quinta-feira, 8 de abril de 2010

A Coragem de Confiar

Confiar é colocar a máquina no automático e sair caminhando de costas para ela sem cogitar a hipótese de que alguém poderia rouba-la e ainda ser surpreendida ao ser lembrada dessa possibilidade... é ficar tranquilamente de porta aberta em um lugar estranho por ter recebido recomendações de ser seguro...

Estou lendo um livro com o mesmo título deste texto de Roberto Shinyashiki, que comprei não só pela simpatia pelo autor, mas principalmente pelo título. Neste livro, Roberto defende a teoria de que existe um tripé que sustenta o ser humano e ele está baseado em três tipos de confiança que devem estar em equilíbrio: a confiança em Deus, ou fé; a confiança no próximo e a autoconfiança.

Experiências pessoais têm afetado o segundo item do meu tripé, motivo pelo qual me chamou atenção esta literatura. Sempre acreditei na essência da bondade humana e por esse motivo evito encher meu HD com informações que me façam crer no contrário, como todas as notícias terríveis que aparecem diariamente nas manchetes dos jornais. Mesmo assim, aos 26 anos já levei algumas porradas da vida e conheço muitas pessoas que sofreram injustamente os danos de um mundo cheio de pessoas de caráter duvidoso.

Afinal de contas, o ser humano é essencialmente BOM ou RUIM? Ao colocar em uma balança, para que lado ela pende? Esse final de semana tive uma experiência que me fez ficar encantada com a existência de pessoas com boa índole. Estamos tão acostumados com um mundo de pessoas desconfiadas e desonestas que quando encontramos alguém que foge a essa regra nos surpreendemos, como quem acaba de encontrar uma mina de ouro.

Maldade não escolhe raça, nem idade, nem lugar. Acredito que quando um sujeito nasce para “ruim” não tem jeito, porém tenho percebido que a vida urbana fomenta a desconfiança, a falta de companheirismo e o egoísmo. Essa tal de network faz com que as pessoas vejam as outras como links para o sucesso, já não existe um papo descompromissado e leve, há sempre uma segunda intenção por trás da simpatia alheia e por aí vai.

Esta realidade muito me entristece e agride minha alma sentir que tenho que fazer parte dela para poder viver, seja como coadjuvante ou expectadora, afinal não sou só no mundo e dependo de outras pessoas para tudo (principalmente na atividade profissional que exerço), nem sempre podendo me dar ao luxo de conhecê-las a fundo antes de depositar grande carga de confiança como um tiro no escuro. Por tudo isso, tenho concluído que lidar com gente é uma grande aventura, onde não sabemos o que nos aguarda: haja estômago!

Quem conhece a versão com Julie Andrews, sabe que nem se compara, mas como não encontrei no Youtube a original, vai a genérica mesmo, o que vale é a mensagem. I Have Confidence: 


4 comentários:

  1. Parabéns pelo blog.
    Tive a curiosidade de acessá-lo, pois o meu orkut "sugeriu" vc como amiga. Pensei ser outra Camila e entrei para te adicionar, quando fui atraída pelo título do blog, que, por sinal, achei incrível.
    Daí vim parar aqui.
    Identifiquei-me bastante com as idéias e gostei da sua redação: simples, clara e direta.
    Abraços,
    Fabiana Actis

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  2. Olá Fabiana! Que legal ter meu blog visitado por alguém desconhecido e ainda receber uma crítica tão positiva. Muito obrigada!! Seja bem vinda por aqui!! Beijos

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  3. Oi Cami!
    Parabéns! Afinal de contas elogios são sempre bons como combustível para levarmos adiante nossos planos e idéias, mas conhecendo vc e sua capacidade nada me surpreende, só me convence do grande ser humano que vc é.
    Na "Edupédia" caridade é vc doar (nos vários planos que vc se referiu) aquilo que lhe falta e não o que lhe sobra.
    Bjs!
    Eduardo

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  4. Olha que surpresa legal!!! Certamente o elogio é um grande combustível para a perseverança, já diria o próprio Shinyashiki em seu: "A Carícia Essencial". Obrigada pelo incentivo!!

    Adorei a "Edupedia"... Tem um link para acessá-la na web??

    Beijos!! =)

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