segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O arroz e a evolução

Semana passada escrevi sobre o arroz e Paula Savino, que já colaborou muito por aqui, fez um comentário digno de publicação. Espero que sirva de inspiração para que mais pessoas façam essa simples, porém muito efetiva, modificação na dieta: substituir o arroz branco pelo arroz integral. Já publiquei uma receita deliciosa aqui para quem não está familiarizado com o preparo do grão e recomendo o uso do arroz cateto, por ser mais rico e principalmente, saboroso. A estorinha neste link é só para divertir vocês e compartilhar um pouco mais da minha relação com este grão mágico. Divirtam-se!!!

Imagem retirada do Google Imagens


"No calendário evolucionário, a Terra entrou na Estação do Outono Galáctico. Há 50 milhões de anos atrás, durante o Verão Galáctico, macacos, chipanzés e outras espécies avançadas se alimentaram de frutas, nozes e sementes como alimento principal. Anteriormente, durante a Primavera Galáctica, os dinossauros dominaram o ambiente e subsistiram do consumo de samambaias, musgos e outras vegetações primárias.

Em termos de yin e yang, o arroz é o mais balanceado de todos os grãos. Isto é refletido na sua forma, cor e textura e no seu equilíbrio natural de minerais, proteínas e carboidratos incidindo no meio do espectro dos sete grãos principais. Esta é uma das razões porque o arroz integral é o grão mais adequado para o nosso consumo diário.

O trigo, a cevada, a aveia e outros grãos são divididos no meio por uma pequena reentrância em suas sementes. O arroz não possui esta linha e é biologicamente o grão mais desenvolvido. Desde que somos a espécie mais desenvolvida biologicamente do reino animal, devemos nos alimentar principalmente de nossa contraparte do reino vegetal.

O arroz acalma particularmente o cérebro e o sistema nervoso que são os órgãos mais desenvolvidos de nossa espécie e mantém nosso nível de açúcar do sangue estável. A fibra contida no arroz integral mantém nosso sistema digestivo e artérias em boa ordem.

O arroz hoje é cultivado em cada continente e pode ser considerado como um produto universal básico da humanidade. Na maioria do estilo de alimentação vegetariana os cereais e os feijões são o pivô sobre o qual a alimentação integral se baseia. Dietas baseadas em grãos são vigorosas e centradas. Os grãos são o nosso pão de cada dia, o fruto da terra, o presente dos deuses.

SEJAMOS AGRADECIDOS PELA SUA EXISTÊNCIA." Paula Savino

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O "arroz" nosso de cada dia nos dai hoje...

Pediram-me que falasse um pouco sobre a minha alimentação na infância, em especial de algum alimento que tivesse marcado muito esse período de minha vida. Achei a proposta interessante, por isso resolvi compartilhar aqui no blog...!


Bem, se tivesse que escolher um único alimento que tenha marcado a minha infância não conseguiria pensar em outro que não fosse o arroz integral. Acredito que outras pessoas que tiveram uma infância macrobiótica possam relatar o mesmo. Ele sempre esteve presente em meu cotidiano (e ainda está): na saúde, na doença, na riqueza, na pobreza... Tenho literalmente um casamento com esse ingrediente e não consigo imaginar uma rotina alimentar sem ele.

Acho que todo indivíduo se casa com determinados alimentos na infância e considero-me uma pessoa afortunada, pois no meu caso, ele se deu com um ingrediente hiper saudável. Digo isso, pois as referências de infância são fortíssimas ao longo da vida e quando são ruins, acaba sendo muito difícil se desvencilhar, quando necessário. A maioria das pessoas que conheço casaram-se desde cedo com o Nescau e o pão francês com manteiga, comidas mais relacionadas à traumas do que a prazer em minha infância. Já comentei aqui antes, são poucos os alimentos que não tolero sob hipótese alguma, manteiga é um deles. Desde pequena, nunca suportei sequer o cheiro e o aspecto. Já o achocolatado, me lembra certa vez que tomei um "Toddynho" escondido e fui parar no hospital, pois era alérgica a chocolate!

Meu café da manhã sempre foi mingau e não podia ser de aveia, pois também era alérgica a este ingrediente. Logo, frequentemente era de arroz integral. Além disso, meu conceito de mingau é completamente diferente do padrão convencional. Leite e açúcar são dois ingredientes que JAMAIS existiram na despensa da casa dos meus pais (e nem na minha). Logo, mingau para mim é um creme à base de água, levemente salgado. Já era adolescente quando provei um "mingau tradicional", nem lembro do que era, somente do gosto açucarado e leitoso, absolutamente estranhos ao meu paladar. Preciso dizer que detestei?

Como esquecer do pratão de arroz e feijão na hora do almoço? Apetite nunca me faltou e fui educada desde criança a saber que criança que come açúcar fica sem fome, o que justificava meu apetite superior a todas as crianças do meu convívio. A diferença é que minha "camilança" sempre foi para refeições e não lanches, porcarias e guloseimas. Minha sorte, caso contrário certamente teria sido uma criança obesa!

