terça-feira, 31 de julho de 2012

Quase Deuses



TRAILER EM INGLÊS

FILME COMPLETO EM PORTUGUÊS

Recentemente assisti a mais um filme no clima Beijo no Padeiro. Como muitos de vocês sabem, adoro o tema PAIXÃO PELO TRABALHO!!! Acredito que quando somos movidos com amor pelo que fazemos rendemos muito mais e podemos chegar a altíssimos níveis não só de satisfação pessoal, como também à realização de grandes êxitos profissionais! Já falei de outros dois filmes por aqui que descrevem situações desse tipo: http://www.beijonopadeiro.com/2011/12/filmes-para-beijar-o-padeiro.html,

O filme que vou recomendar hoje se chama “Quase Deuses”. Relata a história de um afro descendente americano, que no auge da apartheid conseguiu um grande reconhecimento profissional na medicina pelo simples fato de dedicar-se de corpo e alma ao trabalho que amava. EMOCIONANTE!!!

Além de ser uma linda e verdadeira essa história serve de grande motivação para aqueles que titubeiam na ideia de fazerem o que realmente gostam na vida. Já escrevi alguns textos por aqui que motivam mudanças e sou uma super incentivadora de que devemos focar naquilo que nos completa e nos realiza. Fazendo ou não parte deste “grupo” recomendo o filme!

Precisa de mais incentivo? Na aba “mudanças” aqui do blog tem vários textos abordando o tema de diversos aspectos.  Selecionei mais alguns aqui. Boa leitura! =)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Saúde X Doença



Vou aproveitar o embalo de ontem e citar mais uma frase do professor Kikuchi que adoro: 

“Não existe saúde sem doença”

Acho que essa frase tem um impacto especial em mim, pois na infância tive uma condição bem frágil, vivia doente! Tinha 1001 alergias, crises de asma, bronquites, pneumonias... Sem contar outras doenças que tive como sarampo e catapora, que se associaram aos problemas respiratórios e foram quase desastrosas.

Hoje, graças a Deus (e a meus pais que cuidaram MUITO bem de mim), não tenho mais nada praticamente, mas as lembranças da infância permanecem. Só fui me dar conta da minha saúde quando parei de ser atormentada com estados frequentes de enfermidade. Tenho certeza, entretanto, que se essa fosse uma condição perene, não daria o valor à saúde que dou hoje.

Com esse histórico e visão crítica que tenho, estou sempre reparando a relação das pessoas com a própria saúde e vejo meu exemplo se repetir. Recentemente conheci uma pessoa que deixou de sofrer de problemas respiratórios, depois de adulta, graças a mudanças alimentares. Hoje não existe comida boa ou ruim para ela! Se disser que faz bem, ela come e diz que é uma delícia... Acabamos de passar uma semana juntas no seminário de inverno na Escola Musso e era muito engraçado, um dia ela estava rejeitando o nattô e no outro ela estava comendo como se fosse caviar, dentre outros exemplos!

O contrário também é bastante comum. Tem pessoas que são abençoadas com uma condição invejosa. Para essas pessoas gosto de lembrar que todo saco tem seu fundo. Entretanto, o fundo às vezes é tão longe que fica difícil de enxergar e assim vão enchendo os seus sacos irresponsavelmente...

Tenho um amigo que tem uma alimentação tenebrosa. Não come nenhuma verdura ou fruta. Integral então, nem pensar! Refrigerantes, açúcares e embutidos pra que te quero! Suas refeições são constituídas basicamente de carne e às vezes acompanhadas de um pouco de arroz branco, feijão e fritas. Diria que sua dieta contém pelo menos 80% de carne e nas horas vagas, usa e abusa de bebidas alcoólicas! Claro que está obeso, é uma pessoa extremamente mal humorada e agressiva. Mas de fato, raramente fica doente e nunca enfrentou um problema grave de saúde na vida. Entretanto, fala na maior tranquilidade do mundo que na família dele as pessoas costumam morrer bem cedo de infarto e já se resignou a essa “condição hereditária”. Nos textos: http://www.beijonopadeiro.com/2012/05/genetica-x-heranca-de-habitos.html e http://www.beijonopadeiro.com/2012/05/anticancer.html falei bastante sobre isso. O que mais herdamos são hábitos, mas a sociedade moderna se acostumou a arrumar um bode expiatório para tudo e a culpa sobrou toda pra tal da genética!

Em termos mais práticos, vemos que muita gente só passa a se cuidar mesmo, quando fica doente. Só descansa quando o corpo desmorona em febre, só pensa na alimentação quando está com uma baita dor de barriga ou constipação e por aí vai... Acontece que se perdeu demasiadamente a sensibilidade. As pessoas vivem os extremos! Ou estão eufóricas, ou estão deprimidas. Ou estão cheias de saúde, ou estão de cama (quando não têm mortes fatais) e por aí vai... Desta forma, fica muito difícil avaliar essa dicotomia saúde x doença e tentar equilibrar e evitar os extremos.

Uma alimentação balanceada, com nenhuma ou apenas pequenas porções de carne (preferencialmente branca) e rica em cereais integrais e vegetais orgânicos, tende a restabelecer essa sensibilidade e assim ficamos mais atentos a cada sinal que o corpo nos oferece. Adoecer é uma dádiva! É uma forma do corpo nos avisar que algo está errado... Tem gente que decide se cuidar por uma simples dor de cabeça e é capaz de transformar o seu destino. Outras pessoas optam em mascarar suas dores de cabeça, subsequentemente com analgésicos, para mais tarde ter um tumor, um aneurisma, um AVC ou algo irremediável...

O livre arbítrio está aí para todos, deixo aqui minha reflexão sobre saúde e doença.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Facilidade X Dificuldade

O Professor Tomio Kikuchi tem várias frases famosas, que servem como boas reflexões. Hoje vou citar uma das minhas prediletas: 

"FACILIDADE GERA DIFICULDADE, DIFICULDADE GERA FACILIDADE."

No seminário do ano passado escutei uma derivação da mesma ideia:

"DIFICULDADE EVOLUCIONÁRIA, FACILIDADE DEGENERATIVA."

Adoro essas frases. Retratam a mais pura verdade. Fazem parte da mesma ideia do provérbio que diz: "Depois da tempestade, vem a bonança" ou "Quando Deus fecha uma porta, em outro lugar ele abre uma janela".

