quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

The Sound of Silence

Estava aqui pensando no nascimento deste blog e seu nome e vendo como algo que surgiu com uma proposta tão leve tem ganhado conteúdos com temas que geram discussão, polêmicas, etc. Acho que tudo isso faz com que a gente reflita, questione e só assim o ser humano cresce, muda pontos de vista e assume uma postura crítica e sensata perante a vida, afinal, ele se torna responsável pelo caminho que escolhe trilhar ao invés de seguir o caminho que a massa percorre sem se quer olhar para os lados.


Esta realidade de estarmos cercados por uma maioria imersa na ignorância é de fato triste e graças a Deus me considero uma minoria privilegiada. Não que ache que saiba mais ou menos do que ninguém, mas me sinto feliz por sentir que ao menos questiono o caminho que percorro na vida, sabendo que como um ser humano sou passível de erros, porém tendo em mente que o mais importante desta busca é tentar ser alguém melhor a cada dia para assim ficar satisfeita quanto à minha trajetória de vida e papel na sociedade.

É uma delícia quando encontramos pessoas que compartilham de idéias parecidas com as nossas, principalmente quando elas divergem da maioria. Mas quando isso não ocorre acho que não adianta ficar discutindo tanto... Sou muito jovem e de fato nunca fui revolucionária. Cresci em meio a uma juventude acomodada e questiono o quanto isso refletiu na minha personalidade.

Acho que quando não gastamos nossa energia tentando mudar o mundo, conseguimos focar a nossa pouca energia individual promovendo pequenas mudanças em nosso entorno e isso é muito gratificante, pois o resultado é palpável, servindo como estímulo para que a batalha, mesmo que em doses homeopáticas seja repleta de vitórias consecutivas.
 
Há muito tempo escutei um ditado que concordo plenamente: É preferível ser cabeça de sardinha que rabo de baleia. Até que ponto pessoas que buscam grandes feitos não estão apenas guiadas por uma forte necessidade de reconhecimento e movidas por uma inflação de ego? Acho que grandes feitos resultam da soma de pequenas ações e essas geralmente partem de pessoas que agem pela real vontade de mudança e não em busca de destaque.
 
Não pretendo aqui rotular ninguém, até porque sou contra estereótipos, mas vejo o problema do EGO do ser humano como algo muito prejudicial à sociedade. É ele que leva o homem a se crer como dono de verdades absolutas, com posturas inflexíveis, colocando muitas vezes grandes sabedorias em xeque.
 
Recentemente li um dito oriental antigo que falou algo muito verdadeiro:

- Uma pessoa que não sabe nada tende a mostrar que sabe tudo.

- Aquele que sabe um pouco quer mostrar que é excelente.

- Aquele que sabe tudo, se torna um ser humano comum.

 
Por isso desconfio muito de grandes discursos e valorizo muito o saber do silêncio.

The sound of Silence: Simon and Garfunkel: http://www.youtube.com/watch?v=h-S90Uch2as&feature=related





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