Quem acompanha esse blog deve ter se assustado com o ar resmunguento das últimas postagens. Bem, não é porque cultivo o beijo no padeiro que não tenho senso crítico. Pelo ao contrário, beijar o padeiro para mim é ter discernimento de escolher coisas realmente prazerosas mesmo que sejam o oposto do que todo mundo acha ou faz.
Beijar o padeiro é ser criativo e fazer diferente. É não precisar se entorpecer com álcool para se conseguir se divertir. É selecionar os lugares que freqüento, priorizando ser bem atendida, sentar confortavelmente, estar próxima de amigos legais e poder desenvolver papos interessantes. É escrever sobre as maravilhas do inverno na Bahia (um dos primeiros postos deste blog) enquanto todo mundo só fala do verão.
Beijar o padeiro não tem fórmula na verdade. Cada um sabe aquilo que te satisfaz e deixa feliz. Tem gente que realmente se sente confortável passando calor, no meio de uma muvuca, com um som alto, podendo ser roubado a qualquer momento. Já curti isso, mas acho que numa época que estava experimentando o que todo mundo faz para chegar às minhas próprias conclusões sobre o que recheia bem as minhas horas de lazer.
Carnaval na Bahia é a melhor época para dirigir pelo Iguatemi, os shoppings, cinemas e restaurantes ficam vazios, para quem gosta de ser bem atendido é uma maravilha (sempre com espírito esportivo porque serviço é o ponto fraco nessa cidade). As partes de Salvador que não têm festa ficam melhores do quem em qualquer outra época do ano para se transitar: uma delícia.
Ainda bem que sobram lugares tranqüilos e vazios e que tem gosto para tudo: muvuca e calmaria, afinal como dizem: “O que seria do azul se todos gostassem do vermelho?”.
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