Hoje postei uma foto no Instagram de parte do meu
desjejum: pão integral com pasta de tahini com missô e nattô. Perguntaram do
que se tratava e prometi um post somente para falar deste ingrediente
tradicional da culinária japonesa.
Nattô são grãos de soja fermentados. Faz
parte da família dos alimentos funcionais, uma vez que é rico em probióticos,
sendo um grande aliado para a saúde intestinal. Além disso, é altamente
nutritivo e rico em proteínas. O processo de fermentação altera suas
propriedades nutricionais e deixa o grão com sabor e textura bastante
característicos. Seu gosto é bem forte (aquele típico alimento que as pessoas
ou vão amar, ou vão odiar) e a textura é pegajosa, semelhante à do quiabo. Essa
característica “gosmenta” confere a ambos os alimentos uma qualidade especial: são
capazes de afinar o sangue, super indicados para pessoas com predisposição à
trombose, bem como pressão alta.
Tradicionalmente sempre foi comido com arroz,
mas é um ingrediente versátil que pode ser explorado de diversas maneiras. Já
testei algumas misturas, com outros ingredientes, que ficaram bem interessantes, como: agrião, mostarda, raiz forte, sal, nabo
ralado, cebolinha, agrião, alga wakame, vinagre de umê, limão, molho shoyu, missô e tahini. Como qualquer outro ingrediente, merece ser explorado e descoberto em suas
diversas facetas. Ele pode ser levemente aquecido, porém jamais fervido, pois isso matará justamente o que têm de mais rico: suas batérias probióticas. O mesmo vale para qualquer derivado fermentado da soja: missô, shoyu, tamari, tempê... Se resolver usá-los no preparo de pratos quentes, deverão ser adicionados ao fim, cuidando para não exagerar na temperatura.
Por ser um alimento altamente fermentado, dura mais tempo do que a
indicação do rótulo (geralmente de poucos dias) e deve ser guardado na geladeira. Se armazenado por muito tempo, poderá ficar com o cheiro cada vez mais forte e se esse odor tiver alguma semelhança com o cheiro de água sanitária, poderá apresentar risco para consumo e deverá ser descartado. Como costuma ser comercializado em pequenos potes, é difícil que dure mais do que um mês. Pode ser ingerido diariamente, sem risco, não havendo necessidade de ingerir mais do que uma ou duas colheres de sopa, cada vez. Especialistas avaliam que o máximo consumo diário não deverá ultrapassar a quantidade de uma xícara, que é MUITA COISA, considerando o forte sabor do alimento.
Onde encontrar? Normalmente em casas de produtos
especializados da culinárias japonesa e às vezes, em casas de produtos
naturais. Aproveitem!
Como uma umeboshi todos os dias-fazendo careta, mas como-porque a medicina orienta lrecomenda para baixar o colesterol. Mas acho que nattô, não encaro, não.
ResponderExcluirUmeboshi é um produto muito bom, com diversas indicações. Sua excessiva acidez, entretanto, retira muito cálcio dos dentes. Por essa razão procure não abusar. Existem outras medidas eficazes para controlar o colesterol, manter a boa elasticidade das veias e artérias e emulsificar as gorduras, como o uso, após as refeições, de uma colher de sopa de nabo comprido (daikon) ralado, com duas gotas de shoyu. Faça isso três vezes por semana e se observe: havendo irritação no estômago, pare por um tempo. Além do mais, o uso de qualquer produto específico deve ser acompanhado de uma alimentação adequada. Esta sim é poderá garantir seus melhores níveis de colesterol e nunca, apenas, o uso isolado de umeboshi, nabo, rabanete ou qualquer outro específico..
ResponderExcluirMuito bem colocado, The Goat Strikes again.
ResponderExcluirQuando o assunto é colesterol, mais importante do que comemos para abaixá-lo é o que deixamos de comer para que não se eleve..
Além das dicas mencionadas acima, pode apostar nos alimentos ricos em fibras irão auxiliar para baixar o colesterol.
Sobre os alimentos que elevam o colesterol, é preciso tomar um cuidado especial com os açúcares e carboidratos simples (de alto índice glicêmico), bem como com dietas hipercalóricas como um todo. Todo excesso na dieta se acumula na forma de gordura e parte disso se transforma em colesterol.
A maior parte do colesterol circulante no sangue é produzido pelo próprio corpo (endógeno) e não ingerido da dieta (através de produtos animais e derivados). Neste texto falo sobre isso em maiores detalhes: http://www.beijonopadeiro.com/2012/04/colesterol-bom-x-colesterol-ruim.html
Boa sorte, Anônimo!