A vida é um ciclo, um espiral. É impossível estarmos totalmente bem ou totalmente mal o tempo todo. O que acontece é que vamos permutando de um estado a outro. A sabedoria de viver está em saber justamente que nenhuma condição é eterna e desconfiar dos momentos muito bons, preparando-se assim para os ruins...

As historias de maiores sucesso que vemos na humanidade são frutos de grandes esforços. Nada vem de graça e a superação costuma gerar grandes frutos. Então, se sua vida está um mar de rosas, fique atento e preparado para eventuais mudanças, afinal, não existe mar de rosas que dure uma eternidade. Quando essa mudança ocorrer, não se desespere, foque e promova uma reversão. 

O ideal é buscar mudanças menos drásticas, como um equilibrista em cima de uma corda. Ele não anda linearmente, balança de um lado a outro no seu trajeto. Outras pessoas podem andar em cima de uma corda bamba, caindo e levantando. Em muitos casos conseguem chegar ao mesmo destino final que o equilibrista, mas a que custo? Como chegarão após tantas quedas? A manutenção de um equilíbrio perfeito e constante é uma utopia, entretanto, ficar o mais próximo do centro é totalmente possível... Pense nisso!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Maionese de Cará


Maionese de cará e rabanete com pimenta biquinho no centro; talo de agrião refogado com gergelim; quibes vegetarianos; abóbora ao forno com gengibre e shoyu; arroz integral

Ingredientes:
2 carás médios
6 rabanetes pequenos cortados em rodelas finas
1 pepino japonês cortado em rodelas finas
3 ovos caipira
1 pitada de sal
1 colhar de sopa de vinagre ou limão
Azeite de oliva extra virgem
Sal marinho

Preparo:
Descascar os carás, cortar em rodelas de 4cm e depois quartear as rodelas. Colocar para cozinhar com um mínimo de água no fogo bem baixo até amolecer. Quando estiver bem molinho, esmagar com um garfo em um prato, sem nada de água. Vai ficar uma pasta bem grossa que deverá ser reservada.
Em um recipiente misturar os três ovos, o vinagre/limão e uma pitada de sal. Depois colocar tudo no liquidificador tampado e ligar no mínimo. Quando a mistura estiver homogênea, abrir a tampa menor do liquidificador e adicionar o azeite aos poucos observando a liga da mistura. Quando estiver encorpada, parar de adicionar o azeite e desligar. A maionese está pronta, poderá ser usada em outras receitas também.
Colocar o patê de cará num suribachi e adicionar 4 colheres de sopa cheias de maionese misturando aos poucos.
Em um recipiente, esmagar com as mãos as rodelas de pepino e rabanete juntamente com uma colher de café de sal e depois deixar prensando por aproximadamente 10 minutos. Descartar o líquido e misturar ao creme de cará e maionese. Levar à geladeira para ficar bem fresquinho e servir!

Dica: A receita fica da maionese fica ainda mais gostosa quando feita com vinagre de ume (umeboshi).

Obs.: Na foto, fiz a maionese somente com rabanete, pois estava sem pepino em casa. Outros ingredientes como cebola cortadinha, cenoura ou ervas também podem ser adicionados. Como sempre, deixe-se guiar pela criatividade e bom apetite!

Vivalavanca!!!


Há um ano escrevi um texto com o mesmo título, só que não falei sobre o seu significado. Quem já esteve em algum seminário na Escola Musso ou conhece a Autoeducação Vitalícia sabe a força deste “grito de guerra” que tanto proclamamos.


Afinal, o que é uma alavanca? Materialmente falando, trata-se de um objeto rígido com um ponto fixo de um lado e uma extremidade livre que permite que se faça um movimento rotacional com maior facilidade. Um exemplo é quando pegamos um alicate, abraçamos um parafuso e conseguimos soltá-lo com grande facilidade, tarefa impossível de ser feita apenas com as mãos/dedos. Outro exemplo corriqueiro é a maçaneta de uma porta ou um macaco mecânico utilizado para suspender um carro na hora de troca um pneu.


Nas artes marciais, o poder da alavanca pode ser observado claramente no Aikidô. Movimentos leves e sutis são capazes de serem fatais. Tudo graças à força que uma alavanca é capaz de produzir.



A alavanca é uma ferramenta poderosa que permite MÁXIMO RESULTADO COM MÍNIMO ESFORÇO. Adotar esse conceito para a vida é saber potencializar nossas ações, fazendo multiplicar o tempo e os resultados. Nosso corpo é cheio de alavancas, observem o simples movimento de minha perna no vídeo abaixo. Essa maquininha serve para soltar os grãos da espiga de arroz. 


A alavanca pode ser interpretada não somente de forma física e sim como qualquer ação com esse mecanismo multiplicador. Então, quando repetimos a expressão “Vivalavanca!”, estamos buscando ampliar as nossas forças e mantendo em mente a necessidade de se ter um foco, uma direção, correr atrás de objetivos e sempre buscar soluções inteligentes, a fim de minimizar os problemas e amplificar as soluções.


Acredito muito na força das palavras e da mesma forma que evito palavras e pensamentos negativos, penso que a repetição de uma palavra com tanta força só vem a somar para resultados construtivos. Sendo assim: VIVALAVANCA!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

REIKI

Hoje peguei as palavras emprestadas de uma amiga-irmã que trabalha como terapeuta holística na aplicação de Reiki, para compartilhar um pouco sobre esse trabalho lindo e sutil que mexe com algo essencial que sempre falo aqui no blog: nosso lado energético. Recentemente escrevi um texto falando sobre isso (http://www.beijonopadeiro.com/2012/06/materia-x-energia.html)e a contribuição de Lara só vem à complementar no entendimento sobre como fazer fluir nossas energias através de uma vertente terapêutica ainda um pouco abstrata para muita gente. 

