sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Larica: Por que ninguém comenta este efeito colateral da maconha?

Imagem retirada do Google Imagens

Não resisti em publicar esta passagem da Sônia Hirsh, publicada em seu blog hoje. Neste texto, ela trata de um aspecto do uso da maconha, pouquíssimo mencionado na mídia, que tanto tem batido no tema de sua liberação. Assim, vou deixar outras questões de lado para me ater somente à famosa larica, um dos seus efeitos colaterais - contradizendo quem prega que não há nenhum! Em um mundo onde cada vez mais cresce o número de diabéticos, obesos e portadores de síndromes metabólicas, é possível desprezar o efeito de uma droga que está relacionada diretamente com o aumento da ingestão de um dos maiores vilões da saúde? 

"Maconha liberada pelo juiz! E já que estamos falando de drogas recreativas... 

por Sonia Hirsh


Deu no Globo de hoje, página 8: o juiz Frederico Maciel, de Brasília, absolveu um rapaz que foi preso por tentar levar 46 gramas de maconha para um amigo dentro do presídio, considerando incoerente que álcool e tabaco sejam permitidos e vendidos, enquanto a maconha, 'um entorpecente recreativo', é proibida. Considera ilegal a portaria da Anvisa que coloca o THC entre substâncias sujeitas a controle especial, devido ao baixo poder nocivo.

Já que outras figuras de proa do mundo, como Fernando Henrique Cardoso, Pepe Mujica e até Obama estão de acordo, passemos ao parágrafo seguinte: 

A LARICA.

O problema mais comum derivado do consumo de maconha passa longe, muito longe, da visão oficial sobre o assunto: é a famosa e imprevisível larica.

Trata-se de uma fome inacreditável, compulsiva, obsessiva, que quando ataca não deixa a vítima pensar em outra coisa. E aí, o que estiver mais à mão é devorado gulosamente sem a menor vergonha, inclusive pizza gelada e coca-cola choca. Cresce o desejo por coisas doces, e depois, é claro, vem o famoso bode: moleza, preguiça, sono, deixa pra lá...

Mas não é só quem fuma baseado que pode ter larica. A larica é livre, popular, não respeita sexo, cor, religião, partido ou time. Você tem ou não tem, e isso depende da forma como cada organismo trata o açúcar. Uns anseiam por ele, outros nem ligam. Há quem beba álcool: nesse caso é uma larica etílica.

Maconha dá larica porque faz baixar por algum tempo o nível de glicose no sangue, com efeitos especiais no cérebro, cujo principal combustível é glicose. O jejum de glicose pode dar barato, mas também pode provocar um ataque de hipoglicemia, com suor, palpitações e tremedeira, e aí o único jeito é proporcionar ao dependente uma dose rápida de açúcar. Por outro lado, glicose demais no sangue faz o cérebro ficar saturado, lerdo, pesadão; deprime, emburrece, narcotiza.

Como se vê, açúcar é uma droga poderosa. Tão poderosa que é difícílimo tirá-la de onde está, profundamente arraigada nos nossos hábitos diários de consumo, rainha dos lares, escolas e hospitais. Deveria ser proibida para menores.

Diga não ao açúcar!

Do livro Sem açúcar, com +afeto, cuja 15a tiragem está no prelo, em edição atualizada, com capa nova de Cesar Lobo"

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Como preparar feijão retirando os fitatos e mantendo os nutrientes


Conheço quem tenha deixado de comer feijão por dizer que provoca gases/flatulência. As leguminosas são ricas em ácido fítico (fitatos) que fermentam no intestino, podendo causar desconforto. Entretanto, os feijões são excelentes fontes de aminoácidos (principalmente quando combinados com cereais integrais), fibras, antioxidantes, minerais e vitaminas, portanto, devem fazer parte da nossa alimentação cotidiana.

Como preparar o feijão, reduzindo os desconfortos provocados pelos fitatos, sem perder o valor nutricional:
  • Deixe o feijão de molho por 30 minutos (após ter catado e lavado os grãos);
  • Descarte a água;
  • Adicione água na proporção de 2,5 ou 3:1 (prefiro colocar menos e adicionar mais no fim, caso perceba que a água está secando e o grão ainda está duro, pois não gosto do feijão com muito caldo);
  • Deixe o feijão de molho por pelo menos quatro horas (eu gosto de deixar de molho por oito horas - se você morar em um lugar muito quente, melhor deixar de molho dentro da geladeira, para que o grão não fermente);
  • Antes de cozinhar, acrescente uma micro-mini pitada de sal, que ajudará no cozimento. Atenção: este sal não tem a finalidade de dar sabor, por isso é beeeeeeeeeeeeem pouquinho mesmo!
  • Coloque para cozinhar em fogo alto e quando começar a ferver e formar uma espuma, retire esta espuma com uma colher e descarte-a.
  • Deixe cozinhar em fogo bem baixo com a penela tampada (se não estiver muito cheia) ou semi-tampada (se estiver muito cheia, para não correr o risco de transbordar). O cozimento pode levar de uma a duas horas (a depender do grão), então, pode aproveitar para preparar outras comidas ou fazer qualquer outra coisa em casa, enquanto espera ficar pronto.
  • O tempero só deve ser adicionado no fim do preparo (quando o grão já estiver al dente), pois se forem cozidos por tempo prolongado, perdem o seu valor nutricional. Quando falo em tempero, é tempero de verdade: alho, cebola, salsinha, coentro, cebolinha, sal marinho... Nada desses condimentos prontos, processados e químicos!!!
Outra dica que ajuda a reduzir os efeitos dos fitatos é a adição de folha de louro no início do cozimento ou então de um pedacinho de alga kombu (3x3cm), que pode ser colocado de molho junto com a água do cozimento, horas antes e depois cozido junto com o feijão (nesse caso, não precisa adicionar a micro-mini pitada de sal, pois a alga já contém sal). A alga não deve ser ingerida e sim descartada quando encontrada no prato, pois ela é como uma esponja e absorve os fitatos. 

