Gui atacando espontaneamente o pepino e a cenoura em um restaurante japonês. Tinha uns 8 meses nessa foto. Brincou mais do que comeu, na verdade, comeu quase nada...
Minha resposta é não. Não adotei o BLW com Gui. Apesar de achar o BLW super interessante, tive meus motivos para optar pelas tradicionais papinhas:
1) Time que está ganhando não se mexe. Como comentei no post: http://www.beijonopadeiro.com/2016/03/introduzindo-alimentacao-do-bebe-passo_2.html?m=1 Tive que dar papinha para Gui com 3 meses e desde aquela época a aceitação foi tão boa, que não vi porque fazer diferente quando chegou o momento da sua introdução alimentar. De fato, ele nunca me deu o menor trabalho para comer, acho que até hoje o único alimento que faz "cara feia" é mamão.
2) Alguns bebês começam a ter dentes cedo, mas Gui foi totalmente banguelo até os 7 meses. Não me convenceu a ideia de colocá-lo para "mastigar" sem ter sequer os incisivos para cortar os alimentos.
3) Desde a fase do aleitamento exclusivo Gui sempre teve muita propensão à regurgitar. Isso me fez crer que seu sistema gástrico ainda precisava se desenvolver e oferecer alimentos na forma de papinha (pré digeridos) facilitaria o processo.
4) Fiz alguns testes oferecendo alimentos com pedaços e em quase todos eles o resultado foi o mesmo: Gui vomitou. Só serviu para confirmar que em seu caso as papinhas eram uma opção melhor.
5) Até o primeiro ano de vida o bebê ganha muito peso, em média triplica ou quadriplica o peso em relação ao seu nascimento. Gui sempre mamou muito e comendo não foi diferente. Pouco tempo após a introdução alimentar comia porções de 250 a 350g em média, por refeição. Nunca foi um bebê gordo (pelo contrário, sempre foi mais esguio) e certamente, pelo método BLW não comeria essa quantidade (por falta de coordenação e habilidade o bebê naturalmente deixa mais comida fora do que em sua boca). Agora, com um ano de idade, naturalmente, está começando a demonstrar interesse e curiosidade em comer sozinho. Ocorre que a natureza é sábia: com mais de um ano já tem bem mais coordenação motora, dentes e além disso suas necessidades energéticas são menores do que no primeiro ano de vida, tanto que até o segundo ano o bebê engorda em média 20% do peso adquirido em seu primeiro ano de vida. Logo, se pelo aprendizado em comer sozinho, acabar comendo menos, provavelmente estará atingindo as suas necessidades energéticas assim mesmo.
Bem, acho que esses cinco tópicos resumem bem o motivo de minha escolha. Não acho que exista certo ou errado. Existe a mãe observar o comportamento de seu filho e descobrir o método que melhor se adequa, priorizando o desenvolvimento do bebê. Alguns bebês têm dentes mais precocemente; outros não têm problemas de deglutição, por pouco desenvolvimento do sistema gástrico (Gui até hoje engasga com facilidade); outros demonstram mais interesse em se alimentar através do método BLW em relação à oferta de papinhas. Enfim, cada caso é um caso e é preciso avaliar com sensibilidade suficiente para optar pelo melhor caminho.
Obs.:
A escolha em oferecer papinhas como principal maneira de alimentar seu filho, não impede que ocasionalmente faça testes oferecendo alimentos inteiros, observando seu comportamento. Sempre fiz isso e cheguei à duas conclusões: ele acaba comendo bem pouco e/ou engasga e vomita. Acho que no caso dele sempre serviu mais como um exercício e uma brincadeira para ele se familiarizar com formas e texturas dos alimentos do que uma maneira de alimentar.
Eis q eu ia lhe fazer uma pergunta e ...tchaanraaannn: vc já tinha escrito sobre isso com pontos de vista semelhantes aos que criei!!Como não amá-la����
ResponderExcluir