"Certo dia, recebi um convite de uma irmã pedindo que eu fizesse um artigo sobre o Reiki para postar em seu blog, já que eu havia acabado de fazer o Reiki III e estava super empolgada com as novas descobertas, afinal um mundo havia surgido diante de mim!!! Não sabia bem por onde começar, se algo extenso, feito artigo universitário... Daí me coloquei na posição de uma leitora e pensei no que gostaria de ler... Pensei a princípio como seria difícil, já que  estão acostumados ao bom, leve e gostoso linguajar dessa irmã de vida.... Então vou tentar de forma simples e clara falar um pouquinho dessa terapia do futuro que tanto tem encantado e conquistado novos adeptos.
O Reiki começou em minha vida em 2008 de forma quase tímida, como uma curiosidade, talvez uma busca espiritual. Nesta época estava recém-formada, estudando para concurso, um tanto confusa e indecisa quanto ao futuro. O Reiki surgiu com o propósito de me dar forças, direcionamento, equilíbrio, paz... O Reiki II veio um ano após o Reiki I e foi surpreendente, mas continuava a ser algo só para mim!!! Somente neste ano de 2012 foi que a vida me convidou para um novo trabalho mais intenso e profundo, não mais para mim, mas um desprendimento, uma felicidade de alma poder servir e ajudar os outros trabalhando de forma profissional.
O que posso dizer é que o Reiki é um sistema natural de harmonização energética. É uma técnica universal que se caracteriza pela transmissão de energia através da imposição das mãos nos sete chacras principais do corpo, utilizando yantras (símbolos sagrados) e mantras (sons específicos). É uma técnica que favorece a restauração da saúde, a reposição energética, a harmonização interior e é reconhecida pela OMS. Acessível a qualquer pessoa, independente de cultura, grau de instrução, idade ou crenças religiosas.
O Reiki foi redescoberto no Japão, no século XIX, pelo Dr. Mikao Usui, um monge cristão de origem japonesa. Reiki é uma palavra japonesa que significa Energia da Vida Universal.
O Reiki deve percorrer todo o ser vivo. Mas o "stress" diário, as tensões que as crises pessoais e sociais nos criam, a má alimentação, a má respiração, impedem o fluxo desta energia natural (vital). Todos sabem os efeitos da depressão, da ansiedade, do medo, mas poucos são treinados para evitar estes estados negativos.
O grande sucesso do Reiki é que é seguro, fácil e acessível a qualquer pessoa, até mesmo crianças. É simples e uma vez ativado, permanece energizando o sistema orgânico que recebeu sua aplicação. Também por não ter conotação religiosa e não intervir com outros tratamentos, sua prática vem crescendo dia a dia.
Como o conhecemos hoje, o Reiki é uma terapia holística natural a qual preconiza que, através da imposição de mãos do Terapeuta Reiki, é possível irradiar as vibrações de harmonia da energia vital do Universo Rei para restabelecer o equilíbrio da energia vital Ki de quem o recebe, podendo refletir assim nas zonas doentes do corpo de um paciente, atuando nos quatro níveis: físico, emocional, mental e espiritual.
O Reiki ajuda a eliminar o stress diario, ativa o funcionamento de glândulas e órgãos, sistema nervoso e sistema imunológico. Diminui os efeitos colaterais de tratamentos como quimio e radioterapia e potencializa tudo o que os medicamentos têm de positivo. É muito eficiente no tratamento de depressão, psicoses e esquizofrenia.
O reikiano atua como um canal para a energia Reiki, a energia flui da palma de suas mãos (chakra das mãos) para o corpo sutil e físico do paciente.
A energia Reiki não possui barreira física, podendo ultrapassar a barreira do tempo, ser enviada ao passado, ao futuro ou no presente à distância; pode promover limpezas do ambiente. É usada com muita eficácia em animais de estimação e em plantas. Na verdade pode ser usada em qualquer lugar onde se queira!!!
A percepção mais comum para quem recebe o Reiki é a sensação de relaxamento também podendo sentir calor, frio, pressão, sonolência, vibrações, etc. Entretanto, alguns dizem nada sentir, o que não quer dizer que a energia reiki não penetrou.
Não há contra indicações para o Reiki, podendo ser aplicado em qualquer pessoa. É importante que o reikiano reserve momentos para proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou ambientes, e que faça auto aplicação diária, para garantir seu estado de saúde física, emocional, mental e espiritual.
E para não cansá-los vou ficando por aqui com um desejo sincero que este texto tenha despertado a curiosidade na busca de um ser espiritual mais harmônico e equilibrado, independentemente da religião a qual preconizam, porque Deus, Buda, Alá, a Essência Divina, a Natureza ou o que quer que denominem essa energia superior está dentro de nós e cabe a nós evoluir e transformar o aqui e agora num algo mais gostoso de estar!"

Abraços Luminosos,
Lara Caribé
Terapeuta Holística
Contato: (71) 8826-1242 begin_of_the_skype_highlighting            (71) 8826-1242      end_of_the_skype_highlighting / larinhacaribe@hotmail.com

domingo, 22 de julho de 2012

Teoria X Prática

Amigos,

Acabo de chegar de meu retiro físico-mental-espiritual... Cheia de ideias fervilhando, com calma postarei novidades. Por enquanto vou deixar vocês com uma frase que amo e que repeti para muitos amigos esses dias:

"Quem sabe e não pratica, não merece a recompensa." Autor Desconhecido

Sugiro que reflitam sobre ela. Pensem nas teorias e filosofias de vida que já andaram absorvendo por aí... Quantas lhe parecerem interessantes ou lhe motivaram? Quantas têm colocado em prática? Vivalavanca!!!


sábado, 14 de julho de 2012

Férias


Queridos Leitores,

O blog vai tirar uma semaninha de férias. Estou indo a um lugar sem acesso à internet e se quer estou levando o meu computador. Vou aprimorar meus dotes culinários com D. Bernadette Kikuchi e outras chefes de culinária macrobiótica esplendidas e de quebra relaxar um pouco longe do tumulto da cidade grande.

Confesso que adoro ficar offline de vez em quando, longe do barulho da cidade, respirando ar fresco, comendo uma comidinha deliciosa e saudável... Apesar de ter nascido e vivido em grandes cidades toda a minha vida, sempre tive uma grande atração pelo campo.

Aqueles que pensam da mesma forma devem estar com um pingo de inveja com essa breve descrição, hein? Prometo retornar revigorada e cheia de novas ideias! Me aguardem...

Enquanto isso sugiro que leiam textos antigos, afinal, são mais de 300 e como seguidora de outros blogs sei o quanto é difícil se manter atualizada com posts!

Beijos e até a volta!

Vou deixar vocês com uma música do poeta Don McLean, com a qual sempre tive enorme identificação, além da linda melodia... Como arquiteta sempre disse, que não há obra nenhuma que supere a beleza da natureza...



