terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Brasil: o país onde lâmpada virou cocaína

Socorro!!! Tirem-me desta ditadura!!!

Em dezembro de 2012 escrevi um post falando sobre as malditas tomadas de três pinos que foram alteradas no governo Lula. Nunca consegui entender porque mudar algo que atendia a um padrão universal por uma tomada que só existe aqui no Brasil.

Ontem, depois de instalar minha máquina de lavar roupas, mais uma surpresa: a tomada não entrava. Minha casa, minhas bolsas e meu carro se tornaram um festival de adaptadores. Hoje descobri mais uma novidade: a tomada de três pinos mais grossa (na foto dá para ver a diferença entre a espessura de uma e de outra), que não encaixa no formato padrão e requer um adaptador!

Como se fosse pouco, aproveitei que estava na loja de materiais elétricos, decidi comprar lâmpadas e tive mais uma surpresa: o governo proibiu a fabricação e a venda das lâmpadas incandescentes. Com sorte ainda encontrei umas remanescentes na loja, mas foi como comprar cocaína e ainda tive que pagar R$4,50 por uma mísera lâmpada (lei da oferta e demanda, sempre infalível).

Que pais é esse que não permite que o consumidor escolha o tipo de lâmpada que quer usar em casa??? A escolha de gastar mais com a conta de energia e continuar tendo lâmpadas incandescentes é algo absolutamente pessoal!

Simplesmente detesto essas lâmpadas econômicas e ainda sou implicada de que não sejam boas para a saúde. Provavelmente a intenção é justamente essa: adoecer a população para vender mais remédios e enriquecer ainda mais as indústrias farmacêuticas. Afinal, o nosso ministério da saúde está mais para ministério da doença do que qualquer outra coisa...

Estes exemplos só provam que vivemos em um sistema ditatorial disfarçado de democracia. O governo do PT toma decisões arbitrariamente, sem levar em consideração os interesses da população. Pouco se importa com qualquer tipo de manifestação, como as que ocorreram no ano passado. Simplesmente impõem o que querem, como aconteceu com os médicos cubanos (médicos e mais médicos nas ruas, fazendo manifestações contra, totalmente em vão). Coisas menores, como a questão das lâmpadas e tomadas sequer recebem espaço para questionamento, em meio a tantos escândalos muito maiores, como o mensalão, por exemplo. Aos poucos vão impondo o que querem e a população é obrigada a engolir à seco. Enquanto isso os governantes riem à toa percebendo que conseguiram o que pretendiam: têm o país na palma de suas mãos!

Enfim, preciso dizer que estou "p" da vida e sentindo-me numa terra de tiranos?!? Medo deste ano de copa/eleições... Medo do futuro deste país... Medo do governo me colocar em uma bolha e definir o ar que respiro!

Nesta foto dá pra ver os dois tipos de tomadas de três pinos: um mais largo que o outro e o maldito adaptador (de NOVE reais) que fui obrigada a comprar. Reparem que são duas entradas, uma mais larga do que a outra.

Cocaína. Ops! São lâmpadas incandescentes... Daqui a uns dias a droga será liberada e uma mísera lâmpada precisará ser adquirida no mercado negro. Faz algum sentido?


7 comentários:

  1. Aí tem.... Alguém enchendo o bolso

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  2. A tomada mais grossa é de 20A e a mais fina de 10A. Os locais para microondas, maquina de lavar e outros aparelhos com carga maior deven ter modulos de tomada de 20A, o erro foi de quem colocou a tomada de 10A num lugar para aparelhos de 20A.

    A questão das lâmpadas incandescentes está diretamente relacionada com o consumo de energia do país. Isso implica em construção de maiores geradoras de energia que são as grandes vilãs dos ecologistas. Se não gostar da fluorescentes tem a opção das de LED que são mais econômicas e duram para sempre, porém muito mais custosas.

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    1. Oi Anônimo,

      Grata pelas explicações, mas infelizmente ainda não me convenceram. Meu fogão novo veio com essa maldita tomada de 20A (pinos mais grossos) e considerando que ele é 100% à gás (não possui forno elétrico), o gasto de energia dele é MÍNIMO, logo não justifica tal tomada. Para confundir um pouco mais a sua explicação, a geladeira veio com uma tomada "normal" de pinos finos... Estou falando de eletrodomésticos comprados agora, pelo visto nem os fabricantes estão sabendo qual a tomada adequada para colocar em seus produtos...

      O negócio está tão mal estabelecido que estou morando em um prédio recém construído (entregue pela construtora há 6 meses) e as tomadas estão "erradas" conforme a sua explicação.

      Sobre as lâmpadas, continuo achando um absurdo. Nunca tive ar condicionado em casa, não assisto TV, não seco meu cabelo de secador... Ou seja, acho que tenho o DIREITO de me dar ao luxo de consumir um pouco mais de energia com luzes incandescentes (que é bem pouco, considerando que mal fico em casa). Enfim, não concordo com essas proibições, acho que devem ser feitas campanhas de conscientização do uso da energia para educar a população e não simplesmente banir determinado produto do mercado... Para mim é e continuará sendo uma atitude de característica ditatorial e abuso do poder!

