sexta-feira, 30 de maio de 2014

Feijão carioquinha com quiabo, batata e pimentão


90% das minhas refeições são vegetarianas.  Por isso, o feijão, que para muitos é um mero acompanhamento, é para mim um item indispensável do cardápio, especialmente no almoço! Trata-se de uma excelente fonte de proteína, principalmente quando combinada com um cereal (juntos fornecem todos os aminácidos essenciais que precisamos ingerir), que no meu caso é o arroz integral, na maior parte das vezes, mas também mesclo com: milho-verde, painço, cevadinha, aveia, trigo e quinoa.

Não sei quem inventou essa história de que feijão bom precisa ter carne... Eu, pessoalmente acho nojentos aqueles feijões banhados em gordura. Meu feijão costuma ser bem sequinho (pouco caldo) de forma que não esparrame no prato e não precise necessariamente se misturar ao arroz. Aliás, gosto de comer tudo separado, degustando individualmente o sabor de cada alimento em meu prato.

Não uso nem uma gota de óleo para prepar feijão ou arroz. O arroz, via de regra, faço somente com uma pitada de sal e tempero à mesa com gersal. Já o feijão, vario com maior frequência.

Uma forma que adoro preparar feijão é com legumes. Como já devem ter percebido em minhas fotos é muito raro eu usar batata inglesa e pimentão em meus pratos, entretanto, hoje vou compartilhar uma receita campeã com vocês, que usa ambos ingredientes. Aproveitem!

Ingredientes:
  • 2 xícaras de feijão carioquinha seco
  • 1 pimentão pequeno
  • 2 batatas grandes ou 4 batatas pequenas
  • 16 quiabos
  • 3 dentes de alho
  • Pimenta do reino
  • Sal marinho

Preparo:
  • Depois de catar e lavar o feijão, deixá-lo de molho por 30 minutos. Descartar a água, lavar novamente e deixar de molho com o dobro de água (4 xícaras) por pelo menos 8 horas (se você morar em um lugar quente, deixar de molho na geladeira, para não fermentar. Se morar em um lugar frio e for deixar mais do que 8 horas de molho, colocar na geladeira).
  • Cozinhar em fogo alto até ferver, depois reduzir a chama para o mínimo - sempre com a panela tampada. Enquanto cozinha, picar os vegetais mais ou menos do tamanho de grãos de feijão cozidos (o alho deve ser picado bem miudinho). Depois de uma hora de cozimento, em fogo mínimo, o feijão já estará cozido ou "al dente" - acrescentar o alho e misturar com o feijão. Na sequência, colocar os legumes em camadas, sem misturar com o feijão. Logo acima do feijão o pimentão, depois a batata e por ultimo o quiabo. Cozinhar com a panela tampada por 15 minutos e verificar se a batata já está cozida (macia). Se estiver, acrescentar sal e pimenta do reino a gosto, misturar tudo, tampar a panela novamente e deixar cozinhar por mais cincos minutos. 
  • Pronto, agora é servir a apreciar... Bom apetite!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Metabolismo acelerado, tendência à magreza e gastrite: como tratar sem perder peso?

Imagem retirada do Google Imagens

Um perfil frequente que tenho observado é a combinação destes fatores: pessoas com tendência à magreza, que perdem peso com facilidade (metabolismo acelerado) e que consequentemente têm dificuldade em ganhar peso, que desenvolvem problemas gástricos, desconfortos, azia, gastrite, úlceras... Estas pessoas precisam tratar da saúde, mas ao mesmo tempo têm pânico da palavra dieta ou qualquer coisa que seja restritiva e que possa fazer com que emagreçam ainda mais. O post de hoje é dedicado a estas pessoas, se você é uma delas: boa sorte! 

Quem nunca conheceu um "magro de ruim"? Eu já fui uma dessas pessoas, mas na puberdade a festa acabou e só o que restou deste perfil em mim foram as lembranças do passado. Mesmo assim, lembro perfeitamente dos tempos em que podia comer um elefante e continuava magrela, a própria Magali.

É isso que acontece com pessoas com tendência à magreza. Acostumam-se ao fato de que podem comer de tudo e mais um pouco e não engordam. Muitas vezes abusam! A maior parte das pessoas que conheço com esse perfil, por exemplo, são ou foram viciadas em refrigerantes por muito tempo e conseguem comer grandes porções, inclusive de alimentos hipercalóricos, sem engordar.

Esta "sorte", como tudo na vida, pode vir acompanhada de um lado negativo, que é justamente a pessoa se habituar a abusar da saúde, por não conseguir ver as consequências de uma alimentação inadequada. Quando se dão conta de que precisam readequar a dieta é porque começam a sofrer com algum sintoma, que em grande parte das vezes, está relacionado a distúrbios gástricos.

Aí a vantagem de ter tendência a engordar. As pessoas passam a vigiar suas dietas desde cedo, pois se vacilarem perdem todo o guarda-roupas em pouco tempo e não chegam ao ponto de afetar um órgão tão importante como o estômago...

Como já tratei aqui, no texto Dietoterapia no Tratamento de Gastrite e H. pylori, não existe melhor forma de curar problemas relacionados ao sistema gástrico do que através de uma reeducação alimentar, visto que o aparelho digestivo está intimamente ligado à dieta. 

Alguns alimentos são especialmente venenosos para quem tem gastrite: leite e derivados, açúcar e alimentos refinados, carnes vermelhas, frituras, alimentos gordurosos, o café e as bebidas alcoólicas (especialmente as destiladas). Como podem ver, uma lista contendo bombas calóricas e retirá-las da dieta pode significar emagrecimento, tudo que alguém com o metabolismo acelerado menos quer. O que fazer?

Vamos lá! Nosso corpo é uma máquina de fazer adaptações, mas para isso precisa passar por uma fase de ajustes. Se você se encaixa no perfil que descrevi acima, saiba que ao fazer ajustes na dieta para tratar de algum dos problemas gástricos mencionados, irá sim perder peso. Faz parte da adaptação e o corpo sente o impacto de mudanças, mas logo se ajusta e volta ao equilíbrio. Então, ao perceber que está emagrecendo, não se desespere, continue, pois com o tempo seu corpo se readaptará e voltará ao peso habitual.

Outra coisa importante a salientar é que deve-se respeitar o próprio tipo físico. Da mesma forma que uma pessoa com estrutura mais larga e pesada precisa entender que ela não será esguia e longilínea naturalmente nunca, uma pessoa de constituição magra, precisa aceitar o seu corpo, pois constituição é algo inerente e respeitá-la é respeitar a própria natureza. Após determinada idade, o metabolismo começa a desacelerar naturalmente, mas deixe que o tempo faça os ajustes necessários no momento certo, sem ansiedade.

Retornando à dieta, ao retirar (ou reduzir significativamente) os alimentos mencionados, o principal é encontrar substitutos para eles e ingeri-los com frequência e em grande quantidade. No caso específico, os melhores aliados serão os carboidratos provenientes de alimentos não refinados/integrais, por serem bastante calóricos e ao mesmo tempo, nutritivos. Outros grandes aliados são as gorduras do bem, por terem propriedades funcionais e grande teor calórico.