...Oh, but how can words express the feel of sunlight
In the morning in the hills away from city strife...
...I'm city born but I love the country life...

...Oh, mas como palavras podem expressar a sensação de raios de sol
Durante a manhã, nas montanhas, longe da vida urbana...
...Eu nasci na cidade mas eu amo a vida no campo...




sexta-feira, 13 de julho de 2012

Saúde Bucal X Alimentação

Queridos Leitores,

Hoje vou compartilhar um texto feito por meu primo e estudante de Odontologia, Diego Wildberger, com dados e dicas relacionandos à saúde bucal e a alimentação. Boa Leitura!

Beijos!


"Hoje, sabe-se que a alimentação interfere diretamente na saúde bucal e geral do indivíduo. A escolha de uma dieta cariogênica, pode resultar em deformações e consequências na estética e função dos dentes.

Classifica-se como dieta tudo aquilo que um indivíduo escolhe para comer, podendo ser alimentos sólidos, líquidos ou pastosos, sendo considerada cariogênica, toda dieta que propicia a manifestação da cárie.

A cárie é uma doença transmissível, pela passagem de bactérias de um meio bucal a outro, através da troca de fluidos salivares (durante um beijo, por exemplo), e infecciosa, que surge na boca pelo processamento de carboidratos fermentáveis, principalmente a sacarose, por ação de bactérias orais, que liberam ácidos que geram erosões no esmalte dentário. Estas, na maioria das vezes, são decorrentes de dieta inadequada e higiene bucal deficiente, podendo ser evitadas se diagnosticadas precocemente.

Pode-se identificar ou suspeitar de uma lesão de cárie, através de manchas com coloração branca opaca ou acastanhada opaca nos dentes. Essas manchas podem ser vistas pelo próprio paciente no reflexo do espelho. Entretanto, antes do auto-exame, é necessária a remoção de toda placa bacteriana existente na superfície do dente através da escovação e uso do fio-dental. As manchas de cárie podem evoluir ou não para cavidades, levando a um possível tratamento de canal ou perda do órgão dentário.

Já a erosão ácida pode ser proveniente da ação de bactérias (causando a cárie); gástrica (refluxo, vômito); ou ingestão de alimentos e afeta todo tipo de gente, independente da idade ou gênero.

O ácido quando entra em contato com a superfície do dente enfraquece-o, provocando a perda de conteúdo mineral. Se o dente ficar em contato com o ácido por muito tempo, ou se for escovado logo depois, não haverá tempo para a saliva remineralizar o dente e este não se recupera. Por isso recomenda-se a escovação dentária ocorra uma hora após a ingestão de alimentos ácidos. A erosão ácida pode levar ao aumento da sensibilidade, às alterações da textura, da forma e da cor dos dentes.

Pesquisadores do Instituto de Saúde Oral da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, afirmam que a ingestão de bebidas ácidas podem comprometer o esmalte dentário, muitas vezes, de forma irreversível.

Um estudo feito por YanFang Ren, pesquisador do Instituto, mostrou que um simples suco de laranja pode diminuir a dureza do esmalte dentário em até 84%. “A maior parte das bebidas, incluindo refrigerantes, sucos de frutas e energéticos são ácidos por natureza” afirma Ren. “Nossos estudos demonstraram que o suco de laranja, como um exemplo, pode potencializar de forma significante a erosão dos dentes”. Ou seja, quanto maior o contato dos dentes com bebidas ácidas, mais severas serão as erosões.

Fatores que podem diminuir o aparecimento de cáries e erosões:

1. Evitar a ingestão de alimentos açucarados - caso não seja possível, deverão ser ingeridos junto às principais refeições – seguidas de limpeza adequada dos dentes;

2. Usar fio dental, escova e pasta de dentes com flúor após as refeições e antes de dormir;

3. Não reter os alimentos na boca por muito tempo;

4. Evitar fazer bochechos ao ingerir líquidos;

5. Se beber refrigerantes ou bebidas gasosas, beba-os de forma rápida ou use um canudo até o fundo da boca. Isso diminui a exposição do ácido às superfícies dos dentes.

É importante manter o hábito da boa alimentação aumentando a ingestão de alimentos leves e saudáveis, mastigando-os calmamente e evitando os mais ácidos. Além disso, uma higiene oral adequada depende da escovação pós prandial e visitas periódicas ao dentista, que irá fornecer orientações acerca de procedimentos para melhoria da saúde bucal, bem como realizar avaliações a fim de prevenir erosões e cáries.

Quando foi sua última visita ao dentista? Será que você ficaria feliz em beijar sua própria boca?"

Fonte: Scientific Blogging: http://www.science20.com/news_articles/war_teeth_whitening_misguided_orange_juice_worse_your_teeth_says_study


terça-feira, 10 de julho de 2012

Molho de tomate falso


Quem conhece um pouco da filosofia macrobiótica sabe que evitamos o consumo excessivo de tomates. Entretanto, não dá para negar a versatilidade deste ingrediente, principalmente para fazer molhos. No meu caso, tomate em excesso aumenta a minha probabilidade de ficar com aftas. Além disso, quem tem problemas de artrite e artrose deve evitar o ingrediente de qualquer jeito, pois aumenta ainda mais tais processos inflamatórios.

Pensando nisso, resolvi compartilhar meu molho de tomate falso. Uso-o em absolutamente tudo que as pessoas fazem com molho de tomate: para fazer pizza, molho “bolonhesa” de soja, macarrão com molho de frutos do mar e por aí vai.

