quinta-feira, 9 de abril de 2015

A escolha do nome


Como sempre achei que seria mãe de menina, nunca tinha pensado em nomes masculinos e já tinha fechado em duas opções de nomes femininos.

Ao descobrir que esperava um menino começou uma novela de mil capítulos: a escolha do nome.

Primeiro minha mãe me emprestou um livro dela que dizia ter mais de 10 mil nomes e seus significados. Parecia mais um livro de comédia, cada nome pior que o outro, dava risada de imaginar que aquelas palavras poderiam ser chamadas de nomes.

Depois perdi as contas de quantas vezes li listas inteiras de nomes na internet.  Gostava de vários, mas meu marido botava defeito em TODOS! Ao mesmo tempo não me sugeria nada. 

Suspeito que ele queria colocar o próprio nome no filho, mas sempre fui radicalmente contra esta ideia. Para piorar, tinha um péssimo exemplo: o pai dele, quando ele nasceu, saiu de casa para registrar o filho como Luis Henrique e voltou com o menino registrado com o próprio nome. Essa história sempre me deu arrepios!

Passei a gravidez tendo que dizer que meu filho ainda não tinha nome. Não aguentava cada vez que alguém perguntava o nome e eu dizia que só ia escolher quando nascesse... Uma pressão insuportável para a escolha desse nome e eu num ponto que não queria mais discutir o assunto, tinha muitas outras coisas para me ocupar e sabia que surgiria um nome na hora certa: não tinha a menor pressa.

No último mês chegamos a uma lista de nomes que ambos gostavam: Luca, Theo, Augusto e Alexandre. Meu pai faz numerologia e sabia que a decisão final dependeria deste detalhe, logo, não poderia bater o martelo, pois para isso precisaria da data.

Chegando no período provável do nascimento meu pai começou a testar estes nomes com datas próximas. Concluiu que Alexandre e Augusto não funcionavam em nenhuma data; que Theo é Luca funcionavam na maioria das datas; e que em algumas datas nada funcionava. Sugeriu que pensássemos em outro nome para estas datas... Que desanimo, não aguentava mais pensar e sugerir nomes e meu marido encontrar defeitos em todos sem sugerir nada (ele não acredita em numerologia).

Pela milésima vez abri listas de nomes na internet e comecei a ler, até que um nome, que nunca tinha despertado minha atenção durante toda a gestação, saltou aos olhos: Guilherme. Quando falei, meu marido, para a minha surpresa, disse que também gostava... Aí pedimos para meu pai fazer a numerologia e ele respondeu: se nascer amanhã, é um ótimo nome. 

Combinamos que ele mandaria os nomes que ficariam bons para "o dia seguinte" todos os dias até nascer... No dia seguinte, na verdade, qualquer dos nomes: Theo, Luci ou Guilherme ficariam bons. Pedimos para ele nos enviar por email a descrição dos três e fomos pro quarto ler... Chegamos à conclusão de que a numerologia que mais agradava era a de Guilherme e na sequência entrei em trabalho de parto.

Não deu 30 minutos entre a hora que cogitei o nome Guilherme e a hora que comecei a ter contrações ritmadas. Acho que era só isso que ele estava esperando para nascer: aprovou o nome e resolveu vir logo, antes que mudássemos de ideia novamente!

Um comentário:

  1. Fiquei arrepiada com essa sincronicidade. Muita saúde para a família!

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