Pronto! Agora você já pode preparar um feijão gostoso, saudável e livre das indesejadas flatulências.

Bom apetite!!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Metas: quarta semana de 2014

Hoje completam quatro semanas que comecei a relatar os meus sucessos e fracassos no cumprimento das metas que tracei para o ano de 2014, em relação à saúde. Semana passada foi um desastre total e esta semana estou muito feliz que o progresso foi grande!!! Estou adorando este método de registrar as minhas semanas e super recomendo para quem quer conquistar objetivos. É uma maneira organizada e simples de fazer um auto-acompanhamento e poder sentir de fato se está ocorrendo ou não progresso. Caso contrário, o tempo passa, perdemos noção da nossa rotina e fica mais difícil alcançar objetivos maiores: que nada mais são do que a repetição de pequenos hábitos cotidianos.

Ainda estou bastante acampada, mas esta semana as coisas melhoraram. ontem finalmente consegui instalar a máquina de lavar roupas e o fogão e hoje já estou com todas as minhas roupas sujas em dia: lavadas e passadas!! Sim, a gente estuda anoooooos da vida para perder muitas horas com serviços domésticos intermináveis, risos!! Brincadeiras à parte, é só uma questão de se programar e não deixar acumular tarefas. Fazendo todo dia um pouquinho, não dá para ficar sobrecarregado e é fácil manter a vida/casa em ordem!

Ontem de noite inaugurei o fogão fazendo uma sopinha e hoje preparei o meu primeiro almoço em casa, depois de um mês e meio completamente sem rotina alimentar (e espacial). A variedade de ingredientes ainda está pouca e principalmente a logística para cozinhar, já que ainda não instalaram os armários da cozinha (da casa inteira para falar a verdade) e não tenho onde guardar minhas panelas, talheres, pratos, utensílios e ingredientes. Entre caixas e sacolas consegui fazer uma comidinha saudável, colorida e saborosa para o almoço de hoje! Menu do dia: brócolis ao vapor; batata baroa (cozida na água que fez o vapor pro brócolis); sopa de abóbora (com o caldo que cozinhou a batata baroa); salada prensada de pepino, cenoura e repolho; arroz integral com ovo caipira e salsinha.



























Agora vamos ao resumo das metas desta semana que passou.

Dieta e ingestão de bebidas alcoólicas: Uhuuuuu!!!! Primeira semana 100% sem laticínios e bebidas alcoólicas. Estou aos poucos criando a minha rotina e mesmo limitada em termos de cozinha, só o fato de ter uma casa, fazer mercado e poder comer em casa ajuda muito!!!

Comer menos: Ontem tive que ficar em casa de castigo esperando o técnico que ficou de instalar a internet (não disse o horário que viria - apenas que viria ontem) e acabei tendo crise de boquinha nervosa. Não tinha nada "hard" em casa, mas caí matando em castanhas e frutas secas - exagerei na dose, risos!! A notícia boa é que finalmente estou com internet em casa!! Tirando isso, tenho controlado bem a minha gula e comido porções educadas.

Sono: É incrível como a repetição de uma atitude cria um hábito. Nessas quatro semanas dormi antes da meia noite quase todos os dias. Resultado, mesmo sendo uma novidade para mim, já está começando a parecer um hábito antigo, pois quando vai dando 21:00/22:00 vou tendo aquela sensação de que o dia está chegando ao fim. Estou impressionada!!!

Atividade Física: Yaaaaaaay!!! Essa semana comecei a dar um chute na preguiça!!! Dos sete dias, fiz atividade física cinco dias!! Caminhei dois dias (cerca de uma hora) e nos outros dias nadei (3 mil metros em média cada dia). Toda vez que fico um tempo sedentária, quando volto o bem estar é tão grande que não consigo entender como consigo ficar tão preguiçosa algumas épocas...

Estou muito feliz e espero manter (na verdade melhorar) o ritmo daqui pra frente!! E você?? Como está a realização das metas do ano novo?? Ainda está em tempo de colocar em prática, afinal, temos onze meses pela frente... Vamos que vamos!!! =)


terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Brasil: o país onde lâmpada virou cocaína

Socorro!!! Tirem-me desta ditadura!!!

Em dezembro de 2012 escrevi um post falando sobre as malditas tomadas de três pinos que foram alteradas no governo Lula. Nunca consegui entender porque mudar algo que atendia a um padrão universal por uma tomada que só existe aqui no Brasil.

Ontem, depois de instalar minha máquina de lavar roupas, mais uma surpresa: a tomada não entrava. Minha casa, minhas bolsas e meu carro se tornaram um festival de adaptadores. Hoje descobri mais uma novidade: a tomada de três pinos mais grossa (na foto dá para ver a diferença entre a espessura de uma e de outra), que não encaixa no formato padrão e requer um adaptador!

Como se fosse pouco, aproveitei que estava na loja de materiais elétricos, decidi comprar lâmpadas e tive mais uma surpresa: o governo proibiu a fabricação e a venda das lâmpadas incandescentes. Com sorte ainda encontrei umas remanescentes na loja, mas foi como comprar cocaína e ainda tive que pagar R$4,50 por uma mísera lâmpada (lei da oferta e demanda, sempre infalível).

