Depois desses três primeiros meses voltei à minha casa, na época em Belo Horizonte, e ele passou a dormir em um quarto sozinho. A adaptação foi super tranquila e achei que eu e ele passamos a dormir melhor assim.
Todas as vezes que viajo, ele dorme comigo. Poucas vezes precisou dormir na mesma cama, geralmente faço o berço improvisado e algumas vezes o hotel tem um berço camping, que adoro! Quando vou a Salvador a estadia geralmente costuma ser prolongada e o fato dele saber que estou dormindo na cama ao lado do berço sempre faz com que acorde mais vezes. Além disso fico com medo de fazer qualquer barulho que o desperte, já que o sono dele é bem leve.
Teve uma fase (já relatei aqui no blog: http://www.beijonopadeiro.com/2016/03/um-tipico-dia-de-mulher-para-celebrar.html?m=1 ) em que ele estava despertando muito e por preguiça e cansaço acabava trazendo-o pra minha cama na madrugada. Não achei que ele passou a dormir melhor, apenas, quando acordava eu não precisava despertar. Meio que dormindo, colocava-o para mamar e continuava dormindo. Para mim era péssimo, pois ficava numa posição desconfortável, ele fazia meu peito de chupeta, custava a conseguir fazê-lo parar de me chupetar e quando isso finalmente acontecia ele se espalhava pela cama e eu e meu marido acabávamos espremidos nos cantos da cama, dormindo mal. Ainda bem que essa fase foi curta, pois definitivamente prefiro dormir sozinha na cama e em quartos separados.
Isso sem falar que muitas vezes, quando finalmente adormecia, meu marido precisava levantar pra trabalhar e eu não podia dormir, com medo que ele rolasse pro outro lado da cama ou então, se fosse em final de semana, eu acordava e não podia me levantar pois meu marido e o bebê estavam em sono profundo e ficava com medo do bebê rolar e cair. Teve vezes de eu não levantar nem pra fazer xixi, até porque era eu me movimentar e Gui acordava. Parecia que tinha um sensor de presença materno. Eu sou do tipo agitada que adora acordar cedo, pular da cama e fazer mil coisas em casa. Ficar de castigo, vigiando o sono de um bebê que poderia estar dormindo seguramente em um berço, simplesmente não se enquadra na rotina de uma mãe e esposa que não tem uma empregada doméstica. A hora que o filho dorme é preciosa para fazer inúmeras coisas em casa.
O esquema da cama compartilhada certamente não daria certo comigo, sou super defensora de que o melhor pro sono do bebê e dos pais é que durma sozinho, mas sei que para muitos pais a experiência é oposta à minha. Nesse texto ( https://crescersemviolencia.wordpress.com/2014/03/22/a-historia-e-evolucao-da-cama-familiar-compartilhada/ ) tem um bom resumo em defesa da cama compartilhada, para quem se interesse pelo assunto. Na prática constatei que para mim, meu marido e para Gui não funciona. Prefiro levantar e ir no quarto dele quando ele acorda de madrugada e depois voltar a dormir em minha cama e ter um sono profundo e reparador, coisa que nunca acontece quando ele está em minha cama. Além disso, o sono dele é leve e acorda com facilidade com os movimentos dos pais na cama e fica procurando meu peito para fazer de chupeta (sei que não é fome) e eu acabo cedendo só pra voltar a dormir logo... Em relação à história do vínculo, talvez seja verdadeiro para mães que trabalhem fora e passem o dia longe dos filhos. Como eu passo o dia maternando, acho que Gui já tem horas suficientes acordado em minha presença e que não é o fato de dormir comigo que irá fazê-lo sentir-se mais amado e mais seguro. Ele já dorme sozinho há 10 meses e sabe que quando desperta eu apareço imediatamente no seu quarto, graças a um ótimo recurso chamado babá eletrônica.
Enfim, são vários os motivos para eu ter percebido que a prática da cama compartilhada definitivamente não se enquadra à minha rotina, mas sei que existem casos e casos e acho que cada pessoa deve agir de acordo com a sua realidade.
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