Fui criada com a noção de que apetite era sinal de boa saúde e a teoria ficava ainda mais clara a cada vez que adoecia e perdia justamente o meu precioso apetite... Logo, sempre cultivei e venerei o apetite, sabendo que quando ele ocorre à mesa, se propaga para a vida (já até dediquei um post inteirinho ao tema!).

Um jantar clássico não podia deixar de ter arroz! Desta vez ele aparecia coberto de gersal, acompanhando uma sopinha de misso. E por falar nessa dupla, que mistura: arroz com gersal! Huuuuummmm, só de pensar em um arrozinho saindo da panela de pressão e do cheirinho do gergelim sendo pilado na cozinha, propagando por toda a casa, fico com água na boca!

Mas, como todo bom casamento, meu querido arroz sempre esteve presente também nos momentos de doença. Infelizmente, ou felizmente fui uma criança bastante enferma. Infelizmente, pois sofri com tantas alergias, asmas, broncopneumonias e consequentemente restrições alimentares. Felizmente, e esta noção só passei a ter com a maturidade, pois foi a doença que me fortaleceu. Carrego comigo a lembrança de uma frase famosa do professor Kikuchi: "Não existe saúde sem doença". Hoje, sou agradecida à minha cota de doenças na infância, que me fez valorizar tanto a saúde e fazer por merecê-la em abundância nas fases adolescente e adulta. 

E o arroz? Ah! Quando eu adoecia ele se apresentava na forma de um creme bem ralinho, coado (para tirar as fibras), sem sal e MUITO sem graça, chamado Arroz Kayu. Nem sabia o que era nutrição naquela época, mas já ouvia falar na tal "flora intestinal", que ficava mais delicada nos momentos de doença, sendo o Arroz Kayu o alimento ideal para recompô-la. Lembrar dele me remete às vezes que estive acamada, mas também ao seu mágico poder de recuperação. Uma questão de amor e ódio nestes momentos, mas acima de tudo: RESPEITO! 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mudando paradigmas na alimentação

Excelente entrevista do Chef, especializado em Gastronomia Vegana, Daniel Biron, ao jornal virtual da ANDA: Agencia Nacional de Direitos Animais.

Foto retirada da matéria publicada no site da ANDA

"Chef de tradicional restaurante francês mostra como a culinária vegana pode ser saborosa e sofisticada

Após trabalhar como designer dos 20 aos 32 anos, Daniel Biron, carioca e paulista de coração, decidiu jogar tudo para o alto e investir em sua grande paixão, a culinária. Com as mudanças de pensamentos e filosofias em sua vida, Daniel começou a questionar a função de seu trabalho e se aquilo realmente lhe dava prazer e alegria, mas foi só em 2008 que a largada para uma nova etapa foi iniciada.

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

Após trabalhar como designer dos 20 aos 32 anos, Daniel Biron, carioca e paulista de coração, decidiu jogar tudo para o alto e investir em sua grande paixão, a culinária. Com as mudanças de pensamentos e filosofias em sua vida, Daniel começou a questionar a função de seu trabalho e se aquilo realmente lhe dava prazer e alegria, mas foi só em 2008 que a largada para uma nova etapa foi iniciada.

Decidido a mudar de carreira, Biron começou um curso de administração de restaurante e logo em seguida resolveu investir na cozinha vegetariana. Certo de que precisava ir além para conquistar seus objetivos, mudou-se em 2012 para Nova Iorque, onde se formou como chef de cozinha na Natural Gourmet Institute (curso focado na culinária vegetariana, saudável e orgânica).

Hoje, responsável pela cozinha de um dos restaurantes mais famosos do mundo, localizado em Paris, Biron conversa com exclusividade com a repórter da ANDA, Natália Prieto, sobre sua missão no ativismo por meio da gastronomia, que é a de levar beleza e sabor à mesa das pessoas garantindo dignidade aos indivíduos de outras espécies”

ANDA – Qual é o maior desafio da culinária vegana?

Daniel - No subconsciente coletivo há uma associação da culinária vegana com a culinária natural e macrobiótica, embora comida vegana não seja necessariamente sinônimo de comida saudável. Este estigma contribui para o mito de que comida vegana é sem graça, ou apenas para quem segue uma alimentação saudável ou está de dieta. Essas ideias, e muitas outras, contribuem para o estereótipo do que é ‘ser vegetariano ou vegano’.

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

Os restaurantes vegetarianos no Brasil, com raras exceções, não inovam, não têm ambiente apropriado, não investem em serviço e rotulam-se com nome e “cara” de restaurantes vegetarianos. Sem julgamento de valor, respeito o conceito destes restaurantes, mas o público vegano é plural, com várias culturas, filosofias, tribos, religiões, profissões e necessidades sociais. Portanto, há uma demanda não atendida, e para nos aproximarmos de um público mais diverso seria bom livrar-nos destes rótulos.