Que pais é esse que não permite que o consumidor escolha o tipo de lâmpada que quer usar em casa??? A escolha de gastar mais com a conta de energia e continuar tendo lâmpadas incandescentes é algo absolutamente pessoal!

Simplesmente detesto essas lâmpadas econômicas e ainda sou implicada de que não sejam boas para a saúde. Provavelmente a intenção é justamente essa: adoecer a população para vender mais remédios e enriquecer ainda mais as indústrias farmacêuticas. Afinal, o nosso ministério da saúde está mais para ministério da doença do que qualquer outra coisa...

Estes exemplos só provam que vivemos em um sistema ditatorial disfarçado de democracia. O governo do PT toma decisões arbitrariamente, sem levar em consideração os interesses da população. Pouco se importa com qualquer tipo de manifestação, como as que ocorreram no ano passado. Simplesmente impõem o que querem, como aconteceu com os médicos cubanos (médicos e mais médicos nas ruas, fazendo manifestações contra, totalmente em vão). Coisas menores, como a questão das lâmpadas e tomadas sequer recebem espaço para questionamento, em meio a tantos escândalos muito maiores, como o mensalão, por exemplo. Aos poucos vão impondo o que querem e a população é obrigada a engolir à seco. Enquanto isso os governantes riem à toa percebendo que conseguiram o que pretendiam: têm o país na palma de suas mãos!

Enfim, preciso dizer que estou "p" da vida e sentindo-me numa terra de tiranos?!? Medo deste ano de copa/eleições... Medo do futuro deste país... Medo do governo me colocar em uma bolha e definir o ar que respiro!

Nesta foto dá pra ver os dois tipos de tomadas de três pinos: um mais largo que o outro e o maldito adaptador (de NOVE reais) que fui obrigada a comprar. Reparem que são duas entradas, uma mais larga do que a outra.

Cocaína. Ops! São lâmpadas incandescentes... Daqui a uns dias a droga será liberada e uma mísera lâmpada precisará ser adquirida no mercado negro. Faz algum sentido?


domingo, 26 de janeiro de 2014

Hambúrguer vegano em Belo Horizonte

Ontem passei da hora do almoço e resolvi comer em um lugar inédito às 16:00, supondo que não encontraria mais almoço em outro lugar e também porque tinha que ser um almoço rápido (e perto de onde estava) pois tinha mil coisas para resolver ainda...

Morei por quase dois anos a duas quadras desta hamburgueria: Eddie Burger e nunca tinha sequer adentrado. Agora que moro a uns 40km dela decidi conhecê-la. Adorei!!!

Tive a grata surpresa ao constatar que todos os sanduíches da casa podem sair na versão vegana, com hambúrguer de soja e sem queijo. Têm molho texmex (tomate, cebola e pimentão picante), molho de ervas, e guacamole como opções, por exemlplo...

Como eu como peixe, optei por um hambúrguer de salmão defumado e achei delicioso! Qualquer dia desses eu volto lá pra provar o hambúrguer de soja!

Fica a dica!!!

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Metas: terceira semana de 2014

Acabei de escrever um post descrevendo um pouco da bagunça que está minha vida...

Além dos aspectos físicos e mentais, a alimentação está um caos! Agora moro em um lugar com uma linda vista, mas que tem o seu supermercado mais próximo a 15km de distância e a 30km da maioria dos serviços (em Belo Horizonte). Tirando quando passei uma temporada no Kushi Institute, nos EUA, que fica no meio do mato, esta é a primeira vez que moro em lugar onde é preciso dirigir um carro para obter qualquer tipo de serviço. Novas adaptações estão por vir!!! No condomínio onde moro tem até um mini shopping com uma padaria, mas não vende nada do que costumo comprar em casa... Além disso tem uma pizzaria e uns restaurantes, que pelo pouco movimento abrem em dias e horários limitados e específicos.

Vista do meu novo lar: não dá pra reclamar das distâncias tendo um motivo desses para beijar o padeiro diariamente, né? Foto por Camila Lisboa

Ainda não estou podendo cozinhar, porque lá é gás natural, então preciso aguardar a assistência técnica para fazer a conversão da instalação do gás. Tenho sonhado com uma panela de arroz integral cateto apitando em cima do fogão...

Dieta e ingestão de bebidas alcoólicas: Domingo, depois de um dia inteiro carregando caixas e fazendo faxina, sem ter almoçado, fui salva pela pizzaria do condomínio (única coisa aberta às 21:00) e não resisti a uma tacinha de vinho para acompanhar, relaxar e esquentar o corpo, depois de ter passado horas mexendo com agua gelada, em um apartamento de piso frio. Aqui é verão, mas na minha nova moradia (Nova Lima), a temperatura costuma ser seis graus mais frio do que em Belo Horizonte, então já está mais frio do que qualquer dia de inverno em Salvador... Em casa, tenho usado calça de moletom, camisa de manga comprida e meia, com todas as janelas fechadas!! Deixando o frio de lado e voltando à dieta, esta semana, com a bagunça dos horários, pulei o almoço alguns dias e, estando em lugares nada familiares, o máximo que pude encontrar para matar a fome foi o bendito pão de queijo... Tá difícil cumprir esta meta, hein?? Já sabia disso quando fiz a minha lista, afinal, se fosse fácil não ia chamar de meta!!

Comer menos: definitivamente está dando certo. Para falar a verdade, mal tenho tido tempo e comer e consequentemente o exagero sequer está sendo um risco.

