sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O pior cego é aquele que não quer ver


Comida de um Hóspital em Sydney - esta foto foi tirada de um blog somente com fotos de "nutritivas e saborosas" comidas servidas em hospitais pelo mundo afora: http://hospitalfood.tumblr.com/

Hoje encontrei com uma amiga e no meio da conversa ela comentou um problema de saúde que já perdura há algum tempo e vem agravando. Inevitavelmente acabei puxando o assunto para o foco da alimentação e a primeira coisa que ela me informou era que não tinha nada a ver, porque a médica que está acompanhando o seu caso lhe disse que a comida não interferia em nada. Mesmo assim, perguntei como era sua alimentação e escutei atrocidades que certamente agravam ferozmente o seu problema. Considerando que não é um problema tão pequeno e que está chegando a um grau que talvez demande uma cirurgia delicada, perguntei se ela estaria aberta a experimentar por um mês mudar a alimentação e ver se notava alguma melhora. Mesmo depois de explicar o porquê que cada item que ela me descreveu que comia regularmente eram péssimos para a sua condição e me dispondo a ensinar a melhorar seus hábitos de forma simples e prática, a mesma me respondeu que seria impossível deixar de comer certas coisas, que já tinha melhorado muito a alimentação nos últimos tempos, que odiava arroz integral (sei lá qual foi o que ela provou e como ele foi preparado)... Enfim, botou 1001 empecilhos sem se dar uma refeição de oportunidade, quanto mais um mês. Ah! Essa mesma amiga, ainda nesta semana, me disse que seu maior sonho era ter hábitos alimentares tão saudáveis quanto os meus (será mesmo?). Acho que nesse caso (e em muitos outros) dá menos trabalho se entupir de remédios, se submeter a cirurgias com a bela desculpa de que "a médica disse que não adiana mexer na alimentação". Lembro de amigas que durante a adolescência tinham muitas espinhas me perguntarem como minha pele era tão boa e quando dizia que era a alimentação me respondiam: "minha médica disse que não tem nada a ver essa estória de que chocolate dá espinha, o problema são os hormônios." Será que não tive hormônios??

Retornando ao papo de hoje com a minha amiga, logo depois do que mencionei, estava com ela ainda quando encontrei um amigo que chegou se queixando de problema de saúde também. Algo que achava que era doença de velho e que o atacou precocemente. Como tinha acabado de ter essa conversa com a minha amiga, nem perdi meu tempo falando de alimentação. Apenas o incentivei quando ele disse que ia procurar um japonês acupunturista já que o seu médico não lhe deu nenhuma opção a não ser continuar sentindo dor e observar o progresso (segundo o médico não há regresso).
Não sou médica e talvez por isso me permita ver as coisas através de um horizonte mais amplo (não limitado a dados científicos). O que vejo é que o tempo todo, as pessoas que me cercam se queixam de doenças, todas buscam bodes expiatórios como fatores genéticos ou stress para se eximirem de qualquer responsabilidade por si próprias. Não quero dizer que stress e fatores genéticos não contribuem para a geração de doenças, mas se cegar para a péssima alimentação que a população toda consome (até as comidas preparadas em hospitais são com sal refinado, açúcar refinado, pão branco, queijos, leite e muitos produtos industrializados) e acreditar em geração espontânea de doenças é de uma limitação incalculável.

Nosso corpo é um laboratório químico, uma máquina onde cada órgão funciona interligado com o outro a base principalmente de sangue e ar. Se não temos como controlar o ar que respiramos, o grau de stress no trabalho, a carga genética herdada, o mínimo que podemos fazer é cuidar dos alimentos que ingerimos. É difícil compreender como tantas pessoas, formadas e até pós-graduadas não conseguem perceber essa simples associação, principalmente quando seus corpos dão sinais de alerta, adoecendo o tempo todo. Algo doente não está funcionando bem, se não está funcionando bem é porque precisa de maiores cuidados e reparos... Gosto muito de fazer uma analogia com um carro, quando ele quebra, não adianta trocar todas as peças, porque se continuar sendo mal utilizado (a base de combustível adulterado, sem água, óleo e demais cuidados) tornará a quebrar. Com doenças é a mesma coisa, não adianta tratar um sintoma com um remédio ou uma cirurgia e achar que só isso resolverá o problema. Poderá aparentemente, mas as chances dele retornar ou então de surgir outra doença são enormes.

Para mim é algo tão óbvio que é até difícil entender quando converso com gente que desassocia má saúde de maus hábitos alimentares... Enfim, o que sei é que se conselho fosse bom ninguém dava de graça e que as pessoas só se preocupam quando algo dói no bolso. Por isso, então espero me qualificar bastante para poder cobrar pelos meus conselhos e talvez assim consiga vê-los fazer algum efeito!

13 comentários:

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  13. Ótimo texto!! Se expressa muito bem, adorei o blog, bj!

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