Sendo assim, uma dieta para o tratamento de gastrite, deverá ser pobre ou nula dos ingredientes malignos mencionados e rica em alimentos como: arroz integral, aveia, cevada em grão (pode cozinhar junto com o arroz), milho (da espiga), painço, quinoa, abacate, azeite de oliva extra virgem, óleo de coco e sementes oleaginosas de todos os tipos. Tudo isso associado ao consumo frequente de diversos tipos de leguminosas (feijões), legumes e verduras. Deve-se tomar um cuidado especial com as frutas, evitando as cítricas e preferindo as frutas e não sucos - especialmente durante as refeições, que não devem ser acompanhadas de líquidos. O hábito de tomar uma xícara de chá quente (sem açúcar ou adoçante) após as refeições também será favorável ao tratamento (evitar os chás preto e mate). A ingestão de carnes brancas deve ser esporádica, com preparos leves (evitando as frituras), preferencialmente no almoço e não no jantar, para permitir que haja uma digestão completa antes da pessoa ir dormir.

Ao ingerir uma predominância de alimentos integrais, grãos, vegetais e hortaliças (todos ricos em fibras), automaticamente a textura da dieta estará mudando drasticamente. Para melhor assimilação e absorção destas comidas é fundamental que se habitue com uma boa mastigação. A digestão começa pela boca e uma pessoa que deseja poupar o estômago, que encontra-se inflamado, deverá enriquecer os alimentos que ingerem com as enzimas, somente presentes na saliva, que iniciam e alavancam o processo digestivo. Recomenda-se também não dormir de estômago cheio (fazer a última refeição pelo menos três horas antes de ir dormir) e não ficar grandes períodos de tempo sem se alimentar. No intervalo das refeições, as sementinhas oleaginosas são ótimas opções e podem ser acompanhadas de frutas secas, que são mais alcalinas do que as frutas frescas e são bastante calóricas... 

É isso aí! Acredito que a leitura deste texto e do meu texto mais antigo que trata da Dietoterapia no tratamento da gastrite e do H. pylori já seja possível ter uma ideia de como fazer uma boa reeducação alimentar e ao mesmo tempo evitar o emagrecimento. Boa sorte!!!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Caprese vegano

Essa é a combinação mais clássica e infalível de todos os tempos! Manjericão fresco, tomates orgânicos e porque não, tofu?? Abaixo minhas dicas de preparo para essa delícia que vai bem com simplesmente tudo: pizzas, massas, bruschetas, tapioca, sanduiches... Leve, prático, delicioso e saudável!!


Ingredientes:
  • 2 dentes de alho esmagados
  • 2 tomates picados em cubos
  • 1 barra de tofu firme picado em cubos
  • Manjericão a gosto (eu gosto bem exagerado)
  • 2 colheres de sobremesa de azeite de oliva
  • 1 colher de chá de molho shoyu de fermentação natural
  • 1 pitada de sal marinho

Preparo:
  • O segredo deste caprese vegano é que ele precisa ficar marinando um pouco antes de ser servido, para o sabores incorporarem ao tofu, que é meio sem gosto e por isso tão versátil. 
  • Gosto de preparar essa caprese vegana no suribachi, justamente para dar esse mix de sabores. Pode ser um pilão também.
  • Colocar o alho no fundo do suribachi com 1 colher de chá de azeite de oliva e 1/2 tomate picado. Esmagar tudo para o tomate soltar o caldo e misturar bem com o alho. Adicionar o resto do tomate, misturando suavemente, sem deixar machucar, mas permitindo que solte o caldo. Depois acrescentar o tofu, misturar gentilmente (mesmo assim ele vai ficar meio cremoso - mas você não quer que vire um patê). Por fim, acrescente o manjericão, o sal, o restante do azeite e o shoyu. Misture tudo e deixe descansar por pelo menos 20 minutos antes de servir.
  • Azeitonas roxas ficam deliciosas nesse prato, hoje não usei, pois não tinha em casa. Pode colocar sem medo, esmagando no início junto com o alho.


terça-feira, 27 de maio de 2014

Tofu na crosta de gergelim

A minha receita de hoje está também no Instagram da nutricionista funcional Patrícia Davidson Haiat.

Essa é para tirar de vez o preconceito com o tofu. Como sempre digo: não existe alimento ruim ou sem graça e sim alimento mal temperado!! Esta receita é facílima, saborosa e crocante! Aproveitem!


Ingredientes:
1 colher de sopa de gergelim preto
1 colher de sopa de gergelim claro
1 colher de sopa de tempero seco de alho, cebola e salsa
1 pitada de sal marinho
1 barra de tofu firme, cortado em 5 ou 6 fatias iguais
1 colher de sopa de óleo de gergelim
Cebolinha crua picada

Preparo:
Espalhar as sementes, o tempero seco e o sal numa bandeja (tabuleiro). Passar as fatias de tofu molhado por cima destes ingredientes, cobrindo-as completamente. Grelhar cada lado por 2 minutos em uma chapa, untada com óleo de gergelim. Acrescentar a cebolinha crua picada por cima quando servir. 

domingo, 25 de maio de 2014

Como manter os níveis de ferro numa dieta vegetariana?

Respondi uma pergunta no post Por que eu não como nem carne, nem leite e nem açúcar? e resvolvi compartilhar, pois acredito que seja do interesse de outras pessoas.


Imagem retirada do blog de João Henrique Eugênio

Pergunta:
Oi Mila!
Gostei muito do texto. Eu normalmente não como carne, fui criada com frutos do mar e peixes. Mas quando fico grávida, DESEJO carne! Como eu gosto muito de ouvir meu próprio organismo, acabo comendo de vez em quando principalmente nos primeiros meses de gestação. O problema é que aqui não encontro carnes "orgânicas", de bois criados livremente, sem hormônios, etc. Além de verdes, melaço de cana, feijão e beterraba, você recomenda alguma outra fonte saudável de ferro? Pois penso que essa vontade possa ser uma maior necessidade de ferro em minha dieta. Beijos, Mirella



Resposta:
Oi Mima!! 

Nosso corpo é sábio sim e devemos escutá-lo. Bela Gil falou que teve a mesma coisa na gravidez, era vegetariana há um tempão e quando estava grávida desejou carne. Como nunca engravidei, não posso dar meu depoimento... Mas quando adoeço fico desejando um peixe, um frango caipira ou até um carneiro (muito raro, só quando consigo um que sei que é 100% livre de hormônios).

As necessidades de ferro durante a gestação chegam a quintuplicar, em algumas fases, e é por isso que existe uma medida de saúde pública que recomenda a suplementação. É preciso estar com uma dieta MUITOOOO equilibrada e criteriosa para conseguir atingir as necessidades, especialmente numa dieta vegetariana. Minha mãe acompanhou o ferro dela nas duas gestações e nunca teve anemia, por isso sei que é possível, apesar de dizerem que é impossível sem suplementação. A famosa ciência baseada em evidências que tanto defendemos...

