Não tirei foto, mas ficou bem parecido com o risoto acima. Foto retirada do Google Imagens.
Ontem
cheguei 10 minutos atrasada na aula prática de Planejamento de Cardápios, cujo
tema era: Cardápios Requintados. Daí, minhas colegas já tinham gentilmente
selecionado o risoto quatro queijos para eu fazer, sabendo que sou fã de arroz,
não muito fã de animais e menos ainda de sobremesas açucaradas.
Queijo não
é nem de longe o meu forte na cozinha, mas preparar um prato com queijo me
agride menos do que temperar uma carne ou um frango, por exemplo. A professora
imprimiu as receitas e os ingredientes estavam todos em cima das bancadas do
Espaço Gourmet.
Ao pegar a
minha receita, adivinha qual era o PRIMEIRO ingrediente da lista? CALDO DE
GALINHA!! Nem preciso esconder o meu espanto... Não posso querer que o mundo
seja vegetariano/macrobiótico, mas esses caldos prontos jamais deveriam existir
numa prescrição de um nutricionista (vegetariano ou não), simplesmente por
serem lotados de aditivos químicos, especialmente glutamato monossódico. Numa aula na faculdade então, um pecado!
O próximo
ingrediente que me recusei a usar, mas não posso condenar a faculdade, pois se
trata de uma birra pessoal, foi MANTEIGA. Não é a coisa mais saudável do
mundo, por ser rico em gordura saturada, mas também não é um ingrediente
químico, altamente processado...
Quem me
conhece sabe que desde criança nunca suportei nem olhar para uma manteigueira
aberta em cima da mesa, sentir o cheiro e muito menos comê-la. Usar como
ingrediente na cozinha então, nem pensar! Claro que tem um conteúdo psicológico
por trás disso, afinal, existem pratos que contém manteiga e como sem nem
saber. Mas, basta ficar sabendo que ela está presente que trava: não consigo comer de
jeito nenhum!
Resolvi
então olhar a receita impressa na caixa do arroz arbóreo, na esperança de uma
nova ideia. Não adiantou: lá também tinha caldo de galinha e ainda creme de leite. Então, decidi
assumir o risco de criar minha própria receita: sem o tal caldo de galinha, sem a manteiga e sem "know how" em cozinhar com queijos. Assim, avisei a professora que ia mudar um pouco a receita, sem
dizer o que ia alterar, claro! Ainda bem que ela não se opôs! Só falei o que tinha feito depois que todo mundo tinha provado e aprovado o risoto!
Por essas e outras, que toda vez que me sugerem que eu faça um curso de gastronomia tradicional, digo que não tenho a menor condição. Não tenho nem vontade e nem interesse em aprender uma culinária cheia de bichos, aditivos químicos, queijos, creme de leite, manteiga, açúcar, leite condensado e outros clássicos da culinária gourmet tradicional. São ingredientes tão fortes que mascaram o sabor de qualquer comida. Acho quase impossível um prato com queijo dar errado por exemplo... Desafio mesmo é fazer uma comida saborosa sem usar nada disso!!
Por essas e outras, que toda vez que me sugerem que eu faça um curso de gastronomia tradicional, digo que não tenho a menor condição. Não tenho nem vontade e nem interesse em aprender uma culinária cheia de bichos, aditivos químicos, queijos, creme de leite, manteiga, açúcar, leite condensado e outros clássicos da culinária gourmet tradicional. São ingredientes tão fortes que mascaram o sabor de qualquer comida. Acho quase impossível um prato com queijo dar errado por exemplo... Desafio mesmo é fazer uma comida saborosa sem usar nada disso!!
Falando nisso, adivinha o resultado da aula de ontem? O risoto ficou UMA DELÍCIA!!! Também, com tanto queijo, quem pode sentir
falta de caldo de galinha ou manteiga? Não é uma receita que faria em casa, mas
é uma opção menos química de risoto, então vou compartilhar para quem for
adepto dos queijos e quiser testar!
Ingredientes:
4 xícaras de arroz arbóreo
2 xícaras de vinho branco
4 xícaras de água filtrada
150g de mussarela picadinha
150g de gorgonzola picadinho
150g de brie picadinho
100g de parmesão ralado
Pimenta do reino (à gosto)
1 ramo de salsa picada
1 cebola grande picada
4 dentes de alho esmagados
Azeite de oliva
Preparo:
Lava o arroz
e deixe de molho no vinho, acrescentando o suficiente de água para cobri-lo.
Deixe descansando para entranhar bem o gosto do vinho. Enquanto isso, pique a cebola,
os queijos, a salsa, moa a pimenta do reino... Depois refogue a cebola no
azeite de oliva até ficar bem douradinha. Quando estiver grudando na panela e o
fundo estiver começando a ficar escuro, acrescente o alho, com mais um pouco de
azeite de oliva e misture por uns 2 minutos, como o fogo médio. Mantém o fogo
médio, acrescenta o arroz (sem o caldo, escorre e reserva) e mistura bem. Como
o arroz está molhado, ele irá limpar todo o fundo da panela que estava marrom por
causa da cebola... Acrescente azeite de oliva até o arroz ficar bem
homogeneizado com a cebola e o alho e continue mexendo por uns 3 minutos.
Depois vá acrescentando a água (com vinho) que o arroz ficou de molho aos
poucos e mexendo sempre. O arroz absorve a água numa velocidade incrível, por
isso é bom acrescentar aos poucos, para observar o processo. Vá acrescentando
água até o arroz ficar ‘al dente’ e aí acrescenta todo o queijo picado (menos o
parmesão ralado) e continua misturando para ele derreter e integrar ao arroz.
Por fim acrescenta a pimenta do reino e a salsa e serve.
Obs.: Não
utilizei sal na receita, pois os queijos já são bem salgados. Além disso, nem
preciso comentar que o sal da faculdade é REFINADO, né???
Obs. 2: Achei
que já tinha queijo demais e optei em deixar o parmesão só para polvilhar em
cima do risoto pronto.
Gostei ds vc Camila! Não suporto manteiga, creme de leite, temperos prontos e só gosto ds queijo firme daqueles q derretem e depois q esfriam ficam crocantes .. queijo cremoso passo longe... sempre deixo de comer risoto por isso ... Adorei sua receita. Vou fazer!beijos
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