sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Em defesa da Amélia moderna

Nas imagens acima (retiradas do Google Imagens) quis ilustrar dois tipos de mulheres, nenhuma é melhor do que a outra - ambas podem ser lindas e interessantíssimas!

Acabei de assistir a este vídeo e confesso que fiquei chocada. É desta forma que o movimento feminista pretende se impor? Massacrando os homens? Tem gente aplaudindo isso?

Em primeiro lugar gostaria de frisar que não ter uma atitude feminista é completamente diferente de apoiar ou aplaudir qualquer tipo de assédio sexual ou ofensa dirigida à mulher, como mostra o filme. A coisa é colocada de uma maneira maniqueísta, dando a entender que a mulher sempre foi uma pobre coitada da sociedade e o homem o bonzão. A velha história das vítimas e coitadinhos... Não é bem assim.

Uma mulher não precisa agir como um homem ou roubar o seu lugar na sociedade para ser uma grande mulher. Mas é isso que o feminismo prega. A lavagem cerebral é tão grande que a mulher moderna não aceita mais ser mulher (nos moldes tradicionais) sem sentir que isso é sinônimo de fracasso. É como se para sentir que tem valor, uma mulher não pudesse se dar ao luxo de ser o que simplesmente é: mais frágil, mais sensível... Isso não é preconceito, é fisiologia: a mulher tem outro corpo e principalmente um ciclo hormonal completamente diferente. Não dá para querer desconsiderar esses fatos e achar que homens e mulheres podem inverter seus papeis tão naturalmente.

Claro, que se algum dos dois, assim deseje (inverter papeis), nada os impede. Mas, convenhamos que uma mulher que decida ser operária de obra terá que submeter seu corpo a um esforço físico muito maior do que um homem (existem exceções, estou falando de padrões de biótipos). Tanto é possível que vemos de tudo: homens trabalhando na cozinha e mulheres dirigindo caminhões. O fato de ser possível, não significa que isso precisa se tornar um padrão ou que é o correto. Pensar desta maneira é julgar o contrário como errado e inferiorizar quem simplesmente resolva seguir padrões femininos e masculinos tradicionais na sociedade.

Uma mulher pode optar em se dedicar somente ao trabalho e entrar em um acordo com o seu marido onde ele assuma as responsabilidades domésticas. Como sempre digo, são escolhas pessoais. Não dá para pregar essa inversão como sendo o certo e como se uma mulher que resolva não seguir este padrão esteja errada. Esta mania de impor certos conceitos na sociedade está completamente equivocada. A partir do momento que aplaudimos um vídeo como este, o que estamos fazendo? Dizendo que a mulher que assume ser dona-de-casa não é digna do seu valor? Tenha a santa paciência.

Acho que faltam mulheres que digam o quanto são felizes como donas-de-casa ou executando papéis tradicionalmente femininos. O que vejo hoje, é o contrário: mulheres entrando em conflitos terríveis quando são impostas a estes papeis, simplesmente porque a sociedade criou um padrão de que esse é o modelo da mulher infeliz e submissa - sem valor. Isso é tão forte, que mulheres que atuam no mercado de trabalho tendem a propagar esse preconceito, desdenhando de quem não trabalhe fora de casa. Ou seja, a desunião e o preconceito começam entre as próprias mulheres. Consequentemente, hoje existe um estereótipo de que a mulher só tem valor enquanto profissional do mercado, desdenhando a nobre atribuição de cuidar de um lar, de uma família.

Eu já vivi os dois lados e vejo grande mérito em ambos. Por isso não gosto de julgar o papel da mulher na sociedade. Acho que cada uma deve escolher o seu papel (de acordo com sua identificação pessoal) e deve ser respeitada por sua escolha. Qual o problema de uma mulher não gostar de cozinhar, detestar tarefas domésticas e só pensar em trabalhar? Nenhum! É uma escolha... Nem por isso ela é melhor do que aquela que dedica a sua vida à cuidar da família e não tem uma atividade remunerada.