Enfim, Deus não criou o ser humano para depender de suplementação, né? Mas também não criou a humanidade para se alimentar tão mal, então, tudo tem um preço. Criamos os problemas, depois temos que criar as soluções... Além do mais, mesmo com consciência, com o dia-a-dia corrido, infestação de transgênicos e pesticidas, é quase impossível ter uma dieta 100% saudável e nessas horas o suplemento pode salvar. Nunca precisei usar nenhum tipo, mas quem sabe o dia de amanhã??

Em relação aos micronutrientes, o que sempre digo é o seguinte: mais importante do que aquilo que ingerimos é aquilo que deixamos de perder. Como é praticamente impossível avaliar as perdas de minerais, todos os estudos científicos estão baseados na ingestão. Acontece que a dieta da maior parte da população proporciona grande depleção de minerais, pois é altamente acidificante, rica em refinados, excessiva em gordura, etc... 

Devemos buscar uma dieta alcalinizante, pois é a melhor forma de "poupar" a perda de minerais. Havendo pouca perda, há consequentemente menor necessidade de ingestão... O resto é acompanhar os exames laboratoriais e fazer auto avaliações físicas para saber se estamos no caminho certo, sempre dando ouvido aos nossos instintos... Se o corpo está desejando carne, dê carne a ele, com certeza não é sem razão, especialmente durante a gestação! E por aí vai...

Boa sorte e grata por sua contribuição.

Bjs!



Observações extras:
  • Esqueci de comentar lá na resposta, mas como feijão todo santo dia, assim como quantidades generosas de folhosos verde-escuros. Outro super alimento que é super rico em ferro (além de outras propriedades) é o quiabo (como sempre). 
  • Minha dieta é rica em alimentos funcionais que ajudam a manter o sangue alcalino (missô, algas, ameixa umeboshi, sal marinho, gergelim, nattô, entre outros) e o consumo de alimentos refinados é bem raro... 
  • Apesar do melaço de cana ser considerado uma fonte de ferro e outros minerais (conforme tabelas), deve ser ingerido com moderação, pois não deixa de ser um doce, que gera picos glicêmicos e ainda favorece à descalcificação. 
  • Outro ponto a ter sempre em mente é que a vitamina C auxilia na absorção do ferro não-heme (proveniente de fontes vegetais) e o cálcio atrapalha a absorção do ferro, pois competem pelo mesmo sítio absortivo. Logo, atentar para estar sempre ingerindo alimentos fontes de vitamina C, juntamente com as refeições, evitando pratos contendo laticínios (eles são ainda piores, por causa da caseína) nas refeições ricas em alimentos fontes de ferro. 
  • No caso como o descrito acima, de alguém que além de comer muitas fontes vegetais de ferro, ainda come peixes e frutos do mar, sinceramente, tomando os cuidados mencionados, acho difícil que venha a ter algum problema relacionado à ingestão de ferro na dieta... Não é difícil atingir à recomendação com uma dieta rica e variada! 

sábado, 24 de maio de 2014

Combatendo a sinusite e a formação de muco: cortando o mal pela raiz!

Atendendo a pedidos, o post de hoje é dedicado à formação de muco e tratamentos naturais à base de mudanças nos padrões alimentares e hábitos diários. Boa sorte nas mudanças e contem com o meu apoio!


Problemas de congestão nos seios nasais são uns dos mais frequentes na sociedade moderna. Tratamentos alopáticos, entretanto, aliviam os sintomas, sem curar as causas. Alguns sintomas estão frequentemente relacionados a esta formação excessiva e acúmulo de muco, gerando obstruções, inflamações e infecções: pressão no globo ocular; obstrução nasal e dificuldade em respirar; sensação de peso na face; nariz escorrendo; mal cheiro nas passagens nasais; febres; dores de ouvido; diminuição da audição; desconfortos na garganta e tosse.

A principal causa são os alimentos formadores de muco, especialmente: leite, creme de leite, manteiga, sorvete, iogurte, queijo e laticínios em geral. Além disso, alimentos contendo açúcar e altas concentrações de doce como frutas e sucos estão relacionados com os sintomas descritos. Produtos altamente processados como farináceos: pães e biscoitos, especialmente quando feitos com farinha branca refinada. Deve-se tomar cuidado também com a ingestão de aveia, especialmente na forma de farinha. Mesmo leites vegetais, como leite de amêndoas e de coco, devem ser ingeridos com moderação, pelo alto teor de gordura e consistência líquida. Oleaginosas e comidas gordurosas também devem ser reduzidas.

Sendo assim, deve-se priorizar na dieta a ingestão de alimentos de consistência firme e que exijam mastigação: como arroz integral, feijão, raízes, legumes e vegetais. A presença de fibras na dieta é excelente para evitar a formação de muco, da mesma forma que alimentos muito líquidos, cremosos, refinados, gordurosos e pobres em fibras corroboram para a formação de muco. Devem-se priorizar os vegetais de consistência firme e folhosos de cor verde escura como: cenoura, abóbora, cebola, brócolis, couve, agrião..., evitando aqueles que são muito aguados e moles na forma crua, como tomate, abobrinha e berinjela. A temperatura exerce influencia na formação de muco, sendo a ingestão de pequenas doses de chá quente excelentes para dissolver e evitar a formação de muco. Assim, devem-se evitar alimentos na temperatura fria/gelada e água em excesso. 

É aconselhável fazer caminhadas diárias em ambientes com ar puro e fresco: podendo ser nas montanhas ou à beira mar, estimulando a respiração com ar de boa qualidade que irá ajudar a limpar naturalmente os pulmões. Evitar ar-condicionado e ambientes poluídos com ar viciado. Manter plantas em casa e no trabalho também é uma boa medida para melhorar a qualidade do ar. Tentar tratar os sintomas da forma mais natural possível, evitando o uso de medicamentos, que não tratam a causa do problema, tornando o corpo cada vez mais resistente e menos responsivo a tratamentos.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Cuscuz nordestino de batata-doce e coco

Como boa nordestina que sou, adoro um cuscuz!! Só que tenho tido muita dificuldade em encontrar fubá de milho que não tenha o maldito "T" de transgênico na embalagem e aí o jeito foi inovar o cuscuz. Esta receita é super simples, saudável e saborosa. Espero que gostem!!


Ingredientes:
  • 1 batata doce grande (2 xícaras de batata-doce ralada)
  • 1 xícara de bagaço de coco
  • 1 colher de chá de sal marinho


Preparo:
  • Ralar a batata-doce crua em um ralador fino. Misturar com o coco ralado e o sal. Como a batata é úmida, não precisa acrescentar água. Colocar a mistura em um cuscuzeiro, sem apertar a mistura (caso contrário não fica fofinho e leve). Cozinhar por 15 minutos no vapor. Antes de desligar o fogo, é sempre bom dar uma provadinha para ver se a batata está macia e cozida. 
  • Servir com leite de coco caseiro por cima. 


Observações: 
  • A batata doce pode ser substituída pelo inhame. Ainda não testei com a batata-baroa, mas deve ficar ótimo, principalmente porque a cor da batata baroa cozida é bem semelhante à cor do cuscuz tradicional de milho. 
  • O coco é opcional - dá para fazer sem o coco ralado também, eu usei para gastar o que sobrou do meu leite de coco caseiro. 