Ingredientes:
1 cebola média
1 cenoura média
5 dentes de alho esmagados
Sal Marinho
Azeite de Oliva (opcional no fim)

Preparo:
Corta a cebola na metade e depois em rodelas finas. Coloca a cebola numa panela para dourar (sem água e sem óleo) com o fogo alto por 3 minutos mexendo, depois abaixa o fogo para o mínimo (entre o desligado e o alto), tampa a panela e deixa a cebola ir amolecendo. Enquanto isso vai lavando e ralando a cenoura. Depois coloca e cenoura por cima da cebola, sem mexer e sem misturar, tampa a panela novamente e deixa que vá amolecendo. Enquanto isso descasca o alho e depois coloca o alho esmagado em cima da cenoura. Acrescenta meia xícara de água e deixa lá até ferver. Quando estiver tudo com aspecto bem macio, acrescenta quatro xícaras de água e deixa ferver. Depois é só bater tudo no liquidificador e misturar com o que quiser. Colocar sal e azeite de oliva a gosto no final!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Probióticos e saúde intestinal



Como diz o provérbio: Prevenir é melhor do que remediar. É justamente nessa linha que atuam os alimentos funcionais: uma classe de alimentos que além de fornecer a nutrição básica, promove a saúde, atuando na prevenção de doenças.
Faz parte da classificação dos alimentos funcionais, as bactérias probióticas. Isso mesmo, bactérias! A sociedade moderna demoniza esses seres, criando todo tipo de produtos antissépticos como enxaguantes bucais e sabonetes que prometem eliminá-los de vez. O que muita gente não sabe é que o corpo necessita de bactérias e outros micro-organismos, como protozoários, fungos anaeróbios, leveduras e bacteriófagos na manutenção de uma microbiota endógena saudável. Micro-organismos como o Staphylococcus, o Streptococcus o Enterococcus e o Clostridium, vivem em harmonia com seres humanos hígidos, desempenhando inúmeras funções para manter a homeostase em diversas partes do corpo como a pele, a cavidade oral, o estômago e o intestino.
            Antes do nascimento, o intestino humano é estéril. Os primeiros micro-organismos endógenos são transferidos para os bebês através do canal do parto, sendo outros micro-organismos introduzidos juntamente com os primeiros alimentos.  A colonização definitiva é obtida aproximadamente aos dois anos de idade, acompanhando o ser humano pelo resto de sua vida. Por este motivo, a microbiota intestinal materna exerce função determinante na colonização efetiva do trato gastrintestinal do recém-nascido, que poderá sofrer severas alterações quando privado da lactação humana.  Estudos comprovam que lactentes alimentados com leite materno possuem flora fecal diferente dos que são alimentados com fórmulas industrializadas. O primeiro grupo tendo predominância de bifidobactérias e lactobacillus e o segundo apresenta mais coliformes e bacteroides.
A colonização destes micro-organismos no intestino é fundamental no fortalecimento do sistema imune e consequente proteção do hospedeiro. Além disso, não há como subestimar o fato de que mais de 75% do peso seco de produtos fecais serem compostos por células bacterianas. Mudanças fisiológicas, que aumentem ou diminuam o peristaltismo, a quantidade de ácido clorídrico secretado no estômago ou até o muco secretado ao longo do trato, poderão alterar as comunidades microbianas residentes. Dietas parcialmente ou completamente industrializadas, pobres em nutrientes podem atuar como cofatores para a ocorrência de tais alterações fisiológicas. Entretanto, dos fatores exógenos, os que parecem mais perniciosos são os agentes antimicrobianos, capazes de causar mudanças rápidas e drásticas na microbiota normal.
Alguns fatores que exercem grande influência no estabelecimento do equilíbrio microbiano são: idade; dieta; tratamentos farmacológicos; radioterapia; utilização de probióticos e prebióticos; estresse; microbiota materna; via do parto; lactação; interações microbianas; interações micro-organismo-hospedeiro; e a presença de certos genes e receptores.
            E o que são probióticos e prebióticos? Probióticos são justamente aqueles micro-organismos que quando administrados em doses adequadas têm o poder de conferir saúde e benefícios ao seu hospedeiro. Os prebióticos, por sua vez, são componentes alimentares não digeríveis que irão contribuir para o desenvolvimento de uma microbiota saudável, estimulando o crescimento de determinas espécies bacterianas. Alimentos que contém probióticos e prebioticos são denominados de simbióticos.
As bactéricas probióticas caracterizam-se, na maior parte das vezes, por inúmeras espécies anaeróbias estritas, presentes no intestino. A ação delas ocorre através de certos alimentos, com parcelas não digeríveis, que chegando ao intestino, irão selecionar determinadas bactérias da microbiota endógena. Antes de poderem colonizar o intestino, entretanto, terão de sobreviver à alta acidez estomacal. Uma microbiota saudável, ou seja, com quantidade equilibrada de bifidobactérias, poderá impedir que outros micro-organismos, potencialmente patogênicos, colonizem o meio. Por outro lado, quando em desequilíbrio, a microbiota poderá funcionar como agente facilitador à proliferação de patógenos, resultando em infecções bacterianas e/ou fúngicas.
Os alimentos fermentados, ricos em bifidobactérias, são relatados em escritos que datam antes de Cristo, como o exemplo do historiador Plínio que recomendava produtos lácteos fermentados como tratamento de gastroenterite e também no antigo testamento, onde a longevidade de Abraão foi atribuída à ingestão de leite azedo. Acredita-se que as técnicas de fermentação ácido-lática de alimentos já eram praticadas pelos hominídeos a cerca 1,5 milhões de anos, A.C. e incorporadas à prática humana cerca de 10 mil anos atrás, como forma segura de preservação de alimentos. Após a Revolução Industrial, entretanto, a prática foi reduzida drasticamente nos países mais desenvolvidos, podendo este fato estar associado ao aumento dos casos de doenças gastrointestinais e imunológicas a partir do século XX. Somente na década de 80 do século passado que se retomou a ideia de que determinadas cepas poderiam estar associadas a efeitos benéficos na saúde humana.  
Os primeiros estudos científicos sobre probióticos datam do início do século passado com o trabalho do russo Metchnikoff, no Instituto Pasteur. Esse pesquisador, pioneiro de estudos sobre o sistema imune, postulou que os leites fermentados produziam seus efeitos benéficos no hospedeiro porque antagonizavam bactérias perniciosas no intestino. Sabe-se hoje que a microbiota intestinal tem as seguintes funções: resistência à colonização por outros micro-organismos, a imuno-modulação e a contribuição nutricional devido às interações locais e metabólitos produzidos.
Alguns alimentos exercem papel fundamental no fornecimento de nutrientes para a microbióta endógena, como: fibras, oligossacarídeos, açúcares, alguns lipídeos e proteínas. Além disso, o próprio cólon fornece nutrientes essenciais como mucinas, tecidos epiteliais, enterócitos, ácidos biliares e colesterol. Juntos formam um meio saudável, capaz de sintetizar vitaminas do complexo B e vitamina K, que serão utilizadas pelo hospedeiro.
Quando presentes nos alimentos, de forma natural ou adicionada, os probióticos são capazes de exercer benefícios aos seus hospedeiros, melhorando o balanço microbiano endógeno. Estudos apontam alguns efeitos que podem ser atribuídos às culturas probióticas, como: controle das infecções intestinais; estímulo da motilidade intestinal, alívio da constipação intestinal; melhora na absorção de alguns nutrientes; melhora dos sintomas associados à intolerância à lactose; diminuição nos níveis de colesterol; efeitos anticarcinogênicos; e estímulo do sistema imunológico.
Existem várias espécies de micro-organismos endógenos, efetivos em casos diferentes, tais como: diarreia induzida por antibióticos, intolerância a lactose, síndrome do intestino irritável e outros. A Organização Mundial de Gastroenterologia publicou um guia que contém uma lista dessas bactérias, separadas por gênero, espécie e cepa, explicitando os efeitos comprovados de cada uma delas. O guia, disponível no site: www.worldgastroenterology.org, aponta algumas espécies mais comuns como: Lactobacillus, Bifidobacteriumare, o fungo Saccharomyces cerevisiae alguns tipo de E. coli e Bacillus. Assim sendo, o termo deve ser utilizado para denominar cepas específicas, levando em consideração que a fermentação fornece sabores característicos aos alimentos, além de reduzir o pH, prevenindo a contaminação por patógenos em potencial.
Uma tendência da sociedade moderna tem sido justamente o retorno aos costumes antigos. Como foi apontado no texto, o uso e a importância dos probióticos na manutenção da saúde humana não correspondem nenhuma novidade. Entretanto, com os adventos das tecnologias e processos industriais o homem afastou-se deveras do seu habitat natural, o que acabou acarretando na disseminação de inúmeras doenças. Agora, retorna a atenção às épocas passadas, tentando descobrir porque em civilizações antigas não havia índices tão altos de epidemias modernas, como as doenças crônicas não transmissíveis e descobre que as mudanças nos padrões alimentares estão intimamente relacionadas a este fenômeno. Ironicamente, os adventos farmacológicos não tem parecido eficazes no tratamento de tais quadros patológicos, uma vez que podem causar severos efeitos adversos, a exemplo do impacto dos antibióticos na microbiota endógena. Sendo assim, não resta outra solução a não ser o retorno às tradições, como preconizou o pai da medicina, Hipócrates: “Que o seu remédio seja o seu alimento, e o seu alimento o seu remédio”.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ranking de Alimentos com Agrotóxicos