É possível fazer uma culinária vegana requintada e gourmet se utilizarmos as ferramentas de marketing a nosso favor. Restaurantes são locais onde vivemos experiências e expressamos nossos hábitos. Não frequentamos apenas pela comida. A maneira como realizamos e apresentamos a culinária vegana influencia a percepção das pessoas. Mas sem aprofundar muito na questão filosófica, a comida tem que satisfazer e surpreender igualmente a vegetarianos e não vegetarianos. Sabor, ambiente e apresentação são elementos vitais nesta equação para que possamos incluir um grupo maior de pessoas. Precisamos quebrar estereótipos.

ANDA – Por que as pessoas ainda têm a visão de que veganos não comem bem ou possuem uma alimentação muito restrita?

Daniel - O que é comer bem? Comer de forma equilibrada segundo o modelo nutricional vigente promovido pelos governos; um cardápio avaliado por profissionais de saúde; a ideia propagada pela mídia e influenciada pela indústria; ou comer um pouco de tudo, mas sem exageros? Isso é muito relativo.

A visão de que não comemos bem é originada de hábitos culturais arraigados, ignorância e medo. Romper com as tradições alimentares assusta, incomoda e a resistência à mudança faz com que as pessoas ataquem o que desconhecem. O mito da proteína animal também tem forte influência.

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

A ideia de restrição e de privação está relacionada à cultura e religião. Algumas religiões “permitem” que seus seguidores consumam e sacrifiquem animais em função de suas visões antropocêntricas. Talvez para um asiático que coma macaco, cachorro e insetos, a alimentação ocidental em geral seja muito restrita, quando na realidade tudo depende da perspectiva cultural que encaramos.

Produtos resultantes da exploração e do sofrimento animal são amplamente comercializados e aceitos pela maioria das sociedades. Então, o raciocínio leva a concluir: se é “legal”, deve ser moral. A chancela do governo, da cultura e das religiões legitima o crime da matança dos animais e o transforma no crime perfeito. Os “consumidores” vêem no direito de escolha, um exercício de sua liberdade individual visto que animais e seus derivados são commodities, classificados simplesmente como produtos. Então, se é nosso direito, por que não o fazer? E se todos fazem, e não o fizermos, do que estaremos nos privando?

Os nossos sentidos são desde cedo condicionados a estes sabores, odores e texturas. A maior parte das pessoas prefere não saber o que existe por trás da indústria alimentícia e principalmente questionar seus hábitos antigos. Alguns preferem a alienação a abrir mão dos seus prazeres gustativos. Ouço isso constantemente e observo o que as pessoas comem. Anos atrás, quando consumia carne, minha alimentação era muito mais restrita do que hoje. Ao deixar de consumir produtos de origem animal veganos descobrem um novo e colorido universo de alimentos.

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

ANDA – É verdade que os pratos vegetarianos são mais caros?

Daniel - Depende. É claro que há ingredientes específicos que são mais caros, mas é possível seguir uma dieta vegetariana de maneira equivalente ou até mais em conta. Em casa, fazendo uso de frutas, legumes, verduras, cereais integrais, leguminosas, oleaginosas, cogumelos, orgânicos e sazonais podemos obter uma boa fonte nutricional com preços razoáveis e paladar atrativo.

Por outro lado, se utilizarmos produtos raros, importados, industrializados e refinados pagaremos mais caro.

Em restaurantes, de forma geral, pagamos pela concepção e elaboração do prato, pelos ingredientes, serviço, estrutura e conceito do local. Não vejo problema em elevar o preço de um prato quando ele é mais elaborado, mas não acho que os preços sejam mais altos em relação aos pratos equivalentes de proteína animal.

ANDA – Qual país pode ser considerado referência, mesmo que em partes, na culinária vegetariana?

Daniel - Por mais contraditório que possa parecer, em função de seu alto consumo de proteína animal, considero os Estados Unidos, mais especificamente Nova Iorque, como a maior referência da culinária vegetariana.

Nova Iorque é uma cidade extremamente multicultural, que oferece restaurantes veganos de diversas etnias como: tailandeses, chineses, japoneses, coreanos, vietnamitas, mexicanos, jamaicanos, franceses e norte-americanos. São Francisco e Portland (Oregon) também são referências. Fora dos Estados Unidos, Londres, Toronto e Berlin devem ser mencionados.

ANDA – Há muitos cursos sobre este tipo de culinária nos dias de hoje?

Daniel - Sim, mas a maioria fora do Brasil. Há profissionais que dão aula no Brasil, mas não são escolas especializadas como as que existem nos Estados Unidos e Inglaterra.

ANDA – Quais livros indica para iniciantes ou pessoas que desejam se aprofundar neste tema?

Daniel - Gosto muito do livro A Cozinha Vegetariana (Astrid Pfeiffer) pelo conteúdo, informação nutricional, beleza estética e praticidade.

