Enfim, a maternidade para uma pessoa como eu está sendo um enorme desafio e um constante aprendizado. Por mais que imaginasse que seria trabalhoso e requeresse muita dedicação, nenhuma vã ideia se aproximava à realidade.
Sempre disse que pretendia não trabalhar nos primeiros anos dos meus filhos (especialmente no primeiro ano), pois achava que era um período crítico de extrema dependência e que requereria muita atenção. Estava certa, meu filho já tem um ano e um mês e ser mãe é uma atividade que tem ocupado cerca de 90% do meu tempo. Não vejo previsão do trabalho diminuir num futuro próximo, especialmente pois pretendo ter mais filhos (pelo menos mais um)... A única perspectiva é que o tipo do trabalho vá mudando com o decorrer de novas fases...
Vejo mães que conseguem fazer tantas outras coisas e me pergunto como conseguem. Acho que provavelmente contam com ajuda de familiares, babás, empregadas, creches e/ou escolas... Sem alguma dessas coisas é muito difícil conseguir estabelecer qualquer tipo de rotina/compromisso extra-maternidade.
Sempre considerei-me uma pessoa capaz de desempenhar multitarefas e desde que tornei-me mãe, ao mesmo tempo que sinto-me super produtiva, por aproveitar cada segundo livre para fazer algo, sinto-me super improdutiva, pois os dias passam e sinto que não consegui fazer nada além de seguir rotinas. Alguém mais?
Voltar a escrever foi uma decisão para me obrigar a fazer algo que não fosse: arrumar a casa, cozinhar, lavar louça, trocar fralda, dar atenção ao bebê, dar comida ao bebê, ler para o bebê, colocar o bebê para dormir, dar banho no bebê, ir ao mercado, levar o bebê na natação, levar o bebê pra passear (se passar o dia em casa fica nervoso de tédio)... Enfim, essas tarefas se repetem e só não são enlouquecedoras porque pessoalmente, gosto de cozinhar, gosto de estar com a casa em ordem e acompanhar o desenvolvimento de um bebê é incrível, à cada dia uma novidade... Sem falar nos sorrisos, abraços, dengos, carinhos... Enfim, existe uma troca com recompensas afetivas diárias e impagáveis.
Em outro post defini a maternidade como o maior exercício de paciência que já vivenciei. Hoje defino como a maior e mais constante prática da doação que já experimentei. Doa-se tudo: tempo, energia, atenção, amor, carinho... E por mais que alguém tente definir ou explicar, é algo totalmente intangível até que se torne realidade.
Adorei o post! Me identifiquei completamente!!!
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