Recebi uma imagem no facebook e fui conferir a fonte, pois muito me surpreendeu ver a cenoura acima do tomate (vilão famoso tem teor de agrotóxicos) no ranking dos alimentos com maior teor de agrotóxicos. Encontrei a mesma imagem publicada no FB no site: www.organicsnet.com.br, com o texto que transcrevi abaixo. Os dados são de 2010, na dúvida é bom evitar os ranqueados e sempre buscar incluir o máximo de orgânicos na feira. Boas compras!! 


PIMENTÃO, MORANGO E PEPINO LIDERAM RANKING DE ALIMENTOS COM AGROTÓXICOS

Segundo Anvisa, dados são preocupantes já que ingestão cotidiana dos produtos pode contribuir para surgimento de doenças crônicas
O pimentão, o morango e o pepino lideram o ranking dos alimentos com o maior número de amostras contaminadas por agrotóxico, durante o ano de 2010. É o que apontam dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgados nesta quarta-feira (7/12). Mais de 90% das amostras de pimentão analisadas pelo Programa apresentaram problemas.
No caso do morango e do pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63% e 58%, respectivamente. Os dois problemas detectados na análise das amostras foram: teores de resíduos de agrotóxicos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas.
A alface e a cenoura também apresentaram elevados índices de contaminação por agrotóxicos. Em 55% das amostras de alface foram encontradas irregularidades. Já na cenoura, o índice foi de 50%.
Na beterraba, no abacaxi, na couve e no mamão foram verificadas irregularidades em cerca de 30% das amostras analisadas. “São dados preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”, afirma o diretor da Anvisa, Agenor Álvares.
Por outro lado, a batata obteve resultados satisfatórios em 100% das amostras analisadas. Em 2002, primeiro ano de monitoramento do programa, 22,2% das amostras de batata coletadas apresentavam irregularidades.
Balanço
No balanço geral, das 2.488 amostras coletadas pelo Para, 28% estavam insatisfatórias. Deste total, em 24,3% dos casos, os problemas estavam relacionados à constatação de agrotóxicos não autorizados para a cultura analisada.

Já em 1,7% das amostras foram encontrados resíduos de agrotóxicos em níveis acima dos autorizados. “Esses resíduos indicam a utilização de agrotóxicos em desacordo com as informações presentes no rótulo e bula do produto, ou seja, indicação do número de aplicações, quantidade de ingrediente ativo por hectare e intervalo de segurança”, evidencia Álvares.
Nos 1,9% restantes, as duas irregularidades foram encontradas simultaneamente na mesma amostra.
Para 
Em 2010, o programa monitorou o resíduo de agrotóxicos em 18 culturas: abacaxi, alface, arroz, batata, beterraba, cebola, cenoura, couve, feijão, laranja, maçã, mamão, manga, morango, pepino, pimentão, repolho e tomate. As amostras foram coletadas em 25 estados do país e no Distrito Federal. Apenas São Paulo não participou do Programa em 2010.

Publicação: 07/12/2011

Orgânicos Brasileiros

Acabei de acessar o site: www.organics.com.br e resolvi compartilhar algumas informações importantes sobre a produção orgânica brasileira. Agora é rezar para que a fiscalização seja verdadeiramente bem feita!


CERTIFICAÇÃO


Há uma discussão infindável sobre Produtos Orgânicos e Produtos Naturais, o que faz com que muitas pessoas acreditem que ambos são a mesma coisa. Trata-se de um sério mal-entendido e que muitas vezes induz o consumidor a levar “gato” por “lebre”.
Um produto natural não significa necessariamente ser um produto orgânico.
A diferença entre os dois produtos está na certificação. É ela quem dará ao consumidor a garantia de que produtos rotulados como “orgânicos” tenham, de fato, sido produzidos dentro dos padrões da agricultura orgânica. A certificação apresenta-se em forma de selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto.
As certificadoras autorizadas (http://www.organicsnet.com.br/certificacao/certificadoras/)a atuar no Brasil devem estar credenciadas através Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA.
A IFOAM, International Federation of Organic Agriculture que é a federação internacional que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica.
O desenvolvimento do mercado de produtos orgânicos depende fundamentalmente da confiança dos consumidores na sua autenticidade, que, por sua vez, só pode ser assegurada pela legislação e/ou programas de certificação eficientes.