      Sim, conheço as lâmpadas de LED, elas não produzem o mesmo efeito da luz incandescente e como você mesmo disse, são SUPER CARAS e ainda necessitam de bocais diferentes, o que acarreta em um custo ainda maior, dado à necessidade de trocar os bocais para que possam ser utilizadas... As lâmpadas incandescentes são as que mais se assemelham à luz solar e ainda têm a função de prevenir a catarata...

      É isso, fazer o que?? Aceitar e continuar procurando/comprando lâmpadas incandescentes no mercado negro...

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  3. Como dito no comentário anterior, a bitola diferenciada é justamente para evitar o uso incorreto de aparelhos em tomadas com carga menor de 10A. Você deveria contratar um profissional adequado e substituir a sua instalação para o modelo correto, adaptadores não são recomendados e podem danificar o seu aparelho.

    O Brasil hoje possui um dos melhores e mais seguros padrões de tomadas do mundo, baseado num padrão internacional chamado IEC 60906-1, desenvolvido para ser implementado na Europa na na década de 80 e que não teve sucesso sua implementação por questões políticas (sim, a Europa também possui problemas políticos). Depois da adoção do Brasil, a África do Sul já adotou o mesmo padrão e a tendência é que outros países sigam o mesmo caminho.

    Mesmo antes do padrão todo mundo vivia com adaptadores, visto que não existia um modelo de tomada que atendesse a todos os pluges (lembre do plugue triangular do ar-condicionado de parede, ou do pino chato irregular em que um lado era maior que o outro e tinhamos que "raspar" a tomada para enfiar o plugue, só para citar alguns). Lógico que o início de qualquer transição há problemas, mas os benefícios posteriores são imensos e justificam o transtorno inicial.

    Visto que você resolveu comentar sobre saúde, ressalto que o principal objetivo deste novo padrão foi evitar o risco de acidentes com choques ao manusear a tomada, algo que é impossível com esse modelo. Eu já tomei choque com o modelo antigo e sei que é um risco real e que muitas pessoas, principalmente crianças, sofrem acidentes graves que geram muitos custos para a saúde do país.

    Com relação às lâmpadas incandescentes, o consumo de energia no país pode ser reduzido significativamente com a sua proibição, além do que a regulação do mercado permite que aumente a demanda no uso de lâmpadas econômicas, reduzindo o seu preço. Não vou entrar em questão se ela faz mal à saúde, nunca ouvi falar sobre isso, mas acredito que o benefício de reduzir o consumo de energia do país e o custo das contas de energia do consumidor valham à pena.

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    1. Oi Anônimo,

      Mais uma vez, grata pelas explicações. Respondi na outra postagem também...

      Não confio nas "boas intenções" do PT. Sempre existirão "justificativas" para tentar convencer a população das atitudes que tomam (justificaram a vinda dos médicos cubanos, com argumentos nada convincentes e no fim "enfiaram goela abaixo"). Aliás, justificativas são criadas nesta intenção: convencer!

      O problema do gasto de energia não será solucionado com a proibição de lâmpadas incandescentes, elas hoje em dia raramente são utilizadas em ambientes de trabalho, tendo o uso quase exclusivo doméstico (muito pouco considerando que os ambientes corporativos são os que necessitam maior demanda de luz aritifical)... Se tiver que haver uma substituição na escolha da população por lâmpadas fluorescentes ou de LED, que isso ocorra de forma gradual, respeitando o livre arbítrio dos cidadãos e o incremento de fábricas que produzem estas lâmpadas, para que se tornem mais acessíveis e atraentes. Antes o cidadão tinha o direito de comprar uma lâmpada de 1 ou 2 reais, hoje ele é OBRIGADO a pagar 5 a 20 reais numa lâmpada econômica, se quiser ter luz em casa. Que democracia é esta?

      Tem um ditado que diz: Confiança é algo que leva uma vida para ser construída, mas que pode ser destruída em uma fração de segundos, com danos irreparáveis. Foi isso que aconteceu com esse governo, já não consigo confiar e nem acreditar em nada do que dizem/fazem.

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  4. Camila, as lâmpadas incandescentes imitam a luz do sol e são melhores para leitura, inclusive prevenindo a catarata. Como vc comenta no seu post, as fluorescentes fazem mal à saúde mesmo e devem ser usadas com restrição, mas pelo jeito não teremos escolha.

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    1. Oi Karla,

      Grata por sua colaboração!!!

      Pois é... Enquanto Dilma escolhe para onde viaja, bem como os melhores restaurantes para comer e hoteis para se hospedar (ela e suas gigantescas comitivas de turismo patrocinado), nós sequer podemos escolher o tipo de lâmpada que desejamos utilizar em casa...

      É essa a democracia que vivemos!!

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