sexta-feira, 21 de setembro de 2012

As embarcações em uma relação amorosa


Estava conversando com um grande amigo que passa por uma fase que já passei e acabei usando uma metáfora interessante para ilustrar as coisas para ele (que ele está fazendo tudo errado e por isso está solteiro!!). Resolvi escrever/filosofar um pouco sobre isso.

Muitas pessoas adoram relações estilo lancha, jet ski. Não condeno, acho que é uma fase natural na vida de todo mundo. Tem seu lado positivo, mas geralmente são a curto prazo. São ótimas para quem está para baixo, quer fortes emoções, levantar a auto estima... Entretanto, são relações que ficam apenas na superfície da água. A característica dessas embarcações é o exemplo disso: pouco calado (profundidade abaixo d´água) e alta velocidade. Passeios de lancha são tão rápidos que mal dá para aproveitar. Quando se percebe, já chegou ao destino final. O Jet ski promove altas emoções, mas não chega a lugar nenhum, não permite nem conversar (pelo barulho). É só emoção, alta emoção! Não tem sequer uma cabine, um lugar para se recolher. Sua única funcionalidade é quando está em movimento. É como uma relação que só funciona enquanto lhe tira o fôlego, enquanto o coração palpita loucamente, uma grande paixão. Assim como ninguém passa a vida em cima de um jet ski, uma relação baseada nesses princípios  não se eterniza. A fase lancha é um pouco melhor, mas mesmo assim é efêmera demais. Permite um pouco de conversa, entretanto, aos gritos pelo barulho do motor.

Imagem retirada d Google Imagens

Difícil mesmo é encarar uma relação estilo veleiro. O primeiro passeio pode ser rápido (mesmo assim, será infinitamente mais lento que um passeio de lancha), mas com o tempo e o aumento da confiança, podem-se passar alguns dias no mar. Dormindo a acordando, administrando ventos, locais diferentes (mais ou menos apropriados) para ancorar. Desfrutando do dia, da noite, do calor, do frio... Para uma relação dessas é preciso amadurecer cada detalhe, escolher o veleiro mais apropriado, escolher a rota, administrar uma eventual tempestade, sabendo que o fim da viagem não acontece de uma hora para a outra. Quando está no meio do mar, pode levar dias e até meses até chegar em terra firme. É preciso de muita serenidade para manter o prumo e focar no destino final, respeitando o tempo e as vontades da natureza.

Imagem retirada do Google Imagens

Tem gente que foge de relações estilo veleiro a vida inteira. Inventam novos e novos passeios de lancha e de jet ski, mudam o modelo das embarcações, mas não saem disso... Embarcar numa viagem de veleiro requer planejamento, pois ela costuma ser mais longa. É preciso planejar o que comer, levar roupas, escolher a rota, analisar o vento. Ou seja, dá trabalho! Muita gente acha isso perda de tempo. Prefere viajar de avião, lancha, jet ski e foge da consumição, do planejamento e do trabalho.

O que jogam para o universo é aquilo que recebem. Tem gente que diz querer uma relação à vela e, no entanto só investe em relações tipo lancha ou jet ski... Assim fica difícil...!! Se você está solteiro e anda se questionando o porquê, pense nisso! 

4 comentários:

  1. Qualquer busca necessita também de itens indispensáveis como bússola para orientação básica, as cartas náuticas para demarcação de rotas, GPS para orientação avançada, marcadores luminosos, entre outros.
    Que o tempo esteja bom para as buscas kkkkkkkkkk

    Auxílio Técnico

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  2. Adorei o post amiga, estou a procura do meu veleiro pra administrar o vento, mas ultimamente só aparece gente querendo passeio de jet ski...
    Beijos

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  3. Lembrei de uma música do Ivan Lins e Vitor Martins- Velas Içadas, conhece?

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    1. Não conhecia a música e gosto muito de Ivan Lins!!! Acabei de colocá-la no post!! Tudo a ver...! =)

      Beijos

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