Hoje vim aqui contar uma história… Está vendo esse vídeo aí em cima? Pois bem! Esta sou eu, fugindo de uma gralhada. Parece piada, mas não é. Vou explicar.
Hoje, às 17h estava saindo do prédio de meus pais, para buscar meu filho na aula de tênis, à cerca de dois minutos de distância da casa dos meus pais, quando recebo uma
ligação de minha mãe:
- “Filha, já saiu de casa? O tempo está armado e vai vir chuva de Noroeste. Não deixe nenhuma janela aberta.
- “Mãe, acabei de sair para buscar G e deixei uma janela na sala aberta. Quer que volte para fechar a janela?”
- “Não precisa, se você já está no carro, busque ele logo.”
- Está bem!
Contextualizando: já aconteceu de alagar apartamentos inteiros no prédio de meus pais com essas chuvas associadas a ventos de noroeste. Uma vez, inclusive, estava lá e mesmo com tudo fechado entrou tanta água pelas frestas das janelas que precisamos tirar de balde.
Retornando à história… Depois de 10 minutos esperando meu filho e nada dele aparecer, começa a chover. Aquela chuva que já chega chegando, sabe? Na mesma hora lembro das palavras de minha mãe e penso: “Vou lá fechar a janela antes que alague tudo e eu receba uma gralhada de 10 gerações”.
Contextualizando mais um pouco: a casa de meus pais é cheia de quadros, obras de arte, cerâmicas…
Decidi que meu filho poderia esperar e que fechar a janela da casa de meus pais naquele momento era prioridade. Lá fui eu. No meio do caminho, quase chegando no prédio deles, um raio violento. Cai uma árvore, eu vejo que vai cair mais uma e resolvo dar meia volta (a cena que filmaram nesse vídeo aí).
O carro chacoalhava de um jeito com a violência do vento que parecia que ia tombar e eu só imaginando a cena de terror na casa de meus pais: quadros voando, apartamento alagado e a gralhada que escutaria por ter feito algo que eles NUNCA fazem: saído e deixado a casa sem ninguém com uma janela aberta (meus pais são os loucos das janelas fechadas e portas trancadas).
Nesse meio tempo ligo para minha mãe para avisar o que tinha acontecido e que ia entregar nas mãos de Deus e buscar meu filho que a essa altura já devia estar me esperando há 20 minutos. Claro que para não falhar a Lei de Murphy, busca-lo nunca demorou tanto. Ele não estava na portaria como de costume e eu ainda tive um segundo ataque de nervos preocupada. Entrei no clube gritando igual a uma maluca perguntando pela criança. Uma boa alma foi resgatá-lo no meio da tempestade com um sombreiro gigante. Estava na quadra impossibilitado de sair por conta da chuva. Eu estava tão nervosa que saí sem dizer tchau ou agradecer à boa alma que trouxe meu filho no colo debaixo do sombreiro. A propósito, se o Sr. ler isso aqui: MUITO OBRIGADA!
Bem, a essa altura eu realmente já tinha entregue nas mãos de Deus. Já tinha uns 30 minutos de chuva e ninguém tinha conseguido chegar em casa. Por sorte o prédio de meus pais pode ser acessado por múltiplos caminhos e eu consegui fazer uma rota indo por cima, já que por baixo o acesso estava interditado com a árvore atravessando a pista. Tudo escuro, pois obviamente a árvore levou junto os fios elétricos que abastecem boa parte do bairro.
Consegui entrar na garagem escura e com a ajuda da câmera do celular subi de escada até o apartamento, na companhia dos meus filhos. Para meu espanto e alegria a sala estava levemente molhada apenas. Deus escutou as minhas preces e me livrou de uma super gralhada! Mas os registros estão aí para não dizerem que é mentira: sou ou não sou uma expert em fugir de gralhadas?!
P.S.: Piadinhas à parte, que sensação de ter vivido um milagre foi essa que vivi hoje?? Tremi igual à vara verde durante todo o ocorrido, mas só depois que recebi este vídeo pude me dar conta do tamanho da fogueira que pulei. Um verdadeiro milagre! Muito a agradecer por mais uma bênção divina em minha vida! E você já agradeceu pelas graças que Deus opera em sua vida?? Depois de ler esse texto, não esqueça de fazer uma oração!