Atividade física: Nadaaaaa!!! Só faxina e arrumações mesmo... Para mim é difícil criar esse hábito e ter uma rotina é imprescindível para estipular horários certos e me estimular. A notícia boa é que agora tenho uma piscina com raia de 25m, coberta e aquecida no prédio. A parte ruim é que mesmo com aquecimento a água é mais fria do que a água da piscina descoberta, à temperatura natural, que costumava nadar lá em Salvador. Além disso, terei que ser ainda mais disciplinada, pois não terei mais um treinador e uma turma para me estimular... Um amigo emprestou um livro muito bom que está me ajudando bastante a planejar meus treinos solo: agora falta colocar em prática.

Sono: Este item está ótimo!! Tenho dormindo antes da meia noite tranquilamente... Sem internet em casa, tenho lido em todas as minhas horas extras e estou longe do inimigo número um da minha meta de dormir cedo: a internet!


É isso aí, vou ficando por aqui, pois tenho uma lista enorme de pendências para resolver e como está na hora do almoço, vou tentar fazer uma refeição de verdade, saborosa e colorida!! =)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Dicas para fugir do IOF em viagens internacionais

Queridos leitores,

Peço desculpas pela ausência de postagens nos últimos dias. Estou em plena mudança, com acesso limitado à internet (somente pelo celular) e principalmente super ocupada.

Espero em breve voltar a ter um acesso rápido à internet para colocar minha vida virtual em dia...


O site Melhores Destinos acabou de publicar uma matéria com algumas dicas interessantes para fugir do IOF em viagens internacionais... Falei sobre isso no final do ano passado e por isso achei pertinente compartilhar o link.

Alguém já usou algum dos métodos sugeridos? Gostaria de saber opiniões...

Vou ficando por aqui desejando uma ótima semana a todos! :)

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Metas: segunda semana de 2014

Imagem retirada do Google Imagens

Olá pessoal!! Semana passada escrevi sobre como estava sendo o cumprimento das minhas metas este ano... Hoje vou dar prosseguimento a este tópico.

Alguns dias têm sido bastante corridos e nem tenho conseguido acessar a internet. Continuo totalmente sem rotina, mas essa semana foi um pouco melhor, pois consegui deslocar-me para o centro da cidade duas vezes para almoçar em meu restaurante favorito de BH (vegano/macrô): o Fonte de Minas. Suuuuper recomendo! Para completar, domingo almocei em um restaurante vegetariano que adoro também (apesar da comida ser bem mais condimentada do que a do Fonte), chama-se San Ro e tem um buffet super variado! 


Fotos dos almoços de sábado e terça no Restaurante Fonte de Minas, huuummmmm!

Já antecipei um pouco a parte da dieta, mas vamos às metas!

Dieta: Na quinta-feira da semana passada, uma amiga marcou de encontrar... Adivinha aonde?? Em uma pizzaria!!! Pé na jaca duplo: queijo e chope. No dia seguinte tomei uma decisão: estava na hora de radicalizar, pois em BH, o risco da exceção virar regra é grande. Não sei se já comentei isso aqui antes, mas esta terra é CRUEL com os vegetarianos e até para quem come peixes e frutos do mar, como eu, não é nada fácil. Vegano então, sofre mais ainda!!. Resolvi aceitar o desafio e digo: não está sendo fácil, pois estou fazendo as minhas refeições todas fora de casa e estou quase vegana (desde o dia 7, por exemplo, só comi peixe uma vez). Encontrar uma opção que não contenha carne, frango, porco, queijo, leite ou manteiga é muito difícil!!! Mesmo assim, desde sexta, não como laticínios ou bebo qualquer tipo de bebida alcoólica (coisa difícil no lugar onde a vida social gira em torno de botecos, onde quase não se encontram sucos nos cardápios - água de coco jamais - e para uma pessoa que não bebe refrigerante: praticamente só sobra água!). Quais lugares salvaram-me esses dias? O quibe vegetariano do Empório Villa Árabe; o sanduíche vegetariano da Subway (sem queijo ou molho); o macarrão ao molho de tomate e manjericão da Pizzarela; comida japonesa do Mochi, o San Ro e o Fonte de Minas. Anteontem levei uma amiga baiana em uma risoteria que ela conhecia e gostava e o maitre gentilmente criou um prato para mim, já que todas as opções do cardápio não me atendiam. Em compensação a casa oferece umas misturas de sucos, feitos na hora, deliciosos... 

Tornamo-nos chatos, perante outras pessoas, quando decidimos fazer algum tipo de dieta restritiva (principalmente quando estamos acompanhados de gente crítica) e é preciso ter muita personalidade para sermos simpáticos e ao mesmo tempo firmes. Estas situações estão sendo um reaprendizado para mim. Estou revivendo as mesmas situações que passei quando decidi radicalizar com a não ingestão de açúcar, pelo mesmo motivo: a exceção se tornando regra. Percebi que metade das vezes que comia queijo era por pura preguiça de ter trabalho em procurar algo diferente e pela comodidade de ter esta possibilidade na vida social. Com o açúcar, no começo, as pessoas não entendiam, tachavam-me de maluca, radical, etc... Mas funcionou e evitá-lo virou um hábito instintivo. Será que vou conseguir o mesmo com os laticínios, em especial o queijo? 

Atividade física: Caminhar 4, 6 ou até 9 horas/dia, sem parar, orçando coisas pela rua, vale?

Sono: Epa!! Já estou quase virando abóbora, preciso terminar logo esse post! Na última semana, dormi após 00:00 dois dias.

