terça-feira, 9 de agosto de 2011

Buenos Aires - Parte 01

Tênis no pé, mochila nas costas e lá fui eu para mais um giro pelo mundo... Roteiro? Argentina!!



Comecei por Buenos Aires, três dias hospedada em San Telmo para explorar a região central e sul da cidade. Como boa mochileira fiquei no Hostel Carlos Gardel cuja recepção lhe dava aquela sensação de: ”Estou na Argentina!” e a suíte muito arrumada com um banheiro lindo e amplo todo em pastilha de vidro mesclando tons de marrom. Cheguei num sábado à noite e inaugurei a cidade de fato no domingo com a típica feirinha de San Telmo. Fundo musical: Tango com direito à muita antiguidade, artesanato e principalmente muito cacareco. As pessoas colocam a venda todo tipo de coisa (algumas difíceis de acreditar que alguém pudesse comprar!).






O bairro de San Telmo é bastante boêmio com muitas opções de comes e bebes... Fica bem próximo da famosa Casa Rosada e Plaza de Mayo – passagens obrigatórias para quem visita a cidade. Primeira refeição: petiscos e Quilmes!! Ahhh, os presuntos e salsichas da foto foram para o lixo, mas a tal da papa provençal, que delícia. Uma batata frita com cobertura de alho e salsa... Para compensar as calorias, nesse dia caminhei cerca de 8km.





À noite taxi a preço de banana e porque ninguém merece caminhar no frio e de salto. Passeio por Puerto Madero e jantar com diversas opções gastronômicas, inclusive para quem não come carne, apesar da fama argentina. Nas duas vezes que estive em Puerto Madero comi ótimas massas e frutos do mar nos restaurantes: Gran Caruso e Tres Quarts (presente em Buenos Aires e Barcelona) – têm muitas outras opções dos gêneros por lá.
Como boa fã de Santiago Calatrava (arquiteto que projetou a ponte que de Puerto Madero) estive lá para jantar e almoçar. A vista noturna é linda e durante o dia a mistura de frio, sol, água e pessoas praticando esportes também é uma excelente pedida. Vale à pena caminhar pelo bairro residencial que fica atrás da zona portuária, moderno, tranqüilo, com prédios bem altos, ruas amplas, arborizado, praças limpas e lindas...

No segundo dia desci para o bairro de La Boca, com cautela por já ter sido avisada que não era dos mais seguros. Caminhei pelo Parque Lezama, muito agradável, porém um pouco abandonado e mal cuidado. Mais abaixo as ruas foram ficando cada vez mais sujas e inóspitas até que fiquei com medo e resolvi correr em direção à região do porto de lá, onde me deparei com a escultura de Louise Bourgeois da aranha gigante, velha conhecida das portas do Tate Modern em Londres e do Guggenheim em Bilbao – apesar de não gostar do animal preciso dizer que a obra é linda! Ao lado a chegada da típica região El Caminito, famosa pelas cores e apresentações de tango pelas ruas e bares. Sentei em um restaurante agradabilíssimo, onde fiquei horas apreciando um casal dançando e ainda subi ao palco para arriscar uma dança duas vezes. Tenho que dizer que o dançarino realmente surpreendeu, conseguiu mexer o esqueleto de um pilar humano: eu. Música e ritmo apaixonantes!

Arriscando meu primeiro tango: http://www.youtube.com/watch?v=ubAacEgnUQM







Depois de ter caminhado cerca de 8km, ter ficado mais de 3 horas relaxando, tomando uma Quilmes Bock e escutando tango no Caminito, taxi porque sou filha de Deus e mais “Camilada” pelo bairro de Recoleta. (Certa feita apelidaram minhas longaaaaas caminhadas de “Camiladas”, sou a versão feminina que caminha de Forrest Gump, risos!) Mudança total de atmosfera estava agora em um bairro sóbrio, arrumado e bem mais sofisticado que o do turno da manhã. Mais uns 3km de caminhada, passeando pelas ruas, praças e até cemitério – onde está enterrada Eva Peron (sim, lá é ponto turístico, estava lotado!). Para fechar a noite com chave de ouro, mais taxi e um bom jantar mexicano regado de vinho nacional no Palermo Soho.









No próximo dia explorei mais o centro e depois fui caminhando até a reserva ecológica que fica abaixo do Puerto Madero, passeei por lá, pelo bairro e depois do “almojanta”, no retorno para “casa”, me deparei com uma passeata, pois era aniversário de 59 anos de morte de Eva Peron. Impressionante como tantos anos depois ela ainda comove a cidade de tal maneira. O pior é que estava bem no centro do tumulto e tinha que ir para a rodoviária do retiro (caótica) para pegar um ônibus para a próxima parada: Mendoza. Uma confusão, ruas fechadas, gente por toda a parte e eu cheia de bagagem em busca de uma estação de metrô que estivesse aberta, correndo como uma louca para não perder o ônibus. Pior foi a chegada na rodoviária – um caos! Você precisa ficar escutando o que é dito no alto falante a cada minuto para descobrir de onde sairá o seu ônibus. O lugar enorme, bagunçado, lotado, ninguém para dar informação... Minha salvação foi entrar no ônibus super luxo, com cadeira que vira cama e relaxar à noite com direito a jantar, televisão particular com muitas opções de filmes (assisti dois) e acordar com direito à café da manhã já em Mendoza (nem parecia que tinha passado a noite dentro de um ônibus).




Essa parte da viagem ficará para o próximo post.

P.S.: Gostou da idéia do ônibus, recomendo a empresa: Cata Internacional, faz trechos por todo o país com diversos tipos de ônibus.

Um comentário:

  1. Oi Camila,

    adorei o post!
    Estou curiosa para saber a outra parte...

    bjus

    http://candyecute.blogspot.com/

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