Para quem quer se aprofundar recomendo os livros do restaurante Millennium de São Francisco, do Candle 79 em NY, Crazy Sexy Vegan, Great Chefs cook Vegan, The Conscious Cook, Eat Raw Eat Well, entre outros.

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

ANDA – Quais dicas pode passar sobre temperos utilizados na alimentação diária (básica) e que tornam as refeições mais saborosas?

Daniel - Experimente combinações diferentes. Visite lojas de especiarias e temperos e converse com os atendentes. Peça dicas. Compre pequenas quantidades de temperos secos, pois os mesmos, apesar de vida relativamente longa, também perdem seu aroma com o tempo.

Ao refogar o alho cuidado para não queimá-lo, pois seu gosto torna-se amargo.

Para adicionar ervas frescas às receitas opte por incluí-las no final do cozimento para aproveitar integralmente seu perfume e nutrientes, além de garantir beleza no elemento decorativo. Cuidado com o corte, pois algumas ervas ficam pretas rapidamente quando picadas.

Prefira baunilha em fava à essência. Apesar de mais cara, vale o investimento. O aroma é incrível.

ANDA – Crianças podem se sentir atraídas por esta culinária?

Daniel - Seguramente. Acredito que estética e sabor contribuem muito para aguçar o apetite das crianças. Talvez sejam necessárias algumas adaptações como diferentes texturas, métodos de cozimento e menos tempero. Uma alimentação saudável é totalmente ligada à educação dada pelos pais. Portanto se os pais seguem uma dieta vegana saudável é bem provável que as crianças façam o mesmo.

ANDA – Em sua opinião, quais ingredientes não podem faltar na hora de preparar um prato saboroso.

Daniel- Criatividade, harmonia e compaixão. Ser criativo é essencial. Experimentar novas receitas, combinar novos ingredientes, sabores, texturas, métodos diferentes de cozimento, novos cortes etc. A harmonia com a natureza propicia um sabor mais intenso ao utilizarmos o que a terra oferece como ingredientes frescos e orgânicos.

E é claro, ter compaixão e lutar pelos direitos animais. Não existe prazer maior do que saber que o que fazemos é ético, não gera o sofrimento e garante direitos morais básicos aos indivíduos não-humanos. O gosto é outro.

ANDA – Qual a melhor forma de difundir a culinária vegana?

Daniel - Acho que não existe melhor propaganda que uma comida linda, colorida, saborosa, livre de estereótipos e conceitos arcaicos.

Para difundir a mensagem do veganismo de maneira subliminar acho importante que haja um trabalho de inclusão de pratos veganos nos restaurantes convencionais. Havendo maior diversidade de pratos livres de ingredientes animais, abre-se oportunidade para que mais pessoas sejam atraídas para estes restaurantes. Uma maior oferta e distribuição de produtos veganos de qualidade também são importantes.

Sabor e ética podem e devem estar presentes em um belo prato vegano."

Foto retirada do perfil do chef no Facebook

Ficou com água na boca? Eu também!!! Já sigo o trabalho dele há um tempão, mas infelizmente ainda não tive a sorte de provar as suas lindas e sustentáveis criações!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Probióticos: Revista dos Vegetarianos Fev/2013


Acho que esqueci de comentar que esse mês tem matéria minha na Revista dos Vegetarianos. Muitas dicas para quem está precisando melhorar o funcionamento intestinal, principalmente para quem é intolerante à lactose ou vegano. O tema da vez são os famosos PROBIÓTICOS!!

P.S.: Antes que alguém ache que estou mal no português científico... O termo flora intestinal caiu em desuso, mas por algum motivo (acho que para ficar mais acessivo às pessoas que não são da área de saúde) os editores alteraram o termo microbiota endógena, usado no texto original por mim, para flora intestinal... O motivo da mudança? Parece que o termo flora intestinal remete mais à ideia de botânica do que da saúde humana.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Dica de Lanche Saudável

Acabei de fazer um lanche a cara de minha infância e lembrei que já pediram dicas de lanches saudáveis por aqui antes...

Barato, saboroso, refrescante e saudável...

Quer saber o que é?? Polpa de fruta!!!

Isso mesmo! Quando era pequena, minha mãe dava polpa de fruta para mim e para minha irmã, para compensar que a gente não podia chupar aqueles famosos "geladinhos" ou sacolé, como algumas pessoas chamam.

Claro que uma fruta fresca é bem mais saudável, mas as opções congeladas são boas para armazenar, sendo assim uma ótima carta na manga! A melhor coisa é que é super refrescante - ótima pedida para dias quentes!

Costumo lavar bem a embalagem e depois deixo um tempo de molho em água bem quente para dar uma derretidinha... Depois pego um guardanapo, faço um furinho e volto a ser criança!!