Bebidas alcoólicas: Já comentei lá em cima... Tomei dois chopes na quinta e depois disso mais nada!

Comer menos: Esta semana não enfiei o pé na jaca em relação à quantidades nenhuma vez... Será que tem a ver com a adoção de dieta mais restrita?

Efeito pipoca de telefones celulares


Em maio de 2012 fiz um texto falando sobre o Pop Phone e comentando uma experiência pessoal que tive decorrente do uso abusivo de telefone celular. Agora, acabei de receber este vídeo e fiquei chocada! 

Desde outubro de 2012 rendi-me à onda dos smartphones e confesso que tenho usado muito! Fico perguntando-me se estas radiações poderosas são somente (ou piores) quando são feitas ligações ou também durante o uso de internet, já que hoje em dia utiliza-se muito mais a comunicação via texto (Whatsapp) do que através de chamadas...


Pior é que a tendência é que os celulares, juntamente com a internet venham a substituir completamente o uso do telefone fixo. Mais um motivo para caprichar nos cuidados com a saúde: para tentar amenizar os efeitos nocivos de tanta radiação que recebemos constantemente, seja dos celulares, das redes de wifi ou do uso excessivo de computadores...

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

"No Brasil, o sucesso é um insulto pessoal" Tom Jobim

Imagem retirada do Google Imagens

Acabei de ler este texto no Blog de Rodrigo Constantino e na falta de ter com quem comentar (acabei de escrever sobre isso) e achar muito efêmeros os tão populares compartilhamentos no Facebook, resolvi escrever um post (conversar comigo mesma)...

Claro que fico indignada com este tipo de situação. No fim do ano passado escrevi sobre a alta cobrança de IOF (agora também nos cartões de débito) para compras realizadas no exterior. O artigo publicado demonstra o cúmulo da invasão de privacidade e tentativa de roubo do livre arbítrio financeiro do brasileiro.

Viver neste país é uma aventura para corajosos e loucos. Vivo repetindo isso aqui no blog: o brasileiro paga impostos que seriam capazes de oferecer serviços de primeiro mundo a ele e no entanto a recebe serviços de quinta categoria. Por conta disso, é obrigado a pagar tudo duplamente: escola, saúde, aposentadoria e inúmeros seguros, para ter a garantia de uma educação e assistência minimamente decente. Quando necessita recorrer à justiça (cujos salários dos servidores são pagos por ele), a menos que a causa justifique o altíssimo investimento da contratação de escritórios de advocacia de ponta (o que mesmo assim não garante velocidade ou resolução dos problemas) corre o risco de nadar e morrer na praia, cansado e desgastado de brigar apenas para receber o que lhe é devido. E quando resolve ser empresário, começa sabendo que vai gerar empregos para os seus piores inimigos: a classe trabalhadora que enxerga o emprego como uma oportunidade de obter uma renda extra futura com causas trabalhistas e ainda recebe total respaldo da justiça para continuar agindo desta maneira. Não é de admirar tanta gente inteligente e competente que opta por concursos públicos: empresariar no Brasil é uma aventura pior que escalar o Everest. 

Como se fosse pouco, tudo neste país é absurdamente caro: carro, imóvel, livro, roupa, transporte, combustível, acomodação, alimentação e lazer em geral... Os valores que vemos por aí são (sempre foram) completamente incompatíveis com a renda média brasileira, principalmente tomando por base o salário mínimo. Não é a toa que muita gente tenha vontade de "investir" o seu suado (para uns, infelizmente não para todos) dinheiro bem longe daqui: seja com educação, programas culturais ou adquirindo objetos de uso pessoal, já que mesmo convertendo para moedas muito mais caras que o real, como o dólar, o euro e até a libra, diversas coisas ainda saem mais baratas do que aqui no Brasil e mesmo que sejam mais caras, acredito que a escolha daquilo com o que se deseja consumir é algo absolutamente pessoal. Acho um absurdo a tentativa de vedar o livre arbítrio do consumo de uma pessoa, principalmente quando o seu salário foi adquirido de forma honest e o produto comprado é legal, por isso achei as considerações da matéria excelentes!

Neste artigo vejo a prova de uma frase do Tom Jobim: "No Brasil, o sucesso é um insulto pessoal". Provavelmente, a pessoa que vasculhou a mala da empresária sentiu extremo incômodo ao ver uma pessoa bem vestida e portando itens de grife, completamente fora de seu alcance. Aliás, estes servidores públicos de alfândegas devem se corroer de inveja ao verem diariamente centenas de pessoas na mesma situação... O que fazem? Abusam da autoridade para dar vazão à inveja inoculada. Agora pergunto: essas pessoas têm o direito de sentir inveja se elas escolheram os seus trabalhos e inclusive alcançaram o posto mais sonhado pela maioria dos brasileiros: a estabilidade através de um concurso público? Não têm! O problema é que entre o discurso das pessoas, o sentimento e a prática existe um abismo e quando uma pessoa se vê em um cargo tão estável que chega a ser tedioso e estagnante, acaba morrendo de inveja de quem tem a possibilidade de crescimento pessoal e financeiro através do trabalho, mas como as suas ideologias não permitem assumir isso, afinal "o capitalismo é o satanás da sociedade moderna" elas acabam expressando este sentimento de inveja das maneiras mais mesquinhas.