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Por que eu não como nem carne, nem leite e nem açúcar?

Imagem criada por mim, inspirada nos ensinamentos de Michio Kushi


Já devo ter respondido a esta pergunta algumas dezenas de vezes na vida, hoje resolvi escrever sobre ela.

O primeiro motivo que me faz não comer nenhum destes três alimentos é provavelmente a mesma razão que faz com que a maioria das pessoas coma.

Nasci em uma família de macrobióticos, onde estes alimentos simplesmente não integram a rotina alimentar. Para agravar a situação, fui alérgica ao leite e os seus derivados até os 12 anos de idade. Logo, estes alimentos simplesmente não fazem parte do meu hábito alimentar.

Em um post do ano passado, comentei sobre a importância da infância na formação do paladar e de futuros hábitos alimentares das pessoas. Trabalhando com educação nutricional e tendo a minha própria experiência de vida como exemplo, vejo como a infância exerce um papel crucial na formação de um indivíduo, não só tem termos alimentares, como em diversos aspectos que constituem o caráter de uma pessoa.

Agora vem outra pergunta: por que depois de adulta eu continuo fazendo questão de manter e até de propagar meus hábitos da infância?

Como todo adolescente, eu tive a minha fase rebelde, onde me esbaldei de chocolates, sorvetes e doces, especialmente quando fiz intercâmbio e me vi com total autonomia para comer o que quisesse. Não cheguei a abandonar completamente a alimentação macrobiótica, apenas acrescentei essas guloseimas açucaradas aos meus grãos e vegetais...

O resultado não foi dos melhores: engordei dez quilos e ao fim do intercâmbio adquiri uma tosse de cachorro que me perseguiu por pelo menos um mês. Retornando à casa, retomando velhos hábitos alimentares, tive aquela sensação de limpeza profunda do meu organismo, como se aquelas toxinas acumuladas ao longo de um ano estivessem desesperadas para sair. Rapidamente livrei-me da tosse e dos quilos extras adquiridos.

Dizem que a gente só aprende na dor. A minha, graças a Deus não foi profunda, como muitas pessoas que são obrigadas a mudar seus hábitos alimentares por patologias bem mais preocupantes do que ganho de peso e tosse. Mas esta experiência me fez olhar para o passado e perceber o quão felizarda fui a vida toda em não ter que me preocupar com balança, acne, caspa, mau hálito, gastrite, dor-de-cabeça, cólica, cãibras, unhas e cabelos frágeis e tantas outras coisas, associadas à alimentação e que perturbam a vida das pessoas desde muito cedo, em maior ou menor grau.

Dizem também que a gente só dá valor às coisas depois que as perdemos. Esse é outro motivo que me faz continuar firme e forte com a minha conduta alimentar. Não cheguei a perder muito, mas me ver vestindo uma calça 44, me fez perceber o quando eu era feliz vestindo 38/40 e não sabia. Não sabia mesmo, afinal, nunca me preocupei em fazer dieta, contar calorias ou comer pouco. Aliás, como igual ou mais que a maioria dos homens que conheço, mas apesar do grande volume, são alimentos saudáveis que naturalmente engordam menos. Agora imagine comer essa mesma quantidade, incluindo um monte de doces na dieta? O resultado não poderia ter sido menos que 10 quilos a mais em menos de um ano!

Em post falando sobre a minha relação com o açúcar descrevo exatamente isso:  a luta que foi deixar de comer algo que jamais tinha feito parte de minha rotina alimentar e que de um dia para o outro me tornei viciada e desejava comer à todo instante. Minha relação com o açúcar é de profundo respeito: como um alcoólatra que deixa de beber ou um fumante que deixa de fumar. Aquilo é uma droga, altamente viciante e se livrar do vício não é nada fácil.

Sobre o leite e a carne, vamos lá!

O leite nunca fez parte de minha vida e mesmo depois que deixei de ser alérgica, nunca me apeteceu. Aprendi até a gostar de algumas coisas derivadas do leite como certos tipos de queijo, sorvetes, iogurtes... Mas de modo geral não me apetecem e sabendo do meu passado alérgico, com muitas crises de asma, bronquite e rinite, sei que o melhor que posso fazer para não voltar a ter essas patologias, vinculadas ao sistema respiratório é evitar o principal alimento formador de muco. Então, leite: você lá e eu cá, combinado?! Nossa distância me faz muito bem, obrigada!

Por fim, carne. Sempre digo que se tivesse nascido carnívora seria dessas pessoas que diz que não conseguiria viver sem carne. Primeiro porque sou extremamente gulosa e segundo porque adoro comidas com texturas de carne, como o seitan, carne de soja, peixe, um bom frango caipira e até um carneiro de vez em quando. Como nunca comi carne bovina é simplesmente estranho para mim, sempre tive nojo naqueles bifes sangrentos vendidos no mercado (açougue então, não consigo nem passar pela porta), como o brasileiro sente nojo ao ver um chinês comer um escorpião, um morcego, um cachorro ou uma minhoca. Na verdade, apesar de comer um frango caipira esporadicamente quando estou numa fazenda de alguém, nunca tratei um frango na vida e apesar de cozinhar peixes e frutos do mar, estão longe de ser minha especialidade na cozinha. Gosto mesmo é de lidar com vegetais: limpinhos e cheirosos! O problema da carne de boi em si, vem da associação de saber que é a carne vermelha é comprovadamente a menos adequada ao consumo humano, associada à inúmeras patologias, juntamente com o fato de ter sido criada sem comê-la. Você escuta falar que é melhor evitar determinado alimento que já não faz parte do seu hábito alimentar, você faz o que? Dá graças a Deus e investe em outros alimentos mais saudáveis!

E por que, para início de conversa macrobióticos não comem açúcar, laticínios e carne? Vou tentar fazer uma longa resposta ser curta. Açúcar: um alimento químico e processado, sem nenhum valor nutricional e que ainda rouba minerais essenciais do organismo. Laticínios: simplesmente porque na cadeia alimentar nenhum ser foi criado para consumir o leite de outra espécie. O leite da vaca é feito para alimentar um bezerro, que por sua vez, tem uma estrutura física completamente diferente a do ser humano. Como a intenção é evoluir na espécie e não regredir para uma espécie menos evoluída, melhor se alimentar de coisas adequadas a seres humanos. Carne: pelo mesmo motivo da cadeia alimentar. Desde que o mundo é mundo, o maior come o menor. O boi é um animal muito maior do que o humano e consequentemente, assim como acontece com o leite da vaca, a sua carne é de difícil assimilação e digestão para humanos. Existem inúmeras outras fontes proteicas que podem garantir uma dieta saudável, sem gerar tanto desgaste pro sistema digestivo, até mesmo carnes de animais menores, como peixes e frangos, desde que de boa procedência...

Respondida a pergunta?

