sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Consumindo o Planeta Terra

Imagem retirada do Google Imagens

Estamos consumindo o Planeta Terra e degradando-o o tempo inteiro. Segundo o dicionário Aurélio consumir significa: "fazer desaparecer pelo uso ou gasto; gastar, devorar, destruir; corroer, apagar (com o tempo); comer, beber; dissipar; mortificar, ralar."

Em imaginar que essa é a mesma palavra que gera o tão falado consumismo. Estranho, hein? Consumir é comprar ou deixar-se morrer pelo vício das compras, substituindo vida por morte? Claro, porque ninguém é taxado de consumista por comprar brócolis ou alface. Esse título é dado às pessoas com compram compulsivamente, objetos inanimados...

Vivemos a ilusão de que o "progresso" melhora a vida e assim transformamos vida em morte. Através do trabalho humano e de matérias primas e recursos naturais construímos prédios, estradas, ruas, avenidas, cidades e "bens de consumo". Todo esse "progresso", entretanto, é feito à custa do gasto da vida, do consumo da Terra.

Assim, nos sobra cada vez menos natureza viva para apreciar, no lugar da "modernização da vida". Passamos a interagir com um mundo morto. Passamos nossos dias aprisionados em apartamento, nos locomovendo através de máquinas, pisando em pisos sintéticos ao invés de pisarmos na grama ou na terra. Respiramos ar condicionado no lugar de uma brisa fresca; bebemos águas engarrafadas e não direto da fonte; comemos alimentos processados ao invés de hortaliças cheias de vida...

Como não imaginar que essa interação equivocada com a natureza resulta numa degeneração humana? Como conseguir dissociar o rumo enfermo que a sociedade tem tomado cada vez mais, de sua atitude para com o meio em que vive? 

Enquanto não existir a noção de totalidade e coesão entre homem e natureza, a humanidade viverá a ilusão do progresso, resultando em sua própria degeneração, sem autocrítica. Somos responsáveis pelo nosso destino e não há como viver em saúde plena se nossa rotina, ambiente e comida vierem de fontes mortas.

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