quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vincent



Olá!! Hoje vou falar um pouco de artes, afinal, ninguém vive só de pensar em saúde, não é mesmo?!?

Sempre tive uma inclinação pelas artes, desde os tempos de colégio. Só não tive coragem suficiente para encarar uma faculdade de Belas Artes, mas não me arrependo, a faculdade de Arquitetura me abriu a cabeça em inúmeros outros aspectos. Nos tempos da faculdade participei de oficinas durante meses no MAM-BA (super recomendo, são gratuitas e com excelentes professores) e depois estagiei como professora de artes na Escola Pan Americana da Bahia. Tenho que confessar que no aspecto expressão artística, a faculdade de Arquitetura foi uma grande frustração, tirando uma matéria eletiva que peguei na escola de Belas Artes, quase não se fala ou pratica o tema. No início do curso tem algumas aulas de desenho livre, mas à medida que o curso avança, a liberdade artística cede completamente seu espaço ao rigor arquitetônico.

Na vida profissional é pior ainda, somos obrigados a seguir tantas normas e padrões que é muito difícil conseguir associar o trabalho na área de arquitetura com arte. Mesmo assim, sempre encontrava uma brecha para o lado artístico e deixava os pedreiros loucos com diagramações de revestimentos irreverentes, bem como painéis em madeira com desenhos e relevos que enlouqueciam os marceneiros. Em interiores, agradava-me muito lidar com composição de estampas, formas e cores, mas por outro lado, a parte comercial e porque não dizer, fútil, não me encantava nem um pouco. No fim, acho que tinha mais desagrados do que agrados, mas valeu a experiência.

Gosto de frequentar museus e admirar as artes alheias. Gosto muito de arte moderna e em especial do seu precursor: Vincent Van Gogh. Não teve filhos, mas deixou um legado artístico que registrou a personalidade de um artista intenso. É impressionante imaginar que ele começou a pintar aos 30 anos, sem nenhuma formação em artes e criou tantas obras exuberantes. Gosto do seu jeito raivoso de pintar. O fato de ter produzido em média um quadro a cada dois dias, no auge de sua carreira, demonstra que a arte estava entranhada em sua medula óssea. Nada contra obras perfeccionistas e ricas em detalhes, mas tendo a me identificar mais com pinceladas fortes e obras, cuja arte expresse muito além de técnicas de desenho e sim a natureza do artista. Já na Arte Cotemporânea outro artista que muito me impressiona é Jackson Pollock, fiquei emocionada ao ver suas telas no MoMA.

Vou deixar uma dica para quem gosta de artes e quer conhecer um pouco mais sobre seus artistas preferidos. Existe uma série de documentários, cada um com 40 minutos, muito bem feitos da BBC chamados: The Power of Art. Além disso, encontram-se muitos filmes sobre a vida de artistas famosos nas locadoras, inclusive um excelente sobre o próprio Jackson Pollock.

E como as artes estão todas entrelaçadas, me despeço ao som de Don McLean e sua obra prima: Vincent. Bom entretenimento a todos!


Starry, starry night 

Paint your palette blue and gray 

Look out on a summer's day 

With eyes that know the darkness in my soul 

Shadows on the hills 

Sketch the trees and the daffodils 

Catch the breeze and the winter chills 

In colors on the snowy linen land 

Now I understand what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
How you tried to set them free 
They would not listen, they did not know how 
Perhaps they'll listen now 

Starry, starry night 
Flaming flowers that brightly blaze 
Swirling clouds in violet haze 
Reflect in Vincent's eyes of china blue 
Colors changing hue 
Morning fields of amber grain 
Weathered faces lined in pain 
Are soothed beneath the artist's loving hand 

Now I understand what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
And how you tried to set them free 
They would not listen, they did not know how 
Perhaps they'll listen now 

For they could not love you 
But still your love was true 
And when no hope was left inside 
On that starry, starry night 
You took your life as lovers often do 
But I could have told you, Vincent 
This world was never meant 
For one as beautiful as you 

Starry, starry night 
Portraits hung in empty halls 
Frameless heads on nameless walls 
With eyes that watch the world and can't forget 
Like the strangers that you've met 
The ragged men in ragged clothes 
A silver thorn, a bloody rose 
Lie crushed and broken on the virgin snow 

Now I think I know what you tried to say to me 
And how you suffered for your sanity 
And how you tried to set them free 
They would not listen, they're not listening still 
Perhaps they never will

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