quarta-feira, 11 de abril de 2012

Simplicidade e Sofisticação




Eu não tenho iphone, eu não tenho ipod e também não tenho ipad, mas confesso que sou fã do Steve Jobs. Acabei de ler a biografia dele e recomendo a leitura mesmo para quem não tem nenhum vínculo com tecnologias. Inúmeras passagens me marcaram, mas uma frase está simplesmente impregnada em minha cabeça:

“A simplicidade é a máxima sofisticação”.


Que frase linda!!! Lembra-me outra, um pouco menos elegante, que escutei na infância e nunca esqueci: KISS (Keep it Simple, Stupid!). Os produtos da Apple são a personificação desta ideia. Não possuem botões de on e off, apenas um botão que trás você de volta para “casa” e o resto é tremendamente intuitivo. São tecnologias de ponta que dispensam qualquer tipo de manual e podem ser facilmente utilizadas por pessoas de todas as faixas etárias, desde crianças, que sequer sabem ler, até idosos. Aliado à funcionalidade, ainda possuem um design impecável.


Sempre tive muita simpatia por ideias e procedimentos simples. Quem me conhece sabe que sou uma pessoa extremamente prática. Isso pode ser percebido aqui em meus textos, onde procuro ser direta e evito a prolixidade. Acredito na escrita como forma de passar uma mensagem. Para que essa ocorra da melhor forma, deve ser clara e coesa. Tenho pavor de documentos elaborados por certos profissionais na área jurídica que me dão a impressão de que querem tirar sua atenção do tema central através de um emaranhado de palavras rebuscadas.


No livro do Steve Jobs tem uma passagem interessante. Quando foi fazer um acordo com a Disney na venda da Pixar, recebeu um contrato de 40 páginas. Mandou devolver e exigiu que o conteúdo fosse resumido em apenas três. O seu pedido foi atendido, comprovando que o essencial compunha menos de 10% do material redigido.


A arquitetura foi uma grande escola nesse sentido para mim, uma vez que os projetos devem falar por si só através de representações gráficas e as palavras servem apenas para fazer pequenas indicações pontuais. Claro que a paixão pela escrita nunca me deixou e precisei arrumar uma forma de “despejar” as palavras sobressalentes, fazendo nascer esse blog. Mesmo assim, continuo acreditando que menos é mais.

2 comentários:

  1. Concordo com você, Cami! Só cuidado ao generalizar textos de advogados: também tenho pavor àquelas laudas e laudas de "embromation" e procuro escrever o mais simples possível. Mas confesso que a maioria dos advogados escreve assim mesmo e isso é, também, técnica para vencer pelo cansaço ou deixar o leitor tonto! Rss... Beijos e saudades!

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  2. Oi Indy!!!

    Grata pela "chamada" e contribuição. Editei o texto. De fato não posso generalizar toda a classe de advogados. Apesar de ser um evento recorrente, com certeza há excessões. Uma coisa é certa, não é nem de longe o tipo de documento que gosto de ler. Geralmente requer uma atenção absurda e mesmo assim sempre tenho a sensação que posso ter me passado em algum detalhe... Como você mesma disse, acho que a ideia é exatamente essa!!

    Beijos

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