quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O que engorda é a Matemática


Imagem retirada do Google Imagens

Ontem citei o caso de uma pessoa que emagreceu 20kgs depois de passar por uma reeducação alimentar, na qual, dentre outras mudanças de hábitos, incorporou a ingestão de grãos integrais à dieta, reduzindo o consumo de produtos refinados, farináceos e açúcares. Claro que não foi uma simples dieta e é isso que vim chamar atenção hoje, com um exemplo na mesma família. A mãe desta pessoa, ao ver a filha emagrecendo e se sentindo cada vez melhor, decidiu que também iria comer o bendito arroz integral...

A diferença foi que ela não fez nenhuma alteração nos demais hábitos alimentares. Apenas acrescentou o arroz integral cateto ao seu cardápio, na esperança de um milagre. O resultado foi matemático. Enquanto a filha emagreceu 20kgs, a mãe engordou 10kgs!

Imagem retirada do Google Imagens

Estou contanto este caso para chamar atenção para uma informação básica, que ilude muita gente: não existe comida que emagreça! Tudo que contém calorias irá ser somado à ingestão calórica diária. Se você consome mais do que gasta: ENGORDA! Simples assim... O que existe são alimentos que tem maior potencial de se acumular na forma de tecido adiposo do que outros. Estes podem auxiliar no processo de emagrecimento quando devidamente substituídos e ingeridos de forma adequada.

Vivemos numa sociedade acelerada, onde, a começar pela comida típica internacional, o fast food, tudo tende a ser rápido, para não dizer imediato. Desta forma, quando as pessoas decidem querer emagrecer, querem que o processo ocorra como num toque de mágica. Esquecem, entretanto, que levaram meses, e até anos, para chegar ao grau de sobrepeso que se encontram.

Outro dado básico que as pessoas devem ter em mente, não somente no que diz respeito ao emagrecimento, como em termos gerais, é o seguinte: o tempo de perda é equivalente ao tempo de ganho. Ou seja, em se tratando de saúde é bem interessante que o emagrecimento ocorra na mesma velocidade do ganho de peso.

Em relação a outros aspectos da saúde é a mesma coisa. Quando tratamos uma doença, mesmo que os sintomas principais desapareçam rapidamente, os resquícios tardam pelo tempo que existiram. Por exemplo, uma pessoa que sofreu de gastrite crônica durante 10 anos e resolve fazer um tratamento alimentar, pode se livrar dos sintomas e dos remédios rapidamente, entretanto, continuará com a debilidade gástrica por pelo menos 10 anos ou o tempo que levou para adquirir a patologia. Logo, essa pessoa terá que ter em mente, que mesmo que não sinta mais azia e nem dependa de fármacos, se abusar do bom estado de saúde, poderá sofrer recaídas. Se o abuso for exagerado as recaídas tenderão a vir ainda piores...

Este exemplo se estende para tudo. Um fumante vai levar o tempo que levou fumando para voltar a ter pulmões limpos... Um ex-gordo vai ter que sempre vigiar a balança, pois se achar que está magro e que pode abusar de guloseimas e descuidar da reeducação alimentar, voltará a engordar. Em suma, o efeito sanfona é mais perceptível quando o assunto é ganho de peso, mas ele se repete em demais estados patológicos, afetando os órgãos frágeis (pontos fracos) de cada indivíduo. 

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