quinta-feira, 14 de junho de 2012

A tal da sustentabilidade

Um amigo blogueiro acabou de postar um texto sensacional. Não resisti em transcrevê-lo aqui. Esse modismo de sustentabilidade anda bem irritante. Agora tudo e todos querem ser sustentáveis, porque a palavra virou grife, é chique dizer que se tem consciência ambiental... Casa Cor sustentável?? Como assim? Aquilo é o cúmulo do estímulo ao mercantilismo fútil. Aí alguém coloca um item reciclado no ambiente e chama-o de "ambiente sustentável". Quanta hipocrisia!!! Exemplos como esse se repetem em todas as áreas... Sem falar nas pessoas que pregam uma coisa e fazem outra oposta, a exemplo dos ambientalistas que comem carne. Quer comer carne? OK! Mas não venha com esse discurso de ambientalismo, que não cola! Por aí vai... Enfim, faço minhas as palavras do Carlos... Boa leitura!!



Rio + 20: O medo da verdade


"E mais uma vez o homem busca encontrar uma solução para salvar o planeta, sempre na esperança de encontrar algum avanço tecnológico que resolva o problema que ele criou, sem alterar seu modo de vida. No entanto precisamos deixar uma coisa bem clara, a culpa para o desequilíbrio da natureza não está no modo de vida humano, e sim na sua própria existência.


Buscando encontrar uma solução mágica para um problema cada vez mais eminente, o homem senta novamente em exaustivas reuniões, tentando encontrar uma solução, sempre pautando-se numa suposta alteração da consciência coletiva. O curioso é que as soluções, ditas sustentáveis, concluem que a esperança do planeta está ou no avanço tecnológico ou na alteração do modo de vida humano. Já falei anteriormente sobre isto, não existe desenvolvimento sustentável, é apenas uma palavra bonita para ganhar notoriedade. Qualquer ação humana para minimizar seu impacto na natureza será apenas mais uma ação para MINIMIZAR, e nunca acabar com a destruição causada pela ação humana.



O homem vive sempre na esperança, vivemos por esperança, sonhamos com a esperança, ou seja, vivemos fora da realidade. Enxergo a palavra esperança com a conotação de espera, já que, uma palavra deriva da outra, portanto esperança denota “espera por um milagre”. Nunca gostei desta palavra. Salvar o planeta tornou-se um desafio para a ciência, e desenvolvimento sustentável tem uma base muita sólida na esperança de um avanço tecnológico. Não enxergamos o óbvio: a natureza é muito mais complexa que a capacidade humana de reinventar-se, portanto nunca salvaremos o planeta, nem a nós mesmos.



A habilidade humana em se adaptar ao ecossistema e de modifica-lo é notável, a destruição natural provocada por ele, ou contrário do que muitos pensam é normal e perfeitamente compatível com as leis naturais. Todos os seres vivos são egoístas quando se trata de sua própria sobrevivência, portanto nada mais natural o homem explorar os recursos naturais visando sua própria existência. Qualquer animal na terra que não encontrasse predadores, como nós, se multiplicaria até a destruição dos outros seres vivos, isto é natural e perfeitamente compatível com as teorias de seleção natural de Darwin.



O problema e a solução para salvarmos o planeta é bem simples, muitos cientistas já perceberem isto, mas ninguém tem coragem de falar publicamente. O medo da verdade é enorme.



O animal humano tornou-se uma praga para o ecossistema global (é tão obvio isto), estamos em todos os cantos do planeta, destruímos o habitat dos outros animais, utilizamos os recursos naturais para nossa sobrevivência e não nos importamos com a flora e a fauna, pois isto não nos diz respeito, agimos da forma natural como todos os outros seres vivos, ou seja, nos preocupamos com nossa própria existência. Alguns intelectuais procuram em vão, através de reuniões, congressos e etc., que a ética e a moral humana mude, alterando assim o curso programado em seu DNA, ora, quanta ilusão.



O homem não age de forma consciente em 99% de suas ações, agimos de forma comportamental, programada, portanto nossas ações correspondem, na maioria dos casos, aos nossos instintos e a programação estabelecida para nossa espécie contida no nosso DNA. Quem ainda não percebeu isto, existem diversos estudos a respeito, alguns até já publicados em textos anteriores aqui no blog. Nossa parte consciente não é capaz de processar mais que 0,01% do que é percebido pelo cérebro. Porém, deixemos isto de lado, o fato é que não iremos mudar nosso comportamento natural, alguém poderia apontar em algum lugar do planeta onde o homem estabeleceu-se sem destruir parte da fauna e flora do local, apenas um exemplo?



A solução, como dito, é simples, precisamos diminuir a quantidade da população humana com urgência, para isto precisamos estabelecer metas de diminuição populacional por país, afim de não acabar definitivamente com todos os recursos naturais do planeta. Precisamos fazer isto com urgência senão a natureza encontrará outras formas de impedir seu extermínio, causado pelo crescimento desproporcional de uma espécie, o Ser Humano."



Texto: Carlos Bittencourt - blog: www.ligadavirtude.blogspot.com

Um comentário:

  1. Concordo contigo parcialmente, pois colocar toda a "culpa" nas nossas caracteristicas biologicas é um pouco fatalista. Ao meu ver, o fator com maior influência é cultural/ religioso. Por séculos o ser humano se colocou como o fim, como a justificativa de toda existência e que todo o resto do mundo existia para servir suas necessidades. A teoria antropocêntirca justificou por muito tempo a destruição não pensada do habitat em que vivemos, e obviamente, agora sentimos as consequências. Também não acredito nessa "esperança", mas , já que raciocinar também é uma caracteristica evolutiva nossa, cada vez mais o ser humano vai repensar sua relação com a natureza e seu habitat, se enxergando cada vez menos como um ser especial, mitico e divino e se posicionando como mais uma espécie dentre várias, assim buscando gradativamente um maior equilíbrio e harmonia com seu ambiente.

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