A minha favorita é de abacaxi e acabei de olhar o rótulo aqui, uma polpa de 100g deste sabor, tem apenas 50kcal e ainda 35mg de Vitamina C. Excelente, não é mesmo?!? Espero que gostem e aproveitem a dica! =)



10 alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Boa matéria da revista Crescer sobre alguns mitos da alimentação saudável... Acho que seria um pouco menos boazinha nas permissões de certos alimentos, mas já serve como alerta!!! Espero que gostem... Boa leitura!


Para ler a matéria completa e entender porque os alimentos na imagem são "falsos saudáveis" basta
clicar aqui!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Xô, Celulite! - Revista dos Vegetarianos Set/2012

Compartilho aqui a minha matéria sobre a Celulite, publicada na Revista dos Vegetarianos no mês de setembro de 2012, para quem não teve a oportunidade de ler... =)












segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Para lembrar e refletir...

Acabei de receber um e-mail com estas sábias palavras e achei pertinente compartilha-las. Beijos e bom carnaval!

"Aprendi que ninguém é perfeito enquanto não se apaixonar.

Aprendi que a vida é dura mas eu sou mais que ela!!

Aprendi que as oportunidades nunca se perdem e aquelas que são desperdiças serão aproveitadas por outra pessoa.

Aprendi que quando valorizas rancores e amarguras a felicidade vai para outra parte.

Aprendi que devemos sempre pronunciar palavras boas, porque amanhã nunca se sabe as que teremos que ouvir.

Aprendi que um sorriso é uma maneira econômica de melhorar o meu aspecto.

Aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso sempre fazer alguma coisa.

Aprendi que todos querem viver no topo da montanha, mas toda a felicidade está durante a subida.

Aprendi que temos que aproveitar a viagem e não apenas pensar a chegada.

Aprendi que o melhor é dar conselhos só em duas circunstâncias: quando são pedidos e quando deles depende a vida.

Aprendi que quanto menos tempo se desperdiça, mais coisas podemos fazer."
Autor desconhecido

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Nescau - uma bomba!!!

Estou aqui na casa de uma pessoa com despensa convencional e me deparei com uma lata de Nescau.

Resolvi dar uma olhada no rótulo e constatei que uma porção de 20g do produto contém 16g de açúcar! Em outras palavras, 4/5 do conteúdo de uma lata de Nescau é de puro açúcar!

Existe ainda outra informação interessante no rótulo: um copo de Nescau (com 40g do produto e 32g de açúcar) fornece energias necessárias para praticar 50min de algum esporte radical (alto gasto calórico). Em outras palavras: quem come um copo de Nescau e não pratica o valor referido de atividade física, muito provavelmente irá acumular este excesso energético na forma de gordura.

Agora, pensando que se trata de um alimento cujo publico alvo é infanto-juvenil, com altos indices de sedentarismo, não é de espantar o aumento no índice de obesidade neste grupo.

Um crime a produção e venda indiscriminada de um veneno desses! Será que os órgãos reguladores são financiados (assim como inúmeras pesquisas cientificas) por mega empresas como a Nestlé?!



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Muito além do peso

Ontem fiz uma análise crítica deste documentário, o que não significa que seja ruim. Não é mesmo!! Conteúdo muito rico e excelente ferramenta educacional para alertar pais e filhos acerca do que realmente está contido dentro das lindas embalagens de produtos industrializados...

Não é de hoje que falo sobre isso: o perigo do excesso de sal, gordura, açúcar e aditivos químicos artificiais na comida industrializada. A educação é a melhor solução para a epidemia de obesidade em nosso país. Hoje 1/3 da população brasileira está obesa e junto com o excesso de peso, muitas outras doenças vêm à reboque: pressão alta, colesterol alto, enxaqueca, diabetes, problemas renais, artrite, câncer... Isso sem falar nos problemas psicológicos decorrentes da discriminação.

O sistema de saúde simplesmente não tem como suportar isso, mais um pouquinho e veremos um colapso total acontecer. A prevenção é a melhor ferramenta e esta começa pela boca.

Recomendo que assistam o vídeo postado abaixo com a visão de que se não assumirmos o problema como nosso, ele não será resolvido. Ou seja, não adianta buscar os bodes expiatórios e querer se sair de vítima. A culpa é de cada um de nós quando decidimos comprar um produto desses no supermercado ao invés de optarmos por aquilo que vem da natureza: cereais, leguminosas, frutas, hortaliças, temperos e ingredientes que formam uma verdadeira refeição: digna de prato, garfo, faca e família reunida ao redor da mesa. Lembrando que crianças não têm autonomia financeira e nem doméstica para tomar estas decisões, ou seja, comem aquilo que seus pais compram e oferecem para elas.

