Alergias Alimentares

Foto retirada do Google Imagens

Acabei de ler um texto muito bom no blog Crianças da Cozinha que recomendo a leitura. Trata do tema das alergias, o qual tenho grande identificação.

Na infância fui SUPER, MEGA, HIPER, ULTRA, DUPER alégica. Por conta de inúmeros fatores, vivia tendo crises e mais crises de asma, que desencadeavam em bronquites e pneumonias seríssimas. Além dos problemas respiratórios, tive também diversos sintomas na pele, como empolações e erupções, decorrentes de alergias... Lembro demais dessas crises e do fato de não poder comer/entrar em contato com um monte de coisas, como:

Leite e derivados

Chocolate (alergia ao cacau)

Frutas cítricas (TODAS, inclusive manga que ninguém imagina que é cítrica)

Milho e derivados (inclusive fubá e pipoca)

Amendoim
Castanha de Caju
Nozes

Camarão

Cloro de piscina (só de sentir o cheiro ficava mal, cair na água nem pensar!)

Aveia

Farináceos

Clara do ovo

Poeira
Mofo

Cheiros Fortes

Com o tempo meus pais foram descobrindo todas os itens que provocavam alergias em mim e cortando totalmente da minha lista de consumo... Mas até isso acontecer foram muitas e muitas crises! 

Meus pais eram persistentes em não me dar remédios (só em casos de vida ou morte - que de fato ocorreram) e consegui superar as minhas alergias sem NUNCA ter tomado corticoide - algo quase inédito considerando a gravidade de minhas crises. Aos poucos eles foram reintroduzindo cada um desses itens (chocolate foi o último - somente aos 12 anos) e meu corpo foi se mostrando imune a todos eles.

Quando aprendi imunologia na faculdade a professora foi taxativa em dizer que alergia não tem cura. Depois outros professores repetiram o mesma e disseram que devo ter tido intolerâncias alimentares e não alergias. O fato é que fiz inúmeros exames na infância e sei que eram alergias mesmo!

Mais uma vez coloco a ciência em cheque, pois fiquei ABSOLUTAMENTE CURADA de todas as minhas alergias. Isso me faz crer que alergias não são curadas através de medicamentos, mas minha experiência pessoal me mostrou que através do fortalecimento do sistema imune, a cura existe SIM. 

Enquanto outras crianças, com problemas menos severos que os meus, se enchiam de remédios eu era cheia de terapias alimentares, homeopatia, nebulizações com soro fisiológico, chás e infinitos tratamentos de lento efeito e pouco tradicionais. Minha pediatra ficava aflita, pois ela somente dava o diagnóstico e meus assumiam a responsabilidade da maioria dos tratamentos alternativos: ela ia monitorando os resultados... Claro que já aconteceu de precisar de uma intervenção mais severa, mas diria que ocorreu em 5% dos casos... 

O fato é que DEU CERTO e o que fiz se assemelha a muito do que é exposto no texto da Pat Feldman. 

Tenho certeza que todo esse meu histórico foi determinante para eu ser a pessoa que sou hoje: totalmente voltada para a promoção da saúde com uma crença maior que eu no poder de hábitos e alimentação saudáveis. Afinal de contas, como diz o professor Kikuchi: "Não existe saúde sem doença". Já estive MUITO doente, fui uma criança BEM frágil. Hoje me considero mais forte que a maioria das pessoas de minha geração, mas sei que nada disso veio de graça e sim como um "prêmio" por ter focado (mesmo sem saber, pois por muito tempo era guiada pelas 'ordens' dos meus pais) em um estilo de vida mais natural e orgânico... Por isso, não paro de me cuidar NUNCA! =)