quarta-feira, 18 de maio de 2016

Dicas para seu bebê comer bem!


Demorei, mas cheguei! Fomos pegos de surpresa com um resfriado aqui em casa e minhas poucas horas vagas foram ocupadas na elaboração de sopas e chás funcionais, atenção ao bebê que ficou super manhoso com o estado gripal e tentativa de repouso. Depois vou até escrever um post sobre minha experiência amamentando um bebê com nariz congestionado (tem dificuldade em respirar porque a boca está ocupada), com uma dica que super funcionou por aqui...

Mas hoje o tema é outro! Fiquei devendo um post sobre como manter o bebê concentrado e entretido durante as refeições, não foi? Vamos lá! 

1) Estabeleça uma rotina de horários para as refeições. Isso cria segurança e previsibilidade ao bebê. Ele saberá que não passará fome e que em intervalos regulares será alimentado. Aqui é a cada três horas: 6:00 mama; 9:00 desjejum; 12:00 almoco; 15:00 lanche; 18:00 sopa; 19:30 mama e dorme. 

2) Crie um ritual. Aqui o meu é assim: Gui faz todas as refeições na mesma cadeirinha. Como é portátil levo até para restaurantes e viagens. Assim, mesmo que o lugar mude completamente, mantenho os horários e a cadeirinha cria um espaço familiar que é muito importante para manter a segurança e previsibilidade do bebê (especialmente se ele viajar com certa frequência). Levo as colheres dele num estojo e as comidinhas estão sempre nos mesmos potinhos de vidro, mais itens que criam familiaridade, além da comida, apresentação, tempero, etc. Outra coisa que faço é lavar as mãos dele antes de sentá-lo na cadeirinha e depois que come limpo o rosto e as mãos com uma fralda de pano umedecida. Sabe aquela música do Chico? "Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Bem desse jeito! Enfim, esse é o meu ritual... O seu não precisa ser igual, mas é importante que ele exista! 

3) Ergomomia. É essencial que o bebê esteja bem sentado. Que a sua coluna fique ereta, que esteja seguro (não tenha risco de tombar) e que tenha um espaço confortável para manusear a comida. Sou fã da cadeirinha portátil da Fisher Price (tenho duas: uma em minha casa e outra na casa de meus pais). Existem outras semelhantes, mas não conheci nenhuma com um espaço tão bom na mesa e ainda pode ser utilizado sem a mesinha, quando o bebê crescer, para elevar a cadeira de forma que possa sentar-se confortavelmente com os adultos.

4) Faça refeições sempre à mesa e em família. Tudo é o exemplo. É muito importante que o bebê veja os pais comendo à mesa para entender que é um ritual importante é participe deste momento, mesmo que já tenha comido. Eu, pessoalmente, prefiro dar a comida dele um pouco antes de comer a minha, pois gosto de sentar-me defronte à ele e dar-lhe total atenção enquanto come. Se estiver comendo acabo não conseguindo fazer isso. Como comentei no post anterior, ele ainda não come sozinho e acho esse suporte, olho no olho, muito importante. O que nos leva à próxima dica....

5) Evite distrações. É por causa desse item que prefiro dar a comidinha dele antes da minha, para que ele não se disperse e eu mesma não esteja distraída. Jamais mexo no celular enquanto estou dando a sua comida, tampouco deixo a televisão ligada. Música somente em volume baixo e algo suave. Resumindo, não há nada que possa roubar a sua atenção no momento da refeição. Se não estiver em casa procuro um lugar mais tranquilo e privado... As pessoas costumam amar ver bebês comendo, mas ter uma plateia também não costuma ser uma boa ideia.

6) Sono. Este fator interfere diretamente na alimentação do bebê. Sempre evite alimentar o bebê com muito sono ou logo após que acordar (especialmente da soneca). Deixe-o brincar um pouco, distrair-se e depois sente-o à mesa. Alguns bebês chegam a tirar sonecas de 2 a 3 horas e é natural que queiram movimentar-se ao acordar, não saírem da posição estática horizontal para uma posição estática sentada. 

7) Lanches, mamadeiras ou leite materno. Esses são concorrentes desleais das refeições. Se o bebê não quis comer o almoço, não ofereça um lanchinho (antes da hora do lanche) para compensar que não almoçou. Bebês são muito espertos e em pouco tempo ele perceberá que toda vez que não comer uma refeição, receberá na sequência um lanche. Vai ser como premiá-lo por algo errado. O mesmo em relação à mamadeira. Existem crianças que não gostam de fazer refeições, preferindo sempre lanches e/ou mamadeiras/leite materno. Se perceberem que ao rejeitarem uma refeição, receberão na sequência algum destes, farão disto um hábito, criando um ciclo difícil de ser quebrado. O bebê não irá morrer de fome, se rejeitou a comida no almoço, provavelmente não estava com tanta fome assim, aguarde até as 15:00 para tentar dar um lanche. Se possível, tente dar novamente o almoço ou então um lanche saboroso, porém saudável e que sustente. Se ele pulou uma refeição, não acho uma boa ideia dar uma fruta (carboidrato de alto índice glicêmico, a menos que seja abacate) no próximo lanche. Um bom lanche, nesses casos, pode ser inhame, mandioca, batata doce ou abóbora: algo que precise de uma colher. Biscoito não, por favor!

É isso aí! Espero que essas dicas tenham ajudado. É bom lembrar que o bebê passa por fases em que naturalmente há uma redução do apetite e é preciso estar atento para não se desesperar em episódios que o bebê coma menos que o habitual. Pode ser uma doença, reação de vacina, nascimento de dentes, sono, estranhando um lugar diferente, saudade de alguém que costuma ver sempre é está ausente ou até mesmo mudanças naturais da idade. O mais importante é seguir com a rotina e os rituais, mesmo que o bebê apresente uma redução no apetite. 

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