Como disse a Ann Cooper, em uma das suas entrevistas que aparecem no documentário: a educação nutricional precisa ser pauta diária na vida das pessoas, pois ela faz parte de todos os dias de nossas vidas. Nada contra a matemática, a literatura, a arte e tudo mais que é ensinado nas escolas... Contudo, não existe nada que seja mais fundamental e imprescindível na vida de qualquer pessoa diariamente do que a alimentação.  A falta de informação da população sobre o tema é assustadora, isso pode ser visto claramente neste documentário. A educação nutricional é uma necessidade extrema, precisamos lutar por isso!!


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Outros ângulos da educação nutricional

Imagem retirada do Google Imagens

Estava aqui revendo o documentário Muito Além do Peso, feito pela ONG Alana, que já comentei por aqui antes, com um olhar bastante crítico.

Assim como um anúncio publicitário na TV, um documentário pode direcionar seu conteúdo retratando um tema do ângulo que ele deseja que seu expectador acredite. A maior diferença é que o público a que se destina um documentário tende a ser um público mais "cult". Mesmo assim, considero um risco, a menos que essa pessoa esteja disposta a questionar o outro lado da moeda e não simplesmente aceitar tudo que é transmitido. Afinal de contas, um documentário pode ser também uma forma de lavagem cerebral e alienação - se o tema for marketing e publicidade então, é o caso do torto falando do aleijado.

Não posso dizer que as informações ali não são válidas... Mas alguns conteúdos são bem questionáveis, pois podem ser vistos de outro ângulo e é essa visão que quero propor agora.

1) Os pais como vítimas. Coitados: eles precisam trabalhar, para colocar dinheiro em casa e não tem como controlar aquilo que os filhos assistem na TV. Que mentira feia papais e mamães, sabia que o nariz cresce?Primeiro, muitos desses pais assinam canais de TV por assinatura para os seus filhos, incentivando que fiquem mais tempo em frente à TV. Observe o nível socioeconômico das crianças do documentário que são viciadas em TV. Os problemas nutricionais dos que fazem parte de um grupo de baixa renda têm outra origem. A TV aberta que mais tem programas infantis ao longo do dia é a TVE, e estes são bastante educativos, com poucos intervalos comerciais (normalmente divulgando a programação da própria TV). O curioso é que as mesmas crianças de classe média e alta que tem acesso ao Mc. Donalds são as que menos assistem a TVE e sim os canais infantis por assinatura, infestados das "malditas publicidades".

Outra coisa. O fato do pai não poder estar presente não significa que o filho não possa descer para brincar de atividades não sedentárias com outras crianças ou até que ele crie o hábito pela leitura, jogos de tabuleiro e outras que não requerem espaço físico. A criança que passa muito tempo em frente à TV tem sim a culpa do pai, que coloca um aparelho de TV em cada cômodo da casa, deixa o controle remoto de bobeira... Se os pais quisessem diminuir o tempo que os filhos estão expostos à TV bastava esconder o controle, impor regras em casa, estipular metas de leitura, estimular a atividade física... A soluções são inúmeras. O que falta é criatividade e menos comodismo. Educar dá trabalho e muitos pais estão esperando que um aparelho de TV desempenhe este papel na família. Não dá!

2) Outro dado curioso observado na vida prática e também no documentário é que as crianças com sobrepeso, na maioria das vezes tem pais acima do peso. A culpa é da TV ou dos pais? Porque o filho de um pai com corpo atlético, que assiste a mesma TV que as outras crianças, tende a seguir o padrão corporal do pai? Exemplo é tudo!! Uma criança pode assistir o que for na TV, mas o exemplo doméstico será sempre mais forte. Não adianta um pai que toma litros de refrigerante querer convencer o filho (verbalmente) que aquilo faz mal. Ele primeiro precisa ser o exemplo, recheando a dispensa e a geladeira somente com itens saudáveis e mostrando na prática como é uma alimentação saudável.

3) O tal do bullying novamente... Dizem que as crianças sentem-se excluídas se levarem uma fruta para a escola enquanto os colegas levam  lanches industrializados... Claro que não!! Se um pai ensina em casa o porquê de uma fruta ser saudável, faz seu filho prestar atenção no tipo físico das pessoas que frequentam restaurantes de fast food em relação àquelas que estão nos restaurantes naturais, essa criança entenderá na prática qual a vantagem de uma maçã em relação a um pacote de batatas fritas. O supermercado é outra escola. Basta chegar na fila, olhar as pessoas acima do peso e depois observar o carrinho - estas são as que frequentemente compram o maior número de guloseimas nada saudáveis. Tudo isso é educação e pode ser mostrado de forma simples e didática a uma criança.