E quanto aos homens? É muito fácil para as mulheres se fazerem de coitadas. Gosto de olhar pro outro lado. Tem muito homem que dá um duro danado, trabalha de sol a sol, para cumprir o papel de chefe financeiro da família. Será que ele não preferiria ter mais tempo livre, ficar mais tempo com os filhos? A mulher que não trabalha e tem um marido que a sustente, também não pode se colocar como vítima. O que ela precisa é mostrar o quão importante são as tarefas que ela executa (que alguém precisa fazer, já que o homem passa o dia fora de casa) e que o fato de não ser um trabalho remunerado, não significa que tenha menos valor. Ela tem que admitir para si mesma o quanto é bom ter flexibilidade nos horários, conseguir encaixar uma massagem, manicure ou pilates no meio da tarde e ser grata ao fato de poder estar próxima dos filhos ou mantendo a casa em ordem, justamente por ter um marido que cuide do aspecto financeiro da família. Cada papel tem o seu ônus e o seu bônus e precisa receber seu devido valor, sem esta ideia equivocada de que para o homem tudo é fácil e a mulher é uma coitadinha submissa, não é bem assim...

Homens. Não são todos safados, agressivos, desrespeitosos... Uma mulher que cuida bem do seu homem tem maiores chances de ter um marido atencioso e respeitador, consequentemente um lar equilibrado e feliz. Qual homem não gosta de chegar a casa, depois de um longo e estressante dia de trabalho e encontrar a casa limpinha, arrumadinha, comida gostosa, um ambiente acolhedor, uma esposa alegre, disposta a escutar seus problemas e lhe dar forças para continuar enfrentando aquele ambiente de trabalho muitas vezes tenso e competitivo? O homem que foge do ambiente familiar é porque não encontra nele aconchego, preferindo muitas vezes a companhia de amigos no futebol ou boteco. Claro que os últimos exemplos são naturais e salutares esporadicamente, mas se isso se torna regra, demonstra fuga, ou seja, sinal de que o lar não anda muito atrativo. Será que o papel da dona-de-casa é tão secundário assim?

Mulheres. Quem disse que a mulher que "depende" financeiramente do marido é fraca e submissa? Quem disse que ela não é feliz tendo o dia inteiro para cuidar de si, da casa e da família? Quem disse que é ruim fazer supermercado, cozinhar, manter as coisas em ordem, levar e pegar os filhos em aulas e não ter que se preocupar em fazer dinheiro? Desde quando uma pessoa nesta situação merece ser vista como "coitada"? E se ela não gosta de fazer essas coisas, o que impede que deixe de fazer, terceirize ou delegue estas atribuições e passe o dia na rua trabalhando de forma remunerada?

Enfim, acho que cheguei ao meu ponto. Fui criada em uma sociedade que quer pregar valores feministas como se fosse o auge da conquista de qualquer mulher (assumir o papel masculino na sociedade). Pode ser para umas, mas não é para todas. O problema é que a lavagem cerebral é tão grande que quem sofre as consequências são aquelas que assumem o papel da mulher tradicional na sociedade (seja por opção ou por necessidade) - que acabam sendo vistas e taxadas como inferiores, quando na verdade não diferem em nada de uma grande executiva.

7 comentários:

  1. The Goat Strikes Again...14 de fevereiro de 2014 às 15:20

    Tudo isso faz parte daquilo que é conhecido como "a nova ordem mundial". O que há por trás disso é a tal "mente revolucionária", "progressista", "de esquerda", que precisa destruir o antigo ordenamento da sociedade e instalar o caos que, certamente, será preenchido por essa coisa abstrata e opressiva que é o Estado, cujos postos de comando são cobiçados por aqueles que fomentam essa mesma devastação do costumes. Assim, quem acaba realmente pagando o pato são as crianças, que deixarão de ser "filhos e filhas da mãe", para serem filhos e filhas da creche, da tia, e até dos avós que já cumpriram, às vezes a duras penas, seus papeis de pais e mães de seus próprios filhos. Com a destruição dos papeis tradicionais de homem e mulher e mais o incentivo à glamourização da prática gay, o que vemos hoje é uma corrente, com inércia mundial, em busca da destruição da família. A tendência, com isso, é a transformação dos pais em meros doadores de gametas, a entronização da barriga de aluguel, para que ambos estejam liberados para se dedicar àquilo que é a febre ou vício da pós-modernidade: a busca incessante de prazer, de lazer, a reivindicação de direitos e a renúncia a qualquer responsabilidade, que será sempre empurrada para a impessoalidade do Estado, que certamente cobrará seu preço na forma de supressão das liberdades individuais. Trata-se de um jogo em que os únicos que terão a ganhar serão os donos do poder político e do mega poder econômico, que acabarão, para ironia de quem acha que é contra eles que está lutando, concentrados mais e mais nas mãos de muito poucos. E são esses muito poucos que vivem a rir, diariamente, dos idiotas úteis de esquerda de que se servem.

