Estive no
Rio no final de semana passado e fiquei impressionada com a cidade. A sensação que tenho é que no último ano, cada vez que apareço por lá a cidade está
melhor! Claro que na chegada o taxista me passou um golpe, mas isso já era de
se esperar. Tenho que olhar pelo lado positivo: depois dois outros taxistas foram
totalmente honestos, já é um avanço, hein? O golpe, que depois fiquei sabendo
que está super comum, é o seguinte: o taxista (com big GPS desligado) diz que
não sabe onde é o endereço e fica ligando pra um monte de gente perguntando. Nisso
ele fica dando voltas para aumentar o caminho. Incomoda-me muito esse
espírito malandro, mas no fim, dez reais a mais ou a menos não mudam a minha
condição financeira, cada um sabe de si... Além disso, a razão da minha viagem era tão boa que não ia deixar que um taxista abalasse o meu bom humor. Estou comentando aqui apenas como forma de alerta e também para ressaltar que a cidade maravilhosa, apesar das evoluções físicas, ainda precisa desenvolver bastante a sua população.
O motivo de
minha viagem foi para realizar um sonho antigo: ir ao show do Roger Waters.
Mandei fazer camisetas com as capas dos CDs do Pink Floyd e fomos num grupo de
seis pessoas, todos devidamente “uniformizados”. O clima começou já no carro,
quando nosso amigo nos buscou ao som do The
Wall e fomos até o aterro do Flamengo onde íamos deixar o carro estacionado
para irmos até o show de metrô+trem. Foi a primeira vez no Brasil que
estacionei um carro e optei por um transporte público para sair à noite. Sou
simplesmente fã de metrôs e trens, acho um meio de transporte mega civilizado,
onde se pode programar o tempo, não há riscos de acidentes e acima de tudo: é
democrático. Soube que durante a semana houve uma super campanha nos meios de
comunicação cariocas incentivando o uso do transporte público para o show e
funcionou, chegando ao destino final as ruas estavam vazias, nada de carros,
taxis, flanelinhas...
Na estação de metrô do Flamengo tinha uma bilheteria exclusiva vendendo um “passe” para o show do Roger Waters, incluindo um mapa do trajeto. Tudo muito bem sinalizado e organizado. Fomos de lá até a estação Central do Brasil parecendo sardinhas numa lata, fenômeno que ocorre nas maiores capitais do mundo e todo mundo sobrevive. Sério, prefiro 10 minutos em pé em um metrô lotado do que uma hora no trânsito para ir à esquina. Dá raiva só de pensar na quantidade de combustível que cada pessoa sozinha está gastando dentro de seu carro pessoal.
Chegando à
Central, havia linhas de trem exclusivas para quem ia ao Engenhão saindo a cada
dez minutos. Mais uma vez tudo super organizado, cheio de placas e banners do
show. Para aumentar o clima europeu/nova iorquinho, pessoas fazendo covers na
estação e alto falantes tocando o The Wall.
Fomos sentadinhos, no ar condicionado e chegamos sem trânsito, sem pagar
fortunas em estacionamentos e sem ter que obrigar ninguém a ficar sem beber
para dirigir.
O show eu
nem preciso comentar, né??? Foi MARAVILHOSO!!! O lugar enorme, lindo, com uma superestrutura.
Estava vazio, fiquei na pista e foi tão tranquilo que era impossível receber um
pisão no pé ou empurrão. Um espetáculo de luz, som, imagens, mega produção, nunca
tinha visto igual. Roger Waters impressionante, na melhor forma física, cheio
de energia e o coro da plateia de arrepiar. Simplesmente lindo.
Na volta,
eu queria esperar um pouco para pegar o trem vazio, mas a maioria estava
com pressa e preferiu encarar a multidão para ir logo. Sem problemas, depois de um show deste você está tão feliz que pode voltar até a pé!!!
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