Essa época
do ano parece que todos os solteiros ficam loucos para conhecer alguém novo.
Verão, calor, roupas curtas, muitas festas, agito e animação, tudo isso combina
com paquera. A Bahia tem uma característica engraçada, muitas pessoas que estão
ou ficam solteiras no segundo semestre dizem que não vão começar a namorar
novamente antes de curtirem um verão solteiros. No entanto, quando estão solteiros
parecem estar sempre à procura de um amor. Nesse meio tempo às vezes aparecem
pessoas interessantes, uns se rendem e começam a namorar, mesmo às vésperas de
Carnaval, outros preferem deixar passar, para não abrirem mão das festas do
verão e principalmente do Carnaval solteiros.
Quando
acaba o Carnaval, está todo mundo doido para arrumar um namorado, para garantir
o seu forró no meio do ano, viajar junto para o interior e toda a programação
de São João que é deliciosa a dois. No fundo, mesmo quem diga que não, está
sempre à procura de alguém.
Nos tempos
atuais a paquera está em todos os lugares e principalmente na web. Eu
pessoalmente já tive algumas experiências com essa história de paquera virtual...
Lembro que meu primeiro namoradinho, conheci depois de dois anos de papos
online, naquele tempo que existiam aquelas salas de bate-papo e as pessoas
falavam com as outras que achavam o “nick” interessante. Eu era muito nova e o
tal namoro não durou mais do que seis dias, mesmo assim rendeu uma boa historia
para lembrar e contar!
Mais
adiante, já nos tempos do Orkut, vi uma figura com o perfil interessante entre
os amigos de uma amiga e coincidentemente ele também me viu no perfil dela e
ambos comentaram com ela que queriam ser apresentados. Daí não precisou de
muito para a paquera sair do mundo virtual e chegar à vida real. Essa história
rendeu dois anos! Como dizer que a paquera virtual não funciona?
Há quem
diga também que não se conhece ninguém interessante em Carnaval e que paquera
de Carnaval nunca dá em nada. Para mim, outra mentira! Conheci outro namorado
que também rendeu mais de dois anos em pleno Carnaval... Depois ainda tive mais
dois namoricos (um durou seis meses e outro dois meses) que começaram em pleno
Carnaval.
A
conclusão que já cheguei disso tudo é que não tem fórmula, nem lugar para
encontrar a pessoa certa. Mesmo assim tem algumas “dicas” que são válidas para
qualquer caso. Já fui usuária de mIRC, ICQ, msn, Orkut e agora do Facebook e
não posso negar a utilidade dessas ferramentas como formas de paquera.
Entretanto, sempre tive uma regrinha preciosa que sempre aconselho muitas
amigas. É o seguinte: se você está sempre disponível online o cara não te liga!
Esse tipo de situação facilita demais a vida e você nunca tem como saber se o
cara te ligou porque queria lhe ver mesmo ou lhe chamou para sair porque estava
em casa sem fazer nada e lhe viu online. Logo, dica para as solteiras de
plantão: moderem o uso dessas ferramentas para dar um pouco mais de trabalho ao
paquera, afinal, ninguém gosta de nada fácil demais.
Exposição
tem limite. Você não precisa postar todos os seus passos... Para que? Expõe-se
e no caso da paquera, você se torna uma pessoa previsível. Sou do tempo em que as
pessoas não tinham celulares. Do tempo em que o paquera pegava o telefone de
sua casa e você ficava sempre naquela dúvida se ele tentou ligar justamente na
hora que não estava em casa e ficou com vergonha de deixar recado. Depois
quando ligava, marcava de encontrar em um show e nenhum dos dois tinha celular
e por questões de segurança (ainda não existia essa febre de camarotes – era tudo
misturado) iam sem relógio. Então tinha que perguntar que horas eram e estar no
local marcado (no meio de uma multidão) para tentar encontrar. O mais
impressionante é que sempre dava certo!
Hoje toda
essa dificuldade acabou e não sei se isso é bom ou ruim. Antigamente você tinha
que sondar muito para descobrir onde seu paquera ia estar no final de semana.
Hoje você entra na página dele e está tudo e bandeja. Depois fica sabendo onde
esteve e com quem esteve pelas fotos postadas (por ele ou pelos amigos...).
Quanto a
conhecer pessoas legais, apesar de ter conhecido uns paqueras muito bacanas em
festas e carnavais, normalmente esses eram apresentados por amigos. Logo, acho
que o que vale nem é tanto o lugar e sim a referência. As chances de uma
paquera emplacar com alguém que temos referências de outra pessoa são muito
maiores. Sem contar que com tanta história maluca que escutamos por aí, dá pelo
menos um pouco de conforto, saber que aquela pessoa é amiga de alguém
conhecido, apesar de isso não garantir nada...
O que não
dá é ficar em casa achando que o carteiro vai ser Brad Pitt, porque não será!
Aí a única chance que sobra que poderá bater em sua porta é o entregador de
pizza. Tá solteira? Quer conhecer alguém? Vai para a rua! Pode conhecer alguém
na padaria, no aniversário super intimo de uma amiga, onde de repente pode
aparecer um “primo” gato, no transito, na academia, na aula de psicologia...
Vou dizer, já fui paquerada até em funeral!!! Triste, mas é verdade. E se seu
estilo não é de baladeira, não tem problema, as chances de conhecer o amor de sua
vida, do nada, em uma balada, é pequena. Aposte nos petit comités da vida e nas festas de pessoas conhecidas
(recepções, casamentos, aniversários) – em minha opinião são as melhores
chances que temos de conhecer alguém interessante, conseguir chegar junto para
conversar, etc... Boa sorte!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário