Nunca fui
fã de ter animais de estimação, mas conversando com uma amiga, recém-casada,
acabei de ver que tem um lado super positivo. Esta minha amiga, ganhou um cachorro
de dia das mães e está tendo a experiência de fazer um “estágio” como mãe antes
de ter um filho de verdade.
Nunca tinha
pensado desta forma, mas conversando com ela, percebi que faz muito sentido.
Uma criança muda completamente a rotina de um casal. Criar um cachorro antes de
ter um filho me pareceu um excelente treino.
Ela estava
me contando que durante o primeiro ano de casada, ela e o marido não tinham
horários, responsabilidades, nada. Saiam e voltavam na hora que queriam,
cuidavam um do outro, mas como maiores de idade, vacinados e independentes.
A principio
achei uma dor de cabeça desnecessária. Ela me explicando que não pode viajar
ainda, pois o cachorro ainda é muito pequeno, não pode ir pra hotéis de cachorro.
Significa que durante três meses ela fica um pouco presa à casa por causa do
cachorro. Tem que ver os horários de chegar e sair de casa para dar a comidinha
dele. Enfim, o casal agora está cheio de travas que nunca existiram. Isso sem
falar em custos que passam a existir, mas que ainda assim são muito menores do
que aqueles gerados por uma criança...
Ruim? Tem
que ver o ângulo que se analisa. Se um casal não consegue se comprometer a um
cachorro, abdicar de três meses de viagens aos finais de semana ou ter que
adaptar a rotina deles à este pequeno ser (que é muito mais independente que um
recém nascido), como fará no dia que tiver uma criança?
Conheço
jovens mães que não tem paciência nenhuma, não querem amamentar (não por falta
de leite e sim pelo trabalho que dá), querem ir pra rua o tempo todo, festas... Enfim,
resolvem virar mães, mas querem continuar com o desprendimento de uma vida de
solteira, ou de casal sem filhos. Ou então pais, que continuam indo para mil happy hours após o trabalho, chegando a
casa tarde, sem cair a ficha de que devem dividir as responsabilidades...
Poder pagar
uma empregada hoje em dia virou condição sine
qua non para quem quer ter filhos. Não estou dizendo que esteja errado. Uma
ajuda é sempre bem vinda. Mas tem muita gente que não encara ficar sozinha um
minuto com o próprio filho. É empregada, babá, enfermeira, folguista, folguista
da folguista... Algumas nem trabalham fora de casa, para justificar um aparato
tão grande.
Ainda não
tive os meus e posso estar fazendo um mau julgamento. A ideia do post não é
essa e sim qualificar a iniciativa da adoção de um animal de estimação como
treino (para quem gosta) para casais que pensam em ter filhos. Pareceu-me o
primeiro passo para se acostumar com todas as mudanças que uma criança gera na
vida de um casal. É isso aí, renovação de conceitos, sempre bem vindas. Nunca
pensei que acharia positivo um animal de estimação... Continuo sem querer um,
mas apoio quem queira!
Adorei o post!!! Retratou bem a realidade que a gente e muitos outros casais vivem :)
ResponderExcluirBeijos
Concordo em gênero, número em grau com o paralelo, Prima. Como dono de um cachorro (e ex-dono de dois que já não estão mais neste mundo), digo que dá trabalho mas que vale a pena. Cada dificuldade, cada frustração é, a meu ver, compensado pelo carinho que o animal dá. Com um filho, o raciocínio é o mesmo (dá trabalho, mas vale muito a pena).
ResponderExcluir\o/