segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Saúde X Artificialismo


Qual o conceito de saúde nas sociedades modernas?

O fomento ao consumismo mudou e moldou completamente a vida principalmente nos centros urbanos, mas qual o efeito disso em nossa saúde?

Bem, todos: desde o nascimento. Muitos médicos obstetras conseguiram moldar a mentalidade das mulheres que sequer tentam ter partos naturais, marcam cesarianas como se fosse um procedimento cirúrgico qualquer. A vida tomou um cunho artificial desde o parto. Raros são os casos de partos naturais hoje em dia, desde aí se inicia uma lavagem cerebral que reflete no fluxo natural da vida.

Não tiro o crédito dos avanços da medicina, mas condeno a sua utilização desenfreada.

Antigamente nascíamos em casa, em um ambiente salutar em um parto natural. Hoje as crianças vêm ao mundo em um ambiente hospitalar naturalmente insalubre e ainda provenientes de uma cirurgia. Quem lucra com isso? Certamente o menor lucro é o da saúde e maior do obstetra (cirurgião), a enfermeira, o anestesista, o hospital e a indústria farmacêutica... Tudo isso com uma pseudo desculpa de maior segurança, o qual classifico como exagero, onde os experts da área de saúde aproveitam de suas autoridades e influencias sobre leigos pacientes.

No período de lactação são introduzidos leites artificiais à alimentação das crianças, absurdamente caros. Incrível como as crianças hoje já nascem frescas com intolerância a isso ou aquilo. Queria saber antes de todos esses suplementos existirem como elas sobreviviam e ainda com muito mais saúde.

Ao iniciar a alimentação sólida, as frutas e verduras frescas são substituídas por papas industrializadas. Os cereais naturais por misturas de grãos industrializadas cheios de açúcar como os Cremogemas e Nestons da vida. A criança ainda não tem dentes, mas já está começando a ter cáries.

Assim por diante, é um Nescauzinho, um Danoninho, Leite Ninho... A propósito o ser humano é o único ser que continua mamando depois de grande e ainda leite de vaca. Com que propósito? Ficar do tamanho de um bezerro? Os fabricantes de todas essas “comidas” listadas acima fazem um marketing tremendo que leva todo mundo a crer que são verdadeiros alimentos, cheios de nutrientes, vitaminas, etc.

As crianças estão cada vez mais alérgicas e enfermas, desde pequenas começam a tomar medicamentos, como um corticóide “básico”, um Sorine, um xarope açucarado, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos e assim por diante.

Nosso corpo paga o preço e as indústrias farmacêuticas e alimentícias enchem os bolsos. A lavagem cerebral é tamanha que as pessoas realmente acreditam serem saudáveis consumindo certas coisas sem se quer questionar como algo industrializado pode ser melhor do que algo integral ou natural. Às vezes  até questionam, mas a lei do menor esforço fala mais alto, afinal dá muito menos trabalho comprar produtos industrializados que podem ser estocados do que ir à feira diariamente escolher frutas e verduras frescas.

O pior é que esse mundo artificial está tão difundido que escapar dele está cada vez mais difícil. A farinha branca é refinada, o açúcar é refinado, o arroz branco perde todos os seus nutrientes para ficar branquinho, soltinho e bonitinho, o feijão é preparado banhado em gorduras e condimentos artificiais, os biscoitos são todos açucarados (mesmo os salgados) e cheios de produtos químicos, os refrescos cheios de corantes, conservantes e açúcar, sem falar nos refrigerantes, achocolatados e iogurtes. O bombardeio vem de todos os lados.

Fugir disso significa ter trabalho, estudar, ler todos os rótulos das comidas, buscar lugares alternativos para comprar alimentos integrais, naturais, livres de produtos químicos, hormônios e agrotóxicos. Tudo isso parece quase incompatível com o ritmo de vida que se tem hoje, por isso as pessoas têm optado em ter sempre uma boa farmácia perto de casa. Opção existe, o que falta é vontade e disposição! 

3 comentários:

  1. lembrei dos nossos papos em Valencia...
    só de pensar nisso tudo, fico overwhelmed! tantos "inimigos" p combater!!!
    vou morar numa fazenda... ;)

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  2. Vamos ser vizinhas de fazendas então, rsrsrsrs!!! E eu que escolhi uma profissão SUPER URBANA (arquiteta e URBANISTA) nisso tudo?? Que nó na cabeça....

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  3. Parabéns pela matéria, pena não ter lido antes.
    É um bom inicio de uma longa discussão.

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