Não sigo nenhuma moda. Não sou uma defensora fervorosa dos animais – pelo contrário, defendo a cadeia alimentar, desde que ocorra de forma justa e lógica (maiores comendo menores) e não esta covardia que se tornou a pecuária e outros cultivos animais que gera total desequilíbrio no ecossistema para manter um padrão alimentar louco, onde a carne é o prato principal... Enfim, minhas escolhas alimentares vêm de um misto de experiências pessoas, estudos e escolhas inteligentes na hora de decidir o que entra em minha boca. Afinal, como diz o velho ditado, somos o que comemos e como tenho muito amor próprio, penso muito bem naquilo que quero me transformar antes de colocar um alimento na boca, meramente guiada pelo paladar. 

P.S.: Não quis entrar muito no mérito do yin e do yang neste post, mas outra justificativa pela qual macrobióticos não ingerem nem carne e nem açúcar, é porque buscam uma dieta equilibrada e estes alimentos são considerados extremo yang e extremo yin, respectivamente. O equilíbrio perfeito é impossível, mas chegar próximo a ele evitando extremos é bem mais fácil. É como comparar o deslocamento de uma pessoa em linha reta (ou levemente sinuosa), à beira do mar, com o deslocamento subindo e descendo ladeiras e vencendo grandes altitudes nas montanhas... O segundo vai gerar muito mais desgaste e cansaço até conseguir fazer o mesmo deslocamento que o primeiro faz com o mínimo de esforço. Essa é a ideia da alavanca viva: mínimo esforço para o máximo de resultado!

Os riscos das dietas da moda


Estava lendo este artigo no blog de Denny Waxman, quando a frase abaixo chamou a minha atenção. Resolvi utilizá-la como gancho para um texto. 

"...It involves developing health-supporting habits. We get much more benefit from the habits we practice than the habits or behaviors we abstain from. In the short term, we benefit from avoiding animal and dairy foods, but the habits we form are what promote long-term health...." Denny Waxman

"...Isso envolve desenvolver hábitos que sustentam a saúde. A gente se beneficia muito mais dos hábitos e comportamentos que praticamos, do que daqueles que nos abstemos. Em curto prazo, nós temos benefícios em evitar produtos animais e laticínios, mas os hábitos que formamos são aqueles que irão promover saúde a longo prazo..." Denny Waxman

Por que será que esta frase chamou a minha atenção? Bem, diante de tantos modismos alimentares, o que mais vemos hoje são pessoas dizendo que alcançaram resultados maravilhosos retirando certos alimentos da dieta. Os mais comuns têm sido o glúten e a lactose.

Em primeiro lugar, os benefícios não vêm só daí. A maioria das pessoas que se submetem à privação de nunca mais apreciarem uma pizza ao domingo com um grupo de amigos, estão tão cuidadosas (para não dizer, neuróticas) com a saúde, que provavelmente estão fazendo em paralelo uma série de outras coisas: sendo acompanhadas por um nutricionista, cuidando da qualidade do sono, praticando atividade física regularmente, dando preferência à orgânicos e alimentos integrais e muitos outros. Aí, em meio a tantas mudanças, divulgam que a retirada do glúten e da lactose foi a salvadora da pátria.

Queria ver o depoimento de alguém que não mudou ABSOLUTAMENTE nada na dieta e no estilo de vida e que retirou esses alimentos. Será que milagres acontecem? Nunca acreditei em nenhum alimento SOZINHO sendo vilão ou mocinho, sempre defendi o bom senso e a parcimônia e abomino radicalismos. No meu caso, por exemplo, pães e massas (contendo glúten) nunca fizeram parte do meu cotidiano e laticínios menos ainda. Posso comer ambos esporadicamente e não sinto nada, até porque não abuso. Como não fazem parte de minha rotina, a ingestão de tais alimentos normalmente está associada a algum motivo social e neste caso o prazer de estar compartilhando uma refeição entre amigos e degustando sabores diferentes de minha rotina tem a função de nutrir a alma... Só que para me sentir merecedora de exceções, mantenho uma regra muito criteriosa. 

Enfim, não é a este ponto que quero chegar.

Fazer reeducação alimentar não é reduzir ainda mais a variedade alimentar das pessoas (eliminando inúmeros itens da dieta) e sim apresentar infinitas possibilidades para deixar a dieta rica e variada. Quando estou orientando alguém em termos alimentares, sempre digo uma coisa: nunca tiro um alimento sem oferecer outro em troca (de preferência muitos outros). Só que a substituição precisa ser de fato uma substituição. Tirar os alimentos que contêm glúten (carboidratos) aumentando a quantidade de proteína (trocar um pão por um omelete, por exemplo) não pode ser considerada uma substituição, mas é isso que as pessoas vêm fazendo.

Analiso recordatórios alimentares diariamente na prática clínica e o que vejo é isso, dietas hiperproteicas, com pouquíssima variedade de vegetais e frutas, excesso de carboidratos simples (refinados), muitos produtos industrializados e doces... Resumindo: deitas completamente desbalanceadas. Aí, você pega uma pessoa dessas e enfia na cabeça dela que glúten e lactose são vilões... Se ela gostar muito de seguir modas e perfis no Instagram, vai achar que se deixar de comer pão e laticínios será a pessoa mais saudável do mundo! Ao invés de fazer as corretas substituições e aumentar a ingestão de cereais integrais e vegetais, irá acrescentar os alimentos "saudáveis" da moda: vinho; doces "funcionais" que tiram a lactose, mantém o açúcar a acrescentam whey protein; ovos (pouco importando se são caipiras ou não); azeite de oliva extra virgem; óleo de coco; sementes de chia... Ah, bananas! Quase ia me esquecendo da nova moda de sermos todos macacos! O mais triste é que vão gastar muito dinheiro com essas coisas e vão  continuar com a dieta desbalanceada e ainda crentes de que estão hiper saudáveis, pois seguem tal ou tal celebridade de mídia social: ícones atuais de saúde.

Quero deixar esta reflexão para vocês hoje. Aquilo que se retira de uma dieta, pode até trazer um benefício no curto prazo, mas aquilo que se acrescenta e se mantém é o que fará a grande diferença no longo prazo. Ou seja, mais importante do que o que você deixou de comer é aquilo que continua comendo... E estou falando de comida e não de pozinhos e cápsulas, isso não é alimento!

Já falei inúmeras vezes sobre os vegetarianos que não comem vegetais. Simplesmente decidem que proteger os animais é mais importante do que proteger as próprias vidas, deixam de comer carne e se entopem de produtos refinados, açúcares e até álcool. Não advogo a favor da carne, mas certamente estas pessoas estariam com melhor saúde se comessem carne e menos produtos químicos e industrializados.

O mesmo em relação a estas pessoas que deixam de comer glúten. Quem disse que tapioca é mais nutritiva que pão? É uma farinha, altamente refinada, proveniente de uma raiz, que está longe de ter as mesmas propriedades de um cereal. Só porque não tem glúten, não significa que seja um super alimento... Aliás, outro grande erro é achar que carboidrato é tudo igual, só porque estão juntos na pirâmide alimentar. Apesar de serem fontes de energia: um pão branco é completamente diferente de um pão integral, que, por sua vez, não tem nada a ver com um arroz branco e menos ainda com o arroz integral, que jamais deve ser comparado com uma batata-doce, uma mandioca ou um inhame. Raízes, tubérculos e cereais, apesar de serem fontes de carboidratos, constituem grupos alimentares completamente diferentes e por isso, possuem propriedades nutricionais distintas, que vão variar ainda mais se forem consumidas nas formas integrais ou processadas na forma de algum tipo de farinha... 

