quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Como fazer uma mudança com um bebê de 6 meses no colo


No meio do ano passado, estava de férias em Salvador e meu marido trabalhando em BH, quando recebi um telefonema seu com a novidade: "Fui transferido para Rondonópolis, fica mais uma semana aí, pois já estou indo para lá e volto na outra semana para fazermos a mudança."

Primeira reação? Felicidade e gratidão! O país em crise, a obra em Minas prestes a terminar e nós ainda sem saber qual seria nosso rumo. Rondonópolis? Onde fica esse lugar? Pouco importa! Lá vamos nós!!

Cheguei de volta à BH numa segunda-feira à noite. Passei terça e quarta organizando coisas em casa e preparando papinhas para congelar pro bebê durante a mudança. Ele estava em plena fase de introdução alimentar...

Na quinta minha mudança foi empacotada, na sexta colocada no caminhão. Enquanto isso, meu marido trabalhava loucamente para terminar todas as pendências dele antes da mudança. Ficava eu e meu filho num sling comandando tudo e tentando fugir da poeira (ambos alérgicos!).

Passamos o final de semana em um hotel, lá mesmo na Lagoa dos Ingleses (paraíso onde morávamos), para se despedir de Minas antes de irmos para nosso novo destino: Mato Grosso, na segunda-feira.

Foram exatos 3 meses que passei em Minas com meu bebê, pois ele nasceu em Salvador e ficou lá até fazer 3 meses. Tempo suficiente para viver uma adorável rotina com ele: incluindo deliciosas e inesquecíveis caminhadas diárias na beira da Lagoa, a mesma onde curti minha barriga crescer durante boa parte de minha gestação.

E foi assim que cheguei no Mato Grosso, no dia 17 de agosto. Em uma semana encontrei apartamento e consegui contratar uma empregada através de uma agência local, a Mary Help. Outra sorte foi que o apê ficava a uma quadra do hotel onde estava hospedada. Então conseguia supervisionar toda a mudança tendo o hotel como ponto de apoio, para não quebrar a rotina do bebê: alimentação, sonecas... Instalei um fogareiro de duas bocas no quarto do hotel e foi o suficiente para estar confortável: preparava as papinhas de Gui e fazia jantar para mim e o marido. Naquela época ainda tinha a história da mamada do "nocaute", então, em meio à tudo isso, impreterivelmente, ordenhava pela manhã 250ml de leite para garantir um sono tranquilo do bebê à noite.

Quinze dias após minha chegada na cidade já estava completamente instalada: todas as caixas desempacotadas, ar condicionados (questão de sobrevivência no MT) comprados e instalados, internet funcionando e a casa parecendo que já era habitada há séculos. 

Dois detalhes:
 1) Durante meu primeiro mês em ROO, meu marido estava num ritmo frenético de trabalho, chegando em casa pelas madrugadas e saindo super cedo. Não pode me ajudar a guardar um rolo de papel higiênico durante a mudança...
2) O carrinho do bebê sujou muito na viagem e durante a primeira semana tive que carregá-lo no sling para todos os lugares (até descobrir uma lavanderia para lavá-lo e devolvê-lo). Não sei como minha coluna sobreviveu! Mas o mais importante foi que ele se comportou super bem no geral, um bebê mais que colaborativo e companheiro! 

Quando as pessoas souberam de minha mudança ficaram preocupadas de como daria conta de uma mudança pra um lugar remoto, onde não conhecia ninguém, com um bebê de seis meses no colo. Eu não me preocupei momento algum. Sou daquelas que tem fé e pensa que o que não tem remédio, remediado está. 

Tudo deu mais que certo! Encontrei apartamento rápido, perto do hotel, empregada para me ajudar, pessoas solícitas que me ajudarem a localizar e comprar coisas que estavam faltando e me deram uma mega força com o bebê (nem que fosse carregando-o no colo ou ficando um pouco com ele para eu poder ir no WC ou tomar um simples banho...). Não sei se é uma questão de sorte ou de fé. Acho que ambos!

Sei que tenho muito o que agradecer e a quem: Mirella e Camila pela ajuda com a mudança em BH; Lucineide (corretora de imóveis super solícita em ROO, que além de conseguir o apartamento ideal para mim, fez um tour na cidade, me levou até a Mary Help, na Energisa para ligar a energia do apê e me deu várias dicas boas); a D. Leonor por me ajudar tanto; às amizades que fiz por lá assim que cheguei: em especial Adriana, Bárbara, Flávia, Luiza, Ana Clara e Joacira que mal me conheciam e me deram uma super força nas primeiras semanas...

Falando em mudanças, hoje passei o dia abrindo caixas! É que desde 25 de janeiro já estou morando em outra cidade, sendo que deixei Rondonópolis no dia 9 de dezembro. Mas sobre essa nova mudança e os adoráveis três meses e meio que vivi em Rondonópolis falarei em outra oportunidade... 

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