O que seria de nós sem nossos sonhos? Como seria a rotina, sem o sonho das férias?
O que seria da infância sem o sonho da semi-liberdade da adolescência?
O que seria da adolescência sem o sonho da total liberdade da idade adulta?
O que seria da infância sem o sonho da semi-liberdade da adolescência?
O que seria da adolescência sem o sonho da total liberdade da idade adulta?
Aí chegam os pesadelos... Ao amadurecer, percebemos que junto com a liberdade sonhada, vem um pacote completo de responsabilidades. Aí voltamos a sonhar, desta vez com o a leveza do passado.
Sonhamos com o futuro namorado, com o casamento, se não der certo, sonhamos com o divórcio... Sonhamos com um sapato novo, uma viagem, uma festa... e guiamos nossas vidas assim, planejando o próximo sonho, de preferência a ser vivido.
Sonhamos com o futuro namorado, com o casamento, se não der certo, sonhamos com o divórcio... Sonhamos com um sapato novo, uma viagem, uma festa... e guiamos nossas vidas assim, planejando o próximo sonho, de preferência a ser vivido.
Temos ainda aquele sonho de fuga, aquele que acontece enquanto dormimos, quando tudo é possível. Podemos ser verdes, azuis, magras, altas, namorar o Brad Pitt, morar em uma mansão na beira da praia ou nos alpes... Muitos desses sonhos são irrealizáveis, mas sustentam a delícia de vivê-los por cerca de 1/3 de nosso dia. E assim seguimos, entre sonhos quando estamos acordados e outros quando estamos dormindo, um muitas vezes levando ao outro...
Quando comecei a trabalhar como arquiteta percebi que acima de tudo havia escolhido uma profissão de realizadora de sonhos. Os clientes quando buscam um arquiteto, estão em busca da concretização de um sonho: seja uma casa, um jardim, uma piscina, um quarto, uma loja ou até mesmo um banheiro. Assim, o arquiteto vende, interpreta e traduz sonhos, tornando-os reais e palpáveis... Quanta responsabilidade!
E ainda tem quem julgue o trabalho do arquiteto como folhas de papel e muitas vezes reclamam de seus preços. Estas pessoas esquecem que existem ideias colocadas nestes papéis e que sem elas, não seria possível comprar os móveis, os materiais de construção, e todos os itens que custam muito mais que o valor do projeto arquitetônico e que os clientes compram sem pechinchar.
Gostaria de propor esta reflexão a quem possa vir a contratar um arquiteto um dia... Lembrar que o papel deste profissional vai além do de idealizador de projetos, desenhista e coordenador de obras. Lembrar que o arquiteto é um tradutor de idéias, principal elo de comunicação entre o sonho do seu cliente e a realidade a ser criada e desenvolvida.
Boa Noite e Bons Sonhos...