chapada dos Guimarães e Nobres, hein? É ou não é um estado surpreendente??

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quarta-feira, 20 de abril de 2016

Bela, racatada e do lar... Para que tanto alvoroço?


De repente minha página no face virou um festival de imagens femininas com o "hashtag" #belarecatadaedolar. Fiquei curiosa e descobri que se trata de uma "revolta" feminina ao título de um texto sobre a esposa do Vice Presidente da República, Michel Temer. 


Sinceramente, não vejo razão para tanto alvoroço. O texto mais se parece uma reportagem de Revista Caras do que da Revista Veja, com umtipo de conteúdo fútil, que pouco me interessa. Tanto que não leio e nunca li Revista Caras e não sei pra que banda vai a vida de famosos.

O que quero entender é o motivo de tanta repercussão e ofensa. Sempre vi descreverem princesa Kate (esposa do Príncipe William da Inglaterra) com atributos semelhantes, assim como a sua antecessora, a princesa Diana e nunca vi ninguém repudiar estas figuras femininas. Não saberia dar outros exemplos, pois como disse, não ando lendo esse tipo de conteúdo, mas nas Caras e Contigo da vida existem mulheres aos montes, seguindo o mesmo perfil da esposa do Temer e que são idolatradas e aplaudidas por muita gente. Qual o motivo da ofensa agora? 

Lembrando que nunca votei no PT, nunca escolhi nem a Dilma como minha representante e menos ainda o Michel Temer como vice-presidente. São pessoas públicas que não me representaram. Nem por isso vou me sentir ofendida enquanto mulher porque uma revista resolveu descrever a vice primeira dama como sendo Bela, Recatada e do Lar. Bom pra ela, pro marido dela... O que é que eu tenho a ver com isso? Por que hei de me sentir incomodada e ofendida? 

Sinceramente, é muito alvoroço e muito Ibope pra um conteúdo tão banal. O mundo tem espaço para todo tipo de mulher: belas, revoltadas, do lar, empreendedoras, recatadas, exuberantes, bregas, escandalosas... E tem quem se interesse por elas, cada uma a seu modo. Uma mulher que sabe seu valor não deve se incomodar com o valor dado a outra mulher, apenas entender que são pessoas únicas, diferentes e incomparáveis. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Sopa de ervilha e provolone


Depois de postar um texto alertando sobre os riscos do consumo de laticínios ( 
http://www.beijonopadeiro.com/2016/04/alimentacao-amamentacao-e-cancer-de-mama.html?m=1 ) venho aqui compartilhar uma receita contendo queijo.

Não, eu não sou vegana. Sim, eu como laticínios. Não, não fazem parte de minha rotina. Sim, só os como esporadicamente. Não, não como manteiga, pois detesto. Não, não como qualquer queijo, aliás, poucos agradam o meu paladar. Não, não como iogurte, simplesmente porque não gosto. Sim, vez ou outra me permito comer queijo, pizza, lasanha... Não, não posso negar, eu adoro, porém não abuso!

Há 3 meses comprei um pedaço de provolone e estava lá decorando meu congelador até ontem. Espero que gostem desta receita, foi super aprovada por aqui. Rendimento: 4 porções.

Ingredientes: 
500g de ervilha partida seca
1 cebola
4 dentes de alho 
Sal marinho
200g de provolone defumado e cubos de aproximadamente 1,00x1,00cm

Preparo:
Catar e lavar a ervilha. Colocar para cozinhar com o dobro de água, a cebola e o alho (não precisa picar muito, pois vai ser batido no liquidificador). Colocar apenas uma pitada pequena de sal, pois o provolone já é um queijo bastante Salgado. 

Quando a ervilha estiver macia, desligar e bater no liquidificador. Deverá ficar um caldo grosso... Devolver à panela e acrescentar o provolone, misturando para que possa derreter levemente com a quentura da sopa. 

Dica vegan: Se você não come queijo e quer testar esta receita, uma boa opção é substituir o provolone por tofu defumado. Entretanto, deverá cozinhar por mais tempo para que o sabor se incorpore melhor. Vale lembrar que o tofu defumado é uma delícia, porém não derrete, logo, a consistência desta sopa será um pouco diferente. 

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A vida é uma dança

Recebi esse texto, amei e compartilho com vocês! 