Com os laticínios o buraco é mais embaixo. Quem disse que o único problema dos laticínios é a lactose? Hoje  as pessoas comem queijos e iogurtes sem lactose e se enchem de proteína isolada do soro do leite (whey protein) e ninguém fala sobre a caseína e outros compostos presentes no leite da vaca que é feito para alimentar bezerro e não seres humanos. Lembrando que se alimentar de algo é completamente diferente de ingerir algum alimento de forma esporádica. Enfim, já falei muito sobre o leite aqui no blog, vou ficando por aqui, pois este não é o tema da publicação de hoje...


terça-feira, 20 de maio de 2014

Sopa de missô com lentilha e quinoa

Ontem fiz uma sopa usando a lentilha que cozinhei no domingo. Sempre cozinho feijão em uma quantidade um pouco maior para depois poder fazer sopa, adoro! Segue a receita...


Ingredientes:

  • 1 xícara de lentilha crua/seca (cozida);
  • 1/2 xícara de quinoa crua/seca
  • 10cm de nabo cortado em rodelas
  • 1 cenoura grande cortada em rodelas transversais
  • 1 xícara de couve-flor (ramos inteiros e talos cortados fininhos)
  • 1 xícara de mandioquinha em rodelas
  • 3 dentes de alho esmagados
  • 1 cebola pequena, cortada na metade e depois em tiras finas (formato de meia lua)
  • 1 colher de sopa de óleo de gergelim torrado
  • 1 colher de sopa de missô
  • Salsa picada

Foto com a quantidade de cenoura, mandioquinha e couve-flor que usei na sopa.

Obs.: A lentilha, nesse caso, já estava cozida. Como fiz 2 xícaras (grão cru/seco) na véspera, estou estimando que o que sobrou foi aproximadamente 1 xícara, que depois que cozida, mais do que duplica!

Preparo:

  • Refogar a cebola em uma panela, sem água, sem óleo, sem nada. Quando começar a dourar e escurecer o fundo da panela, acrescentar um pouco de água, misturando até o fundo da panela retornar à cor normal. Deixar cozinhando em fogo baixo para ficar bem macia por uns 10 minutos, que será o tempo da água secar novamente. Acrescentar o óleo de gergelim e o alho e mexer bem, dourando o alho.
  • Na sequencia, acrescentar a quinoa, refogando por 1 minuto com o alho e a cebola, colocando 2 xícaras de água depois e deixando cozinhar em fogo alto. Quando começar a ferver, reduzir o fogo para o mínimo e contabilizar 10 minutos. Passados 10 minutos, acrescentar os legumes, previamente cortados, por cima da quinoa, sem misturar e deixar cozinhar por mais 10 minutos em fogo baixo.
  • Por fim, acrescentar a lentilha e mais água, caso seja necessário, para ficar com consistência de sopa. Quando atingir fervura, abaixar o fogo e acrescentar o missô, previamente diluído em um pouco de água filtrada. Deixar cozinhar de 3 a 5 minutos, em fogo mínimo, sem deixar ferver e desligar o fogo.
  • Depois de servido acrescentar a salsa crua picada por cima. Se preferir pode ser cebolinha ou coentro. O tempero cru por cima da sopa dá um frescor à sopa quente. 

Rendimento: 4 porções 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Molho de cogumelos, cebola e leite de coco

Ainda querendo acabar o interminável leite de coco que fiz sábado, ontem inventei mais uma receita. Usei para colocar em cima da couve-flor, mas pode ser usada em massas, bruschetas, como molho para tofu assado...

Ingredientes:
  • 1 cebola pequena
  • 4 cogumelos tipo shitake secos
  • 2 cogumelos tipo shimeji secos
  • 2 xícaras de leite de coco
  • 1 colher de sobremesa de missô
  • 1 colher de sopa de araruta (se não tiver, pode ser amido de milho/maisena)
Preparo:
  • Quebre (ou corte) os cogumelos secos em pedaços menores e coloca de molho em 1 xícara de leite de coco. Deixe descansando para os cogumelos hidratarem.
  • Corte a cebola na metade e depois corte em fatias finas (meia-lua). Refogue em fogo médio: sem água, sem óleo, sem nada. Quando a cebola começar a dourar e o fundo da panela começar a escurecer, acrescente meia xícara de leite de coco, misture bem até o fundo da panela voltar a ficar claro, depois diminuia o fogo para o mínimo (entre o alto e o desligado), tampe a panela e deixe cozinhar para a cebola ficar bem molinha. Quando a cebola estiver cremosa (antes de secar e começar a escurecer o fundo da panela novamente), acrescente os cogumelos junto com o leite de coco e deixe cozinhando por 10 minutos no fogo mínimo.
  • Misture 1/2 xícara de leite de coco com o missô e a araruta e acrescente à mistura. Em fogo médio vá mexendo até obter a textura cremosa.
Está pronto, agora é só servir, da maneira que achar melhor!

domingo, 18 de maio de 2014

Panqueca de coco sem glúten, sem açúcar e sem lactose

Ontem fiz leite de coco para preparar as panquecas que postei e hoje precisava gastar tanto o leite de coco, quanto o bagaço do coco que sobraram. Assim, pesquisei algumas receitas na internet e acabei criando uma, inspirada em várias, mas diferente de todas, com os ingredientes que tinha em casa. Funcionou!!! A massa dessa vez é mais mais fininha e levinha e para a alegria do pessoal que faz dieta sem glúten - essa receita não contém glúten!!


Ingredientes:
3 ovos caipiras
1 xícara de leite de coco caseiro
1 xícara de bagaço de coco
2 colheres de sopa de amido de milho (maisena) 
1 colher de sopa de malte de arroz integral (pode substituir por mel ou melaço)
1 colher de chá bem rasa de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 colher de café de sal marinho

Preparo:
Misture todos os ingredientes secos em uma vasilha: bagaço de coco, a maisena, sal e bicarbonato de sódio. Em outra vasilha, acrescente os ovos, misture bem até a gema e a clara ficarem homogêneas (como se fosse preparar um omelete), acrescente os demais ingredientes molhados: leite de coco, malte de arroz integral e extrato de baunilha. Quando estiver tudo bem homogêneo, misture os ingredientes secos e molhados na mesma vasilha.

Esta panqueca tem a massa mais fininha e mais macia do que a de ontem. Em uma panela untada, coloque 2 colheres de sopa da massa. Ela vai borbulhar e depois de uns 2 minutos, com uma espátula (uso aquela de silicone) vá soltando as beiradas da panqueca para poder virá-la. Como essa massa é macia, fina e frágil, não dei piruetas com ela. Virei com a ajuda da espátula, para poder cozinhar o outro lado. Cada lado leva em torno de uma a dois minutos apenas.

Depois é só empilhar no prato e servir conforme a foto. Desta vez eu não usei calda de malte de arroz e sim uma colher cheia de geleia 100% fruta (sem açúcar) de morango (pode ser outro sabor) em cima e ao redor coloquei bananas e uvas-passas, polvilhando com canela em pó e bagaço de coco. 

