terça-feira, 22 de novembro de 2011

Coffee Break


Esta semana estou participando de uma Jornada de Nutrição com diversos cursos interessantíssimos. Ontem foi a abertura com duas palestras excelentes. Depois de quatro horas escutando falar sobre a importância de comer em intervalos regulares de tempo, ingestão de líquidos, alimentos saudáveis, os malefícios do açúcar, dos refinados, dos produtos químicos, industrializados e tóxicos foi a hora do coffee break... Todo mundo morrendo de fome e o buffet 100% de pães brancos, com queijos e cupcakes extremamente açucarados. Passei batido pela comida e fui procurar uma água para beber, visto que estava morrendo de sede. Mais surpresas: somente sucos de caixinhas (primos disfarçados dos refrigerantes) e Coca-cola.




Triste ver as pessoas devorando tudo aquilo, sem qualquer consciência alimentar. Pareciam pertencer a qualquer grupo, menos de estudantes de nutrição. Pior ainda foi pensar na comissão organizadora, que possui papel de educar, não só por palavras, mas principalmente com exemplos.  A impressão que tive foi que tudo que escutaram minutos antes entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Procurei algum dos organizadores do evento para questionar a falta de zelo na escolha do buffet, mas não encontrei ninguém. Sem água fui embora correndo e indignada para matar a minha sede em casa.

Saí de lá me perguntando como é que se pretende educar futuros profissionais na área de nutrição a serem formadores de opinião em consciência alimentar, quando num evento desse porte, a teoria é tão diferente da prática? Serão os nutricionistas do lema: “façam o que digo, não façam o que faço?”

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ponto Fraco


Foto: Adriana (Teté) Lacerda

Hoje completaria um mês sem álcool... Isso mesmo, completaria, porque não resisti à tentação este final de semana. Recebi uma grande amiga que também adora degustar cervejas especiais e como boa anfitriã levei-a para conhecer o Reduto da Cerveja, local que já descrevi aqui no blog em outro post. Nem preciso dizer que me coloquei numa situação difícil, visto que esta modalidade é justamente o meu ponto fraco quando o assunto são bebidas alcoólicas. Neste último mês estive em diversos casamentos e jantares e resisti bravamente a vinhos e espumantes, mas como já falei em outro post, acredito que é pior ficar se torturando com uma vontade reprimida, então “enfiei o pé na jaca”, feliz da vida, este final de semana. Para completar estou lendo novamente O Clube dos Anjos, livro de Luis Fernando Veríssimo que é uma apologia à Gula e um prato cheio para quem tem um paladar super apurado como eu. Inspiração para cair em tentações? Difícil imaginar que não.

Na quarta à noite saí para um lugar charmosérrimo na capital mineira chamado Café com Letras, onde come-se bem, cercado por livros dos mais variados títulos (todos à venda) ao som de um agradável jazz. Lá me comportei bem e durante a noite me deleitei com um chá de limão, gengibre e mel seguido de um suco de frutas vermelhas. Já na quinta-feira, caí na tentação ao me deparar com inúmeros rótulos ainda não testados no Reduto da Cerveja. Comecei a noite com chave de ouro provando um rótulo especial exclusivo da Estrella Damm chamada Inedit assinada pelo chef espanhol Ferran Adriá. Dispensa comentários... Depois provei (e reprovei) o amargo sabor da tcheca Bernard Celebrations que parece Kronenbier. Após a escolha errada, resolvi ir numa velha conhecida e relembrei o sabor da deliciosa Delirium Tremens, cerveja Belga eleita a melhor do mundo. Para fechar a noite, o forte paladar da escocesa Hardcore IPA (Indian Pale Ale) da Brew Dog,  que me lembrou o Barley Wine da Cerveceria Antares. Garrafas pequenas, repartidas por três pessoas durante longas horas, experiência completamente diferente de quem está acostumado a sentar em um bar e beber litros de cerveja...

Aproveitei que já tinha caído na tentação e prolonguei a concessão para o resto do final de semana. No dia seguinte, em um lugar agradabilíssimo em Ouro Preto, chamado O Passo, com um jardim no estilo provençal, provei o chope artesanal e orgânico da Ouropretana: delicioso. Já no domingo, em Tiradentes, em um aconchegante lugar especializado em cervejas e queijos a tentação foi dupla: queijo camambert e cerveja artesanal de Tiradentes, seguida da Monja Escura, ambas novidades para mim e muito boas.


Peso na consciência? Nem pensar, o final de semana foi divertidíssimo e as cervejas marcaram o reencontro com uma pessoa especial que não via há um ano e meio. Já estou de volta à minha rotina, repleta de arroz integral, verduras e sopas e a contagem recomeçou: será que conseguirei completar um mês inteirinho sem álcool desta vez?