"Quando uma porta se fecha, outra se abre; quando um caminho termina, outro começa... nada é estático no Universo, tudo se move sem parar e tudo se transforma sempre para melhor. 
Habitue-se a pensar desta forma: tudo que chega é bom, tudo que parte também. É a dança da vida... dance-a da forma como ela se apresentar, sem apego ou resistência.
Não se apavore com as doenças... elas são despertadores, têm a missão de nos acordar. De outra forma permaneceríamos distraídos com as seduções do mundo material, esquecidos do que viemos  fazer neste planeta. O universo nos mandou aqui para coisas mais importantes do que comer, dormir, pagar contas...
Viemos para realizar o Divino em nós. Toda inércia é um desserviço à obra divina. Há um mundo a ser transformado, seu papel é contribuir para deixá-lo melhor do que você o encontrou. Recursos para isso você tem, só falta a vontade de servir a Deus servindo aos homens.
Não diga que as pessoas são difíceis e que convivência entre seres humanos é impossível. Todos estão se esforçando para cumprir bem a missão que lhes foi confiada.  Se você já anda mais firme, tenha paciência com os seus companheiros de jornada. Embora os caminhos sejam diferentes, estamos todos seguindo na mesma direção, em busca da mesma luz.
E sempre que a impaciência ameaçar a sua boa vontade com o caminhar de um semelhante, faça o exercício da compaixão. Ele vai ajudá-lo a perceber que na verdade ninguém está atrapalhando o seu caminho nem querendo lhe fazer nenhum mal, está apenas tentando ser feliz, assim como você.
Quando nos colocamos no lugar do outro, algo muito mágico acontece dentro de nós: o coração se abre, a generosidade se instala dentro dele e nasce a partir daí uma enorme compreensão acerca do propósito maior da existência, que é a prática do AMOR. Quando olhamos uma pessoa com os olhos do coração, percebemos o parentesco de nossas almas. 
Somos uma só energia, juntos formamos um imenso tecido de luz... Não existem as distâncias físicas. A Física Quântica já provou que é tudo uma ilusão. Estamos interligados por fios invisíveis que nos conectam ao Criador da vida. A minha tristeza contamina o bem-estar do meu vizinho, assim como a minha alegria entusiasma alguém do outro lado do mundo. É impossível ferir alguém sem ser ferido também, lembre-se disso. 
O exercício diário da compaixão faz de nós seres humanos de primeira  classe."   
              ANDRÉ LUIZ...

terça-feira, 12 de abril de 2016

Alimentação, amamentação e câncer de mama

Compartilho com vocês esse texto com excelentes informações e reflexões da amiga e parceira, Paula Savino, da Ecobras. 
 

CÂNCER DE MAMA CURA E COMPROMETIMENTO COM GERAÇÕES FUTURAS

"A revista médica inglesa, Lancet publicou que a sobrevivência geral de pacientes com câncer de seio primário diminuiu nos últimos 10 anos apesar do aumento do usode múltiplas drogas quimioterápicas para o tratamento de metástase.  Além disto, não houve melhora em pacientes com metástases primárias e o índice de sobrevivência diminui entre os pacientes que tomaram quimioterapia.

Para melhor compreendermos o processo degenerativo do organismo vamos nos reportar ao nosso passado precisamente à nossa infância. Uma das maiores mudanças biológicas dos tempos modernos tem sido o declínio progressivo da amamentação. Nas culturas de bases mais tradicionais as mães normalmente amamentam até que as crianças completem um ano ou mais. No começo dos anos 20, aproximadamente 60% dos bebês americanos foram amamentados. Com o passar dos anos este número diminuiu drasticamente. Já em 1970 apenas 11% das mães americanas tentaram amamentar seus filhos sendo que 2/3 destas mães desistiram dentro de 30 a 45 dias. 

Em composição, o leite de vaca e o leite humano são muito diferentes. O leite de vaca contém quatro vezes mais cálcio, três vezes mais proteínas e 2/3 mais carboidratos do que o leite humano.  A diferente estrutura e crescimento dos bezerros e dos bebês humanos respondem pelas proporções variadas destes ingredientes. Quando o bezerro nasce, seu cérebro e sistema nervoso estão completamente desenvolvidos e a grande quantidade de cálcio e proteína é necessária para aumentar a sua estrutura óssea e desenvolvimento muscular. Um bezerro tem um aumento médio de 34 quilos nas primeiras seis semanas.  Em contraste, o organismo humano é designado para crescer lentamente ganhando apenas 900 a 1,400 gramas nas primeiras semanas.  O cérebro dos bebês humanos está apenas 23% amadurecido na ocasião de seu nascimento e os nutrientes do leite materno contém anticorpos que resistem ao crescimento de bactérias e viroses indesejáveis e proporciona imunidades contra doenças e infecções promovendo células brancas fortes que destroem bactérias nocivas, produzindo bactérias saudáveis (encontradas nos intestinos dos bebês) que criam resistência a uma grande variedade de micro-organismos.