MANUAL DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS


1. O que é certificação de produtos orgânicos?
A certificação de produtos orgânicos é o procedimento pelo qual uma certificadora, devidamente credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e “acreditada” (credenciada) pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica.
A certificação apresenta-se sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto.

Cabe ao Ministério da Agricultura credenciar, acompanhar e fiscalizar os organismos de certificação que, mediante prévia habilitação do MAPA, farão a certificação da produção orgânica e deverão atualizar as informações dos produtores para alimentar o cadastro nacional de produtores orgânicos. Estes órgãos, antes de receberem a habilitação do Ministério, passarão por processo de acreditação do Inmetro.
No exterior, o órgão internacional que credencia as certificadoras é a IFOAM, International Federation of Organic Agriculture Movements, que é a federação internacional que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica.
No que abrange a fiscalização, esta será feita nas unidades de produção, estabelecimentos comerciais e industriais, cooperativas, órgãos públicos, portos, aeroportos, postos de fronteira, veículos e meios de transporte e qualquer ambiente onde se verifique a produção, beneficiamento, manipulação, industrialização, embalagem, acondicionamento, distribuição, comércio, armazenamento, importação e exportação.
Quando houver indício de adulteração, falsificação, fraude e descumprimento da legislação serão tomadas as seguintes medidas: advertência, autuação, apreensão dos produtos, retirada do cadastro dos agricultores autorizados a trabalhar com a venda direta e suspensão do credenciamento como organismo de avaliação. As punições serão mantidas até que se cumpram as análises, vistorias ou auditorias necessárias. Também poderão ser aplicadas multas que variam entre R$ 100 e R$ 1 milhão de reais.
No Brasil o produtor orgânico deve fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, o que é possível somente se estiver certificado por um dos três mecanismos descritos a seguir:
“Certificação por Auditoria – A concessão do selo SisOrg é feita por uma certificadora pública ou privada credenciada no Ministério da Agricultura. O organismo de avaliação da conformidade obedece a procedimentos e critérios reconhecidos internacionalmente, além dos requisitos técnicos estabelecidos pela legislação brasileira”.
“Sistema Participativo de Garantia – Caracteriza-se pela responsabilidade coletiva dos membros do sistema, que podem ser produtores, consumidores, técnicos e demais interessados. Para estar legal, um SPG tem que possuir um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) legalmente constituído, que responderá pela emissão do SisOrg.”
“Controle Social na Venda Direta – A legislação brasileira abriu uma exceção na obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. Exige-se, porém, o credenciamento numa organização de controle social cadastrado em órgão fiscalizador oficial. Com isso, os agricultores familiares passam a fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.”
A importância da certificação, além da garantia da qualidade do produto/serviço ao consumidor, está na regulamentação dos processos e tecnologias de produção necessárias para a manutenção de padrões éticos do movimento orgânico e credibilidade do produto e produtor no comércio.
2. Por que certificar?
O estabelecimento de normas para regular a produção, o processamento, a certificação e a comercialização de produtos orgânicos surgiu da necessidade de os consumidores terem segurança quanto à qualidade dos produtos que adquirem, pelo filão de mercado que surgiu em vários países, impulsionado pelo crescimento da demanda por produtos cultivados com métodos da agricultura orgânica.
A diferenciação de produtos orgânicos ocorre com base em suas qualidades físicas, decorrentes principalmente da ausência de agrotóxicos e adubos químicos, por exemplo, que estão mais diretamente relacionadas à forma como esses produtos foram produzidos. Estas características embutidas nos produtos orgânicos não podem ser observadas com facilidade no momento da compra. A distância entre consumidores e produtores e a incapacidade de se ter certeza quanto à forma pela qual os produtos orgânicos foram produzidos justificam a necessidade de monitoramento da produção por uma terceira parte, independente. A certificação é, portanto, uma garantia de que produtos rotulados como orgânicos tenham de fato sido produzidos dentro dos padrões da agricultura orgânica. A emissão do selo ou do certificado ajuda a eliminar, ou pelo menos reduzir, a incerteza com relação à qualidade presente nos produtos, oferecendo aos consumidores informações objetivas, que são importantes no momento da compra.
O desenvolvimento do mercado de produtos orgânicos depende fundamentalmente da confiança dos consumidores na sua autenticidade, que, por sua vez, só pode ser assegurada por legislação e/ou programas de certificação eficientes.
Quando os consumidores decidem pela compra de produtos orgânicos e pelo pagamento de um prêmio por efeitos positivos à saúde e redução de impacto ambiental, entre outros atributos, eles esperam obter, em troca, um produto de origem orgânica garantida. Assim como os produtores orgânicos, que arcam com custos de produção mais elevados, os consumidores desejam estar protegidos contra os falsos produtos orgânicos.
3. Quem pode certificar?
A certificação orgânica pode ser feita por agências locais, internacionais ou por parcerias entre elas. Pode também ser realizada por grupos de pequenos produtores, desde que existam mecanismos internos de controle que sigam os padrões da agricultura orgânica. Nesses casos, é comum a comercialização da produção através de feiras de produtores e não há preocupação com exportação.
Para que uma agência certificadora de produtos orgânicos venha a funcionar legalmente, precisa credenciar-se junto ao órgão oficial competente. Pode também credenciar-se junto à IFOAM e obter o certificado ISO-65 para que o selo emitido seja reconhecido internacionalmente. Precisa ainda estabelecer suas próprias normas, padrões e procedimentos de certificação, mas que devem, necessariamente, estar subordinadas tanto à legislação vigente de cada país quanto à organização credenciadora.
As normas geralmente se referem à forma como os produtos de origem orgânica são produzidos. A prática mais comum é a definição de diretrizes gerais e a descrição de práticas culturais, tecnologias e/ou insumos permitidos, proibidos ou de uso restrito nesse modo de produção.
A reputação das agências certificadoras constitui um aspecto fundamental, pois denota persistência de seriedade na produção e de qualidade dos produtos.
A IFOAM foi a organização pioneira na criação de uma estrutura mundial de certificação orgânica, que contava, em 1999, com 14 agências credenciadas para emitir certificados de reconhecimento internacional. Seus padrões forneceram parâmetros para a legislação sobre produtos orgânicos de diversos países. Existem, ainda, certificadores independentes que tendem a atuar com base local. Até o momento, ainda não há um sistema que seja plenamente reconhecido no mundo todo e que possa fornecer a garantia da qualidade orgânica dos produtos.
Visando facilitar a relação comercial com outros países, no Brasil, nossa legislação teve como base as diretrizes do Codex Alimentarius para a produção orgânica e regulamentos já adotados nos Estados Unidos, União Européia e Japão.