Por ter crescido em um ambiente educacional de modelo norte-americano, fui educada para acreditar que o ser humano através de sua criatividade e educação é capaz de empreender, inovar e criar sozinho o seu trabalho e seu sustento, sem necessariamente depender de um emprego para isso. E mesmo que tenha um emprego, que este seja "instável" dando possibilidades tanto ao crescimento, quanto à demissão, o que encoraja o desenvolvimento contínuo. Ao mudar para uma escola brasileira, o meu primeiro choque foi perceber que toda o sistema de ensino era voltado apenas para preparar o aluno para a prova do vestibular (hoje o ENEM). Já na faculdade, constantemente os conteúdos são voltados à forma como são cobrados nos concursos públicos. Recentemente questionei uma professora sobre isso, perdendo tempo precioso de sala de aula ensinando macetes e ela respondeu que era porque todo mundo (eu também? não estava sabendo...) quando saísse da faculdade iria fazer um concurso (simples assim: uma afirmação). Pensava que era uma realidade apenas de pessoas que graduavam na área jurídica, mas neste dia me dei conta de que é um desejo generalizado, independente da área: o objetivo mor das pessoas é prestar um concurso público, pouco interessa a função, apenas a estabilidade a ser alcançada. Triste realidade! 

Não duvido da possibilidade de alguém fazer um concurso por achar que tem vocação para determinado cargo e isso se comprova com o fato de existirem funcionários públicos competentes e dedicados... O problema é que esse segmento corresponde à uma minoria e mesmo essas pessoas correm o risco de cair na acomodação depois de muitos anos no mesmo cargo. Toda vez que converso com indivíduos concursados fico impressionada como seus trabalhos são sinônimo de vida mansa, com cargas horárias reduzidas, inúmeros benefícios e ninguém comenta sobre o que verdadeiramente é feito em seus trabalhos, somente sobre a grande qualidade de vida que passaram a ter depois que viraram funcionários públicos. A primeira coisa que não consigo entender é como um trabalho pode se basear em um relógio de ponto: na minha experiência e concepção, um trabalho verdadeiramente inspirado não tem hora marcada nem para começar e nem para terminar e alguém que consegue interromper suas atividades rigorosamente em um horário fixo, para mim, está muito mais comprometido com o relógio do que com a função desempenhada. Enfim, este é o futuro de um país que substituiu a noção da realização de uma vocação pelo sonho raso de estabilidade...

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A mania do brasileiro de se colocar como vítima, coitadinho...

Imagem retirada do Google Imagens

Acabei de rever este vídeo, que publiquei e comentei em um texto em dezembro de 2011 e não resisti em fazer um novo comentário sobre ele. O motivo é simples, concluí que devia estar num espírito muito "Beijo no Padeiro" quando assisti ao vídeo, há dois anos atrás e ingenuamente não notei a malícia oculta no pequeno filminho...

No vídeo, eles colocam o cenário como sendo uma cidade, cuja silhueta lembra Nova Iorque, utilizam marcas que fazem lembrar marcas americanas e a estampa da pessoa que oferece a bebida ao gato possui a bandeira americana. 

A primeira vez que vi o vídeo, interpretei como uma crítica às pessoas que têm preguiça de pensar, estudar, correr atrás e preferem seguir as massas e não me ative aos detalhes citados acima. Afinal, o gatinho não move uma palha para conseguir o que quer, apenas espera que alguém o alimente. Este tipo de comportamento é muito comum na sociedade moderna e produz resultados desastrosos.

No entanto, ao rever o filme hoje, tive a sensação que a intenção de quem o produziu foi muito mais de colocar o gatinho no papel de coitado, vítima da mídia e de culpar um "monstro capitalista" chamado Estados Unidos, do que a interpretação que fiz em 2011. Francamente, se ele se tornou viciado em refrigerante a culpa é somente dele: preguiçoso e indolente, que ao invés de correr atrás de sua comida, ficou esperando algo pronto ou que aceitou algo diferente sem questionar do que se tratava. Sugerir a culpa a um sistema ou país é no mínimo distorcer os fatos...

Detesto esta mania de vitimização tão presente na sociedade. Neste texto (e neste outro também) falo sobre a interferência da mídia nas escolhas das pessoas e acho péssimo esse hábito do brasileiro de se colocar como coitadinho, vítima do sistema, quando ele possui livre arbítrio e vive em um país democrático que lhe oferece inúmeras opções de escolha do que consumir, desde objetos à informação. A globalização é um fato e cada vez mais os costumes de outras culturas atravessam oceanos, pois não há barreira física no mundo virtual, então, que tal procurar absorver os lados positivos disso ao invés de querer achar um bode expiatório para a própria preguiça de pensar/estudar?

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Mudar ou retomar hábitos da infância?

A difícil e deliciosa prática da leitura: o dilema do leitor solitário

Foto por Camila Lisboa

Nos últimos dias tenho estado numa condição invejavelmente boa: de férias e com bastante tempo para ler! Além disso, tenho passado a maior parte do meu tempo sozinha o que me dá uma oportunidade ímpar: estar comigo mesma.

Nestas horas, ler pode ser difícil. A dificuldade vem do fato de ser uma prática solitária - com exceção dos tempos de escola, quando liamos em sala de aula, em voz alta e tínhamos a rica oportunidade de discutir com a turma e o professor as entrelinhas. O comentário posterior à leitura é interessante, entretanto, nunca tem a força da experiência que ocorre no ato da leitura.  

Não sei se isso acontece com outras pessoas, mas determinadas leituras dão-me uma vontade DESESPERADA de conversar com alguém (ou será comigo mesma?) e na falta desta pessoa, converso com o livro, rabiscando os contornos das páginas... Aí fico em um embate: continuo lendo (pois a leitura está maravilhosa) ou pauso para refletir mais longamente sobre os conteúdos recém-absorvidos?