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  2. se a mulher quer ficar em casa é um direito dela mas eu vejo um problema em ser dona de casa,nada garante que o casamento irá durar para sempre e se houver a separação como é que a mulher vai ficar?
    e mesmo a mulher sendo dona de casa ,acho que o homem tem que ajudar quando puder,porque ao contrário dos empregos normais,dona de casa não tem férias,folga,nem horário para acabar o serviço,trabalha muito mais do que quem tem emprego.
    concordo que as feministas querem fazer lavagem cerebral e só respeitam quem concorda com elas, se você ousar discordar da verdade absoluta delas,elas nem te consideram mulher,dizem que é troll,homem fingindo ser mulher.
    são patéticas,mais cedo ou mais tarde vai aparecer alguma aqui dizendo que você só fala merda,faz parte da propaganda de respeito as diferenças do feminismo.

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    1. Oi Ana, grata por sua contribuição. O fato de uma mulher optar em ser dona de casa não impossibilita que ela possa dar seus pulos caso seja necessário. Conheço uma mulher, que era dona de casa e separou com 4 filhos. Depois acabou casando de novo, mas desde que separou sempre soube se virar para botar dinheiro em casa (e olhe que não recebeu formação para isso). Nos dias de hoje nada impede que uma mulher seja dona de casa por opção, porém com plena capacidade e instrução para arregaçar as mangas caso seja necessário.

      Infelizmente, junto com o feminismo também cresce a desvalorização do casamento. Os relacionamentos são cada vez mais superficiais e o individualismo é tão grande que não há mais tolerância. Nenhum ser humano é perfeito e qualquer relacionamento requer muita dedicação para dar certo. Acontece que dá trabalho, assim como dá trabalho cuidar de um lar e ninguém mais quer ter esse trabalho. Enfim, para mim o aumento no número de divórcios cresceu junto com o feminismo. Claro que em alguns casos é inevitável, não acho que ninguém deva se manter casado com alguém que lhe agrida ou algo do tipo - mas sabemos que grande parte dos divórcios é pura falta de tolerância, paciência, respeito...

      Vivemos em uma sociedade que só enaltece os prazeres e esquece das obrigações. Então as pessoas só querem as coisas (trabalho, casamento...) enquanto são prazerosas. Vivem buscando um estado eterno de divertimento e isso é irreal...

      Enfim, são tantas ramificações do mesmo tema que certamente renderiam muitos outros textos... Vou ficando por aqui...

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  3. Peguei os primórdios do feminismo.Pude escolher ser exclusivamente dona de casa e fui duramente criticada pelas mulheres à minha volta.Nunca voltei atrás,nem me arrependi

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    1. Oi Lili!!

      Quem pode se arrepender de ter dedicado sua vida à construção e manutenção da harmonia de uma família?? É isso que digo, o feminismo conseguiu destruir a nobreza de uma das atribuições mais belas que faz parte do instinto feminino: cuidar. PARABÉNS!! =)

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  4. Eu não conhecia esse site. Você está de parabéns Camila. Ter alto astral e ver a vida com bons olhos nesses tempos modernos é difícil. Nesse mundo onde todos vivem reclamando, estressados, irritados, pessoas como você são uma brisa refrescante.

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    1. Oi Arthur,

      Seja bem vindo e grata pelo incentivo. Eu me esforço para manter o alto astral, mas confesso que é impossível "beijar o padeiro" o tempo todo. Aí eu venho aqui, reclamo, boto para fora e dou bons "murros no padeiro". Mas no geral, procuro manter um clima agradável por aqui e em minha vida como um todo... Apareça sempre!

      Abraço

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