Esses temas
podem parecer completamente desconexos e exatamente por isso resolvi escrever
sobre ambos num mesmo texto. Quem cuida da saúde, normalmente está buscando uma
melhor qualidade de vida e uma velhice mais saudável, livre de remédios e da
dependência de aparatos médicos para sobreviver. Quem cuida do dinheiro, busca
da mesma forma uma velhice confortável, já que na fase idosa a ideia é relaxar
e tirar o atraso do tempo que se passou labutando horas a fio. Por mais triste
que pareça, é muito comum conhecer idosos na pindaíba relatando que tiveram uma
juventude abastada. Dinheiro na mão é vendaval e se vai mesmo, por isso, há de
se saber cuidar bem dele.
A
consciência pela saúde tem crescido cada vez mais e uma prova disso é a
quantidade de programas na televisão voltados para o tema. Só na Rede Globo,
temos pela manhã o Mais Você que volta e meia fala no assunto seguido do Bem
Estar que é totalmente dedicado ao tema, diariamente. Para completar, saúde é
um tema recorrente nas entrevistas dos telejornais e frequentemente tema do Globo
Repórter e de matérias no Fantástico. Temos ainda em canais fechados, como o
GNT, inúmeros programas, sendo um deles o Alternativa Saúde, que é um grande
sucesso há anos. A revista Veja é outro meio de comunicação popular que sempre
aborda algum assunto relacionado à saúde. Por aí vai, se for listar revistas e
canais de televisão não termino de escrever esse texto hoje.
Com o tema
da educação financeira, infelizmente a realidade é outra. O Brasil é um país em
desenvolvimento onde a atual geração laboral jovem vive uma condição muito
melhor do que a de seus pais. Vejo inúmeros amigos meus, galgando coisas, antes
do trinta anos, que seus pais jamais tiveram, como carros, viagens
internacionais, apartamentos e diversos bens custosos. Existe uma falsa ideia
de que cuidar de dinheiro é coisa para rico: pobre paga as contas e não sobra
nada. Filhos que foram criados por pais que tiveram grande dificuldade
financeira, não aprenderam em casa como poupar, uma vez que a realidade
doméstica sempre era muito “apertada”. Essas pessoas, ao crescerem e melhorarem
suas condições financeiras, se deslumbraram com o que o dinheiro pode
proporcionar e começaram a gastar, gastar e gastar.
É
absolutamente natural e não estou aqui para julgar ninguém, apenas alertar,
pois este caminho consumista é desenfreado e em muitos casos sem volta. Primeiro
o indivíduo fica feliz com a conquista do seu primeiro carro, mesmo que para
isso tenha que pagar prestações com juros altíssimos. Ao fim das parcelas, as
condições financeiras estão melhores, e ao invés de ficar mais tempo com aquele
automóvel ou trocar por outro semelhante, escolhe adquirir outro melhor e melhor
(e tome-lhe parcelas)... O ciclo se repete com roupas que passam a ser de
grifes, restaurantes que passam a ser cada vez mais refinados, aparatos
tecnológicos cada vez mais arrojados, viagens incluindo hotéis cada vez mais
luxuosos, imóveis e objetos de decoração que seguem as modas. É uma bola de
neve que causa uma falsa impressão de boa qualidade de vida, mas que na maioria
dos casos está completamente desvinculada com um pensamento em longo prazo.
Se gastar gera satisfação, acho que poupar gera mais ainda. Não estou aqui dizendo que devemos ser miseráveis e não ter nada, apenas saber colocar freios nos desejos (que serão sempre infinitos) e estabelecer prioridades. Muita gente não sabe o que é terminar o ano e olhar para um belo montante acumulado. Essas pessoas olham para trás e veem bens, objetos e inúmeras coisas que foram compradas, na maior parte das vezes, inutilmente.
Não é um
aprendizado simples, tenho visto amigos que estão se educando financeiramente
agora e estão encantados com a forma como a liberdade financeira pode gerar
felicidade. Eles não tiveram exemplo algum em casa e estão tendo que aprender tudo
sozinhos, depois de adultos, muitas vezes já casados e com filhos. São como
crianças aprendendo a andar, descobrindo que podem pular, dar cambalhotas e
cair.
Se você tem
procurado se conscientizar em relação à saúde, buscando um estilo de vida mais
saudável, mas ainda não parou para pensar em seu futuro financeiro, está na
hora de acrescentar mais essa educação à sua vida. Afinal de contas, não
adianta nada chegar à velhice com muita saúde e sem dinheiro para pagar um
pilates, uma massagem, um nutricionista, podendo comprar produtos orgânicos,
naturais e integrais (que são mais caros) e uma série de confortos,
relacionados à saúde, proporcionados pelo dinheiro. Pra completar, você não
quer se sentir um peso para as próximas gerações, correto? Então, melhor correr
atrás agora, que você está jovem e cheio de disposição, e garantir a sua
independência na terceira idade.
As
livrarias estão cheias de livros sobre o tema, recomendo um básico chamado Pai
Rico, Pai Pobre. Gustavo Cerbasi é um autor brasileiro que tem um trabalho
focado nisso, escreveu vários livros e tem um site muito legal: http://www.maisdinheiro.com.br/. Uma revista excelente para jovens que
impulsiona bastante a educação financeira é a Você S/A. Poderia listar uma
série de títulos, mas vou parar por aqui, pois tenho certeza de que quem
procura acha! Boa Sorte!!!
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