Acho o
movimento do vegetarianismo e do veganismo super válidos, entretanto me
entristece o fato de que muitos dos seus seguidores estão mais preocupados com
os animais do que com eles mesmos. Como assim? Deixe-me explicar...
Ao longo de
minha trajetória natureba, tenho conhecido todo tipo de gente com filosofias
alimentares diferentes. No caso daqueles que fazem dietas em prol de não
agredir as espécies animais, tenho percebido que muitos deixam de comer carnes,
mas continuam consumindo açúcares, massas brancas, refrigerantes e álcool. São
aqueles vegetarianos que sequer comem vegetais. Acreditem, com essa onda verde,
de sustentabilidade e de querer ser ecologicamente correto, esse perfil tem
crescido muito.
As novas
gerações estão muito mais atentas para questões ecológicas do que as passadas,
o que é algo louvável se pensarmos que era comum (aliás, ainda é) conhecer
pessoas que levantam bandeiras do Greenpeace, mas que comiam carne vermelha,
cuja criação consiste em um dos maiores agressores ao planeta.
No mundo
tecnológico que vivemos, os alimentos foram reduzidos a nutrientes e assim,
muitas pessoas que resolvem virar vegetarianos e têm o mínimo de preocupação
com a sua própria saúde (grande parte parece só estar preocupada com os animais)
tentam suplementar muito do que falta à dieta. Assim, passam a ter
aliementações ricas em carboidratos (massas, pães, biscoitos), comidas
industrializadas e comprimidos: suplementos de vitaminas, minerais e tudo que
for possível.
Em termos
de saúde, sinceramente, acho que ainda fico com a carne, que apesar de muitos
inconvenientes, ao menos vem da natureza. Acho que não há nada pior do que uma
dieta baseada em produtos que podem ser estocados numa despensa, uma geladeira
que sirva para armazenar cervejas e refrigerantes e um freezer que armazene
pizzas e lasanhas congeladas. Onde está a vida e a energia desses alimentos?
Onde estão os alimentos perecíveis, aqueles que precisam ser consumidos de um
dia para o outro antes de estragarem?
Já falei
antes da filosofia oriental aqui, aquela do Yin e Yang que equilibra opostos.
Nela, podemos classificar extremos yins (álcool, açúcar refinado, café...) e
extremos yang (carnes), que, de uma forma também extrema, acabam se
equilibrando. Quando uma pessoa se abstém das carnes e continua consumindo
massas brancas, excesso de frutas, álcool, refrigerantes e doces, ela tende a
ficar desequilibrada energeticamente e consequentemente fraca com a saúde débil.
Antes desse
boom de comidas industrializadas e refrigerantes, os vegetarianos, hippies da
década de 70, tinham um perfil predominantemente magro, já que tendiam a uma
dieta rica em vegetais e cereais integrais. Hoje o que se vê são vegetarianos
gordinhos, que trocam o hambúrguer pela batata frita e com sorte tomam alguns
comprimidos para não ficarem anêmicos.
Sem querer
fazer campanha contra os animais, mas acho que há uma inversão quando se abre
mão da própria saúde por causa deles, principalmente na forma radical que vemos
hoje em dia. Acho que se alguém pretende fazer uma dieta em prol dos animais,
tem que pensar antes em fazer uma dieta em prol de si mesmo e buscar equilibrar
a falta das carnes e derivados na dieta de forma a manter uma boa saúde.
Obs.: Todas as imagens podem fazer parte de uma dieta vegetariana/vegana. Saudáveis??
Obs.: Todas as imagens podem fazer parte de uma dieta vegetariana/vegana. Saudáveis??
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