Já andei rasgando a seda de meus pais por aqui, porque realmente tive um exemplo dentro de casa que me fez ver as coisas de um ângulo diferente. Nunca sofri bullying por comer diferente dos meus colegas e olhe que estudava em tempo integral e era umas das únicas da turma que levava marmita e não comia na cantina do colégio. Como lanche, sempre levei frutas para a escola, enquanto meus colegas comiam na cantina. Sabe o que minha mãe me ensinava? Que meu lanche era especial, porque os pais dos meus colegas tinham preguiça de acordar cedo e preparar o lanche dos seus filhos (por isso eles tinham que comer na cantina) e que o fato dela fazer isso por mim era uma demonstração de amor. E era mesmo!! Alimentar é definitivamente uma forma de amar, principalmente se isso requer trabalho, educação... Ao invés de me sentir diferente, me sentia especial, a ponto que naquela época já me indignava o fato de uma colega levar pizza todos os dias para o colégio. Ainda criança observava aquilo e via que a mãe queria economizar tempo e dinheiro (a pizza era prática e bem mais barata do que a cantina da escola)... Olhava aquilo e via um ato de desleixo, desamor - aos 10 anos tinha essa visão crítica graças à educação doméstica que recebi. Jamais desejei aquelas pizzas, muito pelo contrário, frequentemente compartilhava a minha comida com esta colega e outras que adoravam as novidades saudáveis que eu levava...

Já comentei bastante por hoje, esse tema tem muito o que render ainda. Outro dia continuarei... Espero que tenham gostado e que reflitam sobre tudo isso!!! =)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

"Meu tio Tonico"

Acabei de receber essa "historinha" por email e não resisti em publica-la aqui no blog. Infelizmente não sei quem escreveu, mas está ótimo!

"Para meu amigos aposentados, pensionistas ou apenas em posição de descanso.

Meu tio Tonico estava bem de saúde,até que sua esposa, minha tia Marocas, a pedido de sua filha, minha prima Totinha, disse:

-Tonico, você vai fazer 70 anos, está na hora de fazer um check-up com o médico.
- Para quê, estou me sentindo muito bem!
-Porque a prevenção deve ser feito agora, quando você ainda se sente jovem, disse minha tia.

Então meu tio Tonico foi ver um médico. O médico, sabiamente, mandou-o fazer testes e análises de tudo o que poderia ser feito e que o plano de saúde cobrisse. Duas semanas mais tarde, o médico disse que os resultados estavam muito bons, mas tinha algumas coisas que podiam melhorar. Então receitou:

Comprimidos Atorvastatina para o colesterol
Losartan para o coração e hipertensão,
Metformina para evitar diabetes,
Polivitaminas para aumentar as defesas.
Norvastatina para a pressão,
Desloratadina em alergia.

Como eram muitos medicamentos, tinha que proteger o estômago, então ele indicou Omeprazol e um diurético para os inchaços. Meu tio Tonico foi à farmácia e gastou boa parte da sua aposentadoria em várias caixas requintadas de cores sortidas. Nessas alturas, como ele não conseguia se lembrar se os comprimidos verdes para a alergia deviam ser tomadas antes ou depois das cápsulas para o estômago e se devia tomar as amarelas para o coração antes ou depois das refeições, voltou ao médico. Este lhe deu uma caixinha com várias divisões, mas achou que titio estava tenso e algo contrariado. Receitou-lhe, então, Alprazolam e Sucedal para dormir. Naquela tarde, quando ele entrou na farmácia com as receitas, o farmacêutico e seus funcionários fizeram uma fila dupla para ele passar através do meio, enquanto eles aplaudiam.

Meu tio, em vez de melhorar, foi piorando.

Ele tinha todos os remédios num armário da cozinha e quase já não saia mais de casa, porque passava praticamente todo o dia a tomar as pílulas. Dias depois, o laboratório fabricante de vários dos remédios que ele usava, deu-lhe um cartão de “Cliente Preferencial”, um termômetro, um frasco estéril para análise de urina e lápis com o logotipo da farmácia. Meu tio deu azar e pegou um resfriado. Minha tia Marocas, como de costume, fez ele ir para a cama, mas, desta vez, além do chá com mel, chamou também o médico.

Ele disse que não era nada, mas prescreveu Tapsin para tomar durante o dia e Sanigrip com Efedrina para tomar à noite. Como estava com uma pequena taquicardia, receitou Atenolol e um antibiótico, 1 g de Amoxicilina. A cada 12 horas, durante 10 días. Apareceram fungos e herpes, e ele receitou Fluconol com Zovirax.

Para piorar a situação, Tio Tonico começou a ler as bulas de todos os medicamentos que tomava, e ele ficou sabendo todas as contra-indicações, advertências, precauções, reações adversas, efeitos colaterais e interacções médicas.

Leu coisas terríveis. Não só poderia morrer mas poderia ter também arritmias ventriculares, sangramento anormal, náuseas, hipertensão, insuficiência renal, paralisia, cólicas abdominais, alterações do estado mental e um monte de coisas terríveis. Com medo de morrer, chamou o médico, que disse para não se preocupar com essas coisas, porque os laboratórios só colocavam para se isentar de culpa.

- Calma, seu Tonico, não fique aflito, disse médico, enquanto prescrevia uma nova receita com um antidepressivo Sertralina com Rivotril 100 mg. E como titio estava com dor nas articulações deu Diclofenac.

