segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Arte: O Silencio da Alma

Escrever sobre o não pensar é pensar
A repetição deste tema mostra um esforço enorme para não se pensar
A verdadeira poesia é sentida
Ela expressa sensações e sentimentos

Poesia é arte escrita
A arte é uma dádiva das pessoas sensíveis
Não tem como objetivo explicar ou convencer
Apenas expressar e libertar o artista

Arte e mercantilismo formam um paradoxo
O artista que se preocupa com o valor de sua obra
Não está se preocupando em se expressar e sim em vender
Neste ponto a arte deixa de ser arte, pois perde a sua maior riqueza: a espontaneidade

A arte tem que ser um hobby
Para manter a sua leveza e singularidade
A arte venal nasce sob a pressão de se tornar valiosa
E no processo perde seu valor sentimental genuíno

A criação artística requer paz de espírito
Que só ocorre decorrente do mínimo de conforto
Mas como?
Como se ter paz de espírito sem a garantia do pão nosso de cada dia?

Viver de arte é quase utópico
Pois, quando ela vira meio de vida
Perde a sua essência e o prazer

Conseguir conciliar uma rotina estressante
Com horas de inspiração fluidas
Necessárias para se produzir arte
É quase impossível

Nasce daí uma arte ruidosa
Válvula de escape do stress cotidiano
Será isso arte ou terapia?


Arte ruidosa de Jackson Pollock
Nascida de um descuido
Descuido de quem pensa
Na hora em que não se deve pensar, apenas criar.
Não questiono a beleza da arte
E sim a relação do artista com a sua arte.

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