sábado, 27 de outubro de 2012

San Francisco: dia 3 e Berkeley


No último dia de San Francisco, fomos convidados para tomar um delicioso café da manhã baiano (com direito a cuscuz) e tudo na casa de amigos baianos que moram em Berkeley. O dia começou um pouco nublado, mas por volta das 11 horas apareceu um solzão. 

Passeamos pelo campus, pelas marinas, visitamos o veleiro de nosso amigo (infelizmente não pudemos velejar, pois a esposa dele estava grávida e podendo entrar em trabalho de parto a qualquer momento), fomos a um mirante com lindas vistas... 

CURIOSIDADE: Sabe quantos veleiros cadastrados existem na Baía de San Francisco? CEM MIL! Sabe quantos veleiros cadastrados existem na Bahia de Todos os Santos? TRÊS MIL!! Fiquei horrorisada quando soube desses números. As condições climáticas na Bahia são infinitamente melhores e totalmente desperdiçada.

Vitrine história de uma loja em Berkeley



Por fim, passeamos pela avenida principal (onde está a estação do Bart de Berkeley) e estava tendo um evento muito louco. Tinha de tudo: gente dançando, fazendo ioga, cantando, crianças, velhos e adultos... Todos na rua se divertindo a aproveitando o lindo dia de sol. Estava doida para ir em um restaurante macrô que me indicaram lá, mas era domingo e estava fechado. Berkeley é famosa pelo movimento hippie e por ter uma variedade de opções naturebas e simpatizantes. Assim, acabamos fazendo um típico brunch americano em um restaurante vegano delicioso chamado Herbivores. A mulher falou que as porções eram pequenas e pedi um monte de coisas. No fim, veio um exagero de comida, mas tudo ótimo! Três tipos de pancakes “uma panqueca típica de brunchs americanos”, “bacon” de tempeh, “ovo” mexido de tofu, torradas integrais com amoras e uma cerveja orgânica local com cacau. Huuuum, só de lembrar dessa comilança fiquei com água na boca!

P.S.: No potinho parece manteiga, mas não é!!! Também não é margarina... Só que meu irc psicológico com manteiga é tão grande que não consegui provar...




Saímos de Berkeley por voltas das 13:00 e fomos para San Francisco. Chega de cidade! Dessa vez fomos passear no Golden Gate Park. AMO parques!! Para mim são o ponto alto de todas as cidades, como Curitiba, São Paulo, Nova Iorque, Londres, Madrid, Valencia... Dava para passar dias lá! Enorme!!! Dentro ainda visitamos um museu de História Natural (Academy of Sciences) e caminhamos muito!! Turismo em cidade para mim é sinônimo de caminhar, caminhar, caminhar!!! Normalmente quem me acompanha fica EXAUSTO, um dos motivos que me apelidaram certa vez de “Camilada” – minhas caminhadas são mais que caminhadas, são Camiladas!!!

Depois de tanto caminhar, hora de ir ao aeroporto de Oakland buscar o carro para o dia seguinte (na estação do Bart em Oakland tem o Aero Bart, um ônibus que leva as pessoas até o aeroporto, enquanto a linha de metrô que chega até lá não está pronta ainda).

Mais uma surpresa. Já sentados no metrô, ainda em San Francisco, escutamos uma mensagem de que a linha do Bart ia ser fechada, pois tinha alguém andando pelos trilhos e eles estavam inspecionando... Antes ficamos um tempão parados sem saber o que estava acontecendo e loucos para irmos embora... Domingo de noite, San Francisco fica morta. A mesma região que na véspera estava um buchicho só, entregue às moscas...

Isso sem falar que mais cedo, na ida pro Golden Gate Park, passamos por muitos mendigos e pessoas estranhas. No estado a maconha é “liberada” e o cheiro está por todas as partes. Na verdade, o que acontece é o seguinte, qualquer um que chegar no médico dizendo que tem alguma enfermidade que cura com maconha, consegue uma carteirinha que autoriza o uso. Claro que as pessoas inventam de tudo para ter a tal carteirinha, afinal, até se alguém disser que tem insônia, consegue obter uma. Nesse sentido fiquei muito mal impressionada com a cidade... Achei muitas partes bastante pobres e não sei até que ponto essa quantidade de maconheiros perambulando pelas ruas pode ter algum tipo de influência nisso...



Acabamos tendo que pegar um taxi até Oakland e buscamos o nosso carro para a continuação da nossa trip no dia seguinte. Pretendíamos sair para jantar, mas estávamos tão cansados que comemos no Taco Bell, perto de nosso hotel e fomos dormir.

DICA: Para os brasileiros com saudade de arroz e feijão nos EUA. O Taco Bell lançou recentemente um Taco Vegano DELICIOSO, assinado pela chef Lorena Garcia. Dentro tem bastante salada (alface, milho, cenoura, tomate...) e arroz e feijão. Uma delícia!!! Além disso, lá dá para substituir qualquer recheio de carne, por recheio de feijão. Assim, todos os tacos saem em versão vegetariana. Achei uma ótima opção de fast food para fugir dos clássicos sanduíches e ainda mais gostoso!

Conclusão: “Laranja madura na beira da estrada ou está podre ou está bichada.” Não recomendo a ninguém se hospedar em Oakland. Só não foi pior, pois aproveitamos muitoooo os dias e de noite queríamos mesmo descansar. Mas, certamente limitou muito as noites, perdemos tempo com o deslocamento e o no último dia ainda tivemos que gastar uma nota com o taxi por causa do imprevisto do Bart. Então, no fim, nem foi tão econômico assim e mesmo se tivesse sido, não teria valido a pena.

Por hoje é só... Depois termino de contar a próxima etapa: MOTORIZADA, da viagem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário