domingo, 27 de maio de 2012

Nutrição Esportiva: Reconstruindo Conceitos



Dizem que a sorte não bate duas vezes na mesma porta. Andou batendo na minha e como sempre estou atenta aos sinais da vida, resolvi ficar ligada no que estava por vir.

Há pouco mais de um mês fui sorteada na faculdade para fazer um curso de nutrição esportiva, tema que nunca tive muita afinidade. Fiz um mini-curso ano passado no tema e não tinha gostado muito...  Já tinha visto a divulgação e não tinha me interessado em fazer esse investimento, já que sempre estou fazendo muitos cursos e isso pesa bastante em meu orçamento.

Quando soube do sorteio, entretanto, fiquei feliz e triste. Feliz pelo sorteio e triste ao ver que na data do curso não estaria em Belo Horizonte. Escrevi para o coordenador da faculdade, agradecendo e dizendo que não poderia ir e que sorteasse outro aluno. Não acreditei na resposta: a data do curso tinha sido alterada!

Assim, lá fui eu despretensiosamente pro tal curso... Quantas surpresas!!! Novos conceitos, condutas, formas de trabalho e resultados surpreendentes. Adoro quando desconstruo ideias e formo outras novas. Foi exatamente isso que aconteceu ontem. Para completar, à noite ainda encontrei com uma amiga que é nutricionista esportiva e atleta de Iron Man. Debatemos o tema exaustivamente pela noite e madrugada enquanto assistíamos ao MMA. Ela descrevendo as suas experiências e eu amadurecendo todas as novidades que me foram apresentadas.

Vou compartilhar apenas uma simples ideia que me foi apontada. Todas as vezes que tentei malhar em academias foram catastróficas. Aquela meia hora (às vezes mais) na esteira, sempre pareceram intermináveis. Quando terminava não tinha nem força e nem saco para a musculação. Se fizesse a musculação antes ficava pensando no pesadelo que me aguardava depois: e esteira! Resultado: sempre optei por atividades como corridas ou caminhadas na rua, natação, boxe, ioga, pilates e fugi de academias. Entretanto, confesso que é a opção mais prática e fácil de encaixar nos horários, além dos incríveis resultados em termos de ganho de massa magra.

Ontem o conceito mais lógico surgiu como algo óbvio. Musculação é um exercício anabólico, anaeróbio (construção de músculos) e esteira um exercício catabólico, aeróbio (queima de calorias). Ao serem feitos juntos, um atrapalha o efeito do outro. Sem falar que quando a musculação é feita após um exercício aeróbio intenso, acaba não sendo muito produtiva pelo cansaço do corpo.

Nosso corpo não tem botão on e off. Quando terminamos uma atividade aeróbia, nosso corpo continua queimando, catabolisando. Da mesma forma, quando terminamos uma atividade anaeróbia, nosso corpo continua anabolizando. Fazer uma atividade anabólica seguida da outra catabólica é como querer ferver e congelar uma comida ao mesmo tempo. O mais básico Yin e Yang! Como nunca pensei nisso antes?? Fazer as duas atividades ao mesmo tempo é um contrassenso.

Agora vamos à desconstrução e reconstrução de conceitos. Faz parte do senso comum a ideia de que quem quer perder peso deve fazer atividades aeróbias. Só que um corpo gordo tende a estar inflamado (ácido, yin) e fora de sua homeostase. Primeiro ele precisa se yanguizar (alcalinizar), retornar seu metabolismo para a homeostase. Para isso, nada melhor do que uma atividade anabólica.

E o emagrecimento? Mais um mito!  Sempre achei que ele estivesse vinculado à atividade aeróbia. Acontece que ela não consegue ter efeito enquanto houver uma disfunção mitocondrial (na síntese de ATP). Se a fábrica energética do corpo estiver pifada, como será possível fazer uma atividade de grande dissipação energética? Acaba sobrecarregando o organismo e gerando poucos resultados... Essa foi uma desconstrução. A reconstrução foi ver inúmeras imagens de emagrecimento somente com exercício de força e musculação. Incrível!!!

E você? Tem alguma experiência para compartilhar no assunto? 

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