O resultado? Completamente diferente da panqueca de ontem, porém ambas muito saborosas. A receita de hoje é mais levinha e crocante por causa do bagaço de coco na massa. A de ontem é mais pesada, o que permitiu que colocasse os chips de chocolate, dando um toque especial. Enfim, receitas diferentes para demandas e gostos diferentes: uma vegana e uma sem glúten. Ambas sem açúcar e sem lactose! Aproveitem!

Rendimento: 2 porções (como a da foto) - aproximadamente 14 panquecas.



sábado, 17 de maio de 2014

Panqueca vegana com farinha 100% integral

Hoje acordei com uma saudade dos meus brunchs de domingo no Kushi Institute e resolvi fazer um café da manhã bem americanizado, porém na versão natureba. Abaixo a receita de minhas panquecas veganas, feitas com farinha 100% integral. Bom apetite!!


Ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo integral
1 colher de sobremesa de fermento biológico em pó
1 pitada de sal marinho
1 xícara de leite de coco caseiro (pode substituir por leite de amêndoas)
1 colher de sopa de azeite de oliva extra virgem ou óleo de coco
1 colher de sobremesa de vinagre de arroz integral (pode ser outro vinagre, esse é o meu predileto)

Opcional:
Chips de chocolate - usei o meu favorito que é o Grain Sweetened Chocolate Chips da Sunspire - não contém açúcar, é adoçado com o meu adoçante natural favorito: malte de arroz integral. Esses chips maravilhosos, infelizmente não são vendidos aqui no Brasil, mas super recomendo que quem for aos EUA traga na mala, são tudo de bom!

Preparo:
Misture todos os ingredientes secos, depois adicione os ingredientes molhados e misture tudo até formar uma massa bem homogênea. Em uma frigideira untada com azeite de oliva ou óleo de coco, coloque três colheres de sopa da massa para cada panqueca. Enquanto um lado está na chapa, acrescente uns chips de chocolate e depois de uns 3 a 5 minutos, desvire a massa (hora de brincar de chefe de cozinha e fazer a massa dar uma pirueta no ar). A massa fica soltinha da panela, e como é relativamente pequena e grossinha, é super fácil de virar! Deixa na chapa por uns 3 minutos, desvira para "limpar" a panela com eventuais restos de chocolate derretidos e vai empilhando em um prato.

Calda e acompanhamentos:
1 colher de sopa de malte de arroz integral com 1 colher de café de extrato de baunilha. Esquente no fogo para "derreter" e jogue por cima das massas depois de pronto. O malte de arroz é difícil de achar aqui no Brasil, já encontrei na lojinha do restaurante Satori, no bairro da Liberdade em São Paulo e na lojinha do restaurante Metamorfose no centro do Rio. Pode ser substituído por um um maple syrup (encontra em algumas importadoras) ou por mel ou melado de cana. 

Fique à vontade para variar nas frutas, usei banana porque era o que tinha em casa, mas morangos e outras amoras ficam deliciosas também... Só não são tão fáceis de achar por aqui como nossa boa e velha banana.

Rendimento: 6 panquecas - serve duas pessoas. Eu, pelo menos, não dou conta de comer sozinha essa pilha que está aí na foto...

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Body Image Movement: EU APÓIO!


Acabei de ler esta matéria no Huffington Post com um vídeo sobre a uma mulher que está querendo fazer um documentário abordando como as mulheres se sentem em relação aos seus corpos. Ela perguntou a 100 mulheres o que elas achavam sobre os seus corpos e as respostas eram, na maior parte das vezes, negativas, demonstrando uma insatisfação generalizada. Muito triste!


Na foto acima: ambas mães de três filhos, ambas advogam a favor da saúde e do bem-estar. Chegou a hora de celebrar a diversidade. Cada corpo é único e conta a sua própria história. AME O SEU CORPO!

Segundo Taryn Brumfitt, , australiana, autora do The Body Image Movement o nosso corpo é um veículo e não um ornamento. Ela ressalta ainda que deve-se priorizar a disposição e alegria de viver e esse sentimento vem de dentro para fora. Nesta entrevista, ela explica em que se baseia o seu movimento, cuja finalidade é ajudar as mulheres a amarem seus corpos:
1) Aceitação. Aceite o que você tem: seis pequenos, quadril largo, pneuzinho, celulite, estrias... Não adianta ficar pensando no que você queria ter ou não ter, pois isso não vai levar você a lugar algum. Melhor focar nas coisas que podem ser mudadas! 
2) Mudança de linguagem. Ao invés de ficar se queixando, se lamentando e se odiando por aquilo que lhe desagrada, por que não ser gentil consigo mesma e se amar do jeito que você é? 
3) Priorizar a saúde e não o corpo. Se for fazer atividade física, seja correr, caminhar, escalar montanhas ou pedalar, que isso seja feito em prol de como você se sente fazendo esta atividade e não em sua aparência a partir dela.

Achei fantástico!! Escolhi uma profissão onde lido com o excesso de preocupação com a imagem o tempo todo. Mas, como vocês já estão carecas de saber, o que me motiva na nutrição vai muito além do aspecto estético. Detesto esta paranoia de contar calorias, acredito que devemos comer para viver e não viver para comer. Ou seja, nosso alimento deve ser uma maneira de nos dar o melhor combustível para ter uma longa vida saudável. Sinceramente, não é um pneuzinho, celulites, estrias, braços gordos ou seios murchos que irão determinar a saúde de uma pessoa.

Devemos respeitar as fases da vida. Uma mulher que está pensando em engravidar, por exemplo, deve estar mais preocupada em preparar o seu corpo para ter reservas para alimentar uma vida durante nove meses do que estar seca para que seja fácil retornar a "ser magra" após o parto. O mesmo em relação à uma mulher que está amamentando. A prioridade nesse momento é produzir leite de qualidade para nutrir a cria e para isso é bom ter reservas. A ditadura dos corpos lindos prega uma beleza onde existe uma busca pelo mínimo percentual de gordura, só que o mínimo mal dá para sustentar uma pessoa, menos ainda duas vidas, sendo que uma em formação.

"Meus seios produziram mais de 4 mil refeições para meus três filhos, tenha certeza que eles hoje são completamente diferentes e eu convivo muito bem com este fato" Taryn Brumfitt

Uma mãe que trabalha, as vezes tem pouco tempo livre e ainda chega cansada à casa. Em muitos casos é impossível que ela frequente uma academia, pois precisa dedicar as horas vagas a fazer compras de alimentos frescos e saudáveis para a família, cozinhar (ou ao menos coordenar um cardápio saudável para outra pessoa cozinhar) e principalmente estar próxima dos filhos, coisa que ela não vai conseguir fazer se pegar as poucas horas vagas que lhe sobram e se trancar em uma academia.

Enfim, cada caso é um caso. Acho que devemos respeitar o tempo de cada pessoa, assim como as suas prioridades. Super apoio esse movimento! Deixar de ser obsessiva com o próprio corpo está longe de ser um estímulo ao sobrepeso e à obesidade. É uma maneira de respeitar individualidades, modos de vida, prioridades e principalmente a auto-estima, colocando a saúde na frente da estética. Afinal, quem disse que todo mundo que tem um corpão é saudável?? Eu não tenho e estou certa de que minha saúde anda bem melhor do que a de muita neurótica por estética que tem por aí...



