sábado, 23 de novembro de 2013

Salada completa, com: grãos, leguminosas, hortaliças, oleaginosas e frutas secas


Já fiz uma variação desta receita antes e publiquei por aqui... Hoje resolvi publicar uma releitura dela, primeiro, porque é uma excelente pedida para o verão e segundo porque alterei bastante os ingredientes da receita... Espero que gostem! 

Ingredientes:

  • 1 xícara de painço (cru)
  • 1 xícara de grão de bico (cozido)
  • 1 xícara de cenoura picada em cubos
  • 1 xícara de chuchu picado em cubos
  • 1 xícara de beterraba picada em cubos
  • 1 xícara de milho cozido
  • 1 xícara de ervilha cozida
  • 1/2 xícara de uvas passas
  • 10 castanhas do pará
  • 1/2 xícara de salsinha picada
  • 1/2 xícara de coentro picado
  • 1/2 xícara de cebolinha picada
  • 1/2 cebola pequena picada
  • 2 dentes de alho picados
  • Sal Marinho (de preferência sem ser adicionado de iodo - mais sobre isso neste post)
  • Molho Shoyu de fermentação natural (sem conservantes e/ou aditivos químicos - mais sobre isso neste post) Hoje usei meu novo xodó: o molho shoyu da mitoku, importado aqui no Brasil pela Ecobrás, considerado o melhor e mais tradicional do Japão)
  • Vinagre de arroz integral orgânico (infelizmente nunca encontrei para comprar aqui no Brasil) 
Preparo:
Para cozinhar o grão-de-bico, o primeiro passo é fazer um remolho para reduzir o teor de fitatos (ácido presente nas leguminosas que provoca indesejados gases em muitas pessoas que as comem). Este processo é muito simples e pode ser usado no preparo de outras leguminosas. Depois de lavar os grãos, deixá-los de molho por 30 minutos, descartar a água e colocar novamente de molho, com o dobro de água por pelo menos 8 horas. Esta água não deve ser descartada. Para cozinhar o grão, é só esperar ferver, abaixar o fogo e cozinhar por aproximadamente 1 hora (verificar se a água não secou e se o grão já amoleceu depois de 30 minutos). Esse método de preparo agiliza a cocção, além de aumentar a digestibilidade do grão. O sal (uma pitada) só deve ser adicionado ao fim do preparo (uns cinco minutos antes de desligar o fogo).

Quem não encontrar painço, pode usar quinoa. Aí é só seguir as instruções da embalagem para cozinhar. No caso do painço descascado, primeiro lavo o grão em uma peneira bem fina e reservo. Coloco três xícaras de água  para ferver em uma chaleira. Em outra panela refogo a cebola e o alho, com um fio de azeite só para dar uma leve untada na panela. Depois que a cebola estiver dourada, acrescento o painço lavado (molhado) e mexo até ele começar a querer grudar no fundo da panela. Neste momento acrescento as duas xícaras de água que está fervendo na chaleira. Misturo bem a água com o grão, com o fogo alto para manter a ebulição da água por um minuto e em seguida reduzo e fogo para o mínimo (entre o fogo alto e desligado), tampo a panela e deixo cozinhar, com uma pitada de sal marinho.  Em cerca de 20 ou 30 minutos a água seca e o grão está pronto. 

Em uma cuscuzeira, coloco água suficiente para cobrir a beterraba na parte de baixo. Na parte de cima, coloco a cenoura com o chuchu em cima (a cenoura demora mais para cozinhar, por isso deve ficar mais próxima do vapor). A beterraba é cozida separadamente para não 'tingir' tudo de rosa. Quando a cenoura estiver al dente, desliga o fogo. Reserva a água do cozimento da beterraba e coloca a beterraba cozida na geladeira (para ela secar e não manchar toda a salada de rosa quando for misturada aos demais ingredientes). A cenoura e o chuchu podem ser misturados ao painço. 

Coloca as uvas-passas de molho na água quente que cozinhou a beterraba, por aproximadamente trinta minutos, para elas darem uma inchada e ficarem mais saborosas. (A água do cozimento da beterraba pode ser usada no preparo de uma sopa para a noite).

Hoje, excepcionalmente usei o milho e a ervilha em salmoura. Como diz o ditado: o bom é inimigo do ótimo... A gente tenta fazer o melhor possível, mas atingir a perfeição é impossível e às vezes a praticidade fala mais alto... Uso MUITO POUCO conservas envasadas em casa (diria que não mais do que 4x ao ano), mas costumo ter milho e ervilha na despensa, para emergências. Hoje foi uma delas, queria dar uma incrementada na salada e fiz o que pude com o que tinha em casa. Vale lembrar que sempre leio os rótulos e compro apenas aquelas marcas que não adicionam produtos químicos nem açúcar na conserva, ou seja, que são conservas unicamente à base de água e sal. Mesmo assim, antes de usar, lavo bastante em água filtrada fervida. 

As castanhas do Pará, ficam de molho em água filtrada com uma pitada de sal por 30 minutos. Depois escorro a água, corto as castanhas em pedaços menores (não muito miúdos para não queimar) e coloco para tostar numa frigideira. O "farelo" das castanhas cortadas, invariavelmente queima e sabemos que elas estão no ponto quando ficam levemente douradas, crocantes e espalham um cheiro maravilhoso pela cozinha.

Agora é só misturar tudo e temperar. Para esta porção, utilizei uma colher de sopa de molho shoyu, três colheres de sopa de azeite de oliva extra virgem e uma colher de sopa de vinagre de arroz integral orgânico. O ultimo passo é colocar na geladeira e servir em temperatura fria.

Esta receita pode ser usada como uma refeição completa, pois contém tudo que precisamos em termos de nutrientes em uma refeição equilibrada. Contém dois cereais (milho e painço); duas leguminosas (ervilha e grão-de-bico); uma fruta seca (uva-passa); duas fontes lipídicas (castanha do Pará e azeite de oliva extra vírgem); legumes de cores e formatos variados (chuchu, cenoura, beterraba e cebola); tempero verde; antioxidantes (alho); probióticos (molho shoyu e vinagre de arroz). Para ficar ainda mais perfeita, deve ser servida com um mix de folhas cruas, como: alface, rúcula, acelga e agrião. Outro ingrediente que fica ótimo nesta salada, mas que infelizmente hoje não tinha em casa é o abacate!

Nas proporções que coloquei aqui rende de 3 a 4 porções. Bom apetite!

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