terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Inversão de valores nas dietas vegetarianas


Acho o movimento do vegetarianismo e do veganismo super válidos, entretanto me entristece o fato de que muitos dos seus seguidores estão mais preocupados com os animais do que com eles mesmos. Como assim? Deixe-me explicar...


Ao longo de minha trajetória natureba, tenho conhecido todo tipo de gente com filosofias alimentares diferentes. No caso daqueles que fazem dietas em prol de não agredir as espécies animais, tenho percebido que muitos deixam de comer carnes, mas continuam consumindo açúcares, massas brancas, refrigerantes e álcool. São aqueles vegetarianos que sequer comem vegetais. Acreditem, com essa onda verde, de sustentabilidade e de querer ser ecologicamente correto, esse perfil tem crescido muito.

As novas gerações estão muito mais atentas para questões ecológicas do que as passadas, o que é algo louvável se pensarmos que era comum (aliás, ainda é) conhecer pessoas que levantam bandeiras do Greenpeace, mas que comiam carne vermelha, cuja criação consiste em um dos maiores agressores ao planeta.


No mundo tecnológico que vivemos, os alimentos foram reduzidos a nutrientes e assim, muitas pessoas que resolvem virar vegetarianos e têm o mínimo de preocupação com a sua própria saúde (grande parte parece só estar preocupada com os animais) tentam suplementar muito do que falta à dieta. Assim, passam a ter aliementações ricas em carboidratos (massas, pães, biscoitos), comidas industrializadas e comprimidos: suplementos de vitaminas, minerais e tudo que for possível.


Em termos de saúde, sinceramente, acho que ainda fico com a carne, que apesar de muitos inconvenientes, ao menos vem da natureza. Acho que não há nada pior do que uma dieta baseada em produtos que podem ser estocados numa despensa, uma geladeira que sirva para armazenar cervejas e refrigerantes e um freezer que armazene pizzas e lasanhas congeladas. Onde está a vida e a energia desses alimentos? Onde estão os alimentos perecíveis, aqueles que precisam ser consumidos de um dia para o outro antes de estragarem?

Já falei antes da filosofia oriental aqui, aquela do Yin e Yang que equilibra opostos. Nela, podemos classificar extremos yins (álcool, açúcar refinado, café...) e extremos yang (carnes), que, de uma forma também extrema, acabam se equilibrando. Quando uma pessoa se abstém das carnes e continua consumindo massas brancas, excesso de frutas, álcool, refrigerantes e doces, ela tende a ficar desequilibrada energeticamente e consequentemente fraca com a saúde débil.


Antes desse boom de comidas industrializadas e refrigerantes, os vegetarianos, hippies da década de 70, tinham um perfil predominantemente magro, já que tendiam a uma dieta rica em vegetais e cereais integrais. Hoje o que se vê são vegetarianos gordinhos, que trocam o hambúrguer pela batata frita e com sorte tomam alguns comprimidos para não ficarem anêmicos.


Sem querer fazer campanha contra os animais, mas acho que há uma inversão quando se abre mão da própria saúde por causa deles, principalmente na forma radical que vemos hoje em dia. Acho que se alguém pretende fazer uma dieta em prol dos animais, tem que pensar antes em fazer uma dieta em prol de si mesmo e buscar equilibrar a falta das carnes e derivados na dieta de forma a manter uma boa saúde.


Obs.: Todas as imagens podem fazer parte de uma dieta vegetariana/vegana. Saudáveis??

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