terça-feira, 31 de janeiro de 2012

No clima da paquera


Essa época do ano parece que todos os solteiros ficam loucos para conhecer alguém novo. Verão, calor, roupas curtas, muitas festas, agito e animação, tudo isso combina com paquera. A Bahia tem uma característica engraçada, muitas pessoas que estão ou ficam solteiras no segundo semestre dizem que não vão começar a namorar novamente antes de curtirem um verão solteiros. No entanto, quando estão solteiros parecem estar sempre à procura de um amor. Nesse meio tempo às vezes aparecem pessoas interessantes, uns se rendem e começam a namorar, mesmo às vésperas de Carnaval, outros preferem deixar passar, para não abrirem mão das festas do verão e principalmente do Carnaval solteiros.

Quando acaba o Carnaval, está todo mundo doido para arrumar um namorado, para garantir o seu forró no meio do ano, viajar junto para o interior e toda a programação de São João que é deliciosa a dois. No fundo, mesmo quem diga que não, está sempre à procura de alguém.

Nos tempos atuais a paquera está em todos os lugares e principalmente na web. Eu pessoalmente já tive algumas experiências com essa história de paquera virtual... Lembro que meu primeiro namoradinho, conheci depois de dois anos de papos online, naquele tempo que existiam aquelas salas de bate-papo e as pessoas falavam com as outras que achavam o “nick” interessante. Eu era muito nova e o tal namoro não durou mais do que seis dias, mesmo assim rendeu uma boa historia para lembrar e contar!

Mais adiante, já nos tempos do Orkut, vi uma figura com o perfil interessante entre os amigos de uma amiga e coincidentemente ele também me viu no perfil dela e ambos comentaram com ela que queriam ser apresentados. Daí não precisou de muito para a paquera sair do mundo virtual e chegar à vida real. Essa história rendeu dois anos! Como dizer que a paquera virtual não funciona?

Há quem diga também que não se conhece ninguém interessante em Carnaval e que paquera de Carnaval nunca dá em nada. Para mim, outra mentira! Conheci outro namorado que também rendeu mais de dois anos em pleno Carnaval... Depois ainda tive mais dois namoricos (um durou seis meses e outro dois meses) que começaram em pleno Carnaval.

A conclusão que já cheguei disso tudo é que não tem fórmula, nem lugar para encontrar a pessoa certa. Mesmo assim tem algumas “dicas” que são válidas para qualquer caso. Já fui usuária de mIRC, ICQ, msn, Orkut e agora do Facebook e não posso negar a utilidade dessas ferramentas como formas de paquera. Entretanto, sempre tive uma regrinha preciosa que sempre aconselho muitas amigas. É o seguinte: se você está sempre disponível online o cara não te liga! Esse tipo de situação facilita demais a vida e você nunca tem como saber se o cara te ligou porque queria lhe ver mesmo ou lhe chamou para sair porque estava em casa sem fazer nada e lhe viu online. Logo, dica para as solteiras de plantão: moderem o uso dessas ferramentas para dar um pouco mais de trabalho ao paquera, afinal, ninguém gosta de nada fácil demais.

Exposição tem limite. Você não precisa postar todos os seus passos... Para que? Expõe-se e no caso da paquera, você se torna uma pessoa previsível. Sou do tempo em que as pessoas não tinham celulares. Do tempo em que o paquera pegava o telefone de sua casa e você ficava sempre naquela dúvida se ele tentou ligar justamente na hora que não estava em casa e ficou com vergonha de deixar recado. Depois quando ligava, marcava de encontrar em um show e nenhum dos dois tinha celular e por questões de segurança (ainda não existia essa febre de camarotes – era tudo misturado) iam sem relógio. Então tinha que perguntar que horas eram e estar no local marcado (no meio de uma multidão) para tentar encontrar. O mais impressionante é que sempre dava certo!

Hoje toda essa dificuldade acabou e não sei se isso é bom ou ruim. Antigamente você tinha que sondar muito para descobrir onde seu paquera ia estar no final de semana. Hoje você entra na página dele e está tudo e bandeja. Depois fica sabendo onde esteve e com quem esteve pelas fotos postadas (por ele ou pelos amigos...).

Quanto a conhecer pessoas legais, apesar de ter conhecido uns paqueras muito bacanas em festas e carnavais, normalmente esses eram apresentados por amigos. Logo, acho que o que vale nem é tanto o lugar e sim a referência. As chances de uma paquera emplacar com alguém que temos referências de outra pessoa são muito maiores. Sem contar que com tanta história maluca que escutamos por aí, dá pelo menos um pouco de conforto, saber que aquela pessoa é amiga de alguém conhecido, apesar de isso não garantir nada...

O que não dá é ficar em casa achando que o carteiro vai ser Brad Pitt, porque não será! Aí a única chance que sobra que poderá bater em sua porta é o entregador de pizza. Tá solteira? Quer conhecer alguém? Vai para a rua! Pode conhecer alguém na padaria, no aniversário super intimo de uma amiga, onde de repente pode aparecer um “primo” gato, no transito, na academia, na aula de psicologia... Vou dizer, já fui paquerada até em funeral!!! Triste, mas é verdade. E se seu estilo não é de baladeira, não tem problema, as chances de conhecer o amor de sua vida, do nada, em uma balada, é pequena. Aposte nos petit comités da vida e nas festas de pessoas conhecidas (recepções, casamentos, aniversários) – em minha opinião são as melhores chances que temos de conhecer alguém interessante, conseguir chegar junto para conversar, etc... Boa sorte!!!

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