Outro ingrediente contido no leite, a lactose, é digerida pela lactase uma enzima produzida nos intestinos. Nas sociedades tradicionais a lactase não é mais produzida após o bebê ser desmamado, entre as idades de 2 a 4 anos. Como resultado, a ingestão de laticínios após esta idade frequentemente produz indigestão, diarreia, cólicas, alergias e outras doenças produzindo uma condição chamada de intolerância à lactose. No Ocidente, no entanto, os laticínios tornaram-se base da alimentação pelo curso de muitas gerações criando uma possibilidade biológica da lactase continuar a ser produzida nos intestinos após a infância permitindo que os laticínios fossem consumidos até a idade adulta.  Entre os caucasianos a intolerância à lactose é baixa (apenas 2% dos dinamarqueses, 7% dos suíços e 8% dos americanos brancos não podem digerir leite e seus derivados).  Em contraste, 70% dos negros americanos são intolerantes à lactose, assim como 90% dos bantos, 85% dos japoneses, 80% dos esquimós, 78% dos árabes e 58% dos judeus israelenses.  Apesar da habilidade do corpo de adaptar-se ao longo consumo de laticínios, o excesso de consumo de gordura e colesterol contidos no leite, queijo, manteiga, sorvete e outros alimentos derivados do leite têm pagado um tributo pesado na medida em que o consumo destes alimentos aumentou. 

Nos EUA o consumo progressivo de alimentos derivados do leite chega a mais de 160 kg por pessoa ao ano, incluindo 270 litros de leite.  Nos EUA existe hoje uma vaca para cada duas pessoas. Em composição o leite contém 28% de gordura, o queijo 50%, a manteiga 95% e o iogurte 15%. Os ácidos gordurosos e o colesterol contidos nesses alimentos podem criar uma camada de gordura em volta dos órgãos e tecidos contribuindo para problemas de coração, câncer e outras doenças degenerativas. Mentalmente e psicologicamente os laticínios em excesso podem afetar o cérebro e o sistema nervoso contribuindo para um embotamento mental, passividade extrema e dependência física e psicológica.  A gordura do leite de vaca também isola e impede o fluxo de energia eletromagnética através do corpo, diminuindo a polaridade sexual e a atração entre os opostos – homem e mulher.

A outra questão é a qualidade dos laticínios consumidos hoje em dia, muito diferentes dos consumidos no passado.  O leite por si só é transformado do seu estado natural através de procedimentos modernos como homogeneização, aquecimentos a altas temperaturas, esterilização e adição de outros ingredientes, como vitaminas sintéticas, comprometendo a qualidade original do leite in natura.  Numa tentativa de fazer com que as vacas produzam mais leite, são introduzidos à sua alimentação uma variedade de hormônios, antibióticos e outras químicas que modificam a qualidade do leite. Hoje em dia mais de 75% de todas as vacas nos EUA são artificialmente inseminadas e através de superovulação e transferência de embriões, uma vaca pode dar nascimento a 12 bezerros por ano em vez de apenas um. Como resultado de todos estes fatores, a maioria dos laticínios disponíveis hoje para consumo é muito diferente daqueles consumidos pelas gerações prévias.

Até os tempos modernos, a maioria das culturas limitava seu consumo de laticínios a alimentos fermentados como iogurte, kefir ou outros alimentos lácteos contendo enzimas e bactérias saudáveis permitindo que elas fossem quebradas na ausência da lactase. Produtos fermentados como iogurte são superiores em qualidade a outros laticínios.  No entanto não devem ser recomendados para uso regular principalmente se não tiverem sido produzidos através de métodos tradicionais e naturais. 

Estes produtos não podem ser propriamente assimilados por pessoas com estilo de vida sedentárias.  Alimentos vegetais naturalmente fermentados como missô, shoyu, tempeh, nattô, etc. são de grande importância na prevenção do câncer.
No passado, o leite animal (especialmente de cabra, ovelha e mula) era usado com objetivos medicinais, para o consumo de crianças quando as mães não podiam amamentar ou em pequenas quantidades somente em ocasiões especiais. O abuso no consumo de laticínios na dieta moderna e a sua qualidade artificial degenerativa vêm sendo apontados como os fatores principais do aumento do câncer do seio, doenças cardíacas e outras doenças sérias.

Se continuarmos a nos alimentar com excesso de laticínios e outras proteínas e gorduras animais por um longo período de tempo, estaremos exaurindo a habilidade do organismo de eliminar os excessos de materiais tóxicos.  Estes excessos podem formar uma camada de gordura debaixo da pele impedindo a eliminação através da superfície do corpo. O consumo repetido de leite, queijos e outros laticínios combinados com ovos, carne, galinha e outros alimentos gordurosos ou oleosos criam depósitos internos de muco e gorduras principalmente nas áreas dos seios nasais, do ouvido interno, dos pulmões, dos rins, dos órgãos reprodutivos e da mama. O acúmulo desses excessos geralmente resulta no endurecimento dos seios e na formação de quistos.  Estes excessos tomam a forma de líquido pesado e grudento desenvolvendo quistos da mesma forma que a água se solidifica em gelo e este processo é acelerado com a ingestão de sorvetes, leites, refrigerantes, sucos de frutas e outros alimentos que possam produzir um efeito de resfriamento ou congelamento do sangue.

As mulheres que amamentam são menos susceptíveis a desenvolverem quistos ou tumores no seio.  As mulheres que não tiveram a oportunidade de amamentar perdem a chance de eliminar materiais tóxicos através dos seios e, portanto, se deparam com uma possibilidade maior de acumular excessos nesta região de seus corpos.

Muitos nutricionistas e médicos estão atentos à relação entre a ingestão de gorduras saturadas e o aumento de colesterol e das doenças degenerativas, mas geralmente sobre elevam os efeitos do açúcar e dos laticínios como alimentos que contribuem consideravelmente para a formação de diversos tipos de câncer e de doenças coronárias.
 
Uma dieta de base mais tradicional principalmente centrada na ingestão de carboidratos complexos (cereais integrais, leguminosas e seus derivados, legumes e verduras), algas marinhas, sementes, frutas da estação e o uso ocasional e moderado de proteína animal de boa qualidade e orgânica, compõem a base da prevenção de todos os cânceres incluindo os de mama.
A qualidade de nosso alimento diário determina a qualidade de nosso sangue. A qualidade de nosso sangue por sua vez determina a qualidade do leite materno e da força biológica responsável pela continuidade das próximas gerações."
Paula Savino-Ecobras

domingo, 10 de abril de 2016

Temperando a comida do bebê


No post em que compartilhei a carta de um bebê que iniciará a sua introdução alimentar ( 
http://www.beijonopadeiro.com/2016/04/carta-de-um-bebe-sobre-sua-introducao.html?m=1 ) recebi um comentário interessante que vale uma boa resposta por aqui. 

Comentário: 
Só não concordo com os "temperos fortes". Apreciar coisas sem temperos fortes é o melhor exercício para o despertar e o cultivo da sensibilidade. Temperos fortes fazem a criança se acostumar com estímulos fortes, com os paladares artificiais, que começam com os temperos, e se estendem pelos gritos, pela música pobre e barulhenta, pelos esportes radicais, pelas bebidas destiladas, arte berrante, e até pela pornografia.

Concordo com o comentário acima. Até muito recentemente a comida de Gui era sem sal e sem tempero. Fiz isso para promover que ele apreciasse o sabor dos alimentos da maneira mais pura possível. Cenoura, brócolis, couve-flor, maçã, etc... Cada um desses alimentos têm personalidade e sabor únicos que precisam ser descobertos e explorados antes de serem "mascarados" por temperos. 

Sempre utilizei temperos como ingredientes, para que pudesse explorar seus sabores. Por exemplo: sopa de mandioca com coentro, bastante coentro para sentir o seu gosto ou sopa de inhame com salsa, da mesma maneira. 

Às vezes colocava um toque de algum outro ingrediente de sabor marcante, mas nunca abusando e sem misturar com outra coisa. Cará amassado com um pouco de óleo de coco, por exemplo. Isso porque já tinha comido papinha de cará puro várias vezes. A ideia era que explorasse o óleo de coco, nada mais. Ou maçã cozida com canela, seguindo a mesma ideia. 

Depois que fez um ano comecei a temperar levemente a comida dele para começar a fazer a transição da comida de bebê para comida de adulto. Sendo que no caso, a comida de adulto é a que costumo comer, com pouco sal, pouco óleo e temperos suaves. Eu, como me habituei a comer desta maneira, sempre acho a comida "da rua", de forma geral, muito carregada no óleo, no sal e no alho. 

Para iniciar a temperar a comida de bebês, não é preciso mais que um toque de gengibre e gotinhas de óleo de gergelim e shoyu para transformar completamente a experiência das verdurinhas, antigamente sem nada disso. Alho, pessoalmente acho muito forte e ainda não uso para Gui. Gosto da cebola refogada (sem óleo), gengibre, cheiro verde, algas marinhas, azeites e óleos, iriko, gersal, canela e quantidades mínimas de sal, shoyu ou missô. A ideia é promover não somente sabor e sim acrescentar temperos funcionais que enriqueçam os alimentos com vitaminas, minerais, probióticos, ácidos graxos essenciais, etc. 

A ideia destas pequenas  transformações é fazer com que a experiência alimentar se renove sempre, mas, ao mesmo tempo, promova a apuração do paladar. Funciona mesmo, Gui faz cara de "esse sabor é novo" à cada vez que acrescento pequenos toques de outros ingredientes à sua comida. 

Sou contra temperos fortes não somente para bebês, como para adultos. Assim, considero uma boa estratégia iniciar a alimentação sem nada e ir introduzindo temperos e especiarias aos poucos...