"Health is physical, emotional and spiritual and so much more that is not visible and not always obvious to others..." Taryn Brumfitt

Saúde é algo físico, emocional e espiritual e muito mais que não é visível e nem óbvio para outras pessoas..." Taryn Brumfitt

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Sopa de batata barôa (mandioquinha) com couve-flor e um toque de canela e salsa

Preciso dizer que meu jantar favorito é sopa? Esse meu gosto vem desde quando morava em Salvador, cidade cuja temperatura é quente o ano inteiro... Agora que estou vivendo em um lugar de clima frio, minha diversão noturna tem sido criar sopas. Hoje fiz uma com ingredientes que amo: batata barôa (mandioquinha), couve-flor, salsa e canela. Ficou uma deli!!! 



Ingredientes:
  • 4 batatas baroas (mandioquinhas) tamanho médio - descascar é opcional
  • 2 ramos grandes de couve-flor
  • 1 colher rasa de café de canela em pó ou um pedaço pequeno de canela em pau
  • Salsa picada
  • Azeite de oliva extra virgem
  • Sal marinho

Preparo:
Cortar a mandioquinha em rodelas de 2cm e levar ao fogo para cozinhar com 300ml de água filtrada, uma pitada de sal e um pedaço de canela em pau (ou a canela em pó). Em outra panela cozinhar a couve-flor na água filtrada com um pouco de sal: reservar. Quando a mandioquinha estiver macia (verificar se está quebrando facilmente com um garfo), bater no liquidificador (sem o pedaço de canela em pau). Utilizar o restante da água do cozimento da couve-flor para "limpar" o liquidificador, evitando desperdícios. Servir conforme a foto, acrescentando a couve-flor e a salsinha picada, bem como azeite de oliva extra virgem em cima da couve flor.

Rendimento: 2 porções

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sopa de batata doce e brócolis

Inventei esse creme ontem é ficou simplesmente divino. Amo as duas coisas: batata doce e brócolis... Já tinha feito sopa de brócolis várias vezes, principalmente com as folhas e talos, mas a consistência não fica muito cremosa, aí ontem eu tive a ideia de misturar com a batata doce. O brócolis quebrou o doce da batata, a batata deixou a sopa mais cremosa e a mistura dos dois ingredientes ficou uma delicia! 


Ingredientes:
  • 700g de batata doce (descascar é opcional);
  • 1/2 maço de brócolis (usei o sem ser ninja, justamente para aproveitar os talos e as folhas);
  • Sal marinho;
  • Azeite de oliva extra virgem;
  • 6 nozes
Preparo:

Cortar a batata doce em rodelas de 2cm de largura e colocar para cozinhar com uma pitada de sal e 400ml de água filtrada. Deixa cozinhar com a panela tampada. Enquanto está cozinhando, pica bem fininho as folhas e talos dos brócolis, reservando as flores.

Quando começar a ferver, adicionar o brócolis e cozinhar em fogo médio por 5 a 10 minutos. O brócolis não pode escurecer muito e sim ficar com um tom de verde mais intenso do que quando estava cru. 

Enquanto isso, cozinha as flores dos brócolis em outra panela com 200ml de água filtrada. Quando estiver com um tom de verde bem intenso, desliga e mistura o que sobrou da água no creme que está em outra panela. 

Quando a batata-doce estiver quebradiça (testar com um garfo), desligar o fogo e bater tudo no liqüidificador. Pode usar a água do cozimento das flores do brócolis para "lavar" o copo do liqüidificador, evitando desperdícios...

Retorna para a panela e adiciona o sal à gosto. Eu gosto da sopa bem cremosa e grossa, mas quem preferir pode adicionar mais água e deixar mais ralinha...

Picar as nozes e lava numa peneira fina. Depois tostar numa frigideira até ela ficar crocante.

Depois é só servir, acrescentando o azeite de oliva extra virgem. Usei um levemente apimentado, mas pode ser o tradicional. Como podem observar na foto, as flores são usadas para "decorar" a sopa, juntamente com as nozes, dando um sabor e textura especiais! 

Bom apetite!

Rendimento: 3 porções.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

SOS cabelos oleosos: xampu a seco

Imagem retirada do Google Imagens. Desconheço outras marcas, mas o que comprei foi esse "Charming" e fiquei super satisfeita. Uma lata grande custa na faixa de R$20,00 - vale cada centavo!!!

Hoje vou falar de um tema um pouco incomum aqui no blog, porém inevitável, considerando que eu sou uma mulher, com problemas comuns ao público feminino: estética, beleza, vaidade...

Esta semana fui salva por uma invenção maravilhosa que desconhecia e preciso compartilhar com as minhas leitoras.

Quem aqui nunca saiu de casa de manhã com pressa, sem se arrumar direito e foi pega de surpresa tendo que ir para algum lugar direto do trabalho, sem poder passar em casa? Eu não tenho nenhum problema em relação a isso. Sou capaz de ir de tênis para um restaurante muito chique ou de cara lavada para um casamento. Só tem uma coisa que me deixa completamente alucinada: se meu cabelo estiver oleoso.

Não tenho frescura com muita coisa. Uso roupas casuais: moletom ou jeans, com tênis e camisa de malha para qualquer lugar, mas não me peça para ir na esquina com cabelos oleosos. Só que meus cabelos, ficam oleosos ao longo do dia com muita facilidade, principalmente se tiverem sido lavados na véspera à noite e não no mesmo dia. Preciso lavá-los DIARIAMENTE, o que pode ser bem trabalhoso para quem tem cabelos longos (eu, pela primeira vez na vida).

Na segunda, saí de casa super atrasada e não deu tempo de lavar os cabelos de manhã (tinha lavado pela noite, na véspera). Coloquei uma presilha para disfarçar na franja e lá fui eu. Só não contava com uma visita surpresa que queria me encontrar após o trabalho, à noite. A surpresa foi maravilhosa, mas só de pensar no óleo que tinha se acumulado em meu cabelo ao longo do dia e saber que não ia dar tempo de ir em casa, tinha arrepios. Foi aí que uma colega de trabalho comentou sobre um tal xampu a seco.

Sou naturebíssima, como todos sabem, mas confesso que abstraí completamente a quantidade de produtos químicos que devem estar naquele BENDITO spray. Fui correndo na farmácia e lá mesmo coloquei o spray na raiz dos meus cabelos. INCRÍVEL!!! A oleosidade SUMIU!!!

Enfim, deixei a latinha mágina no fundo do carro e SUPER recomendo! Quem tiver o costume de andar com bolsas gigantescas, deixe dentro da bolsa... Ou então na mesa do trabalho... Na pior das hipóteses, faça como eu, passe na farmácia mais próxima e compre um... Só não deixe de ir para algum lugar, ou se obrigue a enfrentar um mega trânsito e se atrasar, só para poder passar em casa e lavar os cabelos, numa situação de emergência como a que acabei de descrever.