Em minha experiência pessoal, estas pausas reflexivas não me levam a lugar algum. Preciso fazer o que estou fazendo neste exato momento: refletir e escrever ao mesmo tempo! Você pensa que eu já sabia o que ia escrever quando abri mais uma tela em branco no Word®? Claro que não. A única coisa que sabia, era que estava no meu limite da leitura e precisava colocar algo para fora... Daí, tive vontade de começar escrevendo sobre o dilema do leitor solitário.

É como um copo que enche. Se você não para e bebe o conteúdo e continua derramando líquido nele, ele transborda. Quando leio, acontece a mesma coisa. Preciso digerir, para assimilar e algumas vezes até vomitar, antes de prosseguir com a leitura. Aí, a leitura se torna ainda mais lenta e aquele livro de 600 páginas passa a ter pelo menos 1200.

Por este motivo, acredito que os romances costumam ser a leitura predileta da maioria das pessoas. Funcionam como novelas, onde o leitor acompanha o enredo sem precisar parar para refletir sobre ele. O que eles fazem é dar mais vontade de ler, para saciar a curiosidade e descobrir logo o que vem depois. São livros que estimulam uma velocidade acelerada da leitura, enquanto existem outros (bem menos populares) que praticamente imploram por pausas para assimilação.

É muito comum ouvir pessoas dizendo: “Não gosto de livros de autoajuda” e nunca consegui compreender esta afirmação. Parece-me um preconceito não fundamentado de pessoas que provavelmente desconhecem um bom livro de autoajuda. E o que esta pessoa deve ler? Notícias? Romances? Entendo que possa haver algum tipo de identificação entre o leitor e estes conteúdos e por isso mesmo são tão populares, mas para mim é como escolher assistir à vida ao invés de vivenciá-la.

Eu penso justamente o contrário: eu AMO livros de autoajuda. Claro, que para tudo existem critérios e obviamente existem diversos tipos de autoajuda, assim como diversos tipos de romances. Ano passado, senti-me bastante esquisita por ter lido três livros, que absolutamente fogem ao meu tipo de leitura. Acho que a última vez que tinha lido algo meramente por lazer foram os três primeiros Harry Potters, em 2001/2002. Eis que em 2013 rendi-me aos romances de Marian Keyes: Melancia, Sushi e Férias, que confesso serem bem escritos, cativantes, leves e divertidos, excelentes para descontrair. Aconteceu assim: fui passar uma semana “de férias”, no sertão nordestino, em pleno mês de janeiro - a única coisa que você quer é ficar o maior tempo possível em um quarto com ar-condicionado devido ao calor sufocante lá fora, que no meu caso, tinha péssima conexão à internet. O mais próximo de uma livraria que encontrei foi uma Lojas Americanas, onde comprei os três livros, que foram a salvação do meu tédio no quarto solitário, durante aquela semana. Televisão NUNCA é uma opção para mim em termos de passatempo, não por rebeldia e sim por simplesmente não conseguir ficar mais de cinco minutos olhando para uma tela sem sentir uma ansiedade incrível, então, sendo bem sincera ela é como Mc Donalds: não lembro que existe TV quando estou ociosa e nem que existe Mc Donalds (mesmo que seja ao lado de minha casa) quando estou com fome. Acontece que a semana terminou e continuei lendo os livros, pois me cativaram e dar prosseguimento a estas leituras trouxe-me uma sensação de estar “perdendo” tempo precioso de leitura, que podia estar sendo dedicado a algum tema mais útil... Enfim, a verdade que pude comprovar, após este resgate a um tipo de literatura pueril no ano passado, é que os romances realmente têm um forte apelo, pois permitem a fuga e a diversão: nada mais são do que novelas por escrito.

Da mesma forma que não assisto a novelas, ler romances está longe de se tornar um hábito. Gosto de leituras que me cutucam, que despertam a minha curiosidade, que me tornam mais indagadora... Gosto de histórias verídicas para entender a mente humana e, portanto as biografias também são escolhas frequentes. Infelizmente, no entanto, sobram pessoas aptas a discutir novelas e faltam as que estejam dispostas a discutir temas profundos, existenciais e filosóficos – principalmente longe do uso de qualquer substância entorpecente. Não consigo compreender, aliás, como alguém pode achar mais interessante vivenciar experiências profundas que refletem a própria essência, longe da sobriedade.

Sempre vi muitas pessoas associarem arte e música ao uso da maconha, por exemplo, e simplesmente não consigo entender. Porque iria querer escutar Pink Floyd “doidona” ou visitar o Inhotim “fumada”? Dizem que é para aumentar a sensibilidade, para mim, qualquer coisa que tire a minha sobriedade diminui minha capacidade de transgressão pautada no mundo real X eu mesma. Ou talvez seja extra sensível por natureza... Não sei, afinal, observamos o mundo através de nossas experiências individuais e o máximo que podemos fazer para compreender o próximo (mesmo quando pareça incompreensível) é ter compaixão. Acho que a maior diferença entre um bom papo filosófico à base de um entorpecente e sóbrio é que no primeiro a filosofia é baseada em devaneios e no segundo os devaneios são baseados em fatos objetivos.


