domingo, 23 de junho de 2013

Sobre as manifestações no Brasil nos últimos dias


I

Imagem retirada do Google Imagens

Não poderia sair de férias sem antes dedicar um post aos últimos acontecimentos no Brasil...

Como curiosa e boa leitora que sou, nos últimos dias achei mais produtivo ocupar o tempo que poderia estar nas ruas protestando, estudando o tema com profundidade, avaliando cada fato e tirando as minhas próprias conclusões.

Quem conhece o meu perfil (através do blog ou por me conhecer pessoalmente) sabe que não sou de seguir modelos, esteriótipos e muito menos de me guiar por ideias alheias. Fui educada para sempre desconfiar daquilo que se esconde por trás das massas e em um momento como este, me jogar nas ruas, levantando bandeiras de forma puramente passional, não faria o meu estilo.

Sou daquelas que protesta contra o carnaval da Bahia, apesar de todo o seu sucesso internacional, e desde que amadureci um pouco (há una 10 anos) deixei de freqüentar a festa, pois não comungo com a ideia de uma festa que paralise uma cidade do porte de Salvador por uma semana inteira, gaste mundos e fundos de verba pública, para fazer a alegria de poucos axezeiros e cia.

Com um posicionamento deste, apesar de estar feliz em ver uma nação lutando por seus direitos, não posso dizer que sou favorável que manifestações impeçam cidadãos de se deslocarem livremente por suas cidades e em alguns casos até correrem riscos desnecessários de vida. Sim, apesar da mídia frisar sempre que os vândalos são minoria, eles estão pelas ruas, oferecendo risco a pessoas que vão ingenuinamente e com as melhores das intenções às manifestações.

Outra questão que me deteve em casa foi o cometário de alguns amigos baianos de que as ruas mais pareciam carnaval do que protesto. Não me espanta, uma vez que tudo nessa terra vira carnaval e se não aprovo a festa em si, aprovo menos ainda manifestações que terminam em samba e cerveja. Mais um motivo que me fez achar mais produtivo ficar em casa estudando o assunto e/ou debatendo com outras pessoas que estavam fazendo o mesmo, incluindo tantas que foram às ruas.

No último post citei o blog de Reinaldo Azevedo e tenho recomendado a leitura dele para muitas pessoas que parecem se limitar a correntes de e-mails, facebook e televisão como fontes de informações. Ao recomendar o blog, mais de uma pessoa me respondeu: não leio Veja. Para essas eu respondo o seguinte:

1) O blog do Reinaldo é completamente independente do conteúdo da Veja, apesar de estar hospedado em seu site. No ritmo que ele escreve seria impossível que passasse por qualquer tipo de edição. Logo, 100% do conteúdo vem de opiniões próprias, cheio de personalidade e principalmente de muita pesquisa e dados que embasam o seu conteúdo. 

2) Antes de criticar algo que desconhece, sugiro que procure se informar. O blog dele é um contraponto a todas as outras notícias divulgadas na mídia, que no mínimo lhe fará procurar analisar os fatos por ângulos diferentes, além de desmistificar dados que são espalhados pela mídia. 

3) Lembre-se: uma boa mentira, quando bem contada ou repetida, vira verdade. Por isso que chegamos a este ponto de revolta, o Brasileiro acreditou em mentiras demasiadas e agora anceia por verdades.

Não estou aqui dizendo que o Reinaldo seja dono de qualquer verdade absoluta, apenas recomendando a leitura de seu blog como mais uma fonte de informação sobre a política brasileira. As conclusões, devemos tirar sozinhos a partir de todas as outras informações que temos acesso de forma ampla e crítica.

De tudo isso, fica o desejo de que estas manifestações resultem em um saldo positivo para a sociedade. Além disso, deixo aqui minha contribuição com uma campanha que começou muito antes destas manifestações e que é uma forma simples de melhorar a questão da representatividade neste país. Já andei fazendo campanha no facebook e mantenho o link sempre aqui no blog. Se você quer ter o mínimo de voz na democracia brasileira, um bom começo é assinar o manifesto do Voto Distrital, para acabar com o coeficiente eleitoral, garantir representantes eleitos por maioria de votos, representando seus municípios e não os seus partidos, como ocorre atualmente. Para mais infirmações acesse o site!

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