
Ontem
escutei um caso que me deixou perplexa. Uma jovem mulher, profissional da área
de saúde, que por ter alguns casos de câncer de mama na família (mãe, avó e
tia), decidiu trocar as mamas saudáveis por próteses de silicone, aos 27 anos!
A explicação? Antes que as mamas dessem algum problema, retirou-as. A pessoa
que me contou este caso (uma amiga dela) falou como se tivesse sido a ideia mais
sábia do universo. Acredito que muita gente possa pensar da mesma forma. Eu
continuo chocada!
A causa do
câncer é um mistério que desafia a ciência. Fatores genéticos são apontados,
muitas vezes, como vilões. Venho propor, entretanto, uma reflexão sobre a tão
poderosa hereditariedade. Afinal, além de genes, herdamos hábitos. Qual será
mais forte?
Tenho muita
crença na força da herança de hábitos. Não é a toa que civilizações inteiras
demonstram certas predisposições a determinados tipos de câncer, diferentes de
outras. Um exemplo típico é a maior ocorrência do câncer de estômago entre
japoneses e do câncer de intestino entre os americanos. A genética explica?
Acho que a herança de hábitos faz muito mais sentido neste caso.
Em uma
família, os hábitos são passados de geração para geração. Alguns são tão
tradicionais que marcam uma cultura. Aqui em Minas mesmo, as pessoas comem
torresmo como se come batata frita em outros lugares do mundo. Isso sem falar
nas carnes gordurosas que enchem os cardápios dos restaurantes típicos e bares.
Não é de espantar os altos índices de doenças cardíacas no estado.
Será que ao
retirar as mamas essa mulher se livrou mesmo do câncer? Será que ao não
encontrar mamas, disponíveis para se alojar, o câncer não irá buscar outro órgão?
Obviamente esperamos que não. Mesmo assim continuo reticente à soluções que
focam no fim e não nos meios.
Um
comportamento comum entre a população em geral é buscar a culpa fora de si. As
pessoas não querem assumir responsabilidades. É muito mais fácil culpar uma
doença a uma epidemia, a um fator genético, a uma queda ou a uma reação adversa
de medicamento do que olhar para o próprio umbigo e buscar as causas em si.
Não
acredito na geração espontânea, aliás, ela foi derrubada desde o século XVII
por Redi. Não desprezo a genética também, mas acho que ela se soma aos hábitos
(bons ou maus). Somos o que comemos. Como já falei outras vezes aqui no blog, comemos
pela boca, pelos ouvidos, pelo tato... Ou seja, nos alimentamos de matéria e
energia constantemente. Que tal olharmos pros nossos hábitos e costumes antes
de apontar a genética e demais fatores externos como causadores de tudo?
Miloca, você já leu o livro "Anticâncer"? Você vai ficar perplexa, vai amar. A temática é exatamente essa daí. Se quiser, te empresto! Beijão, linda! Saudade de você!!
ResponderExcluirJu Oki
Oi Ju,
ExcluirQue surpresa boa você por aqui!!!
Já me recomendaram esse livro, mas ainda não li. Soube que o autor, ironicamente, morreu de câncer... Quando for aí em SSA aviso. O empréstimo do livro será uma bela desculpa para um reencontro!! Saudades!!
Beijão!!
Ele, na verdade, escreveu o livro já tendo desenvolvido a doença, tentando, holisticamente, prolongar seu tempo de vida. Se não me engano, "deram" a ele 6 meses de vida, e ele viveu mais de 15 anos..
ExcluirNão sabia que você estava morando fora! Quando estiver por aqui, me fala! Vamos marcar esse reencontro sim! :))))
Oi Ju,
ExcluirOlha como são as coisas... Comentaram comigo que ele tinha morrido num tom pejorativo, como se por esse motivo, o livro não tivesse crédito. Nada como saber o outro lado da história. Vou providenciar essa leitura logo, fiquei bem interessada!!
Valeu pela dica!!
Beijos
P.S.: To morando em BH, se vier por aqui avisa!!
Procure ler tambem sobre a ciencia ATUAL dos canceres, antes de emitir opinioes baseadas em "achismos" ok?
ResponderExcluirOi Anônimo,
ExcluirGrata pela contribuição!!
Estou constantemente lendo artigos científicos no tema! Antes de escrever este texto, inclusive, debati profundamente o tema com uma Oncologista que compartilha de ideias semelhantes. Essa pessoa lida diariamente com o câncer e vê inúmeras relações, inclusive emocionais, com a doença. Acredita, como eu, que é uma doença multifatorial e portanto, deve ser analisada por diversos ângulos.
Volte sempre!!