5. Como se faz a certificação?
Uma vez que o produtor decide produzir utilizando métodos da agricultura orgânica, é recomendável que se associe a uma agência certificadora, onde obterá informações sobre as normas técnicas de produção. A certificadora poderá também indicar consultores para assistência técnica, que dão orientação quanto à produção e comercialização dentro de seus padrões técnicos para certificação. Em linhas gerais, o processo de certificação deve ser feito através de visitas periódicas de inspeção, realizadas na unidade de produção agrícola, quando o produto é comercializado ‘in natura’, e também nas unidades de processamento, quando o produto for processado, e de comercialização, no caso de entrepostos.
As inspeções devem ser tanto programadas (com o conhecimento do produtor) quanto aleatórias (sem o seu conhecimento prévio). O produtor deve apresentar um plano de produção para a certificadora e manter registros atualizados de uma série de informações, como a origem dos insumos adquiridos, a sua aplicação e o volume produzido. Estas informações têm caráter sigiloso e, assim como as instalações do estabelecimento, devem estar sempre disponíveis para vistoria e avaliação do inspetor, caso seja solicitado. Após a visita, o inspetor elabora um relatório no qual são indicadas as práticas culturais e de criação observadas, o que permite detectar possíveis irregularidades com relação às normas de produção estabelecidas. Estes relatórios são encaminhados ao Departamento Técnico ou ao Conselho de Certificação da certificadora, que delibera sobre a concessão do certificado que habilita o produtor, processador ou distribuidor a utilizar o selo. A certificação pode ser solicitada para algumas áreas ou para toda a propriedade.
6. Padrões
Os padrões de certificação orgânica são geralmente estabelecidos pelo Departamento Técnico das agências certificadoras, que promove reuniões periódicas com agrônomos, veterinários e produtores orgânicos para determinar a viabilidade técnica das práticas propostas. Os padrões devem sempre estar em consonância com as diretrizes básicas estabelecidas pela IFOAM. Aqueles que porventura ainda não estiverem em conformidade com essas diretrizes deverão adaptar-se dentro de um prazo estipulado para isso.
As normas estabelecidas devem ser amplamente divulgadas entre os associados e prestadores de assistência técnica e cumpridas rigorosamente pelo agricultor, processador ou comerciante que desejem obter e manter a certificação. Os padrões são revisados periodicamente, para permitir a adaptação a eventuais atualizações técnicas.
7. A certificação é garantia de abertura do mercado para exportação?
A certificação ajuda muito, mas, para exportar, o produtor ou empresa deve ter, antes de tudo, bastante profissionalismo; tanto na produção quanto nas demais etapas. Isso inclui os grupos de pequenos produtores que, com apoio de consultoria e esforço próprio, atingem níveis de organização e qualidade que os permitem disputar espaço no comércio internacional.
8. Quais são os benefícios do consumo de orgânicos?
O consumo de produtos orgânicos permite o fortalecimento natural de nossa saúde, bem como os mecanismos de defesa de nosso organismo. Contribuímos com a conservação dos recursos naturais, com a recuperação da fertilidade do solo e com a qualidade de vida do produtor e do trabalhador.
Além disso, consumimos alimentos mais saborosos, ajudamos a reduzir a quantidade de agrotóxicos e adubos químicos, protegendo a qualidade da terra, da água e do ar. Ajudamos a restaurar a biodiversidade, a economizar energia, a reduzir o aquecimento global. Estamos legando às futuras gerações a esperança de uma vida justa e harmoniosa neste planeta. Consumindo orgânicos, desenvolvemos nosso papel de agentes de transformação social e ambiental, praticando um exercício de cidadania.
9. Quais são os principais produtos certificados no país?
Além dos produtos in natura, o mercado de produtos orgânicos processados tem apresentado grande crescimento nos últimos anos. Já são encontrados sucos, geléias, laticínios, óleos, doces, palmito, pães, biscoitos, molhos, especiarias, cerveja, vinho, cachaça, mel, tofu, pratos prontos congelados, frutas desidratadas, óleos essenciais, açúcar branco e mascavo, café, guaraná em pó, barra de cereais, hortaliças processadas, extratos vegetais secos, camarão, frango e carnes.
Os principais produtos brasileiros exportados são: café (Minas Gerais); cacau (Bahia); soja, açúcar mascavo, erva-mate, café (Paraná); suco de laranja, açúcar mascavo e frutas secas (São Paulo); castanha de caju, óleo dendê e frutas tropicais (Nordeste); óleo de palma e palmito (Pará); guaraná (Amazônia); Rio Grande do Sul (arroz, soja e frutas cítricas); Santa Catarina (arroz); Mato Grosso (pecuária).
10. Quem são os produtores orgânicos?
Os produtores orgânicos estão divididos em dois grupos: pequenos produtores familiares, ligados a associações e grupos de movimentos sociais, que representam 90% do total de agricultores, e grandes produtores empresariais (10%), ligados a empresas privadas. Os agricultores familiares são responsáveis por cerca de 70% da produção orgânica brasileira e respondem por parte da renda gerada com esses produtos.
Na região sul o sistema orgânico é composto, em sua maioria, de pequenas propriedades familiares. No sudeste a participação é prioritariamente de grandes propriedades.
Em relação ao tipo de produto, os grandes produtores se destacam na produção de frutas – citros e frutas tropicais, cana-de-açúcar, café e cereais orgânicos (soja e milho, basicamente) e pecuária orgânica em áreas extensivas, com destaque para o Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Os pequenos produtores são os principais responsáveis pelo abastecimento interno, produzindo hortaliças, frutas e alimentos processados.
Fonte: www.organicsnet.com.br
Ministério de Agricultura, MAPA
IBD