Enfim, não gosto de rotular grupos e apenas citei “os maconheiros”, pois de fato, dentre os “grupos” que já convivi são os que mais frequentemente estão abertos a conversar sobre temas que vão além das manchetes de jornal e novelas da Globo. E claro, escrevi tudo isso com um único objetivo: explicar porque considero a prática da leitura deliciosa e difícil ao mesmo tempo e a solução que encontrei na falta de ter com quem conversar: escrever! Agora que estou mais leve vou retornar à minha leitura!! =)

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

30 alimentos ricos em antioxidantes


Andei refletindo sobre o último post e acho que cometi uma injustiça comparando uma fruta seca a temperos, pois é impossível consumi-los na mesma dose. Assim, resolvi fazer uma nova lista incluindo alimentos que podem ser consumidos em doses maiores, ricos em antioxidantes. Desta vez o Goji Berry ficou ranqueado no número 23 da lista. Vale ressaltar que somente incluí produtos que podem ser encontrados com facilidade no mercado brasileiro, excluindo as blueberries, blackberries e outras do gênero. Minha tristeza maior foi não encontrar a pipoca na lista, pois já li artigos dizendo que é rica em antioxidantes, entretanto, não consta na lista ORAC. =( Já os enólogos de plantão vão ficar super felizes ao verem o vinho tinto ranqueado no número 18...!

É muita opção, hein?? Utilizei a mesma fonte: tabela da ORAC.

  1.  Açaí: 102,700 μ mol TE/100g
  2.  Cacau em pó: 55,653 μ mol TE/100g
  3. Framboesa: 19,220 μ mol TE/100g
  4. Noz Pecan: 17,940 μ mol TE/100g
  5. Amora negra: 19,220 μ mol TE/100g
  6. Noz: 13,541 μ mol TE/100g
  7. Uva passa clara: 10,450 μ mol TE/100g
  8. Alcachofra (cozida): 9,416 μ mol TE/100g
  9. Ameixa seca: 8,059 μ mol TE/100g
  10. Pistache: 7,675 μ mol TE/100g
  11. Ameixa fresca: 6,100 μ mol TE/100g
  12. Romã: 4,479 μ mol TE/100g
  13. Amêndoa: 4,454 μ mol TE/100g
  14. Morangos: 4,302 μ mol TE/100g
  15. Maçã vermelha com casca: 4,275 μ mol TE/100g
  16. Tâmara seca: 3,895 μ mol TE/100g
  17. Cereja: 3,747 μ mol TE/100g
  18. Vinho tinto: 3,607 μ mol TE/100g
  19. Manteiga de amendoim: 3,432 μ mol TE/100g
  20. Uva-passa preta: 3,406 μ mol TE/100g
  21. Groselha fresca: 3,387 μ mol TE/100g
  22. Figo fresco: 3,383 μ mol TE/100g
  23.   Goji Berry: 3,290 μ mol TE/100g
  24. Amendoim: 3,166 μ mol TE/100g
  25. Repolho roxo cozido: 3,145μ mol TE/100g
  26. Alface: 2,426 μ mol TE/100g
  27. Feijão preto cozido: 2,249 μ mol TE/100g
  28. Pêra: 2,201μ mol TE/100g
  29. Brócolis cozido: 2,160 μ mol TE/100g
  30. Batata-doce cozida com casca: 2,115 μ mol TE/100g

TOP 15 alimentos ricos em antioxidantes pela lista ORAC

Imagem retirada do Google Imagens

Esses dias escreveram-me para perguntar o que eu achava do Goji Berry. Como muitas modas alimentares frequentes, esta frutinha atualmente é uma das queridinhas entre os Alimentos Funcionais, sendo o motivo principal o fato de ser rica em antioxidantes.

Existe uma lista, criada pelo USDA (United States Departmente of Agriculture - Departamento Americano de Agricultura), chamada ORAC (Oxygen Radical Absorbance Capacity - Cabacidade de Absorção de Radicais Livres), que lista os alimentos com maior potencial antioxidante. Nesta lista, o Goji Berry, também conhecido como wolfberry, aparece com um teor de 3,290 μ mol TE/100g.

O que isso quer dizer? Para ilustrar melhor este valor, p
reparei uma listinha com 15 alimentos ricos em antioxidantes (o penúltimo da lista tem mais do que 10x o valor de antioxidantes que o Goji Berry), além de serem mais conhecidos e acessíveis, só para mostrar que é totalmente desnecessário pagar tão caro por produtos importados, para aderir a modismos. Como já falei outras vezes, nossa dieta deve ser o mais sustentável possível, ou seja, rica em alimentos de cultivo local, integrais e o mais frescos e orgânicos possíveis.

Além disso, a necessidade e importância dos alimentos antioxidades é diretamente proporcional à ingestão de alimentos, preparos e de um estilo que vida (estresse) que favoreça à formação de radicais livres. Ou seja, mais importante do que "curar" a oxidação é evitar que ela aconteça... A velha história da prevenção x remédio, que já falei tantas vezes aqui no blog.
1.      Cravo: 312,400 μ mol TE/100g
2.      Sorgo: 240,000 μ mol TE/100g
3.      Orégano: 175,295 μ mol TE/100g
4.      Alecrim: 165,280 μ mol TE/100g
5.      Tomilho: 157,380 μ mol TE/100g
6.      Canela: 131,420 μ mol TE/100g
7.      Cúrcuma: 127,068 μ mol TE/100g
8.      Baunilha (grãos): 122,400 μ mol TE/100g
9.      Sálvia: 119,929 μ mol TE/100g
10.  Açaí: 102,700 μ mol TE/100g
11.  Salsa: 73,670 μ mol TE/100g
12.  Noz moscada: 69,640 μ mol TE/100g
13.  Manjericão: 61,063 μ mol TE/100g
14.  Cacau: 55,653 μ mol TE/100g
15.  Gengibre: 39,041 μ mol TE/100g
16.  Goji Berry: 3,290 μ mol TE/100g

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