Nessa altura, sempre que o meu tio recebia a aposentadoria, ia direto para a farmácia, onde já tinha sido eleito cliente VIP. Chegou um momento em que o dia do pobre do meu tio Tonico não tinha horas suficientes para tomar todas as pílulas, portanto, já não dormia, apesar das cápsulas para a insônia que haviam sido prescritas. Ficou tão ruim que um dia, conforme já advertido nas bulas dos remédios, morreu.

No funeral tinha muita gente mas quem mais chorava era o farmaceutico. Agora tia Marocas diz que felizmente mandou titio para o médico bem na hora, porque se não, com certeza, ele teria morrido antes.

Este e-mail é dedicado a todos os meus amigos, sejam eles médicos ou pacientes ..!

Qualquer semelhança com fatos reais será 'pura coincidência'."

Síndrome dos Relacionamentos no Carnaval


Imagem retirada do Google Imagens

Não é a primeira vez que o clima de carnaval na Bahia me inspira a escrever textos aqui no blog... Hoje o tema é a síndrome dos relacionamentos nos carnavais. Se você é baiano/a, tenho certeza que já viu ou viveu algo semelhante ao que vou descrever agora. 

Agora a pouco falava com uma amiga, com uma angústia clássica das vésperas de Carnaval, mais uma dessas coisas que só se vê na Bahia. Meu primeiro carnaval foi há catorze anos. De lá para cá, todo ano escuto o mesmo caso repetidamente, já tendo sido vítima deste cenário, inclusive.

Quem nunca conheceu um gatinho, no segundo semestre do ano, que lhe tratava como namorada, dava a maior atenção, conhecia a sua família e nada de oficializar o namoro? É engraçado como tem gente que diz que está louco para encontrar um amor e corre o risco de deixar ele passar por esse afã carnavalesco. Como uma festa, que dura apenas uma semana, pode mexer tanto com as pessoas? Só me faz pensar que os relacionamentos (ou a intenção deles) andam tão rasos que qualquer beijo de uma pessoa bêbada e desconhecida no meio da rua tem mais valor. Sempre achei isso um fenômeno curioso, para não dizer: sem sentido.

Em Salvador, parece manchete de jornal quando alguém escuta falar de determinado casal que oficializou um namoro às vésperas do Carnaval. Não sei o que acontece com esse povo, ano após ano, com inúmeros “carnavais solteiros” no currículo, algo que deveria perder a graça, parece se enfatizar a cada ano.

Outra lenda que também não compreendo é que carnaval a dois não é bom! Já tive as duas experiências e sinceramente acho ambas muito legais. E claro, jamais me passou pela cabeça terminar um namoro para curtir um carnaval solteira. Quando a relação é boa, é divertido fazer tudo junto, inclusive se esbaldar em festas.

Outra curiosidade: vejo tantas pessoas fazendo absoluta questão de ir solteiras pro carnaval e quando chegam à rua a primeira providência é arrumar logo uma “namoradinha de carnaval”. O que significa isso? Aquela pessoa que fica grudada com ela o tempo todo durante a festa, dando até margens para ciúmes, briguinhas e coisas do gênero... Afinal, a vontade é de estar solteiro ou estar “casado”? Os discursos não são condizentes às atitudes das pessoas... Só me faz pensar que a tentativa de excesso de independência gera justamente o oposto: uma carência absurda!

Já vi incontáveis namoros sendo desfeitos às vésperas do carnaval, casais que se gostam e deixam de estar juntos porque é status curtir o carnaval “single”, casados e comprometidos que ficam se coçando para dar o zig (traduzindo o baianês: o perdido)... No fim, quando termina o carnaval os que estão solteiros parecem sentir um vazio enorme e totalmente desesperados por uma namorada... Alguns encontram e conseguem se libertar da síndrome do carnaval. Outros passam anos vivendo ciclos de mini namoros, se deixando levar por um marketing da solteirisse feliz, enquanto ótimas pessoas passam por suas vidas como se fossem trios elétricos na avenida.

Chame-me de careta, romântica, o que for... Mas sinceramente, acho louca aquela pessoa que tem vergonha de reconhecer que um amor verdadeiro esteja acima de qualquer festa ou banalidades passageiras. 

Obs.: A perspectiva deste texto vem da cabeça de uma mulher e da conversa com amigas. Pessoas do gênero feminino (pelo menos as minhas amigas e eu) não costumam se importar com o fato de ser ou não véspera de carnaval. Quando estão gostando para valer, querem estar junto acima de tudo. Quando acontece de uma mulher curtir o carnaval solteira, mesmo estando envolvida numa relação, geralmente é porque "o cara" colocou ela em banho maria... Se você é "esse cara", se ligue: o feitiço pode virar contra o feiticeiro e você pode perder essa mulher... Afinal de contas, hoje em dia, as mulheres já não são mais tão bestas como antigamente...!